Capítulo 10 - Vida Nova, Escola Nova.

Com uma noite mal dormida, Livy se contorcia sob o edredom, lutando contra a voz insistente de Agatha, foi acordada por ela pois a mesa do café da manhã estava posta, ela precisava descer, era tarde.

— Vamos querida, levante-se, você precisa acordar. - puxou o edredom que a cobria.

— Ah não, Agatha! - puxou o cobertor sobre a cabeça. - Me deixe em paz.

— Por que está com olheiras, por a caso não dormiu bem ontem? - puxou novamente o edredom.

— Sim! - gritou pegando o edredom de volta.

— Não importa a senhora ordenou que eu arrancasse você desta cama, pois hoje você vai para o colégio.

— O quê?! - sentou-se instantaneamente na cama, ela estava espantada. — Esquece! Eu não quero ir, eu não vou Agatha! - Ela disse com a voz abafada pelo cobertor.

— Ora, essa não é uma opção. - Agatha retrucou, puxando o edredom com um gesto decidido. — Se arrume bem rápido e desça senhorita, caso você não vá sou eu quem terei problemas.

Livy exitou mas ao ouvir as palavras de Agatha, a obedeceu pois não queria dificultar para ela.

— Só porque está me pedindo. - Ela se levantou da cama com um suspiro derrotado e começou a se vestir.

Livy tirou seu pijama da noite passada e desceu com seu uniforme do colégio para tomar seu café. No andar de baixo, Ethan já estava sentado à mesa do café da manhã, tomando a sua xícara de café calmamente enquanto lia as notícias em seu celular.

Incrédula, ela encara-o.

— Bom dia? - Ethan lança um sorriso. — Dormiu bem?

Livy lançou-lhe um olhar fulminante:

— Se eu soubesse que vocês me mandaria para um colégio hoje, não teria feito o que fiz ontem. - ela resmungou, sentando-se à mesa com um ar mal-humorado.

Ethan não se conteve e riu ao ouvir as palavras de Livy, achando graça na irritação de Livy.

— Você está rindo do quê?", ela perguntou, os seus olhos faiscando de raiva.

— Dos seus cabelos. - apontou para a cabeleira desgrenhada de Livy. — Parece que você lutou com um gato durante a noite.

Livy corou de frustração e alisou os cabelos com as mãos.

— Pare de rir de mim! - ela ordenou, sua voz tensa.

— Só se me deixar chamá-la de irmãzinha.

— Se eu pudesse já teria-lhe jogado no círculo de fogo!

— Que palavras fofas. - ele zombou.

— Olha como ela está falante hoje. - disse a mãe dos dois meninos sentada ao lado de Livy tentando tomar pacientemente o seu chá. - Meu bem, vejo que estão se dando bem mas do que ela está falando? - ela perguntou para Ethan ignorando a presença de Livy.

Ethan, hesitante, começou a explicar o que havia acontecido na noite anterior.

— Estávamos no jardim, ontem à noite porque não conseguíamos dormir...

— Você encontrou-se com a mocinha durante a noite. Você deve se comportar Ethan. - franziu a testa.

— Mãe, não pense assim de mim. Ela é minha irmã.

— Já disse... - franziu mais ainda a testa. - Ela não é sua irmã, muito menos será da nossa família! Foi só uma obra do destino.

- ...

— Ah, seu irmão e seu pai me dão bastante trabalho, agora você.- ela passou a mão na testa desfazendo sua feição. - Preciso ir me deitar, estou com dor de cabeça.

A mulher se levantou e retirou-se da sala, subiu as escadas e Agatha a acompanhou.

— Peço desculpas pela minha mãe, eu nunca a vi assim.

— Tudo bem. — Contrariando o que disse, Livy deixou com que as palavras frias e sem compaixão da mulher a ferissem por dentro.

Ela ainda pensou que, se voltasse a ser um monstro com certeza viria assombrar os sonhos da mãe de Ethan e pertubaria todas as suas noites de sono.

— Está animada para começar a estudar?

— Não, nenhum pouco! Odeio colégios dos humanos.

— O que? - ele parou a xícara no meio do caminho, porque ficou confuso. Livy repetiu um velho hábito sem perceber.

— Quis dizer que odeio colégios no geral, principalmente porque é um lugar com pessoas... muitas pessoas.

— Você não me parece ser tímida, Celine. Por que essa aversão com pessoas?

— E realmente eu não sou! Eu não sei dizer quando começou, mas pode-se dizer que nasci assim.

— Certo...acho que entendi. Entretanto, antes você não ia para uma escola? Digo quando você morava com seus avós?

— Não me lembro, só me lembro de ir ao jardim de infância. Depois disso você sabe, passei boa parte da infância inconsciente naquele hospital.

— Deve ser muito difícil não lembrar do passado, contudo você tem a oportunidade de criar novas memórias agora que está melhor.

— Não sei...acho que sim.

— Bom. - Pausou para olhar o relógio do celular. - Estou indo para o escritório e acho que você também precisa ir agora.

Livy o escutou falar e assim que ele levanta ela faz o mesmo.

— Agatha, como está minha mãe? - perguntou pois viu a mulher descendo as escadas.

— Dei o remédio dela, agora ela está descansando.

— Ótimo e o meu irmão, você o viu?

— O senhorzinho já está ali fora, ele estava esperando a senhorita para os dois irem ao colégio.

Ethan se preparava para ir ao escritório e se despede de Livy. Ela por sua vez, ponderava sobre suas opções. Com um suspiro de resignação, Livy decidiu que tentaria viver a vida de uma adolescente.

Por outro lado, a perspectiva de frequentar um colégio humano a aterrorizava. Mas frequentar o colégio poderia ser uma boa oportunidade para conhecer mais humanos.

Ela irá para uma dos melhores e mais completos colégios do país, o Colégio Interdisciplinar Prisma. Somente crianças de famílias importantes da cidade ou as mais inteligentes entram para o Prisma.

Livy sem poder usufruir da sua forma sobrenatural, precisaria de alguma outra maneira encontrar quem o seu mestre mandou-a matar, ela pensou. Todavia, inicialmente usaria a influência da sua nova família, os D' Ávila, e viu que não seria nada fácil. Pensou então, em se aproximar dos filhos de outras famílias aristocráticas.

Otto entra no carro estacionado na porta da mansão e Livy o segue sentando-se ao seu lado no banco de trás. O trajeto até o colégio foi silencioso. Ela observava as ruas movimentadas, os carros e as pessoas apressadas.

Ao chegarem no colégio, Livy se deparou com um enorme e imponente prédio de tijolos vermelhos, árvore altas enfeitava a entrada do local junto ao jardim perfeitamente planejado. Os muros de fora eram pintados de branco com um brasão da escola em azul e dourado.

O pátio estava lotado de alunos conversando e rindo, havia também alguns alunos entrando. Indicando que as aulas ainda não tinha iniciado e Livy por sua vez, teria tempo para procurar a sua classe.

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