Capítulo 17

...Anna Cecília...

Noite passada não consegui dormir direito, a droga da ansiedade não deixou.

Agora estou tentando encontrar algo para vestir, geralmente eu não trago muita coisa na mala, pois tenho algumas roupas aqui, mas são roupas do dia a dia e eu queria me vestir um pouco melhor já que o professor está vindo.

Procuro e procuro, mas infelizmente não encontro nada que me agrade. Se estivesse sozinha e se ele viesse sozinho eu iria esperar por ele sem roupa e ver a reação dele.

O professor quer se fazer de difícil e que eu não o afeto, mas vejo o quanto eu o afeto e o quanto ele gosta das minhas provocações.

Bom, como não posso esperar o professor gostosão sem roupa, opto pelo óbvio, visto um biquíni vermelho e coloco um shortinho jeans azul claro e na parte de cima fico só com o sutiã do biquíni, a calcinha é fio dental, super indecente, já a parte de cima e super comportada e de bojo, nos pés estou com minha chinelinha havaianas que eu amo.

Deixo os cabelos soltos e passo meu perfume preferido.

Saio do meu quarto e encontro Théo e Clara no maior beijo no corredor. Pigarreio para chamar atenção e os dois interrompem o beijo.

— Voltem para o quarto! — digo e eles sorriem.

— Seus convidados já chegaram? — Clara pergunta.

— Ainda não, mas daqui a pouco chegam.

— Quem vem? — Théo pergunta.

— O crush da Ceci e o filho dele.

— Quem é?

— Deixa de ser fofoqueiro Tetéo! — digo e ele revira os olhos e sorri.

— Deixa de ser chata e conta logo, sua chatinha!

— Vou te contar, mas não me critica, tá?!

— Tá.

— É meu professor e o filho dele.

— Tá pegando seu professor chatinha?

— Não estou...

— Mas bem que ela queria. — Clara diz e sorri.

— Queria mesmo!

— E porque não pega? — Théo pegunta.

— É complicado.

— Porquê? — Théo pergunta.

— Alessandro Santorinni te diz alguma coisa? — pergunto e Théo arregala os olhos.

— É ele?!

— Sim, Tetéo.

— Seu pai anda muito de boas com tudo, mas acho que nesse caso ele não vai aceitar muito bem.

— Ele não tem o que aceitar, porque não está acontecendo nada.

— Mas se ele vem é porque quer algo com você chatinha.

— É nada Tetéo, é porque conheci o filho dele e gostei bastante do garoto, dei meu número para ele e ele me ligou na sexta me convidando para sair com ele e o pai para comer um lanche, mas eu estava aqui e ele disse que gostava muito de praia e eu o convidei, mas ele não pode vir sozinho, já que só tem doze anos, então o pai tem que trazê-lo.

— Entendi.

— Agora eu vou falar com o Ruan e vocês voltem para o quarto e parem de se pegar pelos cantos. — os dois sorriem e saio para procurar Ruan.

Preciso falar com ele sobre a vinda do professor gostosão, mas acho que Ruan não vai gostar muito da ideia, pois aquele ali é igual ao meu pai não gosta nada do Santorinni. Se Ruan fosse filho do meu pai, talvez não se parecesse tanto com ele.

— Alguém viu o Ruan? — pergunto entrando na cozinha, onde estão Manu, Tony, Duda e Luna tomando café.

— Acho que estão na praia com os gêmeos, Aurora e Beatrice.

Saio de casa e realmente os encontro na praia.

— Ruan? — chamo e ele olha para mim.

— Oi loirinha. — acho que todas as loiras da família são chamadas assim.

— Eu queria te dizer que meu professor está vindo com o filho dele passar o dia aqui.

— Ele está?! — Luíza pergunta surpresa, pois ela já sabe quem é.

— Sim, estão vindo. — Luíza me olha surpresa e Ruan olha dela para mim.

— Quem é esse professor? — Ruan pergunta.

— Santorinni.

— Santorinni... Aquele Santorinni?!

— Sim.

— Cecília!

— Ele é meu professor.

— O que acha disso amor? Você é a irmã mais velha no momento. — ele diz isso porque Laura é a "mais velha", só porque nasceu antes de Luíza e de Letícia.

— Eu não acho nada, a vida é dela, mas que papai vai surtar, ah ele vai e olhe que ele é de boa agora.

— Tudo bem eu trazê-los para vocês? Não gostaria que tratassem o professor Santorinni mal na frente do filho, ele tem a idade dos gêmeos.

— O que acha? — Ruan pergunta para Luíza.

— Por mim tudo bem.

— Se a Lulu está de acordo eu também não vou me opor, mas saiba que se seu pai descobrir ele não vai matar só você, mas nós todos. E lembre-se, seu pai sempre sabe de tudo, ninguém esconde nada dele.

— Pode deixar que com meu pai eu entendo.

— Ok. Mas me diz Ceci, gosta dele?

— Gosto sim, Ruan. — digo e admitir isso me deixa triste, pois sei de tudo que nos impede.

— Oh loirinha. — Ruan diz e me abraça.

— Está tudo bem.

— Não vai deixar isso te magoar, ouviu? Se acabar se magoando com isso, aí que seu pai vai ficar com raiva mesmo. — Ruan diz.

— Eu sei, vai ficar tudo bem, obrigada Ruan, obrigada Lulu.

— Por nada. — os dois respondem juntos.

Saio para dar uma caminhada, coloco meus fones e Iris de The Goo Goo Dolls começa a tocar, aprendi a gostar dessa música com minha tia Bella, ela que gosta desse tipo de música.

Quando percebo estou quase correndo e cantando a música, aqui é um lugar lindo, onde você se sente livre de verdade.

Aproveito que me afastei e vou até ao restaurante da família do Gab, nós sempre gostamos muito daqui e não fica longe de casa.

Entro e vejo o professor gostosão junto com Henry em uma mesa tomando café da manhã, acho que os dois não devem ter comido antes de sair.

— Bom dia. — a moça que está atrás do balcão diz, não é a irmã do Gab, já que ela está na capital com as meninas.

— Bom dia, eu quero uma salada de frutas.

— Ok, já, já sai.

— Obrigada, vou sentar ali.

— Ok.

— Bom dia. — digo me aproximando da mesa deles.

Santorinni me olha de cima à baixo e engole em seco, só então lembro como estou vestida, não vesti uma blusa antes de sair de casa, mas aqui ninguém nem estranha, pois estamos à beira mar.

— Ceci! — Henry levanta e me abraça.

— Oi Henry, bem vindo à Ilha Paraíso.

— Obrigado, aqui é muito bonito, igual a você. Ela está bonita, não está pai?

— Sim.

— Obrigada.

— Ah! Desculpe. — Santorinni se levanta e afasta uma cadeira para que eu me sente ao lado dele e de Henry.

— Obrigada.

Ele não consegue tirar os olhos dos meus peitos e eu gesticulo para que olhe para o meu rosto, ela sorri e nega com a cabeça.

— Sua casa fica aqui perto? — Henry pergunta.

— Fica sim, tanto que vim andando.

— Ah, deve ser muito bom morar aqui. — Henry diz.

— Deve sim, quando eu era criança queria morar aqui.

— Meu pai prometeu me levar para conhecer o país onde o meu avô nasceu, mas ainda não levou, lá tem muitas praias.

— E qual é o país? — pergunto.

— República Dominicana.

— Não sabia que sua família era de lá professor, até porque seu sobrenome é italiano. — me dirijo a ele, pois está muito calado, só Henry e eu estamos falando.

— Santorinni da minha mãe que é italiana, Reyes do meu pai que era dominicano.

— E o senhor nasceu aqui professor?

— Sim, eu sou brasileiro.

— Entendi.

— Minha irmã que nasceu na Itália.

— Eu já fui pra Itália, mas ainda não visitei a República Dominicana.

— Está vendo pai?! Tem que me levar lá e aproveitamos e levamos a Ceci também. — Santorinni me olha e eu sorrio.

— Nós vamos resolver isso filho e vamos levar a Anna Cecília também.

— Vão é? — pergunto olhando para o meu professor gostosão.

— Vamos. — Santorinni está me olhando de um jeito diferente hoje.

Acho que está me olhando assim porque estou com pouca roupa, mas ele já me viu sem nada, então não é uma novidade para ele.

— Sua salada. — uma das moças que trabalham aqui traz para mim.

— Obrigada.

— Gostei de vê, está muito saudável hoje. — Santorinni diz. — Ao contrário desse que já comeu dois mistos quentes. — ele diz e Henry sorri.

— Aqui eles tem um peixe empanado sensacional. — digo.

— Você ama uma fritura não é loi... Anna Cecília?

— Eu gosto, mas não como muito.

— Não faz bem.

— Eu sei professor.

Terminamos de comer e como da outra vez ele pagou pelo meu pedido, ele é muito cavalheiro.

— Vai de carro com a gente Ceci? — Henry pergunta.

— Se seu pai não se incomodar.

— O senhor não se incomoda, não é pai?

— De forma alguma.

Santorinni está muito calado e sério hoje, ele não costuma ser assim e não posso dizer que é por causa do filho, pois da vez que nos encontramos no shopping ele estava bem mais relaxado e sorridente.

— Pode ir na frente Ceci. — Henry diz.

— Obrigada. — digo e vou abrir a porta, mas Santorinni segura minha mão me impedindo e abre a porta para mim.

Henry senta no banco de traz e Santorinni dá partida no carro e nós vamos rumo a minha casa.

— É aqui. — digo quando chegamos e Santorinni me olha muito sério.

Assim que o carro para Henry desce quase correndo, ele tem um grande sorriso no rosto, esse garoto é muito especial.

Olho para o Santorinni e ele olha para o filho com muita admiração, vejo nele o mesmo olhar do meu pai, que sempre nos olha com admiração.

— Seu filho é incrível professor.

— Ele é.

— Porque está tão sério hoje?

— Desculpe, eu não estou no meu melhor dia, só vim porque disse pra você que vinha e também porque Henry queria muito vir, mas a verdade é que não estou com muita cabeça para nada hoje.

Vê-lo falar assim me deixa triste, imaginei outra coisa para o dia de hoje, mas pelo que vejo ele realmente não está bem, percebi assim que o vi no restaurante.

— O que aconteceu professor?

— Vai continuar me chamando de professor?

— Vou! Essa é nossa relação no momento.

— No momento?

— É!

— E você quer outra coisa loirinha?

— E o senhor quer? — ele sorri de lado.

— Sempre me responde com uma pergunta, não é loirinha?

— É porque sei o que quero professor, mas o que o senhor quer eu não sei.

— Acho que quero o mesmo que você.

— E como sabe o que eu quero?

— Eu sou homem loirinha, eu sei exatamente quando uma mulher me quer.

— Ah é! A lista deve ser imensa.

— Pequena não é. — ele diz e eu reviro os olhos.

— Sua lista é tão grande, mas é uma pena o senhor só querer a mim dessa lista, não é? — ele sorri e nega com a cabeça.

— Você é convencida, hein?

— O senhor acabou de me dizer que quer o mesmo que eu, então se eu te quero, é óbvio que me quer também, então de nada adianta ter uma lista imensa se o senhor só quer a mim.

— Atrevida. — ele diz e eu dou de ombros. — Quero ver esse seu atrevimento quando estivermos sozinhos.

— Vai ver sim, mas antes admita, que dessa sua lista eu sou a número um.

— Você é. — ele diz e eu sorrio satisfeita.

— Logo eu seria a única.

— Convencida demais!

— Vocês não vão descer?! — Henry pergunta.

— Vamos! — respondemos juntos.

Não sei o que aconteceu com o professor, mas com certeza é algo que está mexendo com ela de verdade. Decidi descontrair um pouco o clima e consegui fazer ele sorrir e agora ele está mais leve, assim como clima também.

— Aqui é muito bonito pai, o senhor deveria comprar uma casa aqui também.

— Comprem e me convidem para passar um final de semana inteiro com vocês, isso se a namorada do seu pai não se importar. — digo olhando para o Santorinni.

— Meu pai não tem namorada, Ceci, ele só trabalha.

— Henry! Eu não só trabalho.

— Pai, o senhor só para de trabalhar quando está comigo.

— Pra quê melhor rapaz? — Henry sorri e se afasta.

— Esse menino é linguarudo igual a você, vocês parecem irmãos.

— Ele é incrível e adoraria que ele fosse meu irmão, mas se fôssemos irmãos, talvez o senhor seria meu pai, e eu quero tudo, menos que seja meu pai.

— Quando diz que quer tudo, se refere a tudo mesmo?

— Sim, tudo mesmo...

— Não fala essas coisas, ainda mais quando tudo que quero é tirar essa pouca roupa de você.

— Pode tirar... — digo e passo por ele que aproveita que não tem ninguém olhando e acerta um tapa bem servido na minha b*nda.

— Aí! Porque me bateu?

— Fazia tempo que estava com vontade de fazer isso.

— Muito bonito! Isso é coisa que o senhor faça com sua aluna?

— No momento não sou seu professor.

— Ah, quer dizer então que quando não estivermos na sala de aula podemos ser outra coisa?

— Exatamente.

— Bom saber... vem, vou te apresentar ao pessoal.

— Tem certeza?

— Tenho, relaxa...

Esse dia promete e espero que ele termine bem.

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Comments

Maria de Fátima da Silva

Maria de Fátima da Silva

igualzinho a Raquel e Caio /Drool//Angry/

2024-10-29

3

eliete cabral rosa

eliete cabral rosa

Cecí e o professor são puro fogo 🔥

2024-10-17

1

Maria de Fatima Chaves

Maria de Fatima Chaves

Gente está muito emocionante essa história ui

2024-09-25

2

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Atualizado até capítulo 70

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