...Anna Clara...
Chegamos em casa um pouco depois das 15:00 horas, Théo me deixou em frente de casa e foi embora com as irmãs e Tony, Duda foi com Manu e levaram Beatrice para deixar em casa, Luiza e Ruan foram para casa deles que fica aqui nos fundos.
Entro junto com Davi e Noah e de cara já vejo meu pai e minha mãe sentados no sofá da sala, achei que eles voltariam só mais tarde.
— Como foi a viagem? — pergunto.
— Foi maravilhosa, tirando a parte do avião. — minha mãe diz e eu sorrio, ela tem muito medo de aviões. — E vocês na praia como foi?
— Muito bom, estou bem cansada.
— Está muito vermelha, não passou protetor?
— Passei, mas não adiantou muito.
— Tem que repetir depois de um tempo Clarinha.
— Eu sei mamãe.
— Cadê a outra cópia? — meu pai pergunta se referindo a Cecília.
— Saiu com um amigo.
— Que amigo? Ela levou seguranças?
— Não levou.
— Estou cansado de dizer pra vocês não saírem sem segurança, vocês são muito teimosas! Quem é esse amigo?
— É melhor o senhor falar com ela quando ela chegar.
— Se você não falar, sabe que tenho como descobrir onde ela está e ir até lá, não é? — meu pai pergunta olhando para o colar rastreador.
— Caio, não pressione a menina, ela não tem culpa, você tem que conversar com a Cecília e não com a Clara, ela está certa em não querer falar nada, não diz respeito a ela.
— Você sempre passa a mão na cabeça dessas meninas Raquel e o pior me desautoriza na frente deles.
— Não estou desautorizando você amor, só estou te fazendo entender que Clara não tem culpa de nada, ligue pra Cecília e fale com ela, Clara está certa em não falar, o problema não é com ela.
— Ok, desculpa filha, vem aqui dar um abraço no seu pai. — vou até ele abraçando-o e ele me dá um beijo na testa.
— Ela está bem papai, não precisa se preocupar, e também ela tem andado muito triste depois do que aconteceu, esse amigo está fazendo bem pra ela.
— Tudo bem minha princesa, é preocupação de pai, vocês são tudo de mais precioso que eu tenho, não quero que nada de ruim aconteça com vocês.
— Eu sei papai, mas pode ficar tranquilo, quando ela chegar o senhor fala com ela, deixa ela aproveitar um pouquinho, Ceci merece depois de tudo que passou.
— Eu sei meu amor, agora vá descansar.
— Obrigada papai. — ele sorri e me abraça outra vez.
— E vocês dois! Cadê o abraço do papai? — ele pergunta para Davi e Noah que correm para abraçar meu pai e depois minha mãe.
— Me contem como foi na praia. — meu pai pede aos meninos e eu aproveito e sento no sofá, eu amo estar perto dos meus pais e conversar com eles.
— Quer um cházinho filha? — minha mãe pergunta. — Acabei de fazer.
— Quero sim mamãe, obrigada.
— Vou pegar uma xícara pra você. Vocês querem também filhos?
— Sim. — os dois respondem juntos.
— Mamãe vai pegar as xícaras. — minha mãe diz indo no rumo da cozinha.
Todos estranham meus irmãos gostarem de chá, já que eles tem apenas doze anos e geralmente as crianças não gostam, mas aqui nós crescemos sem frescura para comer, comemos de tudo e amamos um cházinho a qualquer hora do dia.
Na mesinha de centro também tem alguns papéis e o notebook do meu pai está aberto, suponho que os dois estavam adiantando algo do escritório para amanhã, se tem uma coisa que eles amam mais do que um ao outro e nossa família é o trabalho, eles amam muito o que fazem, mas sempre arrumam tempo para o casamento deles e para nós também.
Minha mãe passou um tempo sem trabalhar, apenas se dedicando aos filhos, mas agora com todos crescidos ela tem oportunidade de fazer o que ama, já que ela nunca gostou de nos deixar apenas com tia Laila, que foi nossa única babá.
Tia Laila hoje em dia ainda vem quando meus pais precisam para ficar aqui em casa com os meninos, mas geralmente eles ficam comigo e com a Cecília ou ficam com uma das trigêmeas. Tia Laila agora é dona de uma agência de babás, ela começou a trabalhar como babá para pagar a faculdade, mas acabou que ele desistiu da faculdade e abriu seu próprio negócio que deu muito certo.
Minha mãe traz três xícaras e coloca chá para meus irmãs e eu.
— Como foi na praia? — minha mãe pergunta para Davi e Noah.
— Foi muito legal mamãe, só faltou a Rubi. — Davi diz.
— Eita que ele só fala na Rubi! — Noah diz.
— E você deveria fazer o mesmo com a Safira. — Davi retruca.
— Eu não! Já vejo ela todos os dias na escola. — Noah diz.
— Cuidado com o Adams. — meu pai diz e nós sorrimos.
— Davi é beijoqueiro papai, vive roubando beijos da Rubi por aí. — digo.
— Tenham cuidado, vocês são só crianças. — minha mãe diz.
— Isso é verdade. — meu pai completa.
— E você, Clarinha? Beijou muito? — minha mãe pergunta.
— Sim. — digo, jamais mentiria para os meus pais, eles só não precisam saber dos detalhes, mas meu final de semana foi incrível. — Falando nisso, Théo e eu estamos juntos.
— Nós sabemos, ele falou pra mim que gostava de você. Ainda acho meio estranho vocês com os primos de vocês, mas jamais seria contra as suas felicidades. — meu pai diz.
— Eu também acho muito estranho papai, já que crescemos juntos, mas eu também não posso evitar e ir contra aos meus sentimentos.
— Se essa for sua felicidade filha, eu só posso te apoiar.
— Obrigada papai.
— Eu nem preciso falar nada meu amor, já sabe que sempre vou estar ao seu lado, seja nas boas ou más escolhas.
— Falando em escolhas, podem me dizer ao menos o nome desse amigo da Anna Cecília? — meu pai diz e os gêmeos olham para mim.
— Papai, ele é uma boa pessoa e de confiança, mas isso ela que deve dizer ao senhor.
— Vocês são mesmo cúmplices umas das outras.
— Desculpa não poder te contar papai, mas isso é entre o senhor e ela.
— Já entendi meu amor.
— Desculpa mesmo.
— Tudo bem minha vidinha, trouxemos chocolate de Gramado.
— Aí eu amo.
— Eu sei. — meu pai diz e sorri.
— Depois a mamãe pega, mais tarde, agora vão tomar um banho e descansar até a hora do jantar, papai vai cozinhar, seus irmãos todos vem e a sobremesa é chocolate de Gramado.
— Aí que delícia, vocês são os melhores. — digo.
— Vamos desfazer essa malas meninos? — minha mãe convida Davi e Noah, e os três sobem as escadas.
Meu pai me olha e sorri e bate em sua coxa para que eu sente em seu colo, aqui nunca seremos grandes demais para ganhar colo dele ou da minha mãe.
— Princesa, você se cuidou esse final de semana?
— Como assim papai?
— Pra evitar filhos princesa, você é muito nova ainda.
— Aí papai! Não fiz nada.
— Graças a Deus, fico aliviado. Filhos são bençãos, mas no tempo certo, você tem só dezoito anos, começou sua faculdade agora, Théo é recém formado, sem contar que são primos precisam fazer um exame genético para ver se tem risco de o bebê nascer com algum problema.
— Eu sei papai, quanto a isso não se preocupe, eu não fiz nada e nem pretendo agora e quando for fazer eu vou me cuidar.
— Garças a Deus você é muito centrada, Laura também era assim, o bebê veio porque tinha que vir, Letícia também é ajuizada, agora Luíza e Cecília são as responsáveis pelos meus cabelos brancos. — ele diz e nós dois sorrimos.
— Luíza já está casada agora.
— Graças a Deus, só assim ela sossega. Cecília não é namoradeira igual a Luíza, mas tem o gênio dela e ama fugir dos seguranças.
— Relaxa papai, esse homem é uma boa pessoa, nunca vi minha irmã tão feliz como vi hoje.
— Preciso conhecê-lo, já que está fazendo tanto bem a minha filha. Falando nisso, ligue pra ela e diga que vamos jantar em família e que eu gostaria que ela viesse, se quiser pode trazer o amigo.
— Vou ligar sim papai.
— Eita! Deixa de mimar essa feia, papai, eu fui a caçulinha por pouco tempo. — Letícia diz entrando, seguida por Lucas que vem empurrando o carrinho das meninas.
— Nem sou eu também, Lelê, na verdade é a Cecília, sem contar que o mais novo é o Noah. — digo me levantando e indo até o carrinho ver as meninas, elas são muito lindas, igual a mãe delas, dou um beijinho na cabeça de cada uma, já que elas estão dormindo.
— Eu amo todos igualmente minha princesa. — papai diz pra Letícia.
— Eu sei papai.
— E essas princesas como estão? — papai pergunta.
— Estão ótimas papai, mamando igual umas bezerras, estou tendo que complementar a alimentação delas.
— Não tem problema complementar princesa, o mais importante é elas estarem alimentadas para crescerem saudáveis.
— Eu sei papai.
— Lucas. — meu pai diz e eles apertam as mãos.
— Caio. — Lucas diz.
— Já está indo amor? — Letícia pergunta para Lucas.
— Sim, volto mais tarde.
— Ok, meu amor.
— Eu volto para o jantar meu amor.
— Ok, mande um beijo para sua mãe, diga a ela que depois vou visitá-la.
— Tudo bem meu amor. — Lucas diz e dá um beijo na minha irmã e sai.
— Por que não foi com ele? — pergunto.
— Ele vai passar um tempo com a família dele e eu com a minha, alguns parentes dele vem, deixa ele passar um tempo lá com eles, que eu fico aqui com vocês.
— Ah.
— Oi meu amor. — minha mãe diz descendo as escadas seguida de Davi e Noah.
— Oi mamãe.
— Como estão os amores da vida da vovó.
— Muito bem e muito comilonas.
— Igual a vocês. Ainda bem que casei com um homem rico. — minha mãe diz e meu pai sorri.
— Casou comigo só pelo o dinheiro não é loirinha? — meu pai pergunta em tom de brincadeira.
— Claro! Ainda dei o golpe da barriga.
— Sabia que era isso. — meu pai diz e nós sorrimos.
— Também casei porque você é bonito.
— Estão ouvindo isso? Um absurdo. — meu pai pergunta se levantando e indo até minha mãe a levantando do chão e girando-a, logo após dá um beijo nela.
Amo ver meus pais assim, felizes e juntos, até tentaram mas ainda bem que não conseguiram separar os dois.
— Eu amo você vida. — meu pai diz.
— Também amo você meu amor.
Letícia e eu nos olhamos e suspiramos.
— É isso que eu quero pra minha vida. — Letícia diz.
— E eu também. — digo.
A campainha toca e eu vou abrir, são Laura, Gabriel, Luíza e Ruan. Laura é a primeira a entrar ostentando seu barrigão, está muito perto desse neném nascer agora e eu não vejo hora desse dia chegar.
— Aí meu Deus! Que barrigão lindo. — digo dando um beijo nela e depois um na sua barriga.
Deixo todos na sala bebendo um cházinho, enquanto meu pai está com uma das gêmeas no colo e minha mãe com outra, Lulu está conversando com Gael na barriga da Lalá e Davi e Noah estão jogando uno no tapete da sala.
Enquanto subo as escadas, pego celular e ligo para Cecília, mas vai direto para a caixa postal e infelizmente eu não tenho o número do Santorinni. Se ela não vier a esse jantar papai não vai gostar, ele presa muito esses jantares em família.
Tomara que ela chegue em casa logo ou vai está encrencada, na verdade ela já está, papai vai querer a ficha completa do tal amigo dela e quando souber de quem se trata ele vai surtar.
Ligo mais algumas vezes e todas as chamadas caem na caixa postal. Já que ela não atende, decido tomar um banho e descansar um pouco antes do jantar.
Deito na cama e começo a pensar em tudo que fiz esse final de semana e o quanto foi bom o que Théo e eu fizemos, fiquei com vontade de ter mais, de ser dele por completo, talvez isso aconteça em breve.
Penso tanto que acabo dormindo, mas meus pensamentos não saem do meu gatinho...
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Atualizado até capítulo 70
Comments
silvia pereira
Se essa moda pega kkkk outra cópia 😅😅😅
2025-02-25
1
Angela Valentim Amv
Chiii será que ela não vai ver a chamada e ligar ?
2024-11-30
0
Quase cinquentona🥴🥺😔😩
Que mentira! 🤭
Ela quis , o Théo que disse não! 🤣🤣🤣
2025-01-20
2