Dalva e Sílvio saem para varanda com intuito de tentar convencer George a entrar para conhecer seu novo lar, se espantam ao o ver fora do carro com a garota que está a apontar-lhe algo.
Sílvio: — Não é que ela conseguiu?! Precisamos saber como! - olha para mãe esperançoso.
Dalva sorri e volta para dentro, vai descansar, pois sente que George está em boas mãos.
Sílvio vai à cozinha e pega uma jarra de refresco, os remédios de seu pai e copos, sai em direção onde seu pai está, enquanto se aproxima observa a garota, é diferente de todas que conheceu, espontânea, delicada, com os olhos mais sinceros que já viu. Se lembra de Mirtes, estava apaixonado por ela, e parecia ser correspondido até que a viu com o seu irmão Marcelo, dizendo as mesmas coisas que lhe disse ao seu irmão, lhe dando os mesmos beijos e carinhos, uma falsa, interesseira. Ficou tão desiludido que passou a se entregar aos estudos, ao trabalho no hospital e cuidados com o seu pai. A visão de Ana Paula, o jeito que ela está a falar com o seu pai, sua delicadeza e ao mesmo tempo sua firmeza desperta nele uma vontade de tentar de novo, se aproxima com um imenso sorriso nos lábios.
Sílvio: — Vejo que resolveu sair do carro Senhor George?! Trouxe um refresco para o senhor, está na hora de seus remédios, e a sua nova amiga quer? - olha com intensidade para Ana Paula.
George fecha o rosto: — Não tenho amigos! Desapareceram depois do acidente.
Pitucha sente-se encabulada com o olhar dele e uma pontada de tristeza pelo que George disse: — Então não eram seus amigos Senhor George!
Sílvio serve o seu pai e Pitucha vai o ajudar a pegar o copo e ele empurra a sua mão.
George: — Consigo pegar um copo sozinho menina!
Com muita dificuldade e mãos trêmulas ele pega o copo e toma o líquido, Sílvio sorri admirado, pois até então o seu pai queria tudo na boca, não fazia nenhum esforço para melhorar. Serve Ana Paula, a olhando com gratidão, ela é responsável por isso.
Ana Paula: — Eu é que deveria servir vocês... Depois que tomar o suco, se o senhor George quiser ir, vou o levar para o outro lado, de onde poderá ver uma linda cachoeira.
George entrega o copo a Sílvio: — Deixa para amanhã garota. Estou cansado, quero um banho.
Sílvio: - Vamos! Vou te ajudar...
George: — Quero que a menina me empurre, ela é mais forte que vocês!
Pitucha sorri e começa a empurrar a cadeira: — O senhor vai ficar impressionado com a casa do lado de dentro. O meu queixo quase foi ao chão a primeira vez que entrei nela… é maravilhosa!
George: - Para mim são todas iguais!
Pitucha: - Não são nada! A minha não chega nem perto dessa!
Sílvio os deixa ir à frente. " É isso que o meu pai precisava, alguém alegre, espontânea e linda, muito linda". Mal sabe ele que seu irmão Sérgio tem o mesmo sentimento pela garota.
Na capital Sérgio tenta a muito custo tirar o seu irmão da cadeia. Depois de horas o delegado o deixa falar com ele.
Marcelo: — O quê houve que ainda não conseguiu tirar-me daqui?! Posso sair agora não posso?
Sérgio: — O advogado aqui é você! Deve saber muito bem o porquê ainda está aí. Talvez por desacato a autoridade ou seria por estar alcoolizado... Não, acredito ser por causar confusão em uma ‘boate’. Ou todas as opções juntas!?! - diz ríspido.
Marcelo baixa a cabeça e fica em silêncio, dessa vez ele exagerou. Também um engraçadinho foi mexer com Mirtes, quando viu já trocavam socos e estava sendo algemado e encaminhado a delegacia.
Sérgio: — O delegado só vai o liberar amanhã de manhã mesmo pagando a fiança. Volto amanhã cedo com o dinheiro, não tem mais o que fazer. Marcelo vê se cria juízo! Não brinco! É a última vez que lhe ajudo!
Marcelo se senta na cama dura da cela, como não tem opção se deita e rapidamente pega no sono, não sente remorso ou arrependimento, acha que dinheiro resolve tudo.
Já Sérgio volta para casa, arruma algumas coisas que vai precisar levar para a fazenda, se deita mais o sono não vem, os seus pensamentos voltam a fazenda, em uns lindos olhos claros que lhe tiram o sossego e o sono, como desejava estar lá quando a sua família chegasse e ver a cara que ela faria ao descobrir que não é um peão e sim um dos donos.
Toninho deixa Maura em casa e vai para roça, não era isso que ele queria mais após darem uns amassos, quando viu ela já estava de mala e cuia dentro da caminhoneta com o pai e o noivo atrás gritando que o iam matar, não teve tempo de pensar, saiu em disparada, quando já em um lugar seguro Maura pediu para parar e... a caminhoneta foi estreada e muito bem por eles. Agora está com uma mulher dentro de casa, "num ponto é até bom porque Juca indo morar com Ritinha e Pitucha trabalhando fora Maura poderá cuidar da casa e cozinhar para eles e, se não quiser fazer isso que volte para seu noivo". - pensa.
Quem não gostou nada foi Tião que pretendia, quem sabe um dia, convidar Marsé para morar com ele. Tem quase certeza que Maura não vai durar ali, Toninho não é homem de ficar em casa com uma única mulher, muitas já tentaram o agarrar em vão, Tião também não sabe mais o que fazer com o irmão, vai deixar que a vida ensine-lhe que não se brinca assim com as pessoas.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Helena Ribeiro
Também concordo Erlete não é bom triângulo amoroso entre irmãos, mas acho que esses dois vão se respeitar e a Ana Paula gastou do Sérgio
2024-12-09
0
Erlete Rodrigues
ai gente se falar um negócio para vocês eu não gosto de triângulo amoroso quando tem irmãos envolvido eu fico triste
2024-09-09
1
Maria Raileanu
eita que os irmãos se encantaram pir Ana Paula
2024-05-01
3