Capítulo 15 . Mais um dia...

Sérgio só consegue um encontro com o especialista para descobrir sobre os desvios de dinheiro na empresa no domingo a tarde. Logo ele que era o que deveria estar na fazenda vendo o que precisa ser feito, aplicando os seus conhecimentos de agrônomo, está preso na cidade por problemas na empresa. Se ao menos Marcelo tivesse um pouco de juízo, se se preocupasse com a empresa ele não precisaria estar ali, não pode deixar o patrimônio de uma vida de luta dos seus pais se perder.

Jonas indicou-lhe Anselmo, um senhor, aposentado da CIA. Sérgio passa-lhe todos os detalhes e documentos que Jonas conseguiu, pede a Anselmo conselhos do que fazer para que no futuro evite o que está a acontecer, explica-lhe a situação da família e a falta de alguém de confiança e responsável para assumir os negócios. Anselmo aconselha-lhe a criar uma comissão, pessoas formadas e capazes, uma equipe para nada ser decidido por uma pessoa apenas e esta equipe mantenha a família informada. Sérgio acata a ideia, ficará a aguardar novidades sobre a investigação.

Quando o seu encontro com Anselmo se encerra já é muito tarde, deixa para voltar a fazenda no outro dia, não gosta de dirigir a noite.

Pitucha e Rita vão logo cedo à fazenda, mesmo sendo domingo, com as visitas, há muito trabalho a se fazer. Como Sílvio está trabalhando, de plantão, Pitucha vai direto para o quarto de George, abre as cortinas deixando a luz entrar, ele reclama.

Pitucha: — Bom dia! Tem um lindo dia nos esperando lá fora! Depois dos exercícios é claro.

George: — Hoje é domingo, não deveria estar de folga?

Pitucha: — É que não consigo ficar longe do senhor!? — brinca e ele ri. - Vamos tomar café na cozinha hoje?

George: — Estava a pensar no que Marcelo falou sobre cavalos. O que acha? - diz enquanto ela o coloca na cadeira.

Pitucha: — Sou suspeita para dizer algo, amo cavalos.

George: — Conhece alguém que poderia ajudar-nos nisso? Melhor raça, valores...

Pitucha: — O meu irmão, Juca entende muito de cavalos, já foi até domador, ele que me deu o Chico.

George: — Vou conversar com os meus filhos e se concordarem com a compra, peço para chamar o seu irmão.

Pitucha: - Ele vai ficar contente.

Rita faz o seu trabalho ajudando na cozinha, Marcelo aparece com Mirtes pendurada no seu pescoço, assim que a vê tira os braços de Mirtes de si. Rita age como se nada tivesse acontecido mais o seu coração está acelerado. Tomam café e saem para andar pela fazenda.

Até a hora do almoço tudo corre tranquilo, o seu George pede a Pitucha para o levar até onde ficam as estufas e o estábulo, com um pouco de dificuldade ela consegue, ele tenta ajudar.

George: — Pare Ana!

Pitucha se assusta: — O quê foi? Machuquei o senhor?

George: — Ana, eu senti os meus pés! Eu juro que senti.

Pitucha: — Isso quer dizer que tem chance de andar de novo! - diz eufórica.

George: — Ana, espere! Não diga a ninguém sobre isso. Não quero que tenham falsas esperanças. Sílvio contratou uma fisioterapeuta e se for para eu voltar a andar ela poderá dizer.

Pitucha: — O senhor é quem sabe... faço o que pedir.

George: — Local para colocar os cavalos nós temos. Quando Sérgio aparecer vou pedir-lhe que vá com o seu irmão ver alguns cavalos.

Pitucha: - Sérgio? - seu coração acelera.

George: — Ele é que vai cuidar disso.

Pitucha: — Semana que vem terá uma quermesse e durante o dia haverá leilão de gado e cavalos na vila, pode conseguir bons preços.

George: — Equinos!

Pitucha: — Está certo! Equinos!

Marcelo aparece: — Quermesse?! Eu ouvi falar em Quermesse? Quando e onde?

George: — Você ouve só o que lhe convém!

Marcelo ri: — Dona Dalva está o chamando para almoçar senhor George!

Marcelo ajuda Pitucha levar o seu pai de volta, não sossega enquanto ela não lhe diz tudo sobre a quermesse, ele conta a seus primos que ficam empolgados com a novidade.

Mirtes: — Terá de levar-me para casa para pegar algumas roupas. — Se pendura no pescoço de Marcelo.

Dalva: — Quer dizer que voltarão semana que vem? — mais decepcionada do que contente.

Mirtes: — Se tivesse trazido as minhas roupas nem ia embora, estou gostando muito daqui.

Marcos: - Eu também! Mais não me acostumaria viver pra sempre num lugar assim. Amo a agitação da cidade. Roça só para passear. Duvido que Marcelo ou você Mirtes depois de um mês aqui não queiram voltar para cidade.

Marcelo pensa um pouco, talvez Marcos tenha razão, mais algo nele está mudando, o comportamento de Mirtes já o está a o irritar, suas falas parecem falsas, olha para Rita que finge não ouvir do que falam e isso o deixa incomodado.

Almoçam e vão fazer a cesta, Sílvio chega cansado, come, toma um banho e vai dormir. Pitucha e Rita começam seus afazeres.

Dona Cida pede para Rita recolher as roupas do varal enquanto elas limpam a casa.

Rita pega o cesto e desce para a lavanderia. Está distraída a dobrar as roupas quando sente abraçarem a sua cintura.

Mirtes: — Senhor Marcelo, por favor deixe-me em paz! — O empurra — Tenho noivo!

Marcelo: — Não consigo! O gosto dos seus lábios não me sai da cabeça. Não consegui dormir a pensar em você. Nem eu me reconheço. Você mexe comigo de uma maneira diferente, intensa.

Marcelo a puxa para um canto, acaricia a sua face, solta os seus cabelos, segura o seu rosto e beija-lhe, devagar, seus olhos, sua testa, o canto dos seus lábios, Rita fecha os olhos, ansiosa pelos lábios de Marcelo. Ele abraça-a a colar o seu corpo ao dela, cheirando e beijando o seu pescoço, Rita sente o seu corpo todo estremecer, quando ele a beija, sente-se ir ao céu, acaricia os seus cabelos, puxando-os, o prendendo aos seus lábios, desejosa. Ele explora a sua boca, a invade com a sua língua, mordisca os seus lábios a fazendo querer mais, ela esquece os seus pudores, sua timidez, jamais sentiu tanto prazer com um beijo.

Marcelo: — Os seus lábios são deliciosos! — Sussurra no seu ouvido — O seu cheiro deixa-me louco!

Rita sente o desejo de Marcelo, e isso a faz vibrar, um calor lhe sobe pela intimidade, um desejo de mais...

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