Pitucha chega em casa acelerada, coração batendo de uma maneira diferente, querendo sair do peito. O seu irmão Juca já está com a caminhoneta no terreiro, ela entra apressada e Rita já está a fazer o almoço, Juca olha para noiva apaixonado um sorrindo para o outro. Pitucha admira a cena, os pombinhos vão se beijar quando Rita percebe a presença de Pitucha e se afasta se Juca.
Juca se irrita com a interrupção, dificilmente tem oportunidade de beijar a noiva: — Pode disse onde tava que esqueceu de faze o almoço? Dexa Tião sabe disso que não dexa ocê trabaia mais!
Pitucha: — Juca, meu irmãozinho querido, não fale nada a ele! Eu fui conhecer a fazenda e acabei me atrasando.
Juca: — Pra sua sorte Rita veio comigo!
Pitucha: — Obrigada cunhadinha querida! - Dá um beijo na face de Rita.
Pitucha ajuda Rita e em minutos Tião e Toninho chegam, ela respira aliviada por Juca não dizer nada aos irmãos, dos três ele é o que foi sempre seu cúmplice nas suas aventuras.
Sérgio continua a trabalhar, não com a mesma intensidade, pois a cada minuto uns olhos claros, uma boca perfeita vem-lhe a mente o distraindo de seus afazeres.
Seu João percebendo sua distração, o aconselha: — Patrãozinho deve i descansa, não tá costumado com a lida. Dexa que nois termina a tarefa.
Sérgio o ouve e vai tomar um banho, mal entra em casa e o telefone toca.
📞 Sérgio, sou eu Marcelo.
📞 Marcelo?! O que houve? Já estão a caminho daqui?
📞 Sérgio!? Preciso de ajuda! Sei que está na fazenda, mais eu só confio em você.
📞 O que aprontou dessa vez? Sabe que papai e mamãe passam por um momento difícil, quando vai criar juízo?
📞Não liguei para ouvir sermão. Se me ajudar eu prometo que vou comportar-me. Até ir para fazenda eu vou…
📞 Não consegue resolver daí mesmo? Estou cheio do que fazer aqui.
📞Bem que eu tentei. Só me deixarão ir com alguém que assine como responsável…
📞Não me diga que está preso?! Só faltava essa!
📞 Sérgio por favor, não quero que mais ninguém saiba disso... foi um mal entendido!
📞 Sempre é!
Sérgio desliga o telefone irritado. "Já está na hora de Marcelo assumir as consequências dos seus erros!... Não posso causar mais essa decepção a papai, não nesse momento."
Sérgio toma o seu banho, o que não refresca os seus pensamentos, Marcelo passou dos limites, mais é seu irmão sangue do seu sangue, depois de muito pensar decide voltar a cidade. Chama senhor João e passa-lhe as ordens do que deve ser feito, compras, limpeza na casa, jardim, estufa…
Sérgio: — A minha família já deve estar a caminho, eu voltarei em um, ou dois dias. Chame a garota para começar amanhã mesmo, ela deverá fazer companhia aos meus pais e ajudar com o que precisarem.
Sérgio entra no carro, por ele jamais sairia dali, pensa numa maneira de corrigir o seu irmão, ele não precisa ser a ovelha negra da família, tem que mudar antes que seja tarde. Três horas dirigindo e está em frente a sua casa, o caminhão com a mudança parado em frente, Sílvio com os seus pais, verificando se está tudo bem com o pai.
Dalva: — Filho! Pensei que ia nos esperar na fazenda!
Sérgio pede a bênção aos pais, abraça Sílvio: — Me lembrei que preciso resolver algumas coisas por aqui antes de ir para fazenda de vez.
Sílvio olha para o irmão desconfiado, Dalva o enche de perguntas sobre a fazenda e a cada detalhe dado por ele um sorriso brota na sua face. O seu pai ouve tudo calado, nada o fez sorrir, apenas o seu corpo está ali, está entregue ao destino, parece que desistiu da vida.
Sérgio: — Eu apaixonei-me pelo lugar, quando chegarem lá já estará tudo pronto.
Sílvio: — Não voltará conosco então?
Sérgio: — Não, mais estarei lá no máximo amanhã a noite.
Sílvio e seus pais partem para fazenda, Sérgio vai direto a delegacia descobrir o que Marcelo aprontou dessa vez.
Na casa da família Cadache, nem tudo é paz e alegria. Toninho, como Marcelo, vive a entrar em confusão. A última foi se envolver com uma mulher casada e ter que sair a correr pela janela com as calças nas mãos quando o marido chega com uma espingarda dando tiro para todo o lado. Toninho não é tão bonito como os seus irmãos, mais tem uma lábia com as mulheres, com duas ou três palavras, um olhar e pronto, caem nas suas palavras doces e jeito moleque e carinhoso de ser. Já teve que se esconder no meio da plantação por horas até um namorado ou marido ciumento ir embora. É trabalhador, não bebe ou fuma, mais, "não pode ver um rabo de saia", como diz Tião.
Juca aproveita o almoço para comunicar aos irmãos que vai morar com Ritinha, os seus sogros estão de idade avançada e pediram-lhe que fosse morar com eles e os ajudar a cuidar das suas terras e da filha.
Pitucha grita de alegria abraçando Rita, Tião como sempre, apenas ouve, Toninho não diz nada mais pensa" que idiotice se amarrar numa mulher se pode ter várias."
Os irmãos decidem alguns detalhes sobre o trabalho,Toninho se arruma e vai para vila.
Toninho: — Vo testa a caminhoneta!
Tião: — Vê se não arruma nem uma encrenca! Não quero te que po ninguém pra corre daqui.
Toninho ri e sai em direção a diversão e com certeza há mais confusão...
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Helena Ribeiro
Toninho e Marcelo são sim ovelhas negra da família
2024-12-09
0
Sandra Silva
maravilhosa história
2025-01-05
1
Erlete Rodrigues
todas as famílias sempre tem um cabeção
2024-09-09
1