Escolhida de Tenebris

Na catedral majestosa do reino de Everhart, a santa se encontrava em profunda oração diante da imponente estátua da grande deusa Luminus, cuja luz resplandecente parecia preencher todo o espaço sagrado. Ao seu redor, alguns servos fiéis ocupavam posições semelhantes, inclinando-se em devoção e sussurrando preces de gratidão e esperança. Assim que suas orações chegaram ao fim, um silêncio reverente tomou conta do ambiente, e, em um gesto de respeito, eles se retiraram lentamente do local.

Nesse momento solene, um cavaleiro sagrado da Ordem da Santa surgiu. Seus cabelos loiros brilhavam como raios de sol, e seus olhos, de um azul profundo, pareciam refletir o céu mais claro. A armadura que ele vestia reluzia à luz suave que filtrava-se pelos vitrais da catedral, criando um efeito quase etéreo ao seu redor. Ele se aproximou com firmeza, mas também com a delicadeza que o momento exigia, e, ao chegar diante da santa, disse com voz clara e reverente:

— Eu saúdo a santa de Everhart.

Com um gesto respeitoso, ele se ajoelhou, fazendo uma profunda reverência, sua armadura reluzindo como se refletisse a própria luz da deusa Luminus. A atmosfera estava impregnada de um sentimento de reverência e devoção, como se o próprio templo estivesse em harmonia com as orações que ali ecoavam.

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...Nefeli Domhnall...

...[Santa do Reino de Everhart]...

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...Aleksander Velour...

...[Cavaleiro Sagrada da Ordem da Santa]...

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— Alek... Fico feliz que tenha aparecido. Alguma notícia que eu deva saber? — Nefeli perguntou, mantendo sua pose de adoração, os olhos fixos na estátua da deusa, buscando nela a resposta para suas ansiedades.

— Segundo as ordens de Deus, os rumores já se espalharam, minha santa. Trago notícias também sobre o Arquiduque de Silverlake. Ele está atualmente na capital e pretende comparecer ao baile real... — Alek disse, com a cabeça inclinada, como se o peso da informação o impedisse de erguer o olhar.

Nefeli franziu a testa, o coração acelerando ao ouvir o nome do Duque.

— O Duque está aqui? — Ela se levantou, surpresa.

— Sim, minha santa, mas ele está acompanhado de sua esposa... — explicou Alek, cauteloso.

— Esposa? O Duque se casou? Por que eu só soube disso agora? — Nefeli exclamou, a irritação evidente em seu tom. Ela se afastou da estátua, com as mãos cerradas.

— Perdão, minha senhora, mas parece que a notícia só chegou ao povo depois que o príncipe se encontrou com o Duque em um banquete dado pela família Firestone — continuou Alek, olhando para o chão.

Nefeli respirou fundo, tentando controlar a frustração.

— Faz sentido. Não era do meu querer comparecer ao banquete por ser algo de tão baixa categoria, mas se o Duque pretende ir a lugares como esse, então preciso começar a frequentar. E sobre sua esposa... Como ela é? — Ela observou Alek, curiosa e preocupada.

— Dizem que ela tem uma beleza radiante, apesar de não ter a pureza tradicional de sua santidade — comentou Alek, referindo-se às cores do cabelo de Nefeli, que eram como o ouro mais puro. — Isso não foi tudo. Há boatos de que a Duquesa lutou ao lado do Duque contra os monstros que atacaram a residência dos Firestone e até mesmo salvou a princesa. Dizem que ela tem um controle de magícula imenso.

Nefeli arqueou uma sobrancelha, absorvendo a nova informação.

— Controle sobre a magícula? Poderia ela ser... — Nefeli ponderou, pensando na possibilidade de Eleanor ser uma reencarnada como ela. A necessidade de saber mais sobre essa mulher que todos comentavam a consumia. — Talvez devêssemos visitar o Duque. O que acha, Alek?

Alek balançou a cabeça.

— Acho que essa não seria uma boa escolha. As pessoas podem comentar coisas absurdas sobre a santa visitar a "besta do norte". Mesmo que alguns acreditem que você fosse abençoar a noiva do Duque com proteção contra seu próprio esposo, isso não cairia bem. Espere até o baile; lá poderá conhecer pessoalmente a famosa Duquesa — sugeriu ele, firme, mas respeitoso.

Nefeli respirou fundo, tentando acalmar suas emoções.

— Tem razão. E quanto à Tenebris? Fizeram os sacrifícios de que mandei? — perguntou, com um tom sério.

— Sim... Oferecemos sangue de bestas no templo de adoração a ele — respondeu Alek, a seriedade de suas palavras impregnando o ar.

— Ninguém os viu chegar, imagino? — Nefeli questionou, buscando confirmação.

— Não havia nenhuma alma viva por perto, minha santa... — ele disse, erguendo-se. — Você deve seguir com sua agenda. O rei gostaria de vê-la; vou levá-la até o castelo real para evitarmos atrasos.

— Muito bem... Vamos... — Nefeli respondeu, seguindo Alek. No entanto, sua mente estava distante, girando em torno da Duquesa e do que essa nova presença poderia significar para o reino. O baile se aproximava, e a ansiedade crescia por dentro dela. O que o destino reservava para o tão esperado encontro delas nesse evento?

Enquanto caminhavam pelos corredores da catedral, Nefeli parou e olhou para Alek.

— Alek, você acredita que essa Duquesa possa ser uma aliada ou uma ameaça? — questionou, a voz baixa, mas carregada de expectativa.

Alek hesitou antes de responder.

— O mundo é cheio de surpresas, minha santa. O que parece uma ameaça pode se revelar uma grande oportunidade, e vice-versa. O baile será um momento crucial. Estaremos cercados por aliados e inimigos. Prepare-se para qualquer eventualidade — disse ele, com sinceridade.

Nefeli assentiu, a determinação voltando a brilhar em seus olhos. Sabia que o que estava por vir poderia mudar o curso da missão que lhe foi dada. Com essa ideia em mente, ela seguiu em frente, pronta para enfrentar a famosa Duquesa de Silverlake, e tomar para si o que ela mais queria, o amor do Duque.

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— Veja só, minha adorável criatura — disse Tenebris, com um sorriso malicioso, enquanto observava a cena diante de si. — Parece que a minha bonequinha está se movimentando... Até que trazer essa criatura para este mundo não foi uma má escolha, afinal, seres tão fracos e gananciosos como esses sempre precisam de uma ambição. E agora que ofereci o Duque à minha bonequinha, ela almeja conquistá-lo a todo custo. Isso vai ser divertido de ver.

Ele se acomodou em um tronco velho, coberto de musgo, que parecia quase um trono em meio à floresta sombria. A árvore, imponente e gasta pelo tempo, se erguia como uma guardiã silenciosa, isolando-o do mundo exterior. Nenhum humano, por mais perspicaz que fosse, conseguiria enxergar sua presença ali, envolto em sombras que pareciam dançar à sua volta.

— Diga-me, quem você acha que deve ganhar? A bonequinha frágil da minha irmã, com sua inocência e fragilidade, ou a minha bonequinha venenosa, armada com inveja e maldade? — Tenebris continuou, a voz carregada de um tom provocativo.

Em sua mão, ele segurava uma pequena salamandra preta, cujos olhos brilhavam como estrelas em uma noite sem lua. Ele a acariciava com carinho, seus dedos deslizando suavemente sobre a pele escamosa, como se estivesse alimentando uma conexão secreta com a criatura. O contraste entre a delicadeza do gesto e a natureza traiçoeira da salamandra refletia a dualidade de sua própria essência.

Tenebris parecia se perder em pensamentos, imaginando as jogadas que iriam se desenrolar entre as duas bonequinhas. A tensão no ar era palpável, uma promessa de diversão e contendas que estavam por vir. Ele soltou uma risada baixa, quase um sussurro, enquanto aguardava ansiosamente o desenrolar desse jogo de ambições e rivalidades.

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...Tenebris...

...[Deus da Escuridão e dos Mistérios]...

...[Forma Negra de Tenebris]...

...*Observação, o símbolos em seu rosto é a cauda dos dragões seguidas por um traço único, como devem lembrar, eles são os criadores dos dragões....

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