Lívia foi arrastada para fora do galpão e colocada à força em uma van. Ela não parava de pensar nas ameaças feitas pelo chefe dos Moretti. Eles não apenas ameaçaram sua vida, mas também a vida de sua amiga Giulia.
A van finalmente parou em frente a uma casa noturna escura e decadente, conhecida pelos seus frequentadores como um local de atividades ilícitas. Lívia foi levada para dentro, onde o subchefe esperava, sentado em um sofá de couro na cor marrom.
— Bem-vinda ao seu novo local de trabalho, Lívia. Você trabalhará aqui para nós. Se não colaborar, temos muitos clientes interessados em seus órgãos. — Ele fez uma pausa, sorrindo. — E não se esqueça da sua amiga. Seria uma pena se algo acontecesse com ela por sua causa. E não se preocupe, daremos um jeito de fazer sua morte parecer convincente nos jornais. — disse aquele homem, apertando o queixo de Lívia. — Afinal, não vai precisar de seu nome original, em seu novo local de trabalho. — disse gesticulando com as mãos.
Lívia, tremendo de medo e indignação, tentou protestar.
— Vocês não podem fazer isso! Não sou uma criminosa, sou jornalista! — ela gritou.
O homem se levantou e a encarou, com um olhar gelado.
— Você era uma jornalista. Agora, você é nossa propriedade. E fará o que mandarmos, ou acabará muito pior do que imagina. Entendeu?
Lívia assentiu, sentindo-se derrotada. Ela sabia que, por enquanto, a única maneira de sobreviver seria obedecer. Mas em seu coração, a chama da resistência ainda ardia. Ela precisava encontrar uma maneira de escapar e revelar ao mundo a verdadeira face dos Moretti.
Forçada a trabalhar na casa noturna, Lívia foi vestida com roupas reveladoras e apresentada aos clientes. Ela tentou se manter forte, mas a degradação e o medo constante eram sufocantes. Cada noite parecia uma eternidade, e a ameaça sobre sua vida e a vida de Giulia pairava sobre ela como uma sombra.
Os Moretti a observavam de perto, certificando-se de que não tentaria nada. Marco, o único que havia mostrado algum sinal de compaixão, também estava lá, mas mantinha-se distante, provavelmente por medo de represálias.
Apesar da situação desesperadora, Lívia não perdeu a esperança. Ela começou a observar os clientes, a rotina da casa noturna e procurava qualquer oportunidade para escapar ou pelo menos enviar uma mensagem de socorro. Sabia que era sua única chance. No entanto, quando os Moretti sabiam que ela estava tentando fugir, eles a puniram de uma forma severa.
Lívia passava suas noites trabalhando como garçonete e, ocasionalmente, como dançarina. Os clientes da casa noturna eram figuras sombrias, envolvidas em negócios escusos. Ela era obrigada a sorrir e a atender pedidos, enquanto seu coração batia acelerado de medo e ódio. Cada noite parecia uma eternidade, e a ameaça sobre sua vida e a vida de Giulia pairava sobre ela como uma sombra.
Quando a noite terminava, Lívia era levada para um quarto pequeno e escuro no subsolo do prédio. O quarto era simples, com uma cama de solteiro e um cobertor fino. As paredes de concreto emanam um frio constante, e o ar estava impregnado de umidade e mofo. Sem acesso ao mundo exterior, Lívia sentia-se isolada e desesperada.
Apesar do cansaço físico e emocional, ela tentava se manter forte. Passava as horas acordada revendo mentalmente todas as informações que havia conseguido antes de ser capturada, tentando encontrar alguma maneira de usá-las a seu favor. Seu espírito investigativo permanecia inquebrantável, até quando? Ela não sabia.
Os momentos de solidão no quarto eram torturantes. Sem nenhuma comunicação com o exterior, ela se sentia mais prisioneira do que nunca. A falta de notícias sobre Giulia também a consumia, temendo pelo pior. Cada som de passos no corredor a fazia tremer, esperando que a porta se abrisse para trazer novas ordens ou punições. Punições essas, que nunca poderia esquecer. Seu corpo estava marcado e dolorido pelas chicotadas, e havia alguns hematomas.
O tempo passava devagar. Cada dia era uma luta para não perder a esperança. Lívia sabia que, para escapar, precisaria ser mais astuta e paciente do que nunca. Ela observava seus Raptores, buscando qualquer fraqueza ou rotina que pudesse usar a seu favor, mas até aquele presente momento, não havia encontrado, o que lhe deixava totalmente em frustração.
A porta de seu quarto era trancada por fora, mas ela notou que Marco sempre hesitava antes de trancá-la completamente. Talvez, com o tempo, ela pudesse convencê-lo a ajudá-la. A compaixão que ele demonstrava era uma pequena luz em meio à escuridão.
Enquanto isso, Lívia se obrigava a manter uma fachada de submissão durante seu trabalho na casa noturna. Sabia que precisava evitar qualquer suspeita. Cada sorriso falso, cada gesto de obediência, era um passo doloroso em direção à sua liberdade. Mesmo tendo falhado muitas vezes na tentativa de fuga.
Seus pensamentos frequentemente voltavam para Giulia. A amizade delas era uma fonte de força, e Lívia prometia a si mesma que encontraria uma maneira de sair dali. Ela precisava ser forte por ambas.
Cada dia trazia um novo desafio. Os clientes da casa noturna variavam, alguns eram habituais, outros eram novos, e cada um tinha seu próprio temperamento e demandas. Lívia aprendia a lidar com todos, sempre com um sorriso falso, enquanto seu olhar analisava cada detalhe ao seu redor.
Um dia, enquanto limpava uma mesa após o fechamento, Lívia encontrou um pequeno papel de bala amassado no chão. Ao desdobrá-lo, percebeu que alguém havia escrito algo rapidamente nele. “Por favor, ajude-me”, dizia a mensagem. Seu coração acelerou. Será que havia mais alguém ali, prisioneiro como ela? Esse pensamento renovou sua determinação. Talvez não estivesse tão sozinha quanto pensava.
Decidida a descobrir mais, Lívia começou a prestar atenção nas outras garotas que trabalhavam na casa noturna. Havia algumas que pareciam tão desoladas quanto ela, e outras que, embora demonstrasse uma fachada dura, também poderiam estar passando pelo mesmo inferno. Ela precisava encontrar aliados, pessoas que estivessem dispostas a arriscar tudo para escapar.
Certa noite, Lívia viu Marco conversando discretamente com uma das garotas. Quando ele se afastou, ela se aproximou da garota, uma morena de olhos tristes chamada Daniela. Com cuidado, iniciou uma conversa casual, tentando descobrir mais sobre sua situação. Daniela confirmou suas suspeitas: também estava ali contra sua vontade, presa pelos Moretti.
A revelação trouxe uma nova dimensão ao cativeiro de Lívia. Não era apenas ela que estava em perigo, havia outras mulheres ali, todas sofrendo sob o mesmo jugo. A ideia de uma fuga coletiva começou a tomar forma em sua mente. Se pudesse convencer Marco a ajudar, talvez tivessem uma chance.
Ao longo das semanas seguintes, Lívia trabalhou em silêncio, ganhando a confiança de Daniela e das outras garotas. Elas compartilhavam informações discretamente, construindo um plano de fuga. Cada detalhe era crucial: a rotina dos Raptores, as trocas de turno, os pontos cegos das câmeras de segurança.
Marco continuava a hesitar ao trancar sua porta, e Lívia aproveitou esse momento para plantar uma semente de esperança em seu coração. Certa noite, quando ele hesitou novamente, ela sussurrou rapidamente:
— Marco, há outras como eu aqui. Precisamos da sua ajuda. Por favor.”
O olhar de Marco ficou sombrio, mas ele não respondeu, apenas trancou a porta e se afastou.
Os dias se tornaram uma corrida contra o tempo. Lívia sabia que qualquer erro poderia ser fatal, não apenas para ela, mas para todas as garotas. Cada noite de trabalho era um teste de resistência, cada sorriso falso uma máscara que ocultava sua verdadeira intenção.
Finalmente, o dia da fuga chegou. Era uma noite como qualquer outra, mas Lívia sentia a tensão no ar. As garotas estavam prontas, cada uma com uma tarefa específica. Marco não havia dado nenhuma indicação de que ajudaria, mas Lívia ainda nutria esperança.
Enquanto trabalhava, ela viu Marco no bar, olhando em sua direção. Seus olhos se encontraram, e ele fez um leve aceno com a cabeça. Era o sinal que ela esperava. Com o coração batendo acelerado, Lívia foi para o ponto de encontro combinado. As outras garotas já estavam lá, nervosas, mas determinadas.
Marco apareceu pouco depois, com as chaves na mão. Ele destrancou a porta que levava aos fundos do prédio e sussurrou:
— “Vão, agora.”
Sem perder tempo, Lívia e as garotas correram pelo corredor escuro, seu coração batendo mais forte a cada passo. Ao chegarem à saída, o ar fresco da noite as envolveu, trazendo uma sensação de liberdade que não sentia há muito tempo. Algumas meninas correram enquanto choravam por estarem finalmente livres, mas novamente falharam na tentativa. Cachorros da raça Pitbull foram soltos, vários deles agarraram as meninas que fugiam, enquanto eram estraçalhadas na frente de Lívia, a deixando completamente horrorizada e desesperada.
— Onde pensa que vai, sua vagäbunda!
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Maria Sena
Nossa, tô passada, como que a vida de uma pessoa muda de uma hora pra outra e pra pior. É inacreditável!!!
2024-11-12
1
Elizabeth Da conceição
Coitada 😄😄😄😄
2025-03-27
0
Adriana Mentoring de Mulheres
Coita 🥹😡
2024-12-20
0