Episódio 14

Episódio 14

"Passou-se 1 semana e você não sabe onde ele está?! É INACREDITÁVEL o quanto os meus funcionários são inúteis!"

Anton gritava ao celular, olhando de cima os vários prédios da cidade, uma vista incrível e exuberante.

"Abaixe o tom para falar comigo! Estou fazendo o que posso! Ele não me passou nenhum contato desde a nossa última conversa, mas disse que tinha uma esposa, já morta, chamada Sule. Isso é tudo que tenho, agora eu quero a minha parte!"

A voz do outro lado da linha soava impaciente, bufando.

"Está bem, vou providenciar a quantia. Quero mais informações até HOJE, entendeu?"

Ele disse, sentando-se na cadeira e desligando o telefone. Sua empresa estava em maus lençóis. Haviam perdido contratos importantes desde a publicação daquela guangue maldita!

Observando a pasta marrom em sua mesa, ele a abriu, revelando alguns documentos antigos do homem que estavam procurando.

Os arquivos explicavam os projetos em cima daquela cobaia, com escritas dos cientistas que faziam parte do projeto e com as imagens dos resultados.

"A cobaia apresentou uma ótima resposta. Demos alguns estabilizantes e testamos algumas técnicas, mas sem sucesso ou piora."

10/05/13

Anton engoliu em seco. As memórias daquele projeto ainda eram um peso em sua consciência. Ele sabia que precisava encontrar aquela cobaia antes que as evidências os alcançassem.

Erguendo-se da cadeira, ele decidiu agir rápido. Não podia mais esperar, era hora de agir. Ele tinha que encontrar aquele homem antes que alguém mais o fizesse. A reputação de sua empresa estava em jogo, e ele não ia permitir que nada atrapalhasse seu império.

Anton ligou para um colega de sua empresa filial, fazendo-lhe uma proposta tensa.

"Tenho que encontrar um projeto que está solto pelas ruas, te dou o que precisa e encontre-o para mim."

Anton, inquieto, se movia constantemente na cadeira, refletindo a urgência da situação.

Do outro lado da linha, o homem tossiu, sua voz rouca transmitindo uma clareza sinistra.

"Está bem, Anton, vou ajudar, mas toda ajuda tem seu preço."

Anton esfregou as têmporas nervosamente, consciente de que enfrentaria prejuízos ao longo do caminho.

"Acordo fechado então. Me contate assim que encontrá-lo e sobre a sua proposta."

"Ótimo! Apenas me envie quem está à procura, e irei achá-lo em poucos dias!"

"Está bem, até logo!"

Anton encerrou a chamada, apreensivo quanto ao desenrolar do acordo e preocupado com a péssima ideia de envolver-se com seu último recurso. O homem com quem negociava tinha fama de galã, mas também de estar envolvido em negócios questionáveis. O que aguardava Anton era incerto e carregado de tensão.

Enquanto Anton aguardava ansiosamente notícias sobre o desdobramento da busca, ele sentiu a pressão aumentar. Sabia que seu último recurso, com seus negócios questionáveis, poderia trazer consequências inesperadas.

Dias se passaram, e finalmente, o colega entrou em contato.

"Anton, encontrei pistas do projeto. Vamos discutir a proposta."

Anton sentiu um misto de alívio e nervosismo. Encontrar o projeto era crucial, mas os termo do acordo ainda pairavam sobre sua mente.

"E então? Como estão as coisas?"

Perguntou Anton, tentando controlar a ansiedade.

"Vai depender do que está disposto a oferecer. Essa busca não foi fácil, sabia?"

Anton suspirou, preparando-se para a inevitável negociação. Ele estava ciente de que cada passo poderia custar caro, mas a necessidade de encontrar o projeto o impulsionava adiante.

"Vamos discutir pessoalmente. Onde nos encontramos?"

Propôs Anton, decidido a fechar esse capítulo e obter as respostas que tanto buscava.

O colega forneceu um local e uma hora, deixando Anton com a sensação de que cada decisão tomada até agora o conduziria a um destino incerto.

Anton, com uma mistura de determinação e apreensão, dirigiu-se ao local combinado para a reunião.

Ao chegar, o colega estava lá, impondo sua presença com um sorriso ambíguo. Sentaram-se em um canto discreto, onde a conversa poderia trancorrer sem muitas testemunhas.

"Anton, seu projeto é mais esquivo do que eu imaginava. Isso vai custar mais do que o esperado."

A expressão de Anton endureceu, sabendo que cada palavra tinha um preço.

"Quanto?"

Anton deslizou um envelope sobre mesa, e o velho o abriu, encontrando uma quantia substancial, mas não sem um certo desconforto.

"Isso é apenas um adiantamento. O restante será pago quando o projeto estiver em minhas mãos."

Anton ponderou sobre a magnitude das próximas ações. Por um lado, tinha uma oportunidade de descobrir mais sobre o projeto e talvez sobre seu próprio passado.

"Fechemos o negócio então."

Ao preferir essas palavras, Anton sabia que estava comprometendo-se com algo mais complexo do que uma simples transação financeira.

Com o acordo fechado, Anton mergulhou ainda mais fundo em um mundo sombrio e mistério. As informações que o colega possuía começaram a fluir, mas cada revelação vinha acompanhada de uma sensação de desconforto.

"O seu projeto.....Murat, é uma criação da ICV. Vocês fundou a ICV com a intenção de avanços genéticos, mas as coisas tomaram um rumo obscuro. Murat era um projeto altamente experimental, e algo deu errado. Por isso você faz tanta questão de encontrá-lo."

O velho sorriu com um toque de cinismo.

"Agora, Anton, você decide: mergulhar mais fundo nesse abismo ou tentar encontrar uma saída antes que seja tarde demais."

Anton, confrontado com escolhas complexas e consequências iminentes, viu-se diante de um dilema que poderia moldar não apenas o destino de Murat, mas também o seu próprio.

"A escolha é sua Anton, mas o tempo está se esgotando."

"Tenho que encontrar Murat. Estou ciente das minhas ações passadas, e é hora de enfrentar as consequências."

Anton respirou fundo, expressando determinação.

"Mas onde foi a última vez que você o encontrou?"

Anton perguntou discretamente.

"Em Ancara, com o ex-cientista que conhecemos muito bem."

O velho disse, sorrindo amplamente.

"Aquele..."

Anton conteve suas palavras, lutando contra a raiva que crescia a cada revelação. Pelo menos, agora, tinha uma pista sobre o paradeiro de Murat.

"Na última vez que nos cruzamos, disse a ele para seguir a vida e nos deixar cuidando do que é nosso! Eu deveria matá-lo!"

Os punhos de Anton se cerraram, evidenciando a intensidade de suas emoções.

"Você foi bonzinho! Eu matava aquele infeliz ali mesmo!"

O velho ria alto

"Naquela época você não era tão apto para ser presidente. Você vivia rodeado por indecisões e influências não adaptadas."

Ele sorriu, dirigindo-se ao carro, seguido pelos seguranças.

Antes de partir, ele se virou para Anton.

"Avisarei quando pegá-lo totalmente!"

Piscou, entrou no carro e se afastou, deixando Anton impaciente e repleto de pensamentos tumultuados.

Observando o carro desaparecer, Anton entrou em seu próprio veículo, seguido pelos seguranças, rumo à sua casa. A impaciência tomava conta dele, consciente de que cada passo o aproximava da verdade e das decisões difíceis que teria que tomar.

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Iranilde Lima

Iranilde Lima

Tenso esse cap

2024-03-19

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