início de um projeto.

Enfim segunda-feira chegou 

Maria Flor sentada à mesa, analisa seus sentimentos contraditórios, como pode gostar de beijar aquele ogro? Ela está tão focada em seus pensamentos que se assusta com a chegada da avó.

— Bom dia! Acordou com as galinhas? — gracejou dona Carolina sentando-se à mesa do café.

— Eu sempre acordo cedo, vó faço minhas aulas de Pilates diariamente antes do trabalho.

— Já comeu? A mesa de café está muito arrumada. Você está se tornando mais magra. Estou preocupada pelo fato de o rei ogro não estar lhe fornecendo alimentação adequada durante o período em que está trabalhando.

— Comi um iogurte, vou tomar café na fazenda!

" Não posso contar à vovó como estou ansiosa por comer a primeira refeição do dia com o patrão. O que desejo dividir com ela já é revelador demais, preciso contar porque estou ficando sufocada demais e quem sabe desse jeito essa sensação desaparece de dentro de mim." pensou Maria flor

— Não tenho, feito muitos exercícios e minha dieta não está pobre em proteína, então não tenho ganho massa muscular. Não é só questão de comida, mas de uma combinação de exercícios e alimentação rica em proteínas. — afirmou Maria flor.

— Vó quero te contar uma coisa. 

— sua vó a olha enquanto come uma garfada de bolo — acho que estou doente, beijei o rei ogro e gostei. 

— O que Flor? — engasgou dona Carolina que começa a tossir e Maria Flor levanta para ajudar.

— Você que acorda todo mundo, é um segredo 

" Como assim Flor beijou o ogro?"

Pensou dona Carolina assustada mas sua mente noveleira passou rapidamente a fantasiar.

— Você beijou ele. Flor é seu patrão.— quis saber a avó curiosa.

— Não foi bem esse tipo um beijo que está pensando. Maria flor conta o que Cecília pediu e que para sua surpresa quando Rico segurou sua cintura sentiu seu corpo reagiu de uma forma diferente, seu cheiro cítrico, a barba por fazer ao toque dos seus lábios a deixou arrepiada como nunca havia se sentindo antes.

Ela esperava que o patrão fosse brigar com ela, mas ele agiu com calma levando as duas para ver os cavalos.

— Será que vocês vão se apaixonar, eu estou vendo uma série que a moça detestava o protagonista, um homem grosseirão, mas agora está toda apaixonada e ele está um docinho com ela.

— Aí dona Carolina só você. — Flor ri das ideias da avó — Fui, Preciso me arrumar.

— Tome cuidada mocinha, e Deus abençoe seu dia de trabalho.

— Amém, vó, te amo muito. — após beijar a avó. Flor foi para o seu quarto escolher a roupa que a fizesse ficar um pouco mais “discreta,” se é que isso era possível com aqueles cabelos.

Ela pedalava com tranquilidade ainda bem que saiu mais cedo e pode aproveitar a paisagem, Maria Flor, chegou na fazenda, era uma manhã ensolarada.

E os cantos dos pássaros.

A cinquenta metros da casa, ela avistou Rico na varanda com as mãos na cintura. Sentiu um friozinho no estômago em antecipação.

Na varanda. Rico suspira, aliviando ao ver maria Flor, Ceci estava muito ansiosa para ela chegar. Ao ver Maria Flor descendo da bicicleta, seu coração bate acelerado e sua pele fica arrepiada, sem entender o motivo.

— Bom dia! Seu Ricardo, o senhor está me aguardando? — pergunta Flor subindo os degraus. — seu cheiro chegou ao nariz de Rico antes dela, parecia um campo de lavanda.

— Bom dia, sim, dona Flor e que estou um pouco ansioso no próximo mês e aniversário da Ceci, na semana passada a senhora falou em melhorar os acessos para vocês se locomoverem independentes.

— Sim, estou lembrada — Maria Flor sente as bochechas aquecer, esse episódio não saiu da sua cabeça e não foi devido à acessibilidade. ela fecha os olhos por um momento para apreciar o perfume, sua barba está bem aparada, seus cabelos molhados mostra que ele se banhou a pouco. 

— Você está bem? — pergunta, preocupado.

— Sim, porque não estaria. — ela abre os olhos chateada por não poder apreciar o momento, passou o final de semana desejando sentir esse cheiro que tem um poder de fazê-la sentir-se viva

— A senhora fechou os olhos. — afirmou olhando para ela

— Apenas para me acostumar com o impacto da diminuição de luz. Mas me conte porque está ansioso?

— Ontem, passeando pela fazenda, meu capataz sugeriu derrubarmos uma antiga cabana, por falta de uso eu nem me lembrava dela e do lado tem um antigo depósito que daria uma ótima casinha de bonecas. 

— Seria maravilhoso e muito longe daqui? — A empolgação dela é nítida em cada palavra.

— Dez minutos a pé a senhora acha muito? — ele aperta a aba do chapéu de um lado para o outro.

— Não, é perfeito para nós podemos ir andando, se houver calçadas adequadas até lá.

— Então tomemos café e levarei a senhora para conhecer o local 

Como a senhora gosta de decoração, quem sabe deseje me ajuda.

— Será um prazer, senhor Ricardo. — como nos outros dias, ele segurou o chapéu com uma mão e, abriu a porta com a outra dando-lhe passagem para ela, seu braço tocou-lhe a mão e aquela sensação de raios passando por seu corpo. Ela olha para ele que parece tão calmo.

Mal sabe ela que há um turbilhão de emoções dentro dele que não sabe explicar.

Eles tomaram café sozinhos, apenas Bernadete foi na sala de jantar algumas vezes.

Quando ela terminou, pediu licença para deixar a mochila no quarto. Menos de cinco minutos depois ela desceu as escadas e o encontrou perto da porta de entrada, impaciente ela já nota que tudo tem que ser na hora e do jeito que ele quer, se não ele emburra.

— Demorei? — pergunta ao perceber sua mudança de humor.

— Vamos logo — ela balança a cabeça, esse homem era um poço de grosseria mesmo quando tenta ser educado.

Ele entra na picape preta com o logotipo da fazenda impresso nas laterais. Ela dá a volta para sentar-se no banco do carona. Em silêncio, rico girou a chave na ignição e o motor roncou potente.

Eles partem, não demora e ela avistou a cabana e o depósito que Rico falou.

— Está um pouco abandonado, precisa olhar com carinho.

Definitivamente ela não esperava nada como aquilo. 

As paredes de madeira pareciam sólidas, um riacho forma uma pequena piscina a dez metros.

Mau ele destrava a porta, ela sai correndo pelo que um dia foi um gramado sorrindo, ela sorri e roda feliz. 

Que lugar maravilhoso seu Ricardo elas são seguras.

— Aparentemente, sim, mas se a senhora concordar em me ajudar, chamarei um engenheiro para fazer uma análise mais detalhada, mas o que achou a princípio?

— Um encanto, já pensou em colocar patos no lago? Talvez uns coelhinhos aqui ali um viveiro. De mine galinhas criando um lugar mágico. Poderia ser cercado de uma cerca pintada de branco, flores, muitas flores, e ali na árvore um balanço.

Rico dá uma gargalhada com a empolgação dela. — E eu pensado que tinha tido uma super ideia, mas a senhora superou as expectativas.

Ela envergonhada pediu desculpas.

— Não se desculpe, a senhora não sabe como a sua empolgação me deixa feliz. Conheçamos o interior.

— convidou ele.

Continua…

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