Episódio 10
O Esquadrão Bravo foi convocado para uma nova missão, uma tarefa que os levava a revirar segredos obscuros. O que ocorreu naquela terrível tarde permanecia oculto, encoberto por um manto de silêncio e discrição.
O homem envolvido nesse trágico evento foi silenciado para sempre, sepultado em um local desconhecido para o rsto do mundo.
O colega responsável pelo fatídico disparo optou por uma ausência temporária, deixando um vazio pertubador na equipe. Seu afastamento criou uma sombra que pairava sobre o grupo, um silêncio que gritava mais alto do que qualquer explicação disponível. O esquadrão seguia em frente, convocado para novos desafios, mesmo carregando o fardo do passado.
Anton reuniu o esquadrão na sala de operações.
"Equipe, estamos seguindo para a casa do suspeito. Fazil, você está focado nessa missão, certo?"
Perguntou Anton
"Absolutamente, Senhor. Tenho certeza de que encontraremos algo lá"
Respondeu Fazil, com determinação na voz.
Enquanto se preparavam, o clima na sala era de expectativa. Todos sabiam que esta missão era crucial para desvendar o mistério.
No trajeto até a casa, o silêncio pairava o ar, interrompido apenas pelo som do motor do veículo.
"Estamos nos aproximando"
Informou o piloto
Chegando à casa, um prédio de apartamentos, o Esquadrão Bravo esperava pelo sinal do capitão para avançar.
"Certo, podemos ir"
Disse o capitão
Fazil acenou para dois companheiros ao seu lado, enquanto os outros mantinham posição.
Com leves batidas na porta, ouviram-se gritos do outro lado. Uma mulher abriu, encarando os policiais com desconfiança.
"Quem são vocês? O que estão fazendo na minha casa? Tem um mandado?"
Ela questionou, apoiando o quadril e encostada na porta.
Fazil suspirou, retirando um papel pequeno do bolso, que permitia a entrada sem violar direitos.
A mulher pegou o papel, esforçando-se para ler as letras miúdas
"Vasculhem tudo"
Ordenou, Fazil
Enquanto a equipe adentrava a residência, a mulher tentava bloqueá-los.
"Senhora...."
Fazil começou, aguardando resposta.
"Emet"
Murmurou a mulher, visivelmente nervosa, tentando disfarçar.
"Senhora Emet, peço para que colabore com a investigação ou as consequências virão"
Disse ele, não querendo ameaçar, mas sentindo-se obrigado a fazê-lo.
A expressão dela oscilou entre medo e a incerteza, mas acabou cedendo e recuou um pouco, permitindo que a equipe continuasse a busca.
"Senhora Emet, antes de procedermos, há alguma área ou local específico onde seu filho possa estar? Algum ligar que ele costumar frequentar ou esconderijo que você conheça?
Perguntou Fazil, mantendo um tom calmo e investigativo.
A mulher olhou para ele por um momento, visivelmente tensa, antes de responder.
"Ele geralmente fica no seu quarto ou às vezes passa um tempo no parque próximo."
Fazil agradeceu pela informação, mostrando um gesto de apreciação.
"Senhor, encontramos algumas fitas em um dos quartos"
Reportou um dos membros, aproximando-se
Fazil se aproximou rapidamente.
"Vamos levar isso para análise."
A descoberta das fitas trouxe um ânimo renovado para à equipe.
Enquanto examinaram o local, Fazil notou os vasos de plantas. Fitando a mulher assustada, investigou-os, removendo a terra até revelar um pacote com mais fitas.
Ela se afastou, dirigindo-se à cozinha para preparar um café, deixando Fazil sozinho com a descoberta recente. Enquanto ela se ocupava na outra sala, Fazil examinava atentamente os papéis e anotações que Afonso havia entregue. Tentava conectar os pontos entre as descobertas recentes e os eventos misteriosos do passado. Seu olhar se alternava entre os documentos e a porta pela qual ela havia saído.
"Quer um pouco de café? Estava fazendo antes de vocês invadirem minha casa"
Disse ela em um tom sarcástico para um policial que a vigiava. O homem permaneceu em silêncio, desinteressado pela direção da conversa.
Gaze se aproximou de Fazil com um saco plástico contendo papéis antigos e algumas anotações.
"Achamos uns papéis antigos e umas anotações. Parece ser útil"
Relatou Gaze, entregando o saco a Fazil antes de sair da casa.
Fazil examinou rapidamente o conteúdo, reconhecendo a importância das descobertas. Olhou para a mulher e, com um gesto sutil, indicou que a conversa deveria continuar de forma cooperativa.
Fazil se despediu da Senhora Emet, deixando uma generosa quantia de sobre a mesa. Embora o esquadrão saia, a senhora, às suas costas, soltava palavrões e calúnias, expressando sua insatisfação contra eles.
O caminho até a empresa foi rápido, sem distrações. Com as evidências coletadas, Fazil coletou seu turno, despedindo-se dos colegas pelo restante do dia.
Dirigindo-se para casa, carregando as amostras de Gaze na mochila, Fazil percorreu os muros erguidos pela prefeitura para conter os infectados. O trajeto estava lotados deles, e ele tentava dispersá-los buzinando constantemente.
Ao estacionar o carro, viu a cuidadora parada na varanda. Ela reclamou, atraindo a atenção dos infectados para o portão.
"Vamos para dentro"
Disse Fazil, tentando acalmar a situação, observando um grupo se formando perto do portão.
Ao deixar um montante de dinheiro sobre a mesa, Fazil tentou manter a calma. Porém, a cuidadora, visivelmente estressada, expressou sua decisão de se demitir, justificando a necessidade de cuidar de um parente doente em casa.
"Pegue pelo menos o dinheiro.."
Disse Fazil, preocupado com a situação, enquanto ela se afastava, massageando suas mãos.
Fazil, com o coração pesado, observou a cuidadora ir embora, deixando-o preocupado com o cuidado de sua família. A tensão crescia lá fora, ele fechou a porta e se viu diante de um dilema: como garantir o bem-estar deles agora?
Deixando de lado suas preocupações imediatas, ele pegou as fitas da mochila e, ao inseri-la no dispositivo, ouviu a voz de um homem narrando acontecimentos passados.
"Dia 05/01/2016, sou Murat Türkz, e desde o meu primeiro sintoma do semântico, venho tendo episódios alucinatórios e mudanças de humor. O Özgür me largou aqui e foi embora, provavelmente foi pego pela ICV ou foi morto. Estou tentando me consolar agora. Hoje está completando um ano da minha esposa, Sule."
À medida que ouvia o homem na gravação divagar sobre sua vida e, os acontecimentos ao seu redor, Fazil ficou intrigado com uma frase que o homem repetia com frequência
"Sou imune"
Aquela declaração fez as supeitas de Fazil se intensificarem. Ele ponderava sobre o significado por trás da afirmação. O homem na gravação narrava suas experiências, Fazil repetia mentalmente essa frase.
A esperança de encontrar esse homem, aquele que afirma ser imune, e convencê-lo a ajudar, tornara-se a única prioridade para Fazil. Nada mais importava além de proteger sua família em meio à crescente ameaça dos infectados. Determinado, Fazil concentrou-se nessa ideia. Ele sabia que essa pessoa poderia ser a chave para garantir a segurança de sua família e de outros sobreviventes.
Descendo para verificar o estadi de sua esposa e filho, Fazil os encontrou dormindo profundamente, abraçados um ao outro. Um sorriso suave surgiu em seu rosto ao testemunhar aquela cena reconfortante.
Com cuidado para não perturbá-los, aproximou-se e depositou um beijo suave na testa de casa um. Sentiu um calor reconfortante ao ver o afeto entre eles, mesmo em meio a circunstâncias tão difíceis.
Com o coração cheio de amor e esperança, Fazil decidiu que era hora de descansar também. Sem fazer barulho, foi para o seu próprio quarto, levando consigo a imagem serena de sua família unida em um momento tão delicado.
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Atualizado até capítulo 24
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