Capítulo 10

...Anna Cecília...

Hoje é sábado e decidi sair para dar uma volta no shopping, fazer umas comprinhas, estou precisando comprar umas calças jeans e tênis para ir à faculdade, pois faz tempo que não compro, porque tenho preguiça de sair para comprar roupa, a maioria das minhas eu ganho da tia Liz.

Estou andando distraída olhando para as vitrines, quando de longe avisto um paredão de músculos de quase dois metros, ao lado dele um menino muito parecido com ele.

Será filho dele?

Será que ele é casado? Ele mencionou uma ex, talvez a ex dele seja mãe do menino, ou talvez ele possa ser sobrinho dele.

Viro as costas e volto pelo mesmo caminho que vim para que ele não me veja, quero evitar o constrangimento.

Na pressa acabo esbarrando em alguém e derrubando minhas sacolas e infelizmente preciso me abaixar para juntá-las, pois a pessoa em que esbarrei resmungou algo e saiu.

— Tudo bem aí? — a voz me arrepia inteira.

— Sim. — digo e ele se abaixa para me ajudar a juntar as sacolas e me ajudar a levantar.

— Obrigada. — digo.

— Tudo bem? Se machucou?

— Não, estou bem. — o menino me olha com olhos curiosos e definitivamente percebo que é filho dele sim, tem os mesmo olhos.

— Ah! Esse é meu filho Henry, filho, essa é Anna Cecília, aluna do papai. — olha para ele meio que assustada e interrogativa.

— Oi. — ele diz.

— Olá Henry.

— A mãe dele e eu somos separados.

— Ah.

— Anna Cecília me diz como é meu pai como professor?

— Ele é bem rígido.

— Sério?

— Sim, muito mandão e autoritário, levei maior bronca dele porque cheguei atrasada.

— Pai, o senhor deu bronca nela?

— Não, só chamei a atenção dela.

— Eu gostei de você Anna Cecília, nunca tinha conhecido uma aluna do meu pai. — sorrio.

— Eu também gostei de você Henry, bom eu vou indo, foi um prazer te conhecer, até logo professor.

— Estamos indo pra praça de alimentação almoçar, querer vir com a gente? — Henry convida.

— Não, muito obrigada, não quero atrapalhar vocês dois.

— Você não atrapalha Anna Cecília, pelo contrário, é muito bem vinda. — Santorinni diz e eu estranho ele não me chamar de loirinha.

— Então tudo bem, eu aceito almoçar com vocês.

— Podemos almoçar um Mac pai?

— E isso é almoço garoto?

— Hoje é sábado pai, deixa vai?

— Não sei que graça tem comer essas porcarias.

— Seu pai é natureba igual o meu, o meu não gosta de lanche também, ele mesmo faz uns naturais lá em casa quando estamos com vontade de comer besteira.

— E fica bom?

— Fica sim, meu pai cozinha muito bem.

— Meu pai também cozinha bem.

— Eu também sei cozinhar. — digo e o Santorinni me olha e sorri.

— Sabe? — ele pergunta.

— Sei sim professor.

— Interessante. Vamos sentar aqui. — Santorinni diz indicando a mesa.

— O que você vai querer Anna Cecília? — Henry pergunta.

— Pode me chamar de Cecília ou só Cecí.

— Ok. E você vai querer o quê?

— E eu vou querer um hambúrguer com fritas e milkshake de morango, eu amo morango.

— Eu posso ir lá pedir pai? O senhor vai querer o quê?

— Pode ir pedir sim filho, mas eu quero comida de verdade, daqui a pouco peço pra mim, vai pedir o seu e o da Anna Cecília.

— Tá! Eu vou lá.

— Seu filho é lindo, quantos anos ele tem?

— Doze.

— A mesma idade dos meus irmãos mais novos.

— Os gêmeos, não é?

— Sim. Eu não sabia que o senhor tinha um filho.

— Eu tenho, mas só pego ele para passar o final de semana comigo de quinze em quinze dias. A mãe dele e eu nos divorciamos faz cinco anos.

— Deve ser ruim ficar longe dele.

— Você nem imagina o quanto, ele é uma das pessoas mais importantes da minha vida.

— Quem são as outras pessoas professor?

— Minha mãe e minha irmã.

— E seu pai?

— Morreu quando eu tinha quinze anos.

— Ele era advogado também?

— Não, ele era empresário, tinha um mercadinho no bairro, aliás, ainda tem, ficou para minha mãe e cresceu bastante, agora é um supermercado, minha irmã que gerencia, ela estudou administração de empresas e comanda tudo por lá, minha mãe já se aposentou.

— Entendi, e de onde veio a vontade de estudar direito?

— De mim mesmo, me identifiquei desde o ensino médio.

— O escritório é seu e demais quem?

— Dos meus dois primos.

— Entendi.

— Quer ser criminalista também?

— Quero.

— Não nega ser filha de quem é.

— Está no meu sangue professor, meus pais são advogados.

— Poderia ser trabalhista como sua mãe.

— Eu gosto de desafios, professor, gosto de uma boa briga.

— É mesmo loirinha?

— Sim. — digo olhando em seus olhos.

— Seu pedido Cecí. — Henry diz e coloca a bandeja na minha frente e eu quebro o contato visual com Santorinni.

— Obrigada Henry.

— Agora vou pegar o meu.

— Seu filho é muito amável.

— Ele é! Tem a quem puxar.

— É...

— O senhor não vai pedir nada pai?

— Vou agora que você chegou para fazer companhia a Anna Cecília.

...Alessandro Santorinni...

Foi uma grata surpresa encontrar a loirinha aqui no shopping, a vi abaixada tentando juntar suas sacolas, de longe a conheci, logo de cara nem precisei olhar muito para saber que era ela.

Vê-la interagindo com meu filho me deixou muito feliz e ao mesmo tempo posso perceber o quanto ela é jovem, pois conversa praticamente de igual para igual com Henry, afinal ela é mais velha que ele apenas seis anos, mas também tem irmãos na faixa etária dele.

A loirinha sabe como cativar qualquer pessoa, meu filho está encantado com ela e também não é para menos, ela é amável e atenciosa, tudo que qualquer pessoa gosta.

Faço meu pedido, comida de verdade, arroz, feijão, salada e frango grelhado e um suco natural de laranja. Não costumo deixar Henry comer besteira na hora das refeições, mas hoje é uma exceção, pois ele está muito animado por conhecer a loirinha e também ele merece por ter tirado dez na prova de matemática. Sei que a obrigação dele é tirar boas notas, afinal sua única obrigação é estudar e faço questão de pagar uma boa escola para ele, mas eu gosto de recompensá-lo para que ele se esforce cada vez mais.

— Voltei! — digo me sentando de frente para a loirinha que está sentada ao lado de Henry.

— Ceci estava me dizendo que quer ser criminalista igual ao senhor papai.

— Eu sei filho, ela já me disse.

— Quem sabe ela não vai trabalhar com o senhor e meus tios.

— Ela não vai querer trabalhar comigo filho.

— E porque não?

— A família dela tem um escritório de advocacia também.

— É sério? — ele pergunta para a loirinha.

— Sim, meu pai também é criminalista, minha mãe também é advogada, mas ela é trabalhista.

— Todos da sua família são advogados?

— Não! Meus pais são, meu avô, meus dois tios, meus primos, uma das minhas irmãs acabou de se formar e futuramente serei eu.

— Que legal, eu quero estudar biologia.

— Que legal!

— É sim. E você falou uma das suas irmãs, você tem mais de uma?

— Tenho seis irmãos.

— Sério?! — ele pergunta surpreso.

— Sim, minhas irmãs mais velhas são trigêmeas, aí eu tenho uma irmã gêmea e tenho dois irmãos, que são mais novos que eu, eles têm sua idade e também são gêmeos.

— São todos gêmeos?

— Sim, têm muitos gêmeos na minha família, as irmãs mais novas da minha mãe são gêmeas e elas também têm filhos gêmeos e trigêmeos e tem meus irmãos e eu.

— Deve ser legal ter irmãos, ainda mais gêmeo.

— É bem legal sim, quem sabe um dia você não tenha irmãos e que venham gêmeos. — ela diz e olha para mim.

A loirinha soltou sua indireta mais que direta. Essa pestinha sabe o que quer, tem uma personalidade muito forte, ela é tão madura as vezes que esqueço que ela tem apenas dezoito anos. Vê-la com meu filho me lembra o quão jovem ela é e o quanto é errado querer me envolver com ela.

Ela tem apenas dezoito anos, sei que idade não deve importar, mas no nosso caso tem muitas outras coisas que nos impedem de ficar juntos. Vontade é o que não falta, porque a loirinha é gostosa demais.

— Nós vamos assistir um filme, quer vir com a gente? — Henry pergunta para ela.

— Não, muito obrigada pelo convite, mas eu tenho mesmo que ir, muito obrigada pela companhia para o almoço. — ela diz mexendo na bolsa para pegar o cartão para pagar seu lanche.

— Pode deixar que eu pago, você é nossa convidada. — digo.

— Obrigada então professor.

— Por nada.

— Tchau Henry. — ela diz abraçando meu filho.

— Tchau Ceci, foi muito legal te conhecer. Quando eu estiver com meu pai vou pedir pra ele te ligar pra você vir passear com a gente.

— Seu pai não tem meu número Henry.

— Você pode dar seu número pra ele?

— Se ele quiser, sim.

— O senhor quer pai?

— Claro. — tiro o celular do bolso e entrego para ela que salva seu número.

— Pronto, agora eu vou indo.

— Vai voltar como? — pergunto.

— Com meu homem de preto. — ela aponta para o segurança parado um pouco distante de nós.

— Ah!

— Até segunda professor.

— Até.

— Espero te ver em breve Henry.

— Eu também. — ela dá um beijo na bochecha do meu filho e vai embora.

Observo o rebolado da loirinha e até andando a peste parece indecente.

Imagens dela invadem minha mente e lembro o quanto ela é quente, molhada e apertada, isso é o suficiente para o p*u ganhar vida.

Loirinha dos infernos vai me deixar louco!

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Comments

Solaní Rosa

Solaní Rosa

Cecília é uma loirinha dos infernos kkkkk

2025-03-12

1

Monaliza Souza

Monaliza Souza

Os capítulos de Cecília são maravilhosos igual da sua tia Liz...

2025-01-29

2

lucelia lopes

lucelia lopes

kkkkkkkk,loirinha dos infernos.kkkkkkk

2025-01-03

1

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