...Anna Cecília...
Noite passada não consegui dormir direito, a droga da ansiedade não deixou.
Agora estou tentando encontrar algo para vestir, geralmente eu não trago muita coisa na mala, pois tenho algumas roupas aqui, mas são roupas do dia a dia e eu queria me vestir um pouco melhor já que o professor está vindo.
Procuro e procuro, mas infelizmente não encontro nada que me agrade. Se estivesse sozinha e se ele viesse sozinho eu iria esperar por ele sem roupa e ver a reação dele.
O professor quer se fazer de difícil e que eu não o afeto, mas vejo o quanto eu o afeto e o quanto ele gosta das minhas provocações.
Bom, como não posso esperar o professor gostosão sem roupa, opto pelo óbvio, visto um biquíni vermelho e coloco um shortinho jeans azul claro e na parte de cima fico só com o sutiã do biquíni, a calcinha é fio dental, super indecente, já a parte de cima e super comportada e de bojo, nos pés estou com minha chinelinha havaianas que eu amo.
Deixo os cabelos soltos e passo meu perfume preferido.
Saio do meu quarto e encontro Théo e Clara no maior beijo no corredor. Pigarreio para chamar atenção e os dois interrompem o beijo.
— Voltem para o quarto! — digo e eles sorriem.
— Seus convidados já chegaram? — Clara pergunta.
— Ainda não, mas daqui a pouco chegam.
— Quem vem? — Théo pergunta.
— O crush da Ceci e o filho dele.
— Quem é?
— Deixa de ser fofoqueiro Tetéo! — digo e ele revira os olhos e sorri.
— Deixa de ser chata e conta logo, sua chatinha!
— Vou te contar, mas não me critica, tá?!
— Tá.
— É meu professor e o filho dele.
— Tá pegando seu professor chatinha?
— Não estou...
— Mas bem que ela queria. — Clara diz e sorri.
— Queria mesmo!
— E porque não pega? — Théo pegunta.
— É complicado.
— Porquê? — Théo pergunta.
— Alessandro Santorinni te diz alguma coisa? — pergunto e Théo arregala os olhos.
— É ele?!
— Sim, Tetéo.
— Seu pai anda muito de boas com tudo, mas acho que nesse caso ele não vai aceitar muito bem.
— Ele não tem o que aceitar, porque não está acontecendo nada.
— Mas se ele vem é porque quer algo com você chatinha.
— É nada Tetéo, é porque conheci o filho dele e gostei bastante do garoto, dei meu número para ele e ele me ligou na sexta me convidando para sair com ele e o pai para comer um lanche, mas eu estava aqui e ele disse que gostava muito de praia e eu o convidei, mas ele não pode vir sozinho, já que só tem doze anos, então o pai tem que trazê-lo.
— Entendi.
— Agora eu vou falar com o Ruan e vocês voltem para o quarto e parem de se pegar pelos cantos. — os dois sorriem e saio para procurar Ruan.
Preciso falar com ele sobre a vinda do professor gostosão, mas acho que Ruan não vai gostar muito da ideia, pois aquele ali é igual ao meu pai não gosta nada do Santorinni. Se Ruan fosse filho do meu pai, talvez não se parecesse tanto com ele.
— Alguém viu o Ruan? — pergunto entrando na cozinha, onde estão Manu, Tony, Duda e Luna tomando café.
— Acho que estão na praia com os gêmeos, Aurora e Beatrice.
Saio de casa e realmente os encontro na praia.
— Ruan? — chamo e ele olha para mim.
— Oi loirinha. — acho que todas as loiras da família são chamadas assim.
— Eu queria te dizer que meu professor está vindo com o filho dele passar o dia aqui.
— Ele está?! — Luíza pergunta surpresa, pois ela já sabe quem é.
— Sim, estão vindo. — Luíza me olha surpresa e Ruan olha dela para mim.
— Quem é esse professor? — Ruan pergunta.
— Santorinni.
— Santorinni... Aquele Santorinni?!
— Sim.
— Cecília!
— Ele é meu professor.
— O que acha disso amor? Você é a irmã mais velha no momento. — ele diz isso porque Laura é a "mais velha", só porque nasceu antes de Luíza e de Letícia.
— Eu não acho nada, a vida é dela, mas que papai vai surtar, ah ele vai e olhe que ele é de boa agora.
— Tudo bem eu trazê-los para vocês? Não gostaria que tratassem o professor Santorinni mal na frente do filho, ele tem a idade dos gêmeos.
— O que acha? — Ruan pergunta para Luíza.
— Por mim tudo bem.
— Se a Lulu está de acordo eu também não vou me opor, mas saiba que se seu pai descobrir ele não vai matar só você, mas nós todos. E lembre-se, seu pai sempre sabe de tudo, ninguém esconde nada dele.
— Pode deixar que com meu pai eu entendo.
— Ok. Mas me diz Ceci, gosta dele?
— Gosto sim, Ruan. — digo e admitir isso me deixa triste, pois sei de tudo que nos impede.
— Oh loirinha. — Ruan diz e me abraça.
— Está tudo bem.
— Não vai deixar isso te magoar, ouviu? Se acabar se magoando com isso, aí que seu pai vai ficar com raiva mesmo. — Ruan diz.
— Eu sei, vai ficar tudo bem, obrigada Ruan, obrigada Lulu.
— Por nada. — os dois respondem juntos.
Saio para dar uma caminhada, coloco meus fones e Iris de The Goo Goo Dolls começa a tocar, aprendi a gostar dessa música com minha tia Bella, ela que gosta desse tipo de música.
Quando percebo estou quase correndo e cantando a música, aqui é um lugar lindo, onde você se sente livre de verdade.
Aproveito que me afastei e vou até ao restaurante da família do Gab, nós sempre gostamos muito daqui e não fica longe de casa.
Entro e vejo o professor gostosão junto com Henry em uma mesa tomando café da manhã, acho que os dois não devem ter comido antes de sair.
— Bom dia. — a moça que está atrás do balcão diz, não é a irmã do Gab, já que ela está na capital com as meninas.
— Bom dia, eu quero uma salada de frutas.
— Ok, já, já sai.
— Obrigada, vou sentar ali.
— Ok.
— Bom dia. — digo me aproximando da mesa deles.
Santorinni me olha de cima à baixo e engole em seco, só então lembro como estou vestida, não vesti uma blusa antes de sair de casa, mas aqui ninguém nem estranha, pois estamos à beira mar.
— Ceci! — Henry levanta e me abraça.
— Oi Henry, bem vindo à Ilha Paraíso.
— Obrigado, aqui é muito bonito, igual a você. Ela está bonita, não está pai?
— Sim.
— Obrigada.
— Ah! Desculpe. — Santorinni se levanta e afasta uma cadeira para que eu me sente ao lado dele e de Henry.
— Obrigada.
Ele não consegue tirar os olhos dos meus peitos e eu gesticulo para que olhe para o meu rosto, ela sorri e nega com a cabeça.
— Sua casa fica aqui perto? — Henry pergunta.
— Fica sim, tanto que vim andando.
— Ah, deve ser muito bom morar aqui. — Henry diz.
— Deve sim, quando eu era criança queria morar aqui.
— Meu pai prometeu me levar para conhecer o país onde o meu avô nasceu, mas ainda não levou, lá tem muitas praias.
— E qual é o país? — pergunto.
— República Dominicana.
— Não sabia que sua família era de lá professor, até porque seu sobrenome é italiano. — me dirijo a ele, pois está muito calado, só Henry e eu estamos falando.
— Santorinni da minha mãe que é italiana, Reyes do meu pai que era dominicano.
— E o senhor nasceu aqui professor?
— Sim, eu sou brasileiro.
— Entendi.
— Minha irmã que nasceu na Itália.
— Eu já fui pra Itália, mas ainda não visitei a República Dominicana.
— Está vendo pai?! Tem que me levar lá e aproveitamos e levamos a Ceci também. — Santorinni me olha e eu sorrio.
— Nós vamos resolver isso filho e vamos levar a Anna Cecília também.
— Vão é? — pergunto olhando para o meu professor gostosão.
— Vamos. — Santorinni está me olhando de um jeito diferente hoje.
Acho que está me olhando assim porque estou com pouca roupa, mas ele já me viu sem nada, então não é uma novidade para ele.
— Sua salada. — uma das moças que trabalham aqui traz para mim.
— Obrigada.
— Gostei de vê, está muito saudável hoje. — Santorinni diz. — Ao contrário desse que já comeu dois mistos quentes. — ele diz e Henry sorri.
— Aqui eles tem um peixe empanado sensacional. — digo.
— Você ama uma fritura não é loi... Anna Cecília?
— Eu gosto, mas não como muito.
— Não faz bem.
— Eu sei professor.
Terminamos de comer e como da outra vez ele pagou pelo meu pedido, ele é muito cavalheiro.
— Vai de carro com a gente Ceci? — Henry pergunta.
— Se seu pai não se incomodar.
— O senhor não se incomoda, não é pai?
— De forma alguma.
Santorinni está muito calado e sério hoje, ele não costuma ser assim e não posso dizer que é por causa do filho, pois da vez que nos encontramos no shopping ele estava bem mais relaxado e sorridente.
— Pode ir na frente Ceci. — Henry diz.
— Obrigada. — digo e vou abrir a porta, mas Santorinni segura minha mão me impedindo e abre a porta para mim.
Henry senta no banco de traz e Santorinni dá partida no carro e nós vamos rumo a minha casa.
— É aqui. — digo quando chegamos e Santorinni me olha muito sério.
Assim que o carro para Henry desce quase correndo, ele tem um grande sorriso no rosto, esse garoto é muito especial.
Olho para o Santorinni e ele olha para o filho com muita admiração, vejo nele o mesmo olhar do meu pai, que sempre nos olha com admiração.
— Seu filho é incrível professor.
— Ele é.
— Porque está tão sério hoje?
— Desculpe, eu não estou no meu melhor dia, só vim porque disse pra você que vinha e também porque Henry queria muito vir, mas a verdade é que não estou com muita cabeça para nada hoje.
Vê-lo falar assim me deixa triste, imaginei outra coisa para o dia de hoje, mas pelo que vejo ele realmente não está bem, percebi assim que o vi no restaurante.
— O que aconteceu professor?
— Vai continuar me chamando de professor?
— Vou! Essa é nossa relação no momento.
— No momento?
— É!
— E você quer outra coisa loirinha?
— E o senhor quer? — ele sorri de lado.
— Sempre me responde com uma pergunta, não é loirinha?
— É porque sei o que quero professor, mas o que o senhor quer eu não sei.
— Acho que quero o mesmo que você.
— E como sabe o que eu quero?
— Eu sou homem loirinha, eu sei exatamente quando uma mulher me quer.
— Ah é! A lista deve ser imensa.
— Pequena não é. — ele diz e eu reviro os olhos.
— Sua lista é tão grande, mas é uma pena o senhor só querer a mim dessa lista, não é? — ele sorri e nega com a cabeça.
— Você é convencida, hein?
— O senhor acabou de me dizer que quer o mesmo que eu, então se eu te quero, é óbvio que me quer também, então de nada adianta ter uma lista imensa se o senhor só quer a mim.
— Atrevida. — ele diz e eu dou de ombros. — Quero ver esse seu atrevimento quando estivermos sozinhos.
— Vai ver sim, mas antes admita, que dessa sua lista eu sou a número um.
— Você é. — ele diz e eu sorrio satisfeita.
— Logo eu seria a única.
— Convencida demais!
— Vocês não vão descer?! — Henry pergunta.
— Vamos! — respondemos juntos.
Não sei o que aconteceu com o professor, mas com certeza é algo que está mexendo com ela de verdade. Decidi descontrair um pouco o clima e consegui fazer ele sorrir e agora ele está mais leve, assim como clima também.
— Aqui é muito bonito pai, o senhor deveria comprar uma casa aqui também.
— Comprem e me convidem para passar um final de semana inteiro com vocês, isso se a namorada do seu pai não se importar. — digo olhando para o Santorinni.
— Meu pai não tem namorada, Ceci, ele só trabalha.
— Henry! Eu não só trabalho.
— Pai, o senhor só para de trabalhar quando está comigo.
— Pra quê melhor rapaz? — Henry sorri e se afasta.
— Esse menino é linguarudo igual a você, vocês parecem irmãos.
— Ele é incrível e adoraria que ele fosse meu irmão, mas se fôssemos irmãos, talvez o senhor seria meu pai, e eu quero tudo, menos que seja meu pai.
— Quando diz que quer tudo, se refere a tudo mesmo?
— Sim, tudo mesmo...
— Não fala essas coisas, ainda mais quando tudo que quero é tirar essa pouca roupa de você.
— Pode tirar... — digo e passo por ele que aproveita que não tem ninguém olhando e acerta um tapa bem servido na minha b*nda.
— Aí! Porque me bateu?
— Fazia tempo que estava com vontade de fazer isso.
— Muito bonito! Isso é coisa que o senhor faça com sua aluna?
— No momento não sou seu professor.
— Ah, quer dizer então que quando não estivermos na sala de aula podemos ser outra coisa?
— Exatamente.
— Bom saber... vem, vou te apresentar ao pessoal.
— Tem certeza?
— Tenho, relaxa...
Esse dia promete e espero que ele termine bem.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Maria de Fátima da Silva
igualzinho a Raquel e Caio /Drool//Angry/
2024-10-29
3
eliete cabral rosa
Cecí e o professor são puro fogo 🔥
2024-10-17
1
Maria de Fatima Chaves
Gente está muito emocionante essa história ui
2024-09-25
2