Uma rosa para Anne

Fui dormir como um garoto que ganhou um presente, com um largo sorriso no rosto, e quando acordei estava igual a como fui dormir, acordei cantando e assoviando como um passarinho, uma alegria tomava conta de mim.

Estava agradecido por Lady Charlotte ter partido ontem mesmo, assim hoje poderia me dedicar a passar meu tempo com Anne.

— Alfredo, mande que preparem uma bela mesa para o meu desjejum em meu escritório.

Alfredo me olha um tanto curioso, parece querer dizer algo, mas desisti.

— Mandarei preparar agora mesmo, senhor.

Ele se retira, e mais uma vez ajeito meus cabelos, quero estar perfeito para minha Anne.

Após, vou até o jardim e colho uma rosa-branca que, para mim, é a representação perfeita de Anne para mim.

As pétalas brancas representam a sua pureza e inocência. 

— Já está tudo pronto, senhor. — Alfredo fala e depois olha a rosa em minha mão.

— Por que não pediu que colhesse a rosa para o senhor? 

— Porque essa quis eu mesmo colher. Mandem chamar a senhorita Anne.

— Ela fez algo de errado de novo, senhor? 

— Alfredo, não seja curioso, mande chamá-la. 

— Falo olhando de forma séria, para que ele não fique especulando mais nada.

Aguardava ansioso para vê-la, e quando ela adentrou o meu escritório, meu coração disparou como um cavalo em liberdade.

Ela está tão linda, o seu doce perfume invadiu o todo ambiente. Fascinado, caminho até ela, pego em sua mão e pouso um beijo ali.

Quando ela me cumprimenta com toda formalidade, me incomoda, então a peço que me chame apenas pelo meu primeiro nome.

Puxo a cadeira para ela se sentar e ela me olha com seus lindos olhos e abre um sorriso gentil. 

E não me aguentando mais, eu a beijo, já estava morrendo de saudades de sentir os seus lábios nos meus. Suas bochechas coram, deixando-a ainda mais charmosa.

Depois, me lembrando da rosa em minha mesa, pego e entrego a ela. Quando ela pega seu dedo, espeta em um espinho que havia ficado no caule. De imediato, levo o seu dedo aos meus lábios, estancando o pouco de sangue que saí dali. Ela tenta puxar a mão, mas não a deixo.

— Não foi nada, é só um furinho bem pequeno. — Ela fala.

— Perdão, não percebi que havia deixado um espinho para trás. — Falo.

— Não precisa pedir perdão, fico agradecida pela rosa, é linda, e parti de agora, rosas-brancas serão as minhas preferidas. — Ela fala cheirando a rosa.

— Anne, você é linda. — Falo fazendo carinho com o meu polegar em seu rosto. Ela fecha os olhos recebendo o meu carinho.

Fazemos o nosso desjejum ali juntos, um café da manhã agradável, seria melhor se fosse la fora ao jardim com o clima agradável de hoje, mas sei que não posso ainda arriscar esta com ela assim.

Após o café, sentamos no sofá do meu escritório, conversamos um pouco, relembramos o primeiro dia em que nos vimos. 

— Eu me apaixonei por você desde o primeiro momento em que a vi no meio da noite em meu jardim, sabia que fazia tempo que eu não sorria? e vendo você ali, achei engraçado e um sorriso me escapou após anos.

— Eu o amo, Charles, e isso é novo para mim. Quando vim para esse palácio não imaginava que conheceria o amor, e que muito menos esse amor seria por você. — Ela fala com sua doce voz, suas palavras me são como um carinho na alma.

— Precisamos dar um jeito de viver esse amor, não quero escondê-la, ainda mais com o Lorde Luigi a cortejando. — Falo não escondendo o meu ciúme.

— Está com ciúmes, vossa graça?

— Morrendo de ciúmes, quase fiquei louco naquele baile, vendo como ele a olhava, até me esqueci de que ele era o filho de meu melhor amigo.

— Não precisa ter ciúmes, o lorde Luigi é para mim um bom amigo. Já a sua amiga Lady Charlotte, vocês são bem íntimos. — Ela fala.

— Lady Charlotte para mim é como o Lorde Luigi para você, uma boa amiga. Estimo um carinho por ela, mas é apenas gratidão por toda ajuda que ela me deu no momento mais difícil de minha vida.

— Mas ela o ama.

— Mas amo você, tem noção do que você Anne significa para mim? Você tomou conta do meu coração, está me fazendo ir contra a realeza porque sou incapaz de viver sem amar você. Não consigo mais viver sem você, esconder os meus sentimentos estava me sufocando, e ali no baile percebi que não dava mais para ignorar esse sentimento, esse amor que é todo seu, meu coração é seu, Anne, você me tem por inteiro. — Falo não escondendo nada do que sinto.

Seus olhos estão lacrimejando, eu a abraço forte, depois a beijo com doçura, um beijo calmo e cheio de amor.

— Tenho medo que não possamos desfrutar desse amor, penso que será impossível, para viver esse amor vai ser preciso fazer escolhas e renunciar a muitas coisas. — Ela fala e seu semblante demonstra preocupação.

— Escolho você, não importa nada para mim, hei, olha para mim. — Falo pegando seu rosto, a fazendo me encarar.

— Eu já fiz a minha escolha, se tiver que renunciar meu ducado e a sucessão da coroa, farei, porque nada na minha vida mais importa se você não estiver comigo. — Falo e ela sorri.

— Mas penso que é injusto renunciar a algo que é seu por direito, não quero que faça isso por mim, esse povo precisará um dia de um rei como você, seria egoísta da minha parte aceitar que renuncie e que o povo perca o prazer de tê-lo como rei. — Ela fala de um jeito tão lindo.

— Daremos um jeito, mas renunciar ao nosso amor não está em questão.

— Por enquanto, vamos manter segredo, até que tenhamos uma solução.

— Sim, mas pretendo conversar com rei, assim que voltar da Alemanha irei conversar com ele.

— Quando irá para a Alemanha?

— No próximo mês, ficarei lá por três semanas, não demorarei.

— Sentirei muita saudade. 

— Eu também, só de imaginar que ficarei longe de você, meu coração se aperta.

Passamos algumas horas ali, eu não queria deixá-la ir, mas as coisas estavam ficando quentes demais.

— Eu a quero, quero você toda para mim. — Falo, beijando-a com desejo, alguém dentro das minhas calças lateja e dói, querendo ser aliviado.

— Charles… — Ela me chama com sua voz carregada de desejo, seu rosto corado me deixa ainda mais com tesão.

Eu a beijo e, cedendo à tentação, desço minha mão até a sua intimidade e sinto sua umidade. Ela segura minha mão, mas quando começo dar prazer a ela ali, ela se entrega jogando a cabeça para trás, soltando gemidos baixinhos, faço movimentos circulares e, não demora, sinto seu corpo estremecer, mostrando-me que ela chegou ao clímax.

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