Não perdeu tempo.

Eles entram na pequena cabana e Maria Flor olha para todos os lados — O que achou? 

— Perfeita! Realmente estou encantada, seu Ricardo. — ela começou a explicar todos os sonhos que uma menina tinha de ter uma casa de bonecas e aquela seria gigante. A cabana parecia só precisar de pintura que estava envelhecida.

— Podemos fazer isso, todas as tardes que eu estiver livre no horário que Ceci tira sua soneca. 

— Mas ela ficará sozinha? — pergunta preocupada.

— Claro que não! Jamais, ela pode cair e se machucar você falará com a Dete que mandará uma das meninas ficar com ela enquanto trabalhamos aqui.

— Orientou ele.

— Para mim parece perfeito! — ela sorri e ele tira o chapéu e coça a cabeça.

Eles estão, saindo da cabana quando o telefone de Rico toca, e pegando o aparelho olha para o visor, ele pede licença para atender. Ele afasta-se.

Maria Flor senta-se nos degraus que dá para pequena varanda apreciando a calma do lugar Rico encerra a ligação e caminha para perto dela. Estendendo a mão para ela se levantar, ele fica olhando ela limpar a roupa.

“Meu Deus, que cintura é essa? Não consigo parar de olhar, será que ela percebeu e vai me achar um safado.” Pensou Rico que fez sinal para que ela passasse na frente dele.

Ela não dá nem dois passos e seu pé fica preso num buraco, ele a alcançou a puxar pela cintura, as mãos calejadas a firma segurando-a contra ele.

Ela dá um gritinho de susto.

— Dona Flor, a senhora precisa de uma bota. — sua voz sai rouca e pausada, Maria Flor que tinha o segurado pelos ombros, aperta sentindo levemente os músculos na ponta dos dedos

“Que músculos, que cheiro e esse” ela pensa arrepiada.

Os dois ficam se encarando sem desviar o olhar, o tempo parou e Rico e atraído pela boca dela entre aberta quando de repente o encanto é quebrado.

— Patrã Coroné Cecília acordou e gritou a preno pulmam. — Rico bufou e a soltou olhando com raiva para Léo.

“Depois eu é que sou grosso, um bando de empregados não conseguem lidar com uma menina de cinco anos?” Pensou Rico raivoso.

Quando estão voltando, Maria Flor se concentra na paisagem tentando controlar sua respiração ofegante.

“Será que ele iria beijar-lhe e se o fizesse ela o pararia ou iria se agarrar a ele? Pensou Maria Flor.”

Ela se assusta ao ouvir a voz de Rico. — A senhora está bem?

— Sim porque não estaria.

— Ficou quieta de repente.

— Estava pensando que preciso comprar uma bota. — ela mente.

— Não se preocupe com isso, mandarei trazer para a senhora. — ele para em frente a grande casa, e destrava as portas, porém quando ela abre, ele a interrompe.

— Dona Flor espera um momento. — ele parecia inseguro, coisa inédita até agora.

— Pois não? — Ela se ajeita no banco para ficar de frente para ele que olha para sua boca e desvia o olhar. 

— Gostaria de negociar com a senhora Para dormir com a Cecília duas ou três vezes na semana, a menina está muito apegada. Sei que esse não era o nosso acordo inicial, mas a bichinha sofreu tanto nesse fim de semana que gostaria de ver uma forma da senhora dar-lhe um pouco mais de atenção, dinheiro não é problema, posso pagar o que quiser. Nosso acordo era de segunda a sexta, e dois finais de semana, mas se a senhora quiser poder lhe pagar mais e trabalhar todos os sábados e folgar apenas nos domingos. Peço que pense com carinho. Um dia é mais fácil dela suportar. 

— Entendo seu Ricardo, vou conversar com minha família e lhe darei uma resposta. — ela termina de abrir a porta e sai do veículo sentindo o olho do patrão queimando suas costas.

Léo observa os dois no carro, quando chegou na velha cabana, viu o patrão olhando com interesse para aquela mulher horrível. Ficaram uns bons minutos observando até que a falsa fingiu tropeçar só para o patrão a agarrar. Ele pega o telefone e liga para sua rainha que atende no terceiro toque.

— Bom dia, minha rainha! — ele se sente emocionado só por ela ao atender.

— Fala logo Léo, estou ocupada! — Diz impaciente.

— Acordou com os dois pés esquerdo, Deixe para lá. 

— Fala Léo, mas seja rápido. — diz mais carinhosa.

— Quando cheguei na casa grande o comentário era que Rico havia saído com a mulher estranha, e demorou mais de duas horas e quando eu fui chamar peguei o patrão com as mãos na moça.

— ele enviou algumas fotos que

fez Andreia quebrar algum objeto.

— Agora ele está no carro conversando com ela, se a rainha não se apressar, vai perder o homem.

— Que ódio essa mulher está, está passando dos limites, pode deixar que depois dos treinos estarei aí.

Mau Maria Flor entra na casa e Giovana aparece na sua frente.

Fazendo ela assusta-se.

— Você não perdeu tempo né, está se jogando todinha para cima do patrão. 

— Você está maluca?

— Toma café com ele, também foi uma das suas exigências para cuidar da menina? Agora até sai para passear Não duvido nada que foi você que sugeriu.

—Acho melhor você sair da minha frente Cecília está me esperando

—E se eu não quiser, o que você fará? 

—Garota Não mexe com fogo, você não sabe do que sou capaz. 

— Nem você, se continuar dando em cima do homem dos outros — a mulher está fora de si.

— E quem é os outros? Você. — Maria Flor estava por um fio para perder toda a paciência.

— A rainha Andreia é quem merece o nosso rei, não uma mulher esquisita, um espantalho igual a você. 

—O que é isso, Giovana? — grita Rico Que história é essa da Andreia me merecer? Da onde você tirou essa asneira? E por que você está incomodando a Dona Flor se eu ver isso acontecer novamente Vou te demitir por justa causa. 

— Rico me desculpa, nós sabemos que foi ela a culpada de você ser preso e estamos muito chateadas com isso. 

— Desde quando permito que algum dos meus funcionários se meta na minha vida pessoal? 

— Minha história com a Dona Flor, não é da conta de ninguém. Estamos entendidos. 

— Gritos são esse Rico? — chega Zé Luiz e Catarina correndo.

— Quanto mais oro mais assombração aparece a Giovana estava ameaçando a Dona Flor, 

— Isso que dá tratar os funcionários com diferença, para uns a mesa do patrão está liberada, ele leva para passear e para os outros, apenas cozinha. — Catarina zomba.

— Zé Luiz Se eu fosse você faria sua mulher calar a boca, antes que eu a faça calar. — rosna Rico.

— O Zé, não é bruto igual a você. — Catarina olha para Rico com um olhar desafiador.

— Acho que já está na hora da senhora procurar o rumo de casa.

— Há! Agora quer essa ai apareceu Vai dispensar a minha ajuda né?

— Zé Luiz? 

— Vamos subir Catarina agora. — ele a puxa para a escada e ela vai esperneando.

— Suba Dona, Flor Cecília está esperando. — Flor corre escadas acima sem olhar para trás.

— Você não Giovana.

Continua.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***