Capítulo 05

...Alessandro Santorinni...

Desde o dia em que aquela loirinha me beijou naquela balada que não consigo tirá-la da cabeça.

Eu devo estar ficando louco, pois eu tenho idade de ser pai da garota, ela é mais velha que meu filho apenas seis anos.

Fiquei junto à mãe de Henry por treze anos, sendo dez de casados, mas infelizmente ela quis ter outras experiências, experiências essas que aconteceram quando nós dois ainda estávamos casados.

Quando começamos nosso relacionamento eu tinha vinte anos e Ângela tinha dezenove. Após três anos de namoro nos casamos e ficamos por dez anos casados, mas a cretina me traiu e eu descobri.

Sai de casa deixando tudo para ela, por causa do menino e só Deus sabe o quanto me doeu deixar meu filho. Até queria brigar pela guarda dele, mas infelizmente não tenho tempo para cuidar dele, já que trabalho o dia inteiro e três vezes por semana dou aula em uma universidade, no período da noite.

Então tenho que me contentar a pegar meu filho aos finais de semana a cada quinze dias, é pouco, mas é o que temos.

Me preparo para a minha primeira aula da noite, é para a turma nova, do primeiro semestre.

Pego minhas coisas e sigo para a sala, não sou muito fã de dar aulas para turmas do primeiro semestre, pois eles ainda são adolescentes que acabaram de sair do ensino médio e até eles pegarem o ritmo é difícil.

— Boa noite. — digo e eles me respondem. — Sou Alessandro Santorinni e irei ficar com vocês durante esse semestre.

Uma batida na porta me faz parar de falar e mando quem quer que seja entrar.

— Desculpa o atraso professor, errei o caminho até aqui e me perdi pelos corredores e... — ela finalmente olha para mim e arregala os olhos.

Loirinha!

— Outra coisa... Eu gosto de pontualidade e não gosto de desculpas, por hoje passa, pode ir se sentar.

— Obrigada professor.

— Qual é o seu nome mesmo? — ela me olha surpresa e quase estreita os olhos, mas se contém.

— Anna Cecília.

— Anna Cecília de?...

— Medeiros Alencar! — agora sou eu que arregalo os olhos.

— É filha do Caio Alencar?

— E da doutora Raquel também! Exatamente isso.

— Conheço seus pais, principalmente seu pai.

— Quem não os conhece professor?! Posso ir me sentar.

Eu queria que você sentasse loirinha e não era na sua cadeira.

— Pode.

— Obrigada.

— E nada de atrasos.

— Pode deixar.

A observo ir se sentar e não deixo de olhar para a bela b*nda que ela tem.

P*rra! Ela não poderia ser feia?!

A loirinha tinha que ser bonita e ter um rabo indecente desse?!

Ela está usando uma calça jeans preta bem colada no corpo, uma coisa dessa deveria ser proibida de tão indecente que fica nela, eu sou louco por uma b*nda e a dela é muito bonita.

A peste anda confiante até seu lugar e rebolando esse rabo mais do que deveria despertando olhares de todos os rapazes da sala.

Não sei porque, mas isso me incomoda, não gostei de ver esses moleques olhando para a b*nda avantajada da loirinha.

Não bastava nossa diferença de idade, eu ainda sou professor da menina e para terminar de f*der tudo ela é filha do Alencar.

— Dando seguimento, gostaria que se apresentassem, podem dizer somente os nomes mesmo.

...Anna Cecília...

Deu tudo errado no meu primeiro dia de aula, Luíza decidiu em trazer, já que eu não dirijo ainda, o carro eu tenho, mas ainda preciso aprender a dirigir.

Me arrependi amargamente de pedir para ela me trazer, deveria ter vindo com o motorista mesmo, mas ela estava saindo e me ofereceu uma carona, mas a doida não sabe onde é nada na cidade.

Após conseguirmos achar o prédio da faculdade e eu entrar, me perdi pelos corredores, o que fez eu me atrasar mais ainda.

Quando entrei na sala o professor já estava, e para minha total surpresa, o professor é nada mais nada mesmo do que Alessandro Santorinni, o gato mais velho que eu beijei na balada.

Honestamente, eu não sabia que ele dava aulas aqui e se soubesse não teria o beijado. Ainda tem toda a questão do meu pai e ele não se gostarem, são tantas coisas contra quem eu nem sei o que dizer.

Parece que o senhor distinto está brincando comigo.

Colocar justamente o homem que tem habitado meus pensamentos e meus sonhos mais quentes como meu professor.

O caso com ele já era proibido pelas questões dele com meu pai e acima de tudo ele ainda é meu professor, o que torna tudo mais complicado e antiético ainda.

Observo cada movimento dele, tento não olhar, mas é mais forte que eu, parece que ele tem um ímã que me atrai.

O homem é lindo, quente, gostoso, sexy...

Aí que calor!

Ele tira o paletó e coloca na cadeira e dobra as mangas da camisa até a altura dos cotovelos. Os dois primeiros botões da camisa estão abertos e eu me detenho olhando para o pouco que aparece do seu peitoral.

Os cabelos estão perfeitamente penteados, ele me passa um aspecto de limpeza.

Sabe aquelas pessoas que você olha e sabe que são cheirosas e que tem aquele cheiro de pós banho? É exatamente assim que eu imagino.

No dia da balada eu não me atentei a isso, ainda mais que ele estava com cheiro de Whisky e eu só me concentrei mesmo no beijo.

Que beijo bom!

Sentir os pêlos da barba dele em contado com minha pele me deixou quente e molhada.

Inclusive estou começando a ficar assim outra vez e em meio à sua aula, na frente de muitas pessoas.

Ah céus!

Esse homem vai me deixar doida e olhe que ele nem está olhando para mim.

Aqui ele é muito sério e um chato também, não precisava reclamar por eu ter chegado atrasada, nem foi tanto assim.

Mas o que me deixou com mais raiva foi ele perguntar meu nome, sendo que eu disse para ele no dia da balada.

— E por hoje é só pessoal, nos vemos novamente na quarta. Colocarei o texto da próxima aula no portal do aluno para vocês lerem e debatermos na próxima aula. Tenham uma boa noite.

Ele finaliza sua aula e começa a arrumar suas coisas para sair.

Meus colegas vão saindo e eu fico sentada respondendo mensagens no grupo da família.

Meu pai pergunta como foi e eu digo que foi tudo bem, omitindo quem é meu professor, capaz dele querer me trocar de faculdade, mas eu quero essa, por ser uma das melhores do estado.

Ela é tão concorrida que só tinha vaga para a noite, era pegar ou largar e óbvio, eu peguei! Depois vejo se consigo mudar de horário, principalmente para não ter que ver esse professor gostoso e irritante.

— Não vai sair e tomar um ar? — levanto a cabeça e percebo que todos já saíram.

— Não, estou no meio de uma conversa importante. — digo levantando o celular.

— Algum namoradinho?

— E se for professor? Algum problema?

— Nenhum.

— Hum... Então o senhor nunca saberá!

— Tem certeza que é filha do Alencar?

— Sou, porquê?

— Não parece nada com ele, sua irmã se parece com ele, você não. Uma que o acompanha sempre, é sua irmã, não é?

— Sim, Luíza.

— Ela se parece com ele, já você.

— Conhece minha mãe?

— Nunca a vi pessoalmente, vi uma foto ou outra.

— Então... Sou parecida com ela.

— Ainda bem!

— Ei! Não fale do meu pai.

— Seu pai não gosta de mim, sabia?

— E o senhor doutor, gosta dele? — ele sorri de lado.

— Não é uma das minhas pessoas favoritas.

— Porquê?

— Já viu seu pai em ação?

— Pessoalmente não, por vídeo sim.

— Então, o resto você deduz.

— Meu pai é muito bom no que faz doutor, assim como o senhor. — ele sorri.

— Seu pai já me derrotou três vezes.

— Então... O senhor é bom, mas meu pai é Caio Alencar! — ele balança a cabeça positivamente.

— É mesmo filha dele, essa autoconfiança não nega.

— Fazer o quê? Está no meu sangue.

— Você sabia quem eu era no dia da balada, porque me beijou? — sorrio e levanto as sobrancelhas.

— Eu sabia exatamente quem o senhor era e o senhor se soubesse de quem eu era filha teria me beijado?

— Eu perguntei primeiro! E em minha defesa, eu não te beijei, você me beijou. — sorrio.

— E o senhor não recuou, que eu me lembre, me beijou de volta e isso mexeu bem com uma parte específica do seu corpo. — digo olhando para o membro dele que começa a ganhar vida só com essa conversa.

— Atrevida!

— O senhor nem sabe o quanto posso ser atrevida!

— E infelizmente não saberei, sou seu professor, temos uma grande diferença de idade e além de tudo seu pai me detesta.

— É...

Não deveria, mas isso me deixa desapontada, não gostei de ouvir ele falando isso. Eu já tinha pensado nisso, mas ouvir dele não é bom.

— Eu preciso ir, tenho outras aulas para dar.

— Ok, bom trabalho para o senhor.

— Obrigado. Te vejo na quarta.

— Até quarta professor.

Saio da sala meio desapontada, pois se antes não podia ficar com o gostosão mais velho, agora que tudo ficou mais complicado ainda, o cara é meu professor.

Você se mete em cada uma Anna Cecília!

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Comments

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Eiiiiiiita 🤭
A loirinha vai aparecer.🤭

2025-01-20

1

F Valeria Feliciano

F Valeria Feliciano

espero que a Clara não fiqueco. o Theo

2025-01-01

1

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Todas puxaram a mãe 🤭🤭🤭

2025-01-20

2

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