CAPÍTULO 17 - O envelope

Livy andou em direção ao escritório e foi imediatamente convidada a sentar-se na cadeira revestida por couro marrom. Livy e Tomás estava em volta de uma exuberante mesa de madeira escura, olhando um para o outro.

Livy se adianta.

— E então, Tomás. - Ela quis ir direto ao assunto. - O que os seus pais descobriram sobre quem eu pedi para procurar? Me fala, por favor!

— Só mostro se você vir me ver mais vezes.

— Sem brincadeiras, Tomás. - disse com a voz firme.

— Mas é verdade, faz um bom tempo que não te vejo.

Livy o olho seriamente.

— Calma, Celine. - disse desfazendo seu sorriso. - Vamos deixar a brincadeira de lado.

Tomás se inclinou e pegou um envelope amarelo que estava em cima da mesa em meio a outros papéis.

— Aqui está. - inclinou o braço. - Os meus pais, ficaram meses e meses procurando pelo seu parente. Eles pediram-me para dizer que foi difícil e que demorou, pois não tinham informações suficientes para fazer a busca.

— O que eles conseguiram? - sua voz carregada de curiosidade.

— Pegue, é para você. - ele entrega o envelope. - Aí dentro tem a informação de várias pessoas. Os meus pais fizeram uma busca pelo perfil de diversas pessoas de toda a cidade, aristocratas ou não, e o da investigação deles está nesse envelope.

Livy pegou o envelope e rapidamente abriu, ela apertou o envelope nas mãos, os seus olhos percorrendo a lista com vários nomes impressos no papel. A cada nome que lia, a sua frustração aumentava.

— E esses nomes? - Livy perguntou.

— Peço desculpas, esse foi o melhor que conseguimos fazer. Como havia dito, as informações não foram o suficiente então tiveram que abranger bastantes pessoas.

Livy olhou para aqueles nomes e ficou pensativa.

— Não tem problema... - tentou convencer a si mesma. - Então a pessoa que estou procurando está em alguma dessas listas?

Tomás assentiu com a cabeça, seus olhos fixos nos dela.

— Sim, nós garantimos que sim. - falou convicto. - mas não sabemos de fato quem é. Teria mais informações sobre o seu parente? Isso diminuiria ainda mais a lista.

Livy franziu a testa, tentando lembrar tudo o que o seu mestre contou-lhe, ela não conseguia pensar em mais nada disse todas as informações que o seu mestre deu-lhe.

— Infelizmente, não sei de mais nada sobre quem estou procurando. Tudo o que sei já falei a seus pais.

Tomás suspirou.

— Isso torna a busca mais difícil. - ele admitiu. - Mas não impossível.

— Eu sei, mas você já me ajudou bastante. Agora vou analisar cada nome com cuidado e ver se encontro quem estou procurando. - ela guarda com cuidado o envelope na bolsa.

Dias transformaram-se em semanas, semanas em meses e meses em longos anos. Cada avanço na sua tarefa era lento e ela sentia-se frustrada, mas finalmente a espera recompensou. Livy não desistirá até completá-la, a final era seu reino que estava em jogo.

— E aí? Eu mereço um jantar ou não? - voltou a brincar com ela.

— Jantar... Hmmm, uma proposta interessante. - arqueou uma das suas sobrancelhas olhando para o teto enquanto pensava, dessa vez ela estava realmente considerando a ideia. - Talvez.

— Talvez?! - ele ficou indignado. — Faz tempo que não nos vemos.

 — Eu realmente tenho que ir agora.

— E se for só um café? - ele insistiu.

— Que tal um drinque em vez de café? Eu prefiro ir ao bar novo que eu queria conhecer.

— Para mim, é uma ótima ideia.

— Certo, então vai me mandando mensagem.  Vou-te acompanhar e beber com você como forma de te agradecer pela sua ajuda.

Após passarem um tempo juntos conversando, Livy se despediu e foi embora.

...💮💮💮💮💮💮💮...

Livy foi embora da mansão da família de Tomás na parte da tarde. Ela estava pegando suas chaves na bolsa quando sente o seu celular vibrar ali dentro. Pensou o que poderia ser dessa vez e para sua surpresa, ao virar a tela do celular viu ser Otto.

— Celine! - assim que ela atendeu ele fala de forma impaciente.

— Alô, Otto?

— Onde você está? - Livy pode notar pelo tom de voz dele, que estava chateado.

— Como assim, Otto? - ficou confusa. - Estou em casa, o que houve?

— Você prometeu que viria me ver hoje!

As palavras de Otto refrescaram a mente de Livy no segundo seguinte. Ela esteve completamente ocupada pela manhã e acabou esquecendo de Otto.

— Você vem, Celine? - ele pergunta, em seguida fica em silêncio. Livy quase podia sentir a expectativa dele crescendo através do celular.

— Otto, eu não quero ir... - Livy só pensava em evitar aquela família. - Por que você não vem me ver durante semana, o que acha?

As suas palavras decepcionaram Otto, faziam anos que eles não se viam. Ele não conversava com muitas pessoas nem tinham muitos amigos, Livy acabou sendo a pessoa mais próxima daquela criança.

Otto tinha uma limitação, isso fez ser vítima de Bullying no colégio durante a infância. Muitas vezes chegava chateado da escola, mas como não verbalizava guardou tudo consigo.

Isso cessou quando Livy começou a estudar no Prisma, quando ela viu pela primeira vez as crianças o intimidando, o seu sangue ferveu.

Ela lembrava dela, não conseguia socializar com as criaturas do seu mundo, porém, ao contrário de Otto, Livy era amedrontadora.

Assim que uma das crianças se preparava para dar o primeiro soco no Otto, Livy o defendeu. Desde então, Otto confiou mais em Livy e tentava se comunicar mais com ela.

Livy pensava em negar o pedido de Otto e desligar o celular mas escutou o som de tosse.

— Otto, você adoeceu? - estava nitidamente preocupada.

— Sim, por causa do frio.

— Quem está cuidando de você?

— Não tem ninguém em casa. - tossiu ap terminar de falar. - Você pode vir cuidar de mim?

— Realmente não há mais ninguém que esteja aí para cuidar de você?

— Não. - falou com firmeza.

— Estou indo para aí agora. Otto me espere.

Livy guardou as suas chaves de volta na sua bolsa e desceu do seu apartamento, queria chegar o mais rápido possível a mansão. Foi até a portaria e aguardou o carro que pediu por aplicativo chegar.

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