Episódio 16

Episódio 16

Fazil observava em silêncio, uma sombra entre as paredes da corporação que moldava a linha tênue entre lealdade e dilemas morais. Seu olhar, treinado pela lealdade de Anton, encontrou o homem que buscava, um sentimento de dever cumprido misturado com a inquietação de estar envolvido em algo errado.

Naquele dia, Anton convocou uma reunião que, apesar de comemorar o sucesso da empresa, era permeada por uma aura sombria. Rumores circulavam nos corredores, sugerindo que o braço direito de Anton não morrerra por acaso.

Enquanto aa especulações corriam soltas, Fazil, sem ter muito o que fazer, dirigiu-se à sala onde Murat estava recluso. Ao abrir a porta, deparou-se com um Murat exausto, cortes recentes marcando seu rosto.

Os cabelos de Murat, desalinhados e sem cuidados, misturavam tons de castanho escuro e claro. Sentado na cadeira, Murat parecia olhar para o vazio, alheio à presença de Fazil.

"Murat, quero lhe apresentar algo."

Disse Fazil esperançoso, sua busca árdua por aquele homem não seria em vão.

Murat permaneceu imóvel, indiferente à abordagem.

"Você é tudo o que tenho para salvar a minha família. Me ajude a fazê-los melhorarem, e farei tudo o que quiser!"

Insistiu Fazil, avançando cautelosamente.

"Pra que tudo isso? Seu eu te ajudar, irá me ver definhando a cada experimento que fizerem em mim. Estou bem ciente do que quer, seu merda!"

Murat levantou-se, soltando palavras contundentes. Fazil manteve a calma, afatando-se.

Em um ímpeto de desespero, Murat desabafou, revelando seus medos e angústia. Fazil, mesmo ouvindo palavras duras, persistiu em sua tentativa de convecê-lo a colaborar.

De volta à sala de documentos, Fazil recolheu informações sobre Murat, incluindo dados sigilosos. Retornou com algumas fitas na sacola, reconhecíveis por Murat.

"O que as minhas coisas estão fazendo na sua mão?"

Questionado ele, irritado.

"Para que ouça e escute com atenção as coisas que diz."

Respondeu Fazil, colocando uma fita no reprodutor. As palavras de Murat ecoaram na sala, e a exposição à sua própria voz trouxe um tormento insuportável.

"Pare!"

Gritou Murat, caído no chão, hiperventilando. Fazil, mesmo sentindo uma ponta de pena, viu aquilo como necessário.

"Sule?"

Murat olhou para Fazil com tristeza, uma lágrima solitária rolando por sua bochecha.

Fazil interrompeu a reprodução, confrontando Murat com suas próprias lembranças dolorosas. O tormento emocional atingiu seu ápice, testando os limites éticos de Fazil.

"Está me torturando, mesmo que não quisesse"

Tagarelou Murat, balançando entre o desespero e a raiva.

Fazil, recolhendo as fitas, deixou Murat entregue aos próprios pensamentos, a porta se fechando atrás dele. A indecisão e o peso do que fizera pairavam sobre Fazil, enquanto Murat permanecia, deitado, em um silêncio carregado de emoções não expressas.

No dia seguinte, Fazil mergulhou em sua rota diária, tentando proporcionar alguma normalidade à sua família, afetada pela doença que assolava a todos. A preocupação em seus olhos refletia a difícil realidade que enfrentava.

Ao lidar com as dificuldades do dia, Fazil mantinha a esperança de que, no momento certo, Murat poderia ser a chave para a cura. Enquanto alimentava os familiares, a ideia de desligar-se do trabalho, tirar os fones e dedicar mais tempo à sua família começava a ganhar força.

Assim, após o jantar, Fazil desligou o telefone, afastar-se das mensagens da empresa e dedicar a noite à sua família. Sentou-se ao lado deles, tentando proporcionar conforto em meio à adversidades.

Enquanto isso, Murat permanecia enclausurado, enfrentando lembranças dolorosas e experimentos angustiantes.

A sala fria envolvia Murat, que estava perdido em pensamentos. As lembranças dolorosas de seu passado ressurgiam, enquanto os experimentos angustiantes realizados pela ICV continuavam a assombrá-lo. A incerteza pairava sobre o que o futuro reservava, e a solidão da cela apenas intensificava o peso de suas experiências.

A mente de Murat era um labirinto de memórias confusas, uma barreira entre o que ele era antes e o que se tornara após ser capturado pela ICV. Seus olhos cansados refletiam a exaustão de uma jornada tumultuada. Enquanto isso, os cientistas da ICV planejavam o próximo passo em sua busca por respostas, sem perceber totalmente a resistência interior de Murat.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***