Capítulo 13

...Anna Clara...

Após nossa chegada em Ilha Paraíso cada um seguiu seu rumo para seus respectivos quartos. Ceci foi para o que nós duas sempre ficamos juntas e eu vou fazer o mesmo caminho e ir ficar com ela, mesmo tendo permissão dos meus pais acho que não ficarei no mesmo quarto que Théo.

— Vai ficar no mesmo quarto que eu? — Théo pergunta.

— Théo...

— Vamos só dormir meu amor, vamos no seu tempo.

— Sendo assim, vou ficar com a Ceci.

— Eu não vou tentar nada, prometo.

— Ok.

— Me dê sua mala, vou levar para o quarto.

Ruan e Duda estão numa acalorada discussão sobre Manu ir dormir com Duda, Manu se mantém calada e Tony está lá fora com os gêmeos jogando futebol.

— Eu não falei que ia dormir com o Tony! Vocês estão estressados à toa. Até porque eu não tenho nada com ele e não iria dormir com um cara com quem eu não tenho nada e se vocês não sabem eu sou virgem, ok! E não pretendo perder hoje com todos vocês aqui.

— Por mim você pode fazer o que quiser, Manu! Sou seu irmão mais velho, mas não estou aqui para te impedir de viver, mas com responsabilidade, claro. — Ruan diz.

— Ruan! Nossa mãe disse para cuidarmos dela e você diz isso?!

— É assim que se cuida de alguém Eduarda, deixando a pessoa livre e orientando sobre o caminho certo.

— Mamãe pediu para cuidar da Manu, Ruan e não deixar ela fazer nada imprudente.

— Perdeu a virgindade com quantos anos Eduarda?

— O quê?!

— Isso mesmo que ouviu.

— Com dezenove Ruan, você sabe.

— Então meu bem, Manu tem dezoito, já é maior, se ela quiser é uma decisão dela, e não é a mamãe ou você que vão impedir.

— EU NÃO VOU DORMIR COM ELE! — Manu fala mais alto e nós a olhando assustados, pois ela não é de falar alto. — E nem vou dormir com você também Duda, vou dormir com a Bea.

Ela diz pegando sua mala e subindo as escadas.

Quase todos vão dormir em pares, Luíza e Ruan, óbvio, Davi e Noah, Luna e Aurora, Théo e eu, Ceci deve dormir sozinha, Duda também, Tony também vai dormir sozinho e Manu vai dormir com a Beatrice como ela disse.

Théo e eu subimos as escadas logo em seguida e vamos para um dos quartos.

— Coitada da Manu. — digo.

— Tia Bia é bem rígida.

— Ela é sim, quando descobriu da Luíza e do Ruan ela brigou um monte com eles, principalmente com o Ruan, mas meu pai a fez entender que estava tudo se eles se gostavam.

— Seu pai parece ser o mais bravo de todos, mas no final é o mais calmo.

— Dizem que ele ficou com o coração mole depois dos filhos.

— Pensei que ele fosse brigar comigo quando disse que gostava de você.

— Você é um bocão Théo!

— Não sou não, sou sincero, eu jamais mentiria sobre meus sentimentos por você, ele me viu te olhando e perguntou o porquê de eu estar olhando para você e eu não pude negar, sabe que sou sincero, não gosto de mentir.

— Eu sei.

— Então, por isso, falei a verdade para ele e foi a melhor coisa que eu fiz, só assim você não tem mais como usar seu pai de desculpa.

— Você é muito espertinho pro meu gosto.

— É porque eu amo você bebê, amo muito.

— Eu também amo você Théo.

— Me ama como homem ou me ama como primo?

— As duas coisas.

— Então vai ficar comigo Anna?

— Vou sim, mas aí de você se resolver ficar de papinho com aquelas modelos.

— Eu já troquei de número, faz tempo que não saio e nem fiquei com mais ninguém, se quiser pode perguntar para as minhas irmãs, ela podem te confirmar tudo.

— Eu sei que não está mentindo, acredito em você.

— Que bom meu amor, pode confiar em mim.

— Eu vou confiar Théo, só espero não me decepcionar.

— Você não vai amor. Vem aqui me dá um beijo? — ele segura minha mão e me puxa levemente até ele e me beija.

Nossos beijos como sempre são muito bons e encaixam perfeitamente, eu amo beijá-lo, e esses beijos sempre me deixam querendo mais, coisas além do beijo. Somente Théo desperta essas sensações em mim, pois nenhum outro beijo me faz sentir o que o dele me faz, mas ainda não me sinto pronta para dar o próximo passo.

— Eu amo você Anna, amo muito.

— Eu também amo você.

— Vocês dois deixem de se pegar aí dentro e venham logo que vamos acender a fogueira. — Ruan bate na porta e nos chama.

— É melhor nós irmos. — digo.

— Eu preferia ficar aqui.

— Teremos a noite inteira para ficarmos juntos, agora vamos nos reunir com os outros, conversar um pouco e assar uns marshmallows.

— Vamos.

Théo vai até a mala dele e pega duas blusas de moletom, uma preta e uma roxa.

— Comprei pra você, sei que é sua cor favorita e como aqui faz frio achei que seria bom te dar um.

— Ah! Obrigada, não precisava se incomodar, minha mãe deve ter enfiando vários aí na minha mala, já que foi ela que fez.

— Eu sei que você tem vários, sua tia Liz te dá muita coisa não é?

— Sim.

— Mas, eu fui comprar uns para mim e vi esse e lembrei de você, sei que gosta dessa cor e de moletons, então eu comprei, a calça está na minha mala.

— Obrigada, Tetéo. — ele fecha a cara.

— Não me chama assim Anna.

— Me dá a calça, vou vestir a calça também, hoje está muito frio.

Aqui faz muito frio durante a noite, pois a casa fica de frente para o mar e a brisa da noite é muito forte, sem contar que chove bastante.

— Aqui. — ele diz me entregando a calça.

— Vou me trocar. — digo indo ao banheiro.

— Pode trocar aqui na minha frente mesmo. — ele diz sorrindo e eu estreito os olhos para ele.

— E a parte que disse que vai esperar meu tempo?

— Eu vou esperar seu tempo sim, mas isso não quer dizer que não podemos ficar à vontade um na frente do outro. E também eu já te vi de biquíni várias vezes, te ver de lingerie é a mesma coisa.

— Espertinho!

— Eu sou! — ele diz vestindo a blusa de moletom por cima da camisa que ele está usando.

Tiro minha blusa e jogo na cara dele e Théo sorri e cheira minha blusa, logo após tiro a saia jeans e jogo para ele também, ficando só de lingerie que não é nada sexy, na verdade não tenho nenhuma assim, já que nunca precisei seduzir ninguém, então as minhas são bem simples, coisas para usar no dia a dia.

— Você é muito linda Anna. — Théo diz me olhando e eu apenas sorrio, não fico com vergonha nem nada, pois como ele disse fiquei de biquíni na frente dele várias vezes.

Visto primeiro a calça e logo após a blusa.

— Que pena, a visão estava maravilhosa.

— Estava é?

— Sim.

— Quem sabe eu não te deixe ver um pouco mais depois.

— Anna...

— Vamos logo vocês dois! — Davi diz batendo na porta.

— Melhor nós irmos! — digo.

— É...

Vamos até a praia e todos menos Cecília já estão aqui.

Théo se senta e eu sento entre suas pernas e ele me abraça por trás e beija meu pescoço.

Logo Ceci chega e senta ao lado da Luna e as duas ficam fofocando e olhando para o celular de Luna, essas duas estão aprontando.

Ficamos um bom tempo conversando, assando marshmallows, até que Ceci pega o violão do papai, todos nós levamos jeito para música, mas só quem toca violão perfeitamente bem igual ao papai é a Ceci, Lelê toca piano, os meninos fazem aula de canto e violão, mas estão aprendendo agora, todos nós arranhamos em algum instrumento, além de cantar, todos fizemos aula de música, mas só Ceci que levou para frente e toca até hoje.

Ela começa a tocar a música Olhos Certos do Detonautas e todos nós a acompanhamos cantando.

Meu pai também ama tocar essa música e canta muito bem, Ceci herdou tanto o dom para tocar como para cantar, eu até tentei aprender a tocar, mas sou uma negação, então eu só canto mesmo, meu talento é para pintura.

Após tocar mais algumas músicas cada um pega o rumo do seu quarto e eu começo a ficar ansiosa e nervosa, apesar de Théo dizer que vai respeitar meu tempo, mas eu nunca dormi com um homem antes.

Théo abre a porta do quarto e me dá espaço para entrar e entra logo em seguida.

— Vai querer tomar um banho antes de deitarmos? — ele pergunta.

— Eu vou sim, tomei banho só quando sai de casa e sentamos no chão e também não consigo dormir sem meu banho. — digo.

— Eu estou com muito frio. — Théo diz.

— Tem água quente cascão.

— Você vem comigo para o banho? Para me esquentar.

— Muito espertinho você! Eu vou tomar meu banho sozinha e depois você vai e toma o seu.

— Tá...

Tomo um banho rápido e logo saio do banheiro e logo vejo o cascão deitado na cama e já está dormindo. Théo é dorminhoco, desde criança, sempre foi o mais fraco para o sono e o primeiro a dormir.

Visto um conjunto de moletom limpo, um da minha mala e deito ao lado dele o abraçando e logo durmo também.

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