O final do domingo foi tenso, Pitucha e Rita fizeram as suas obrigações caladas, Sílvio tentou várias vezes ficar a sós com Pitucha, mais ela não lhe deu oportunidade, Dalva as dispensou mais cedo, pois Sílvio ficaria com o pai até segunda de manhã, ele pediu desculpas a elas pelo que Mirtes disse, "palavras ditas, palavras ouvidas", e, no fundo do coração de Pitucha e Rita, elas sabem que Mirtes pode ter razão. Voltam para casa cabisbaixas, pensativas, Pitucha só vai continuar a trabalhar na fazenda pelo senhor George, ele não tem culpa do que os seus filhos e parentes fazem.
Mais cedo em casa e sozinha, pois Juca foi levar Rita, Toninho saiu com Maura e Tião deve estar na roça, pois não descansa nem no domingo. Pitucha aproveita para fazer uma faxina, cuidar de suas coisas e fazer algo diferente para jantarem.
A cena de Mirtes com Sílvio não lhe sai da cabeça, nunca havia pensado em sex0 da maneira como eles fazem, sem pudores, sem amor, só pra satisfação do desejo. Sempre imaginou algo especial, com quem se ama. O seu irmão,Toninho é como os patrões, e agora está aí com uma mulher grávida de um filho seu, sem a amar.
Para Pitucha desejo, sex0, atração deveriam estar relacionados ao amor, carinho, respeito. Sente-se decepcionada, desiludida, descontente com a vida. Acaba as tarefas, toma um banho e vai dormir, tem uma noite conturbada, pesadelos com os membros da família Prates, acorda várias vezes, de manhã está com o corpo doido, por sorte não precisa ir logo para fazenda, só depois do almoço.
Juca: — O quê tá aconteceno com ocês? Foi só i trabalha que ocê e Rita tão com essa cara, com as tromba pendurada.
Tião: — Pitucha, se não tá fazendo bem procê não precisa i mais.
Pitucha: — Não é isso. É coisa de mulher... — disfarça.
Juca: — Num sei não. Por mim Rita não vortava mais lá.
Pitucha: — E se for também? Senhor George quer alguém para o ajudar com cavalos e eu falei de você.
Juca pensa um pouco, pode descobrir o que está acontecendo com Rita estando perto: — É só marcá que tô lá. Faiz tempo que tô quereno vorta mexe com cavalo.
Sérgio chega na fazenda, o Sol mal nasceu, por ele nem sairia mais dali, falou com Marcelo no dia anterior e pelo jeito não criará juízo tão cedo, mal chegou já saiu para uma festa com os primos. Infelizmente terá que ficar de olho na empresa, o único que sabe que pode confiar é Jonas , o convidará para chefiar a equipe que pretende formar.
Chegando na fazenda encontra todos dormindo,
troca de roupa colocando as suas botas e chapéu e vai observar o estado das estufas, dos depósitos, o galpão onde são guardados a produção de café, e, para sua surpresa tudo está em muito bom estado, faltando apenas um conserto aqui, outro ali, o seu João mostra-lhe tudo, o sistema de irrigação não funcionaJoão mostra-lhe onde fica o reservatório de água, não é muito perto e não dá para ir de carro, Sérgio sente a necessidade de se ter cavalos. Quando entra para tomar um café Sílvio já está de saída.
Sílvio: — Irmão, está um roceiro perfeito!
Sérgio: — Tudo bem por aqui? Aconteceu alguma coisa na minha ausência?
Sílvio: — Aconteceu: Marcelo, Marcos e Mirtes!
Sérgio: — Já imagino! Quando saí de manhã Marcelo ainda não havia voltado da farra.
Sílvio: — Preciso ir trabalhar, coloca papai na cadeira? Ana só vem depois do almoço.
Sérgio esboça um sorriso ao se lembrar de Ana, balança a cabeça afirmando e vai ver o seu pai.
Sérgio: — Senhor George como está? Vamos levantar dessa cama? Temos muito que decidir sobre a fazenda! - Abraça o pai.
George: — Sérgio, bom vê-lo de volta. Queria mesmo falar com você. Queria comprar uns cavalos…
Sérgio sorri e diz para o pai que era exatamente o que pensava, por a região ser montanhosa cavalos ainda são o melhor e mais rápido meio de transporte.
Depois de conversar com o pai e o levar a cozinha com a sua mãe, volta a trabalhar, vai até o reservatório de água ver o que acontece que a água não chega na estufa.
Pitucha almoça, mesmo sem ânimo prepara Chico, monta e se dirige a fazenda, em passos de tartaruga.
Sérgio chega ao reservatório, há muita sujeira que entopem alguns canos, mexe em alguns, a água espirra na sua camisa, a tira e entra no reservatório para tirar o que impede a passagem de água, escorrega no lodo e cai batendo a cabeça e perdendo o sentido.
Pitucha passa próximo ao reservatório, vê a camisa pendurada do lado de fora, imagina que tem alguém nadando no reservatório, sabendo que o reservatório pertence à fazenda, desce de Chico com a intenção de repreender quem quer que esteja lá.
Pitucha: - Quem tá aí? É proibido nadar ai!
Pitucha sobe numa pedra para conseguir olhar para dentro, se depara com Sérgio caído na lama desmaiado: — Sérgio!? Sérgio! Acorde!- Ela chama-o várias vezes e nada. Procura um modo de entrar, a sua altura não ajuda, então puxa Chico até a parede do reservatório, sobe nele e com cuidado pula par dentro. Se debruça sobre Sérgio o chacoalhando.
Pitucha: — Sérgio!? Acorde!? — Chega o seu rosto bem perto dele.
Sérgio lhe segura o rosto e rouba um beijo, Pitucha leva um susto, o empurra e nisso cai para trás sentada na lama, quando percebe que foi enganada enche a mão de lama e joga nele que ri e joga nela também.
Sérgio se levanta e sente-se tonto, se segura na parede com uma das mãos e a outra coloca na cabeça. Pitucha olha para mão dele e vê sangue.
Pitucha: — Sérgio!? Você está a sangrar?! Deixa eu ver!
Sérgio se abaixa e ela olha: — Tem um pequeno corte, precisamos limpar, está cheio de lama pode infeccionar!
Há uma mangueira com água limpa, Pitucha pede para ele se abaixar e lhe limpa o ferimento.
Sérgio: — Não é nada, devo ter batido quando cai.
Pitucha: — A minha casa fica mais perto do que a fazenda, vou precisar trocar de roupa e lá posso fazer um curativo em você.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Helena Ribeiro
Pitucha gosta mesmo de Sérgio, tomara ele é amoroso com ela
2024-12-10
1
luca
Acho que a Pitucha vai ficar com o Sergio e Silvio com a amiga fisioterapeuta
2024-06-08
3
Maria Raileanu
qual será o amor de Pitucha?
2024-05-10
0