Capítulo 16 . Moralidade.( +18)

Rita tem uma guerra interna, o seu corpo arde por Marcelo, a sua mente diz-lhe que o que está a fazer é errado e o seu coração, o seu coração está dividido. Um lampejo de lucidez, a moralidade e a sua criação a fazem parar, num esforço extra comunal ela o empurra.

Rita: — Não posso! Me deixa!

Ela desvencilha-se dos braços dele e volta correndo para casa. Marcelo sorri, está adorando esse jogo de gato e rato. "E que bela ratinha! Com o beijo mais doce que já provou!"

Pitucha nota o nervosismo de Rita, mais não quer se intrometer, se tudo correr como o previsto Marcelo irá com os primos para cidade e só voltará na próxima semana dando um pouco de paz a Rita.

Mirtes vai ao quarto de Marcelo e não o encontrando procura pelo quarto de Sílvio, abre a porta e ele está a dormir de bruços, só de cueca, Mirtes tira a sua roupa ficando só de ‘lingerie’, devagar ela sobe na cama sobre as costas de Sílvio, começa com uma massagem nas costas dele, beijando-lhe os ombros, mordiscando a sua orelha. Sonolento, julgando que estava a sonhar com Ana, se vira na cama, Mirtes desce os seus beijos até a sua intimidade, Sílvio já está em continência, ela começa a sessão de lambidas, beijos, o coloca todo na boca... Sílvio grita o nome de Ana e abre os olhos. Já não consegue controlar o seu gozo, vendo ser Mirtes ali a empurra fazendo ela cair da cama.

Sílvio: — O quê pensa que está fazendo?!

Mirtes sorri: - Você gozar! Não pode negar isso!

Sílvio: — Não tem caráter?! Sua imoral! Saia daqui!

Mirtes se aproxima dele fazendo charme, o tocando: — Você gostou! Ainda sente atração por mim, é só eu lhe tocar… me deixa te dar prazer...

Sílvio tenta se segurar, está tão cansado, tanto tempo que não fica com ninguém, Mirtes o beija, o toca com as suas mãos hábeis…

Pitucha vai levar o remédio de George, passando pela porta do quarto de Sílvio ouve os gemidos,

A sua curiosidade é muito grande, abre uma fresta da porta e vê Mirtes com a boca… E Sílvio gemendo.

Um nojo invade-lhe, seu estômago fica embrulhado "Que povo mais sem vergonha, falso. E essa Mirtes ficando com os dois. Sílvio dizendo-me que quer algo sério comigo? Pensando que sou imbecil! Eles só querem brincar a achar que por sermos da roça somos idiotas!"

Pitucha fica tão irritada que entra no quarto sem o costumeiro sorriso, George percebe o seu rosto fechado, sua mágoa, ela não diz nada, faz tudo quieta.

George: — O quê houve? É a primeira vez que lhe vejo sem o sorriso que ilumina tudo.

Pitucha: — Não foi nada...

Sílvio segura as mãos de Mirtes: — Saia daqui! Não vou falar de novo. Eu estava dormindo, cansado, achei que estava sonhando mais era um pesadelo! Um terrível pesadelo!

Mirtes: - Seu idiota! Igualzinho o seu irmão! Se interessando por uma chucra, roceira. Eu tenho paciência, quando se cansarem dessas sem sal vão querer—me de volta! — Sai e bate a porta.

Sílvio respira aliviado, toma um banho, se sente imundo, se esfrega com força, se veste e vai ver o seu pai, o encontra com Ana, que não lhe olha diretamente, assim que entra ela pede licença e sai os deixando sozinhos.

Sílvio: — O quê houve com ela?

George: — Também não sei, entrou assim no quarto a uns minutos atrás, calada e triste.

Pitucha vai para cozinha e Mirtes está lá, sentada numa cadeira com os pés para cima.

Mirtes: — Ana não é? Me dê uma água.

Pitucha pega um copo, vai à geladeira ao lado de Mirtes, o enche: — Aqui senhora!

Mirtes: — Senhora! Senhora! Isso mesmo! Espero que saiba mesmo o seu lugar! Criada da casa, uma empregadinha!

Pitucha: — Sei muito bem o meu lugar, "Senhora"!

Mirtes: — Explique a sua amiguinha o lugar dela, e que Marcelo, e Sílvio podem até querer se divertir com vocês, mais é só isso, não passam de uma novidade, uma conquista para eles. O prêmio de apostas entre os primos, o que acham que homens como Marcos, Sílvio e Marcelo querem com mulheres como vocês? Umas chulas, caipironas... Se ponham no lugar de vocês.

Rita entra nesse momento e ouve Mirtes, e ela tem razão, não passam de um brinquedo para os irmãos Prates.

Sílvio parado na porta ouve o fim do que Mirtes diz, então entende o porquê de Pitucha estar diferente, nunca gostou do modo de Mirtes tratar as pessoas mais agora ela passou dos limites.

Sílvio: — Mirtes!? Quem você pensa que é para falar assim com elas? Se ponha você em seu lugar! Só não te mando embora agora por ser nossa prima e por consideração a papai que sempre gostou muito de você.

Mirtes, pega de surpresa, fica sem ação. Marcelo, que vinha atrás de Rita não entende porque o irmão está tão bravo com Mirtes, ele não sabia que os dois ficavam juntos e não ouviu o que ela disse.

Marcelo: — Sílvio, o que houve? Porquê está gritando com Mirtes, assim tão nervoso?

Sílvio: — Pergunta pra a sua "namoradinha"!

Sílvio não sabe que Marcelo também é uma vítima do feitiço de Mirtes, ainda tem mágoa do irmão: — O melhor que faz Marcelo é a levar embora daqui! — Sai da cozinha apressado.

Marcelo se aproxima de Mirtes: - O quê houve? O que fez que o deixou assim irritado?

Mirtes: — Não foi nada, não sei o que ele pensou, estava só conversando com as meninas, perguntando da quermesse. — olha para Pitucha e Rita as ameaçando — ele não gostou, deve ter achado que atrapalhei o trabalho delas.

Sílvio: — Em todo caso, vou levar o seu irmão e você para capital, já conhecem o caminho se quiserem voltar para quermesse…

Mirtes: — É lógico que voltarei! — Se pendura nele — Não perderei essa quermesse por nada! Conhecendo Sílvio como conheço em dois minutos estará me pedindo desculpas, querendo que eu não vá embora! Sei que vocês não vivem sem mim...

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