Várias perguntas vinham à minha mente, não conseguia entender o Duque, estou tão confusa, penso que se o Luigi não tivesse chegado, ele ia dizer que sente algo por mim.
Talvez eu esteja me enganando, mas meu coração diz que o Duque tem os mesmos sentimentos que tenho por ele.
— Chegamos, miss Anne. — Lorde fala, tirando-me de meus pensamentos.
— Obrigada por essa noite, Lorde Luigi, nunca me esquecerei, o senhor realizou um sonho meu. — Falo agradecida.
— Que esse seja o primeiro de muitos outros sonhos que serão realizados, miss Anne. — Ele fala com um sorriso afetuoso.
— Mais uma vez, obrigada!
Me despeço do Lorde, a Dulce estava me esperando na porta dos fundos.
— E aí, como foi? — Ela pergunta.
— Foi muito além do que sonhei, mas os detalhes posso te contar amanhã? Estou exausta!
— Claro que pode, ficarei ansiosa para ouvir tudo. — Ela fala.
— Obrigada Dulce, se não fosse sua ajuda, não teria conseguido, muito obrigada. — Falo dando um abraço nela.
— Foi um prazer ajudá-la, de coração fiquei imensamente feliz em ajudar você, Anne, miss Anne. — Ela fala, rimos.
A Dulce é muito especial, uma amiga leal que me
provou diversas vezes que posso confiar nela.
— Nunca me esquecerei de sua ajuda.
— Sei que não.
Após nos despedimos, sigo para o meu quarto, vou à ponta dos pés para não fazer nenhum barulho e acordar o restante dos empregados, principalmente a tia Mercedes, que se descobrir o que fiz hoje, ela me estrangulará.
Entro no meu quarto e fecho a porta, me escorando nela, fechando os olhos e relembrando cada momento vivido no baile, principalmente quando dancei com o Duque, depois nosso encontro no jardim, em que ele aproximou nossos corpos. As sensações que ele provocou em mim são maravilhosas.
Eu queria muito saber o que ele ia me dizer, se o Luigi não tivesse chegado, acho que teríamos nos beijado. Esse pensamento me faz sorrir e ali, ainda de olhos fechados, fico imaginando como seria ser beijada. Quero muito ser beijada por ele, quero que ele seja o primeiro a beijar os meus lábios.
— Pelo que vejo, ele a beijou, miss Anne. — A voz grave do Duque ecoa no meu quarto.
Estou tão louca que estou até escutando a voz do Duque, abro os olhos e ele está lá sentado na cadeira ao lado da minha cama.
— Ferrou! — Falo alto o meu pensamento.
Fecho os olhos novamente, temendo encará-lo, ouço ele se levantar e caminhar até a mim.
— Ele a beijou?
— Não, e o que pensa que sou para sair por aí, deixando ser beijada por um homem que conheço recentemente?
— Está muito feliz, ficou aí de olhos fechados e com um sorriso bobo no rosto, me fez pensar que foi por ele.
— Antes fosse por ele, mas não, eu estava aqui feito boba pensando na nossa conversa no jardim. — Falo irritada.
Ele põe uma mão de cada lado, apoiando na porta, deixando o espaço entre nós dois, bem pequeno. Ele se abaixa próximo ao meu rosto e esfrega o nariz dele no meu, como fez naquela ocasião.
— Duque…
— Anne… Está me deixando louco, eu quero você, quero muito você. — Ele fala enquanto beija meu pescoço.
E meu corpo vibra com a sensação prazerosa que sinto dos seus lábios sobre minha pele.
— Não pode fazer isso comigo, és o Duque e eu a sua empregada. — Falo ofegante.
— Que se dane tudo isso! Eu a quero. — Ele fala e depois toma os meus lábios, beijando-me profundamente.
Beijar é tão gostoso, poderia passar horas fazendo isso, quanto mais ele me beija, mais quero. As sensações que sinto em meu corpo são novas para mim, é como se tivesse algo preso dentro de mim, e a liberdade está nas mãos do Duque, ele enfia a mão entre meus cabelos.
Um gemido escapa dos meus lábios, a essa altura eu me esqueço até de quem sou, a única coisa que quero é que ele acabe com essa agonia que sinto embaixo do meu vestido.
— O que é isso que sinto quando me beija? — Pergunto curiosamente.
Ele para de beijar meu pescoço e olha para mim de um jeito diferente de todas às vezes que ele me olhou, como um caçador olhando a sua presa, seus olhos brilham, ele dá um sorriso sedutor.
— Isso é tesão, desejo e amor. — Ele fala.
Ele toma meus lábios novamente, desce para o meu pescoço e até o decote do meu vestido, aperta os meus seios por cima do vestido. Não sei se isso está certo, mas agora estou pouco preocupada com o resultado, só sei que quero que ele me liberte, que acalme essa agonia que sinto.
— Eu amo, eu amo você, Anne… — Ele fala.
E meu coração parece que explodirá de felicidade, ele me ama, o Duque me ama!
— Eu também o amo, vossa graça.
— Preciso sair daqui porque sou um homem e você uma jovem pura, então, para que eu não cometa nada que tire sua honra, preciso ir. — Ele fala, dá um beijo em minha testa.
— Eu te amo, Anne. — Ele fala e sorri para mim e depois se retira, fico ali parada sem acreditar no que aconteceu.
Será que estou sonhando? O Duque me ama, sinto vontade de gritar para todo mundo ouvir que o Duque me ama, como eu também o amo.
E esses negócios que eu senti? É ótimo isso, sinto que viciei e quero sentir mais, quero sentir mais tesão, desejo e amor.
Após tirar o meu vestido e vestir minha roupa de dormir, deito-me na cama, toco em meus lábios, em meus seios, lembrando de como foi bom, e com essa lembrança maravilhosa durmo feliz.
— Anne? Anne? — Ouço a voz da tia Mercedes longe.
Depois sinto um tapa na minha bunda.
— Aí, tia!
— Você dorme feito pedra, só assim para acordar. Levanta rápido, se ajeita, que o Duque deseja vê-la.
Quando ela pronuncia o nome Duque, lembro do que aconteceu ontem à noite, e um sorriso bobo vem aos meus lábios.
— Eu hein… O que é esse sorriso aí no seu rosto? Parece uma boba. — Tia Mercedes fala.
— Não é nada, só lembrei de um sonho que tive, e foi maravilhoso. — Falo e ela me olha desconfiada.
— Sei… Vai logo, sua danada, e ver se não irrita o Duque. Ele está feliz, fazia anos que não o via assim, então não o aborreça.
Será que sou o motivo da felicidade do Duque?
— Anda, menina!
— Já vou, tia.
Me arrumo, passo o perfume que o papai me deu, ele dizia ser o cheiro da minha mãe, penteio os meus cabelos.
Após estar devidamente arrumada, eu vou ao encontro do Duque. Quando entro em seu escritório, tem uma mesa de café da manhã montada, ele me olha e vem até a mim, segura em minha mão e a beija.
— Bom dia, vossa graça!
— Charles, quando estivermos sozinhos, me chame apenas de Charles.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 43
Comments
lucelia lopes
Será que o rei não algo a ver com a morte da esposa e por isso ficou transtornado.
2025-02-20
1
Mariane
ksksksksk, tá parecendo minha família! 😂
2025-02-10
1
Mariane
ufaa, até que enfim o beijo saiu!🤗
2025-02-10
1