...Anna Clara...
Termino de me arrumar para a bendita balada, por minha vontade eu não iria, nunca fui a uma, mas tenho a leve impressão que não vou gostar, pois prefiro estar no meu quartinho lendo um bom livro ou pintando uma das minhas telas.
Passo um batom vermelho, já que é a noite, mas é somente isso que estou usando de maquiagem.
E a roupa escolhida foi um short jeans azul claro curtinho, desfiado nas pernas, uma camiseta preta por dentro do short, uma jaqueta de couro da mesma cor da camiseta por cima e uma botinha também preta.
Chegamos na balada e Cecília trata logo de ir dançar.
Eu me sento na mesa junto com minhas irmãs e os namorados delas, Laura e Letícia estão grávidas. Laura de um bebê só, que ainda não sabemos o sexo e só descobriremos no dia do casamento dela, que também será seu aniversário, ela vai casar junto com Luíza. Letícia está grávida de gêmeas, ela já sabe o sexo das bebês, pois descobriu a gravidez com dezoito semanas.
As duas descobriram as gravidezes recentemente. Todos nós estamos muito felizes com as gravidezes delas, pois teremos bebês em casa. Os últimos foram os trigêmeos da tia Bella que já estão com quase dois anos.
— Cecília está demorando muito. — Laura diz.
Nesse momento vemos o ex dela passando por nós, ele olha para mim e desvia o olhar, pois ele sabe muito bem diferenciar nós duas.
— Vocês viram quem está aqui? — pergunto.
— Vi. — Luíza diz.
— Eu vou procurar ela. — Letícia diz.
— Pode deixar que eu vou. — digo.
Saio procurando minha irmã, mas não a encontro em lugar nenhum.
Acabo esbarrando em alguém e quando olho para ver quem é me deparo com Pedro, o ex da Ceci.
— Oi Clara.
— Não me dirija à palavra.
— Calma Clara, não tem que ficar com raiva de mim, eu juro que não tive nada haver com o que aconteceu com sua irmã.
— Você é o principal culpado, não deveria ter gravado minha irmã seu otário!
— Eu juro que o vídeo era só para mim.
— Nada que você me diga vai fazer com que eu acredite em você e nem vai diminuir minha raiva, saiba que ela é minha outra metade e tudo que fizer com ela também está fazendo comigo.
— Eu juro que não tive a intenção.
— Tanto faz! Eu não quero mais saber de papo com você.
Dou as costas para ele e continuo procurando minha irmã. Estou com tanta raiva que estou sentindo vontade de apertar o pescoço desse embuste.
Continuo procurando minha irmã e nada de encontrá-la, até que meu celular vibra dentro da bolsa, pego para ver quem é, e é uma mensagem da minha gêmea.
Cecília: Estou bem, vi o embuste, tive uma crise de ansiedade, corri para o banheiro e quando sai tinha um deus grego me esperando na porta do banheiro com um copo d'água.
Eu: Por Deus Anna Cecília! Pensei que você tinha saído daqui com alguém. Nossas irmãs estão preocupadas e caso não se lembre, duas delas estão grávidas.
Cecília: Diz a elas que estou nas mesas do lado esquerdo, as reservadas e que estou alguém, ele parece ser um cara legal.
Eu: Parece?
Cecília: Sim, ele é mais velho, sabe qual o nome dele?
Eu: Não!
Cecília: Alessandro Santorinni!
Eu: Do escritório concorrente do nosso?
Cecília: Exatamente!
Eu: Ficou doida? O papai vai te matar.
Cecília: Ele me ajudou, foi tão gentil.
Eu: Sabe que ele e o papai já se enfrentaram no tribunal e o papai ganhou não sabe?
Cecília: Eu sei! Mas ele é tão gato!
Eu: Tá pensando em ficar com ele?
Cecília: Não vou mentir que eu queria ao menos um beijo, ele tem a maior cara de quem beija bem e nada melhor do que um pouco de tesão para me aliviar da tensão da crise de ansiedade.
Eu: Você é doida!
Cecília: Eu sou! Mas disso você já sabe.
Eu: Juízo.
Cecília: Eu tenho! Diz pras trigêmeas que estou bem.
Eu: Lembra do que papai falou, não é pra sair com ninguém.
Cecília: Eu não vou.
Eu: Ok.
Isso não vai prestar, meu pai e o Santorinni tem uma reixa de muitos anos, já se enfrentaram algumas vezes no tribunal e meu pai nunca perdeu um caso para ele. Acho que meu pai e ele são os melhores criminalistas do estado, Ruan está se encaminhando para ser o terceiro, meu primo e namorado da minha irmã é muito bom no que faz.
Ando distraída voltando para nossa mesa e esbarro novamente em alguém, mas para a minha surpresa não é o embuste e sim o dono dos meus pensamentos e meu pior pesadelo, Théo.
— Oi, minha loirinha, estava te procurando minha bebê.
— Está me seguindo Théo?
— Estou, não posso negar, não resisti de saber que você vinha para uma balada sozinha sem minha companhia para te proteger meu amor.
— E desde quando preciso da sua proteção?! E eu não vim sozinha, vim com minhas irmãs e os namorados delas.
— Vai dizer que minha companhia não é melhor Anna?
— Você não desiste, não é?
— De você? Nunca. Eu nunca vou desistir de você Anna, eu amo você demais para desistir.
Espera! Ele disse que me ama?
Ele. Disse. Que. Me. Ama?
— Você o quê?!
— Eu amo você demais para desistir.
— Théo! Não diga essas coisas.
— Digo! Porque é verdade, eu amo você loirinha, me dá uma chance vai, fica comigo? Eu te prometo que não vou te decepcionar, te prometo ser o melhor namorado desse mundo.
— E nossos pais?
— Meus pais são de boa, minha mãe principalmente, sabe que dona Paloma é incrível.
— Eu sei, mas e meu pai e o seu?
— Seu pai aceitou a Luíza e Ruan, porque não vai aceitar nos dois? Se quiser eu falo com ele, eu só não quero ter que ficar longe de você Anna.
— Tem noção do que está falando?
— Tenho, eu quero você, fica comigo vai? Vamos sair daqui, ir para um lugar mais reservado para nós conversarmos.
— Não posso, vim com minhas irmãs.
— Vamos falar para elas que você vai comigo, depois eu te deixo em casa.
— E o meu pai?
— Se quiser, falo com ele hoje ainda.
— Não!
— Ok, como quiser, só vamos comigo.
— Vou avisar as minhas irmãs por mensagem.
— Ok.
Tiro meu celular da bolsa e mando uma mensagem para nosso grupo, onde tem apenas nós cinco.
Eu: Encontrei a Ceci, ela está conversando com um boy.
Laura: Qual boy?
Eu: Pergunta pra ela, quando chegar aí, é babado.
Laura: Cecília puxou a Luíza, é fogo no rabo.
Eu: kkkkkkkk
Eu: Encontrei com o Théo e estou saindo com ele para dar uma volta, depois ele me leva para casa.
Laura: Vocês estão juntos?
Luíza: Estão?
Letícia: Estão?
Eu: Não! Só vamos dar uma volta.
Laura: Hum... Juízo viu.
Letícia: Se cuida.
Luíza: Use camisinha!
*Eu: Eu não vou tr*nsar! Sou virgem ainda e não tenho pretensões de perder hoje e nem com o Théo*.
Laura: Ok, se cuida.
Eu: Pode deixar.
— Pronto! Podemos ir. — ele não se contém e me dá um selinho.
— Aqui não! Quer parar nas páginas de fofoca?
— Eu não me importo.
— Vamos!
Théo me leva até o estacionamento onde está seu carro, abre a porta para mim e logo nós saímos da boate.
— Aonde vamos?
— Para o meu apartamento. — ele diz com naturalidade.
— Nem pense que vamos fazer outras coisas.
— Não estou pensando, te chamei para conversar e é isso que vamos fazer.
— Muito bem. — ele pega minha mão e dá um beijo.
— Amo você Anna.
Logo que chegamos ao seu apartamento, ele estaciona o carro e abre a porta para mim.
Subimos até seu andar onde ele abre a porta para mim.
— Bem vinda. — ele diz quando entro.
— Obrigada.
— Quer beber alguma coisa?
— Água.
— Ok. — ele deixa o celular, a carteira e as chaves em cima da mesinha do centro e vai até a cozinha.
Eu sento no sofá e dou uma olhada em volta, e tudo está muito bem organizado, Théo não gosta de bagunça. O apartamento é muito bonito, mas de longe se vê que é um apartamento masculino por causa da decoração.
Mal ele vai para cozinha e seu celular começa a tocar, não resisto a curiosidade e olho para tela, onde aparece uma mulher muito bonita. Óbvio que ele não passa o final de semana sozinho, óbvio que ele tem suas f*das de final de semana.
— Sua água amor. — ele me entrega o copo e olha para o celular e depois olha para mim.
— Atende, não se incomode comigo.
— Não vou atender. — ele diz desligando o celular.
— Atende, vai acabar perdendo sua f*da.
— Eu não quero f*der com ninguém Anna.
— Pois deveria, comigo você não vai ter nada. — digo e o celular volta a tocar. — Atende essa porcaria Théo! — digo indo para a varanda.
...Théo...
Anna vai até a varando e vejo que ela está chateada, tomara que seja ciúme. Ela não dá o braço a torcer de forma alguma, ela é bem decidida e forte, mas no momento não está conseguindo disfarçar muito bem o seu ciúme.
Desligo meu celular e vou até a varanda e a abraço por trás e beijo seu pescoço.
— Não fica com ciúme não loirinha.
— Não estou.
— Está sim amor, mas não precisa, eu sempre quis você e só não estou como você ainda porque você tem medo.
— Não vou ficar com você com todas essas mulheres te ligando.
— Se eu trocar de número, você fica comigo?
— Não! Pode me levar pra casa?
— Posso sim, meu amor, a hora que você quiser.
— Quero ir agora.
— Antes de te levar eu vou te beijar loirinha.
Sem esperar que ela diga algo a beijo e a sinto amolecer em meus braços, a loirinha não dá o braço a torcer, mas gosta de mim também.
— Que beijo gostoso Anna, você pode até querer negar, mas nós somos ótimos juntos.
— Você não desiste, não é Tetéo? — reviro os olhos, sempre odiei esse apelido.
— Não desisto e não me chame assim.
— Chamo sim!
— Eu deixo só porque é você.
— Tá, agora me leva pra casa?
— Fica só mais um pouco, vamos beber um vinho?
— Quer me deixar bêbada?
— Eu nunca bebi na vida.
— Só uma taça.
— Tá! E depois me leva para casa.
— Como você quiser loirinha.
Termino minha noite conversando com minha loirinha e bebendo um bom vinho, que ela gostou bastante.
Anna até tenta disfarçar, mas sei que ela sente o mesmo por mim, é só questão de tempo até ela parar de lutar contra seus sentimentos e se entregar de vez ao que sente.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Natalicia Coto
Essa estoria vai pegar fogo parabéns escritora
2025-02-01
2
Flavia Felix
Já li todos os livros dessa família. Amo.
2024-12-18
2
Andreza Cristina Cunha
TORCENDO POR ELES 😍😍
2025-03-06
1