Saudações Kensington's

Lucien, embora ardendo de desejo por Eleanor, sentiu-se contido, respeitando o anseio dela por um espaço que parecia imperativo. No entanto, Eleanor estava decidida a transformar aquele dia, ao romper com a monotonia de suas vivências anteriores. Com um impulso de coragem e uma determinação incandescente, ela se aproximou e, antes que Lucien pudesse se afastar, selou seus lábios com os dele em um beijo inesperado.

A cena era envolvente. O vestido de Eleanor, ainda umedecido pela brisa suave do lago, colava-se levemente à sua pele, provocando um contraste sutil com a camisa de Lucien, que se tornava cada vez mais molhada à medida que ela se inclinava para ele. Os braços dela se entrelaçaram ao redor do pescoço dele, trazendo-o para mais perto, enquanto a frescura da água misturava-se ao calor crescente entre eles. O momento era elétrico, repleto de promessas não ditas, e o mundo ao redor parecia desvanecer, deixando apenas a intensidade daquele beijo e a conexão profunda que estava se formando entre eles.

Ele a segurou em seus braços, levando-a delicadamente para fora do lago, os corpos ainda molhados refletindo a luz do sol. Com um gesto suave, deitou-se sobre a grama enquanto a beijava com um misto de ternura e pudor. A falta de ar os separou momentaneamente, e foi nesse instante que um sorriso iluminou os lábios de Lucien.

— Acho que precisamos voltar. Se continuarmos assim, com essas roupas molhadas, você pode acabar ficando doente. — Ele afastou uma mecha de cabelo úmido do rosto de Eleanor, com um toque carinhoso.

— Posso resolver isso... — Eleanor respondeu com um sorriso travesso, e, com um gesto confiante, proferiu: — Lufax.

Um vento forte, carregado de uma magia vibrante, envolveu os dois, secando-os instantaneamente enquanto ainda estavam deitados sobre o gramado. O Duque, surpreso, sentou-se e tocou suas roupas, maravilhado ao perceber que estavam completamente secas.

— Ainda não me acostumei com isso... — Ele sorriu para Eleanor, que se sentava ao seu lado, os olhos brilhando com a alegria do momento. — Quanto à pedra rúnica, ainda não consegui extrair todo o seu poder. É um desafio e tanto, pois ela contém uma quantidade imensa de energia. No entanto, percebi que meu vínculo com os dragões se fortaleceu de maneira avassaladora.

— A respeito disso, eu conversei com a Deusa sobre os dragões. Ela me revelou que eles são, na verdade, três vezes maiores do que são aqui na Terra. Antes de serem chamados de bestas, eram como animais domésticos para os deuses, eles possuíam uma conexão íntima que muitos desconhecem. — Eleanor explicou, sua voz ressoava com admiração e um toque de reverência.

— Isso explica muita coisa. Talvez o fato de eles terem aceitado você tão bem seja porque você traz essa aura de familiaridade dos Deuses. Eles devem sentir falta de seus antigos donos, daquela ligação que os unia. — Lucien refletiu, pensativo, enquanto a brisa suave acariciava seus rostos, trazendo consigo o perfume das flores ao redor.

— Por isso a partir de hoje, sou eu quem vai te ajudar com o treinamento de magícula! — Eleanor exclamou, a empolgação transparecendo em seu sorriso contagiante.

— Claro... — Ele respondeu, acariciando suavemente sua cabeça, sentindo-se aquecido pela energia vibrante dela.

Depois de um tempo conversando e aproveitando aquele encontro encantador, deliciando-se com frutas frescas, queijo e um vinho suave, o Duque se sentia cada vez mais atraído por Eleanor. No entanto, uma preocupação constante pairava em sua mente: ele se perguntava se, após tudo, seria capaz de mantê-la ao seu lado. O temor de que sua busca por vingança pudesse colocá-la em risco o atormentava, mas, enquanto desfrutavam da companhia um do outro, ele decidiu que não revelaria seus medos.

Quando o sol começou a se pôr, tingindo o céu de laranja e rosa, eles decidiram voltar à residência Silverlake. A Duquesa havia optado pelo caminho da floresta para manter a identidade do Duque oculta, exatamente como ele desejava. No entanto, Eleanor não poderia imaginar que a família Kensington os aguardava ansiosamente. Ao avistar uma carruagem parada em frente à residência, a preocupação a invadiu.

— Duque... Os Kensington estão aqui... Seu rosto não está coberto pela máscara... — A preocupação era evidente em sua voz.

— Por favor, vá na frente. Eu entrarei pelos fundos e logo me encontrarei com vocês no salão de visitas. — Ele disse, descendo de seu cavalo e ajudando Eleanor a desmontar de sua égua, sua mente já começando a formular um plano para lidar com a situação que se aproximava.

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Eleanor caminhou para dentro da residência, o coração acelerado enquanto Mirabell apareceu para acompanhá-la até a sala de visitas. Ao avistar os rostos conhecidos, uma onda de nervosismo a invadiu, e ela sentiu a necessidade de manter um sorriso cordial, embora um tanto forçado, em seu rosto. Com passos elegantes, ela se moveu até o local designado, e, assim que teve a oportunidade, falou com um tom amistoso.

— Sejam bem-vindos! Espero que tenham sido recebidos com hospitalidade. Mirabell, por favor, peça que preparem um delicioso jantar para recebermos os Kensington. — A suavidade de sua voz contrastava com a tensão que sentia por dentro.

— Duquesa, perdoe-nos por virmos tão tarde. Fomos informados sobre seu convite e ficamos imensamente felizes em poder comparecer. Trouxemos um presente para a Duquesa. — O Barão, com um gesto solene, entregou uma das garrafas mais caras de vinho da família. — Esta é uma de nossas melhores bebidas, uma especiaria de nossa linhagem.

— Mirabell, leve esta garrafa e peça que a sirvam durante o jantar. Agradeço muito pelo presente. Por favor, sintam-se à vontade e acomodem-se. O Duque já deve descer. — Eleanor disse, sentando-se em uma das poltronas luxuosas da sala, tentando transmitir uma aparência de tranquilidade.

— Pensei que vocês estavam juntos. Me informaram que os dois saíram lado a lado. — Emily comentou, sua voz curiosa.

— Sim, mas o Duque precisou resolver um assunto com um dos servos. Ele já deve estar a caminho. — Eleanor respondeu, uma mentira cuidadosamente elaborada, mas que lhe custou um pequeno aperto no coração.

E, como se suas palavras tivessem invocado sua presença, o Duque não demorou a aparecer, desta vez adornado com sua máscara habitual. Ao se aproximar dos convidados, uma aura completamente diferente emanava dele, pesada e amedrontadora, contrastando com a leveza de sua presença ao lado de Eleanor. No entanto, ela parecia imune a essa energia opressora, protegida pela alta quantidade de magícula que pulsava em seu corpo.

— Minha Duquesa... — Lucien se aproximou de Eleanor, pousando a mão em sua cintura com um gesto protetor, como se estivesse ali para afastar qualquer ameaça.

Ao vê-lo, os Kensington se levantaram em respeito, mas Lucien, com um gesto despreocupado da mão, os convidou a se sentar novamente.

— Por favor, acomodem-se. — Ele disse, sua voz firme e protetora.

— Vossa Excelência, nós o saudamos... — disseram os Kensington em uníssono, a formalidade de suas vozes ecoando na sala, enquanto a tensão no ar se tornava palpável.

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......*Observação: A máscara da besta tem a forma de um dragão, pois é dito que essas criaturas eram monstros temidos, poderosos e indomáveis, os únicos incapazes de serem domados ou controlados. Por essa razão, os deuses decidiram descartá-las na Terra, como se fossem um fardo. No entanto, a verdade por trás desses rumores é muito mais complexa e profunda, repleta de segredos e mistérios que se entrelaçam com a história dos deuses e das próprias criaturas. Essa é uma narrativa que merece ser contada em outra ocasião, onde os detalhes e nuances possam ser explorados com a devida atenção e reverência.......

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