Capítulo 9 . Primeiro dia de trabalho.

Pitucha empurra a cadeira passando pela sala não deixando de elogiar tudo. O levam até o quarto e por Dalva estar dormindo Sílvio o leva direto ao banheiro e pede a Pitucha que abra a mala de seu pai pegando um roupão e uma muda de roupa.

Pitucha ajuda Sílvio a colocar Senhor George na cadeira de banho, se enrubesce ao ver Sílvio começar a tirar sua camisa, para não se molhar, e a roupa do pai, George percebe a sua vergonha e faz sinal para o filho, como médico para ele é natural esquece que está em outro meio.

Sílvio: — Ana Paula, por favor, enquanto eu dou banho em papai prepare algo para ele comer. — sorri ao ver que ela ficou ruborizada ao olhar para ele sem camisa.

"Porque ver homens sem camisa tem mexido comigo? Vejo meus irmãos assim o dia todo. O que está acontecendo comigo? Primeiro o peão forte e bronzeado, agora esse médico com a pele tão clara, ombros largos e fortes, diferentes um do outro?" -os dois despertando-lhe novas sensações e sentimentos - " Vim para cá trabalhar! Não ficar olhando para os homens! Deixa meus irmãos saberem disso que não me deixarão voltar mais aqui! Concentre-se no trabalho Pitucha! No trabalho!"

Quando Pitucha volta George já está na cama, limpo e vestido, Dalva saiu para conhecer os arredores da fazenda, Sílvio pega a sua camisa, faz um charme para Pitucha.

Sílvio: — Vou tomar um banho, molhei-me todo, se precisar de mim, é só chamar. - Pisca-lhe.

Pitucha confirma com a cabeça, se aproxima de George com o prato nas mãos, o coloca sobre a bandeja e arruma o travesseiro para que Senhor George fique mais a vontade.

Pitucha: - Agora sim! O senhor está cheiroso!

George: — Está me dizendo que eu fedia antes?

Pitucha: — Bem... Cheiroso não tava não!

George tenta segurar, mais um leve sorriso surgiu no seu rosto, o jeito da menina falar diverte-lhe, deixa-se ser servido por ela, que com cuidado lhe serve pequenas colheradas da sopa, soprando antes com medo de servir-lhe quente.

George: — Fale mais sobre você. Tem irmãos...

Pitucha: - Tenho três irmãos, Tião que é como se fosse nosso pai, Toninho que é o, como posso dizer, encrenqueiro sem juiz e Juca, ajuizado e carinhoso, eles me chamam de Pitucha.

George: — Pitucha! Pitucha não tem pai e mãe?

Pitucha não gosta de pensar assim, os seus irmãos sempre foram seus pais: — A minha mãe faleceu quando eu era um bebê e o meu pai quando tinha oito, os meus irmãos criaram-me.

George percebe que o assunto a entristece: — Também tenho três filhos, não tive a sorte de ter uma filha. Silvio que conheceu é médico…

Sílvio entra: — Falando mal de mim pai? Pelo menos está a falar! - sorri

Pitucha: — Não estamos a falar mal de ninguém.

Sílvio: - Estou brincando! Faz tempo que não ouço meu pai conversando.

George não gostado que o filho diz: — Pode ir embora menina. Chega por hoje. Agora vou dormir. Sílvio acompanhe a menina!

Senhor George fecha os olhos e finge dormir, os dois saem, já está a ficar tarde mesmo e Pitucha não quer ir embora no escuro, antes de sair Sílvio segura no seu braço.

Sílvio: — Ana, eu queria agradecer-te...

Ana Paula: — Me agradecer? Do quê?

Sílvio: — Desde o acidente que papai não fazia nada além de reclamar...

Ana Paula: — E não foi o que ele fez hoje!

Sílvio: — Não, hoje foi uma reclamação diferente, com ar de graça.

Pitucha pega o seu chapéu vai até o seu cavalo e o monta numa agilidade que impressiona Sílvio: — Até amanhã então Senhor Sílvio!

Sílvio: — Senhor não Ana, Sílvio, sinto-me um velho a ouvindo falar assim, sou pouco mais velho que você! — toca a perna de Pitucha. — Sempre quis aprender andar a cavalo, qualquer dia poderia me ensinar... - diz com malícia.

Pitucha retira a mão dele: — Posso pedir para um dos meus irmãos o ensinar… se quiser!

Pitucha fala e sai a galopar em direção a sua casa. Sílvio ri. "Essa garota vai dar trabalho!".

Sérgio não tem uma noite muito boa, acorda bem cedo e vai direto para delegacia tentar tirar o seu irmão. Tem que esperar o delegado chegar, fica nervoso com a espera. Quando o delegado chega, tem que ouvir um sermão sobre o desrespeito e irresponsabilidade de Marcelo e o faz assinar um termo se responsabilizando por ele. Quando Marcelo sai ainda reclama.

Marcelo: - Até que enfim! Vamos embora logo daqui.

No carro Marcelo pede para Sérgio o levar a casa de Mirtes, o que o irrita ainda mais.

Sérgio: — Vê se não demora, já devíamos estar na fazenda.

Marcelo: — Até me esqueci que íamos para fazenda. Já adianto que não vou demorar-me lá não, não me dou com mato.

Sérgio : — E vai viver de quê? Na nossa casa não terá mais empregados, nem mamãe para ficar-te dando dinheiro escondido de papai.

Marcelo: — Dou um jeito.

Sérgio: — Porque não trabalha?

Marcelo ri: — Trabalhar?! Pra quê? Com o dinheiro que papai tem nenhum de nós precisa trabalhar.

Sérgio responde indignado: — Não acredito que disse uma coisa dessa! Como você é... não tenho nem palavras…

Marcelo: — Sou esperto! Curto a vida! Não sou como você e Sílvio.

Marcelo desce do carro e entra na casa de tio César, Sérgio não acredita no que ouviu do irmão, ainda bem que o seu pai não ouviu o que ele disse.

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Comments

Helena Ribeiro

Helena Ribeiro

Eu acho que o Marcelo vai querer debochar a Pitucha

2024-12-09

0

Erlete Rodrigues

Erlete Rodrigues

esse i***** vai dar em cima da Pituxa

2024-09-09

1

Suel Helen Moraes

Suel Helen Moraes

Marcelo vai si dá muito mal

2024-05-16

3

Ver todos
Capítulos
1 Capítulo 1. Família Cadache.
2 Capítulo 2 . Oportunidade de mudança.
3 Capítulo 3 . Família Prates.
4 Capítulo 4 . Indo para a fazenda.
5 Capítulo 5. A primeira vista...
6 Capítulo 6 . Ovelhas negras ou incompreendidos?
7 Capítulo 7 . Chegada a fazenda.
8 Capítulo 8. Em boas mãos.
9 Capítulo 9 . Primeiro dia de trabalho.
10 Capítulo 10 . Não escolhemos nossos parentes.
11 Capítulo 11 . Primos.
12 Capítulo 12 . De manhã.
13 Capítulo 13 . Conflitos emocionais.
14 Capítulo 14 . Cuidando dos irmãos.
15 Capítulo 15 . Mais um dia...
16 Capítulo 16 . Moralidade.( +18)
17 Capítulo 17 . No reservatório.
18 Capítulo 18 . Fazendo o curativo.
19 Capítulo 19 . Dando uma volta com Chico.
20 Capítulo 20 . A limonada.
21 Capítulo 21 . É sábado.
22 Capítulo 22 . Desejos.(+18)
23 Capítulo 23 . Armadilhas do coração.
24 Capítulo 24 . Na quermesse.
25 Capítulo 25 . Ainda na quermesse.
26 Capítulo 26 . Traições. ( +18)
27 Capítulo 27 . Quando um não quer...
28 Capítulo 28 . Uns felizes, outros tristes...
29 Capítulo 29 . Pedra Bicuda. O Passeio.
30 Capítulo 30 . Amansando animais.
31 Capítulo 31 . Caretas ou liberais?
32 Capítulo 32 . Descontraindo, dessestressando.
33 Capítulo 33 . Pensamentos.
34 Capítulo 34 . O acidente.
35 Capítulo 35 . Dias difíceis.
36 Capítulo 36 . Abrindo os olhos.
37 Capítulo 37 . Descobertas.
38 Capítulo 38 . Visitas.
39 Capítulo 39 . Responsabilidade.
40 Capítulo 40 . O que passou, passou... ( +18 )
41 Capítulo 41 . Decisões.
42 Capítulo 42 . Responsabilidades e possibilidades.
43 Capítulo 43 . Por amor ou obrigação? ( +18 )
44 Capítulo 44 . Os irmãos encontrando o amor.
45 Capítulo 45 . Voltando ao lar.
46 Capítulo 46 . Preparativos.
47 Capítulo 47 . O casamento.
48 Capítulo 48 . O amor está presente.
49 Capítulo 49 . Tirando as máscaras.
50 Capítulo 50 . Respirando aliviados.
51 Capítulo 51 . Consequências.
52 Capítulo 52 . Culpados ou inocentes?
53 Capítulo 53 . O casamento de Tião e Marsé.
54 Capítulo 54 . Enfim juntos. ( +18 )
55 Capítulo 55 .
Capítulos

Atualizado até capítulo 55

1
Capítulo 1. Família Cadache.
2
Capítulo 2 . Oportunidade de mudança.
3
Capítulo 3 . Família Prates.
4
Capítulo 4 . Indo para a fazenda.
5
Capítulo 5. A primeira vista...
6
Capítulo 6 . Ovelhas negras ou incompreendidos?
7
Capítulo 7 . Chegada a fazenda.
8
Capítulo 8. Em boas mãos.
9
Capítulo 9 . Primeiro dia de trabalho.
10
Capítulo 10 . Não escolhemos nossos parentes.
11
Capítulo 11 . Primos.
12
Capítulo 12 . De manhã.
13
Capítulo 13 . Conflitos emocionais.
14
Capítulo 14 . Cuidando dos irmãos.
15
Capítulo 15 . Mais um dia...
16
Capítulo 16 . Moralidade.( +18)
17
Capítulo 17 . No reservatório.
18
Capítulo 18 . Fazendo o curativo.
19
Capítulo 19 . Dando uma volta com Chico.
20
Capítulo 20 . A limonada.
21
Capítulo 21 . É sábado.
22
Capítulo 22 . Desejos.(+18)
23
Capítulo 23 . Armadilhas do coração.
24
Capítulo 24 . Na quermesse.
25
Capítulo 25 . Ainda na quermesse.
26
Capítulo 26 . Traições. ( +18)
27
Capítulo 27 . Quando um não quer...
28
Capítulo 28 . Uns felizes, outros tristes...
29
Capítulo 29 . Pedra Bicuda. O Passeio.
30
Capítulo 30 . Amansando animais.
31
Capítulo 31 . Caretas ou liberais?
32
Capítulo 32 . Descontraindo, dessestressando.
33
Capítulo 33 . Pensamentos.
34
Capítulo 34 . O acidente.
35
Capítulo 35 . Dias difíceis.
36
Capítulo 36 . Abrindo os olhos.
37
Capítulo 37 . Descobertas.
38
Capítulo 38 . Visitas.
39
Capítulo 39 . Responsabilidade.
40
Capítulo 40 . O que passou, passou... ( +18 )
41
Capítulo 41 . Decisões.
42
Capítulo 42 . Responsabilidades e possibilidades.
43
Capítulo 43 . Por amor ou obrigação? ( +18 )
44
Capítulo 44 . Os irmãos encontrando o amor.
45
Capítulo 45 . Voltando ao lar.
46
Capítulo 46 . Preparativos.
47
Capítulo 47 . O casamento.
48
Capítulo 48 . O amor está presente.
49
Capítulo 49 . Tirando as máscaras.
50
Capítulo 50 . Respirando aliviados.
51
Capítulo 51 . Consequências.
52
Capítulo 52 . Culpados ou inocentes?
53
Capítulo 53 . O casamento de Tião e Marsé.
54
Capítulo 54 . Enfim juntos. ( +18 )
55
Capítulo 55 .

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