Pitucha empurra a cadeira passando pela sala não deixando de elogiar tudo. O levam até o quarto e por Dalva estar dormindo Sílvio o leva direto ao banheiro e pede a Pitucha que abra a mala de seu pai pegando um roupão e uma muda de roupa.
Pitucha ajuda Sílvio a colocar Senhor George na cadeira de banho, se enrubesce ao ver Sílvio começar a tirar sua camisa, para não se molhar, e a roupa do pai, George percebe a sua vergonha e faz sinal para o filho, como médico para ele é natural esquece que está em outro meio.
Sílvio: — Ana Paula, por favor, enquanto eu dou banho em papai prepare algo para ele comer. — sorri ao ver que ela ficou ruborizada ao olhar para ele sem camisa.
"Porque ver homens sem camisa tem mexido comigo? Vejo meus irmãos assim o dia todo. O que está acontecendo comigo? Primeiro o peão forte e bronzeado, agora esse médico com a pele tão clara, ombros largos e fortes, diferentes um do outro?" -os dois despertando-lhe novas sensações e sentimentos - " Vim para cá trabalhar! Não ficar olhando para os homens! Deixa meus irmãos saberem disso que não me deixarão voltar mais aqui! Concentre-se no trabalho Pitucha! No trabalho!"
Quando Pitucha volta George já está na cama, limpo e vestido, Dalva saiu para conhecer os arredores da fazenda, Sílvio pega a sua camisa, faz um charme para Pitucha.
Sílvio: — Vou tomar um banho, molhei-me todo, se precisar de mim, é só chamar. - Pisca-lhe.
Pitucha confirma com a cabeça, se aproxima de George com o prato nas mãos, o coloca sobre a bandeja e arruma o travesseiro para que Senhor George fique mais a vontade.
Pitucha: - Agora sim! O senhor está cheiroso!
George: — Está me dizendo que eu fedia antes?
Pitucha: — Bem... Cheiroso não tava não!
George tenta segurar, mais um leve sorriso surgiu no seu rosto, o jeito da menina falar diverte-lhe, deixa-se ser servido por ela, que com cuidado lhe serve pequenas colheradas da sopa, soprando antes com medo de servir-lhe quente.
George: — Fale mais sobre você. Tem irmãos...
Pitucha: - Tenho três irmãos, Tião que é como se fosse nosso pai, Toninho que é o, como posso dizer, encrenqueiro sem juiz e Juca, ajuizado e carinhoso, eles me chamam de Pitucha.
George: — Pitucha! Pitucha não tem pai e mãe?
Pitucha não gosta de pensar assim, os seus irmãos sempre foram seus pais: — A minha mãe faleceu quando eu era um bebê e o meu pai quando tinha oito, os meus irmãos criaram-me.
George percebe que o assunto a entristece: — Também tenho três filhos, não tive a sorte de ter uma filha. Silvio que conheceu é médico…
Sílvio entra: — Falando mal de mim pai? Pelo menos está a falar! - sorri
Pitucha: — Não estamos a falar mal de ninguém.
Sílvio: - Estou brincando! Faz tempo que não ouço meu pai conversando.
George não gostado que o filho diz: — Pode ir embora menina. Chega por hoje. Agora vou dormir. Sílvio acompanhe a menina!
Senhor George fecha os olhos e finge dormir, os dois saem, já está a ficar tarde mesmo e Pitucha não quer ir embora no escuro, antes de sair Sílvio segura no seu braço.
Sílvio: — Ana, eu queria agradecer-te...
Ana Paula: — Me agradecer? Do quê?
Sílvio: — Desde o acidente que papai não fazia nada além de reclamar...
Ana Paula: — E não foi o que ele fez hoje!
Sílvio: — Não, hoje foi uma reclamação diferente, com ar de graça.
Pitucha pega o seu chapéu vai até o seu cavalo e o monta numa agilidade que impressiona Sílvio: — Até amanhã então Senhor Sílvio!
Sílvio: — Senhor não Ana, Sílvio, sinto-me um velho a ouvindo falar assim, sou pouco mais velho que você! — toca a perna de Pitucha. — Sempre quis aprender andar a cavalo, qualquer dia poderia me ensinar... - diz com malícia.
Pitucha retira a mão dele: — Posso pedir para um dos meus irmãos o ensinar… se quiser!
Pitucha fala e sai a galopar em direção a sua casa. Sílvio ri. "Essa garota vai dar trabalho!".
Sérgio não tem uma noite muito boa, acorda bem cedo e vai direto para delegacia tentar tirar o seu irmão. Tem que esperar o delegado chegar, fica nervoso com a espera. Quando o delegado chega, tem que ouvir um sermão sobre o desrespeito e irresponsabilidade de Marcelo e o faz assinar um termo se responsabilizando por ele. Quando Marcelo sai ainda reclama.
Marcelo: - Até que enfim! Vamos embora logo daqui.
No carro Marcelo pede para Sérgio o levar a casa de Mirtes, o que o irrita ainda mais.
Sérgio: — Vê se não demora, já devíamos estar na fazenda.
Marcelo: — Até me esqueci que íamos para fazenda. Já adianto que não vou demorar-me lá não, não me dou com mato.
Sérgio : — E vai viver de quê? Na nossa casa não terá mais empregados, nem mamãe para ficar-te dando dinheiro escondido de papai.
Marcelo: — Dou um jeito.
Sérgio: — Porque não trabalha?
Marcelo ri: — Trabalhar?! Pra quê? Com o dinheiro que papai tem nenhum de nós precisa trabalhar.
Sérgio responde indignado: — Não acredito que disse uma coisa dessa! Como você é... não tenho nem palavras…
Marcelo: — Sou esperto! Curto a vida! Não sou como você e Sílvio.
Marcelo desce do carro e entra na casa de tio César, Sérgio não acredita no que ouviu do irmão, ainda bem que o seu pai não ouviu o que ele disse.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Helena Ribeiro
Eu acho que o Marcelo vai querer debochar a Pitucha
2024-12-09
0
Erlete Rodrigues
esse i***** vai dar em cima da Pituxa
2024-09-09
1
Suel Helen Moraes
Marcelo vai si dá muito mal
2024-05-16
3