Prelúdio

Vinte cinco anos antes…

— Eu não quero casar! 

— Minha querida filha, não é uma escolha sua, seu pai já decidiu, precisamos acabar com a guerra, e o seu casamento com o rei será um tratado de paz.

— Não é justo, eu amo outro homem, mamãe!

— Eu disse o mesmo para minha mãe, eu não queria casar, não queria mesmo, até quis fugir, mas hoje vejo que a escolha do meu pai foi a melhor, aprendi a amar o seu pai e desse amor nasceu você, minha linda princesa. — Rainha Vitória falava enquanto confortava a princesa Cecília.

— Mas no seu caso, a senhora não tinha ninguém no seu coração, e eu tenho mamãe, por favor, não deixe que meu pai me force a casar. — Cecília falava entre prantos de choro.

— Sinto muito, minha querida, mas dessa vez eu nada posso fazer. — As palavras da rainha naquele dia deixaram Cecília desolada.

Naquela mesma tarde, Cecília deu um jeito de encontrar com o seu amado e contar a ele seu destino.

— Francisco, não podemos mais nos encontrar, nosso amor é impossível, e meu pai já decidiu meu destino.

— Não pode casar com outro, precisamos lutar por nosso amor. — Francisco falava enquanto abraçava forte Cecília.

— Sinto muito, mas se eu fugir com você, seria a ruína desse reino, as tropas do meu pai já não têm mais força contra o reino inimigo, e o rei pediu a mim em troca de paz. 

— Deixe-me pintar você uma última vez. — Francisco fala enquanto seca suas lágrimas.

Ainda nua sobre os lençóis, Cecília chorava enquanto Francisco desenhava suas curvas na tela. O coração dele estava apertado, destroçado, agora seria a última vez que veria sua amada, era a última vez que ele a pintava, a última vez que fizera amor com ela.

— Não vamos abdicar desse amor, encontre-se comigo na floresta, fugiremos. — Fala Francisco. 

Após combinar tudo, eles se despedem.

Princesa Cecília

Um ano depois…

— Vossa alteza, o rei mandou que vestisse o mais belo vestido, as melhores joias, então vamos prepará-la, escolhemos esses vestidos, qual deles a senhora gosta mais? — Pergunta a sua dama de companhia, colocando vários vestidos à frente de Cecília.

— Escolha você. — Cecília fala, olhando tristonha o jardim. 

— Então, esse aqui vai ficar lindo e realçar o verde dos seus olhos. — A dama de companhia fala.

Após ficar pronta, Cecília, curiosa, pergunta: 

— Por que de tudo isso? 

— O rei trouxe um pintor com ele da viagem, ele agora será o pintor da realeza, eles esperam para pousar ao lado do rei.

Ouvindo sua dama de companhia falar, as doces lembranças do amor da sua vida vêm inundando seus olhos de lágrimas.

— Esta tudo bem, minha senhora? 

— Sim, está. 

Assim que chega , o coração de Cecília dispara, ela não acredita no que vê, ali diante dos seus olhos estava o amor da sua vida, ela queria correr e se jogar em seus braços, ele, sem mostrar nenhum tipo de emoção, curvou-se a cumprimentando.

Francisco

— Estás com as mãos tão frias, se sente bem, minha querida rainha? — Pergunta o rei.

— Estou ótima. — Ela o respondeu, forçando um sorriso.

— Esse é o Francisco, o conhece na Itália, é um talentoso pintor. — O rei fala apresentando Francisco para Cecília, e ela apenas dá um sorriso fraco.

Após pousarem para que Francisco fizesse um quandro deles, o rei pediu para Francisco fazer um quadro de Cecília, para colocar juntamente com os quadros das outras rainhas do passado.

Cecília estava com o coração alegre em ver Francisco, poderia ficar um pouco mais com ele.

No outro dia, na mesma sala onde outras rainhas haviam pousado, Cecília estava sentada em uma cadeira, olhando fixamente para Francisco, que não dizia uma palavra, apenas deslizava o pincel sobre a tela.

— Estou cansada, terminaremos amanhã. — Cecília fala, deixando cair de propósito sua pulseira no chão.

Após sair da sala e distância de poucos metros dali, Cecília toca o pulso.

— Minha pulseira, acho que caiu na sala.

— Vou voltar para procurar senhora. — Sua dama de companhia fala.

— Não precisa, pelo menos isso posso fazer, tudo quer fazer por mim, me espere aqui. — Cecília fala séria e sem questionar a sua dama a espera, apressadamente ela volta à sala e lá está Francisco guardando seus materiais.

— Francisco… Sua voz sai fraca por conta da emoção que sente ao pronunciar o nome do seu amado.

Ele continua a guardar seus materiais sem olhar para ela. Então ela se aproxima e toca a sua mão.

— Francisco, por favor, olha para mim… Ela fala suplicando.

— Vossa alteza, creio que não é correto tocar outro homem assim. — Francisco diz sério.

— Eu não tive escolha, me perdoa, Francisco.

— Fiquei te esperando, amanhece te esperando e você não apareceu. Eu quis morrer quando soube que você estava a caminho da Inglaterra para se casar com o rei.

— Eu ia ao seu encontro, mas o meu pai descobriu tudo, ele impediu minha fuga e disse que mataria você. — Cecília fala enquanto suas lágrimas caem com facilidade sobre o seu rosto.

Ao ouvir as palavras de Cecília, Francisco desarmar e a abraça forte, depois toma os seus lábios.

— Eu estava para morrer de tristeza, e vê você, meu amor, encheu meu coração de esperança e alegria. — Cecília fala enquanto acaricia o rosto de Francisco.

— Pensei que nunca mais fosse vê-la, eu te amo, Cecília.

Após esclarecer tudo que aconteceu a Francisco, eles se entenderam, e agora Francisco e Cecília planejavam uma maneira de viver juntos, Cecília havia conseguido subornar sua dama de companhia que ajudava a se encontrar com Francisco, o rei achando estranho a alegria repentina de sua rainha que era sempre triste e não escondia sua repulsa por ele, mandou que um de seus guardas ficasse de olho nela.

Nesses encontros com seu amante e único amor, o guarda do rei descobriu o caso de Cecília. 

— Vossa alteza. — Cecília cumprimenta o rei.

Ele se aproxima de Cecília e, com a força de seu braço, acerta um tapa em seu rosto. Cecília cai no chão, com a mão sobre o rosto, ela chora já prevendo motivo da fúria de seu odiado rei.

— Vagabunda! Achou que ia me desonrar e ia ficar por isso mesmo? — O rei fala furioso enquanto aperta firme o pescoço de Cecília.

O medo toma conta dela, ela teme por ela e Francisco, o rei, solta o seu pescoço.

— Tem sorte que me apaixonei por você, se não a mataria com minhas próprias mãos, mas aquele desgraçado não escapará da minha fúria. — Ele esbraveja, jogando Cecília com força no chão.

— Agora vai! Sai daqui! — Ele grita e Cecília rapidamente sai correndo de sua presença.

Sem poder sair do reino, Cecília manda um mensageiro de sua confiança avisar a Francisco, escreve uma carta para Francisco e caminha de um lado para outro esperando por resposta.

Quando a sua dama de companhia aparece com a carta entregue pelo mensageiro, ela imediatamente a abre. E após ler, ela abraça a carta, depois rasga e queima.

— Ele ficará bem, minha senhora.

— Vai, sim, ele conseguirá fugir. — Cecília fala com o coração mais aliviado.

Três meses depois…

Cecília não entendia o que estava acontecendo, mas se sentia muito mal, dores de cabeça e tudo que comia jogava para fora.

— Tia Cecília está doente? — O pequeno Charles pergunta ao ver a rainha vomitar no chá da tarde.

— Pequeno duque, estou com alguma virose, mas logo ficarei melhor.

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Comments

Fátima Ramos

Fátima Ramos

Está grávida, será do rei ou do Francisco, era melhor que fosse do rei

2024-11-27

0

Gina

Gina

Eita pau , ai e que o rei nao vai querer que o sobrinho case com o fruto da traição da rainha ufaaaa. lascou foi tudo 🙊

2025-02-03

1

Maria Gomes

Maria Gomes

🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔

2025-01-07

0

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