Não dava para acreditar, ela estava aqui, e todos olhavam para ela admirados, e eu estava corroendo de ciúmes, então era ela a mulher que deixou o lorde Luigi apaixonado?
Fingir não a reconhecer foi um sacrifício para mim, ela estava realmente de tirar o fôlego, minha vontade era de pegá-la, jogar por cima dos meus ombros e levá-la embora comigo, será que ela se apaixonou por Luigi? Esse pensamento me enlouquece.
— Aí! — Charlotte reclama quando piso no pé dela.
— Perdão, Lady Charlotte.
— Duque, está tudo bem? De repente, ficou distraído e parece incomodado com algo.
— Estou bem, devo estar um pouco tonto com a mistura de bebidas que fiz.
Ela tomava conta do salão de dança, dançava com elegância e grandeza, todos pararam de dançar para observar o show que ela e Luigi estavam dando na valsa. Quando a música parou, fiquei agradecido.
Estava sendo uma tortura ver o Luigi a conduzir e, como ele a olhava sedutoramente, já não aguentava mais ver os olhos de todos os outros abutres aqui, que mesmo com suas companhias olhavam a desejando.
Me amaldiçoava por não a fazer minha, que em uma situação como essa eu acabaria com toda essa palhaçada e a revindicaria.
Tomado de uma ousadia, pedi licença à Lady Charlotte e fui ao encontro dela, que agora estava sozinha, se servindo de carapés.
— Boa noite, miss Anne.
— Perdão, senhor duque, mas o meu nome é Anna. — Ela fala, afinando mais a voz.
— És a mulher mais bela dessa noite, todos admiram a sua beleza. — Falo e percebo ela ficar nervosa.
— Obrigada, senhor!
— Onde está o lorde? — pergunto.
— É… ele foi auxiliar o Lorde Rômulo, que exagerou na bebida.
— Me dê a honra de uma dança?
— Estou um pouco cansada, senhor. — Ela fala.
— Por favor, me dê a honra? — Eu estava quase implorando.
— Tudo bem.
A peguei pela mão e a conduzir até o salão de dança. Agarrei firme pela sua cintura.
Gosto de como seu corpo demonstra reação com minha aproximação, seu perfume é tão gostoso, seus lábios são uma tentação.
— Então, miss Anna, onde mora? — Sussurro no seu ouvido sedutoramente.
— É... no interior, senhor.
— Meu palácio agora virou interior? — Pergunto.
— Não entendi, senhor.
— Entendeu, sim, eu sei que é você, Anne, poderia estar pintada que, mesmo assim, a reconheceria.
— O senhor deve estar confundindo minha pessoa com outra. — Ela fala.
— Jamais a confundiria, seu perfume, como me olha, é inconfundível, então pare de mudar a voz e pode tirar essa farsa que sei que é você. — Falo olhando nos olhos dela, ela tenta se soltar, mas a seguro firme.
— Me solta! Não quero mais dançar com o senhor.
— Não, e o baile para você acabou aqui. — Falo irritado com a rejeição dela.
— Vim com o Lorde Luigi, então o baile só acaba para mim quando ele decidir.
— Você está apaixonada por ele?
— O quê?
— Está apaixonada por ele?
— Com licença? — A voz de Charlotte atrás de mim me faz parar de dançar.
— A sua acompanhante chegou. — Anne fala com um sorriso irônico. Sem querer soltá-la, ela tira as minhas mãos de sua cintura.
— Com licença. — Ela fala, saindo e se misturando aos outros convidados.
Estou com tanta raiva que conseguiria partir um urso ao meio.
— Esta tudo bem?—Lady Charlotte pergunta.
— Sim.
— Não gosto de fofoca, mas Lady Luci me contou que o rei passou mal e se retirou, ela me disse que ele parecia muito perturbado.
— Preciso tomar um ar. — Falo ignorando completamente o que ela havia me dito, odeio fofocas.
— Eu o acompanho.
— Quero ficar um minuto sozinho, Lady Charlotte. — Falo, e ela me olha triste, mas agora eu não sou uma boa companhia, estou mordido de ciúmes.
— Como quiser. Ficarei com minhas amigas, quando se sentir melhor estarei aqui.
— Agradeço a sua compreensão.
Saio e vou direto para o jardim, abro os botões da camisa e, quando olho para a fonte, ela está lá. Me aproximo bem devagarinho.
— O que faz aqui, sozinha? — Pergunto.
— Esperando o Lorde Luigi.
— Que deselegante, trazer uma dama e deixá-la sozinha.
— O sujo falando do mal lavado, onde está Lady Charlotte? Que, se o senhor está aqui, ela deve estar sozinha, né? — Ela fala, me olhando com aqueles olhos brilhantes, me desafiando.
— Eu me senti indisposto e a deixei com suas amigas, e o Lorde Luigi, por qual motivo deixaria a mulher mais bela da noite sozinha?
— O Lorde Rômulo vomitou nas roupas do senhor Luigi. — Ela fala e eu começo a rir sem parar.
— O que há de engraçado?
— Luigi termina a noite vomitado.
Ela me lança um olhar de fúria e depois se vira para a fonte.
— Anne…
Pego-a pela mão, que tenta se afastar mais. Mas a puxa para mim, encaixando seu corpo no meu.
— Senhor Duque, alguém pode nos ver e pensar mal.
— Anne… A senhorita me deixa fora de controle, me faz esquecer de quem sou, porque quero me tornar alguém para você, eu não aguento mais sentir a sua falta.
— Não entendo. Por que faz isso? Por que me confundi? Não foi o senhor que me disse para eu me afastar do senhor?
— Desde o momento que a conheci, eu passei a odiar ser um Duque, porque ser um Duque me impede de estar com você, mas eu não consigo mais, isso tem me torturado.
— O que está querendo me dizer? Seja mais claro?
— Eu…
— Miss Anna? — A voz do Lorde Luigi nos interrompe e ela se afasta rapidamente.
— Obrigada, senhor Duque, se não fosse o senhor, eu teria caído. — Ela fala para disfarçar.
Eu estive a ponto de me declarar para ela, foi por pouco, se não fosse o Luigi. Eu não posso permitir que ele fique com ela, não posso, preciso acabar com isso o mais rápido possível.
— Obrigada, Duque, por fazer companhia à miss Anna, mas agora estou aqui. — Ele fala, me olhando nos olhos, e percebo que ele parece enciumado. E se retira com ela.
Mas que direito ele pensa que tem sobre ela?
— Senhor Duque, está melhor? — Charlotte fala, se aproximando.
— Não, se não se importar, preciso ir para meu palácio descansar. — Falo, sabendo que preciso sair para não acabar fazendo besteira.
— Então vamos.
Saio do baile e entro na minha carruagem com um ataque de fúria e raiva dentro de mim. A Charlotte fala sem parar e eu só queria que ela ficasse em silêncio.
— Pensou no que eu disse? — Ela pergunta e não faço ideia do que seja.
— Perdão, não ouvi o que disse. Sobre o quê?
— De nós casarmos.
— Não me sinto preparado, a senhorita é uma mulher incrível, mas penso que precisa de alguém que a ame de verdade.
— O amor pode vir com o tempo, e o meu amor seria o suficiente.
— Não sabe o que diz.
— Por favor, eu o amo. — Ela fala quase que implorando, seria tudo mais fácil se eu a amasse, mas parece que o meu coração gosta do perigo.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Hope
Amo estórias de épocas, essa até aqui está maravilhosa.
2025-01-03
0
Adriane Alvarenga
Não se engane Duque...essa Charlotte é uma cobra....
2025-01-01
0
Rossana Gomes
já está enrabichado pela Anne
2024-11-21
2