Pitucha procura algo para colocar no ferimento para parar o sangramento e a única coisa limpa é a camisa dele que está do lado de fora. Ela não consegue sair sem que Sérgio a ajude.
Pitucha: — Será que consegue me ajudar a sair?
Sérgio junta as mãos, ela pisa, na primeira tentativa escorrega devido a lama, Sérgio a segura pela cintura, sentindo as curvas de seu corpo com as mãos, na segunda ele segura em sua perna, empurrando seum bumbum a ajudando a subir e em um segundo está sentada na beirada, segundos que fizeram o coração dos dois baterem acelerado pelos toques um do outro, Pitucha monta em Chico e se inclina na beirada.
Pitucha: — Me dê a sua mão, ajudo você sair!
Sérgio: — Acho que não me aquenta.
Pitucha: — Porquê vocês não acreditam em minha força, que consigo?
Sérgio: — Vocês?! Já tirou outra pessoa daqui?
Pitucha — Não é isso! Me dê a mão! — o puxa ajudando a sair — Senhor George não acreditava que eu aquentaria o colocar na cadeira.
Sérgio: - E com certeza você o surpreendeu?!
Sérgio sai, a pedido de Pitucha amarra a camisa sobre o ferimento e monta em sua garupa a abraçando por trás, ela galopa tão rápido como o seu coração bate no peito, em minutos estão na sua casa. Sérgio desce e vai a ajudar mais ela é rápida, desce e o puxa pela mão.
Pitucha: — Venha! O banheiro é ali, lave bem a cabeça, vou arrumar-te uma roupa do meu irmão.
Sérgio entra, a casa é simples, mais bem aconchegante, um perfume de rosas do jardim em frente entra pela porta. Toma o seu banho, o corte na cabeça dói, quando abre a cortina tem uma toalha e roupas limpas sobre a tampa do vaso. As roupas cairam-lhe perfeitamente. Saindo do banheiro Pitucha espera-lhe com material para fazer curativo, ainda está com a roupa cheia de lama, lavou o rosto e as mãos.
Pitucha: — Sente-se. - mostra a cadeira a sua frente.
Sérgio obedece sem reclamar, observa e admira cada movimento dela que com delicadeza abre o seu cabelo, fazendo uma cara não muito boa.
Pitucha: — Vou ter que cortar um pouquinho do seu cabelo e sinto informar-lhe que terei de dar uns pontos.
Sérgio: - Pontos? Você sabe dar pontos?
Pitucha: — Sim, cansei de costurar os meus irmãos. Se quiser que nasça cabelo aqui precisa dos pontos. Vou desinfetar primeiro, vai arder um pouco.
Sérgio aperta a beirada da mesa, solta um "aaaai", não quer parecer um fraco perto dela, morde o canto dos lábios e respira fundo. Com habilidade Pitucha dá-lhe os pontos e faz o curativo, serve-lhe um café quente com bolo de fubá.
Pitucha: — Prontinho! Coma, perdeu um pouco de sangue, precisa de energia. Vou tomar um banho rápido e já vamos para fazenda.
Sérgio sorri para ela que ainda tem lama pelo corpo, se preocupando com ele: — Obrigado!
Sérgio toma o seu café ouvindo o barulho do chuveiro, a sua imaginação vai longe, Pitucha não é só linda por fora, tem um coração de ouro, não resiste e vai até à porta do banheiro, a ouve cantar enquanto se banha, o seu coração bate descompassado, o seu desejo de saber como ela seria por baixo das roupas largas o consome, ouve ela desligar o chuveiro, procura por alguma fresta na porta para olhar, não há nenhuma… Leva um susto ao ouvir uma voz atrás de seus ombros.
Tião: — O quê tá fazendo ai? -
Sérgio não sabe onde enfiar a cara, pego de surpresa se sente um menino apanhado em uma arte, não sabe o que dizer, gagueja: — Eu, eu, Ana…
No mesmo instante Pitucha abre a porta do banheiro e dá de cara com Sérgio e o seu irmão o olhando com cara de poucos amigos.
Pitucha passa por Sérgio e vai até Tião lhe dando um beijo: — Tião, esse é Sérgio, trabalha na fazenda, ele caiu no reservatório e eu tive que dar uns pontos na cabeça dele.
Sérgio estende sua mão e como Tião não a aperta ele se abaixa mostrando o curativo: — Desmaiei e ela ajudou-me.
Tião o olha ainda desconfiado, vendo as suas roupas nele, Pitucha parece não temer a cara feia do irmão: — Ele estava molhado e sujo de lama e como são do mesmo tamanho… — Dá outro beijo nele — Agora vou indo, já estou atrasada! Vamos Sérgio.
Sérgio: — Depois Ana trás as suas roupas...
Tião: — Pode ficá!
Os dois saem, montam em Chico, Tião os segue com o mesmo olhar desconfiado até sumirem de sua vista.
Sérgio: — Os seus irmãos são todos assim?
Pitucha: — Assim como? — ri - Ficou com medo dele?
Sérgio: — Não é isso! Na verdade, é! — ri- Parecia que ele queria esganar-me.
Pitucha ri : —É só o jeito dele, tem um imenso coração. Vai conhecer Juca, é bem mais amigável!
Pitucha fala sobre a compra de cavalos e sobre a ajuda do seu irmão, ele percebe a empolgação dela ao falar sobre cavalos, se fosse contra a ideia do seu pai agora ficaria a favor. Sérgio aspira o perfume que emana dos cabelos dela amarrados em um rabo de cavalo, ainda molhados, a cor da pele do seu pescoço, o toca oca retirando uma gota de água que desce por ele sentindo a maciez, se encosta mais nela aproveitando o movimento do galope do cavalo.
Pitucha sente o coração de Sérgio batendo nas suas costas, as mãos fortes na sua cintura, o caminho até a fazenda passou mais rápido do que eles queriam. Ela deixa Sérgio ajudar ela descer e ele o faz lentamente encostando os seus corpos, não a solta quando a coloca ao chão, os seus olhares se cruzam, Sérgio a puxa para si e lhe dá um beijo, um beijo envolvente, apaixonado, quente, esperado. Pitucha se deixa ser beijada, sente as suas pernas perderem as forças, o seu coração querer sair pela boca, uma emoção nova, extasiante. Se separam quando lhes falta o ar.
Pitucha: — Preciso ir... — Se solta dos braços de Sérgio e corre para fazenda.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Helena Ribeiro
O Sérgio pode mas o Silvio perdeu a magia
2024-12-10
0
Maria Raileanu
Pitucha está deixando homens apaixoados
2024-05-11
2