Convite

— Vamos fazer como combinamos, prepare tudo para irmos ao banquete — disse Lucien, com um tom sério.

— Bem, acho que vou voltar para os meus aposentos. Nos vemos de manhã, Lucien — disse Eleanor, quase saindo dos aposentos. Mas antes que pudesse ir embora, Lucien segurou seu braço com firmeza.

— Seria melhor se você passasse a noite aqui. Depois da cena que fizemos, seria estranho se você fosse embora imediatamente — explicou ele, com uma expressão preocupada.

— Você tem razão, mas não estou preparada. Essa roupa não é apropriada para dormir... — comentou Eleanor, tocando suas vestes.

— Você pode usar uma das minhas camisas. Seria bom que os criados a vissem usando minhas roupas, para reforçar o que acontece nos nossos aposentos — sugeriu Lucien, com um sorriso malicioso.

— Você está certo. Poderia me emprestar uma das suas camisas, então? — pediu Eleanor, um pouco envergonhada.

Lucien procurou uma camisa simples e confortável entre suas roupas e a entregou a Eleanor. Ela agradeceu e foi direto para o banheiro, onde tomou um banho refrescante. Depois de vestir a camisa de Lucien, ela percebeu que parecia um vestido em seu corpo, o que a deixou ainda mais envergonhada. Ao sair do banheiro, ela tentou puxar a camisa para baixo, pois, apesar de cobrir bem seu corpo, ainda era curta para ela.

— Ficou... — Lucien pareceu perder a linha de seus pensamentos por um momento, mas logo se recompôs. — Vamos dormir rápido. Precisamos nos preparar para começar tudo daqui a uma semana. Você precisa dar um presente generoso para essa família, o suficiente para ser vista como uma Duquesa notável.

— Você está certo... — concordou Eleanor, ainda pensativa.

Lucien deitou-se em sua parte da cama e esperou até que Eleanor se deitasse ao seu lado. Assim que ela o fez, não demorou muito para que a jovem donzela caísse em um sono profundo. Quando seu corpo se virou buscando o conforto das costas do Duque, Lucien não conseguiu evitar a sensação de ter suas costas tocadas pelas mãos delicadas de Eleanor. Ele girou na cama, ficando de frente para ela. O Duque não desviava os olhos dos lábios de Eleanor, que dormia tranquilamente. Algumas mechas de cabelo ainda caídas em seu rosto cobriam seus olhos. Curioso para ver seu rosto adormecido, Lucien delicadamente afastou as mechas do rosto dela e acariciou suas bochechas com cuidado. Por fim, beijou-lhe a testa antes de adormecer ao lado da jovem.

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Na manhã seguinte, Eleanor se espreguiçava na cama quando notou o rosto de Lucien virado para ela. Ela o encarou por alguns instantes, como se ele ainda estivesse dormindo. Seus olhos pousaram nos lábios dele enquanto ela murmurava para si mesma:

— Você é ainda mais bonito de perto. Não entendo por que as mulheres o chamam de "besta do norte". Será que elas nunca viram o seu rosto, ou será que estou ficando cega? — murmurou Eleanor baixinho.

— Talvez as mulheres do reino do sul não pensem como você, porque você não é como elas e é superior a elas... — disse Lucien, abrindo os olhos de repente e assustando Eleanor, que acabou caindo da cama.

— Ahhh! — ela gritou assustada, enquanto se levantava rapidamente do chão. — Eu pensei que você ainda estivesse dormindo! — disse, um tanto envergonhada.

— Eu estava, até ouvir você falando sobre como sou bonito de perto. Fiquei curioso para saber o que mais você tem a dizer — respondeu Lucien, com um sorriso divertido.

Eleanor corou instantaneamente e tentou disfarçar seu embaraço.

— Eu... eu não quis dizer isso em voz alta. Foi só um pensamento que escapou... Desculpe se te incomodei — gaguejou ela, enquanto se levantava do chão e ajeitava sua camisa.

Lucien se aproximou dela com um olhar divertido nos olhos.

— Não precisa se desculpar, Eleanor. Eu não me importo em ouvir elogios, especialmente vindo de você. E, para ser sincero, também acho você muito bonita de perto.

Eleanor ficou sem palavras por um momento, surpresa com a sinceridade de Lucien. Ela nunca imaginou que ele pudesse elogiar sua aparência tão abertamente. O silêncio pairou no ar por alguns segundos, até que Eleanor finalmente encontrou sua voz.

— Obrigada, Lucien. Você também é muito gentil. Agora, acho que é melhor nos apressarmos para nos preparar, o dia do banquete está muito próximo. Temos muito a fazer hoje.

Lucien concordou logo eles começaram a se arrumar para aquele longo dia. Enquanto se preparavam, eles conversavam sobre os detalhes do plano e discutiram as expectativas para a noite do esperado banquete. A tensão que havia entre eles na noite anterior pareceu diminuir, substituída por uma conexão mais profunda e uma compreensão mútua.

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À medida que os dias se passavam e o tão esperado dia do banquete se aproximava, Eleanor mergulhou em um projeto especial: criar um vestido único de sua própria autoria. Ela queria que seu traje refletisse sua personalidade e a importância da ocasião. Com habilidade e criatividade, Eleanor projetou um vestido deslumbrante que seria verdadeiramente inesquecível.

O vestido era uma verdadeira obra de arte. Cada detalhe foi cuidadosamente planejado e executado, desde o corte perfeito até os tecidos luxuosos escolhidos a dedo. Eleanor trabalhou em estreita colaboração com costureiras talentosas da época, como Marie e Gabrielle, garantindo que sua visão ganhasse vida em cada ponto e costura.

O resultado era impressionante. O vestido destacava a elegância e a beleza de Eleanor de uma maneira única, como era comum na corte dos reis e rainhas. Combinando tons principais de vermelho e preto, o vestido transmitia um ar de mistério e poder. As cores vibrantes representavam a paixão e a determinação que impulsionaram a união de Eleanor e Lucien. Era como se cada fio do vestido contasse a grande história que os Duques escreveram juntos.

As próprias criadas de Eleanor ficaram admiradas quando viram o vestido pela primeira vez. Elas reconheceram a maestria por trás da criação de sua senhora. Em suas expressões, podia-se ver o reconhecimento da raridade e beleza do vestido, que transcendia as expectativas mais elevadas.

Eleanor não parou por aí. Ela também se dedicou a criar as roupas do Duque, cuidadosamente coordenadas com seu próprio vestido. Com a mesma atenção aos detalhes, ela selecionou tecidos de qualidade e trabalhou em conjunto com alfaiates habilidosos da época, como Pierre e Henri, para garantir que as roupas do Duque estivessem à altura da ocasião. O resultado final era um conjunto perfeito de tonalidades de vermelho e preto, como se os dois estivessem entrelaçados em uma dança harmoniosa de elegância e poder.

Quando chegou o dia do banquete, Eleanor e Lucien surgiram diante dos convidados com uma presença magnética. Eleanor brilhava em seu vestido único, exalando confiança e graça, como uma verdadeira rainha. Cada detalhe do traje mostrava a dedicação e o talento que ela havia investido em sua criação, seguindo as tradições da realeza da época. Era como se o vestido fosse uma extensão de sua própria personalidade, revelando sua força e beleza interior.

Lucien, por sua vez, estava impecável em seu traje cuidadosamente projetado, seguindo o estilo dos reis da época, acompanhado de uma máscara. As tonalidades de vermelho e preto realçavam sua postura imponente e seu charme cativante. O conjunto refletia sua posição como um líder poderoso e respeitado, transmitindo uma aura de autoridade e sofisticação.

Enquanto o casal adentrava majestosamente o salão do banquete, os olhares se voltavam para eles, completamente cativados pela deslumbrante beleza e originalidade de seus trajes, dignos de realeza. O magnífico vestido de Eleanor e as impecáveis roupas do Duque eram verdadeiras manifestações da presença impactante do famoso Arquiduque de Silverlake, conhecido como a temida Besta do Norte, e de sua nova e enigmática esposa, cujo nome logo se espalharia por todos os reinos como a mulher que domou a besta, a Domadora do Norte. No entanto, o que ninguém naquela festa poderia prever era que, para um simples banquete, e não um baile, o Arquiduque e sua Arquiduquesa optaram por usar máscaras meticulosamente combinadas com seus trajes, acrescentando um toque de mistério e sofisticação à sua presença.

As máscaras, habilmente elaboradas com detalhes exuberantes e adornos luxuosos, complementavam perfeitamente os trajes do casal, conferindo-lhes uma aura ainda mais enigmática. Cada máscara era uma verdadeira obra-prima, revelando apenas os olhos penetrantes do Arquiduque e o sorriso enigmático da Arquiduquesa. A escolha de usar as máscaras não apenas intrigava os convidados, mas também aumentava a expectativa sobre a identidade oculta por trás daquelas faces encobertas.

...[Lucien Traje]...

...[Máscara]...

...[Eleanor Traje]...

...[Máscara]...

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