Episódio 15
Murat, respirando pesadamente, tentou manter-se imperceptível enquanto o policial se aproximava da sala destruída. Seu amigo ferido necessitava de cuidados, e a urgência da situação pesava sobre seus ombros.
O policial, examinando os destroços, chamou a atenção de Murat.
"Você aí! Está tudo bem?"
Murat, escondido atrás dos escombros, manteve-se em silêncio, avaliando a situação antes de tomar qualquer decisão.
Ele permaneceu em silêncio enquanto o policial chegava mais perto, vendo quem realmente é. Murat é o homem que tanto procuravam.
"Venha aqui!"
O policial apontou a arma para ele e o agarrou pela manga, vendo Özgür ferido.
"Peguem o homem e levem-no a enfermeira! Eu cuido desse aqui!"
Conduzido para a pequena sala empoeirada, Murat sentiu o peso da situação. A mesa diante dele parecia um palco para o interrogatório iminente. Özgür, ferido, ficou parado trás, entregue aos cuidados dos policiais.
O policial, com um olhar severo, indicou a Murat que se sentasse.
"Você é Murat, não é?"
O policial inquiriu, mantendo sua postura rígida.
Murat, encarando o policial com determinação, assentiu em silêncio, consciente de que a verdade estava prestes a ser revelada.
Mantendo a calma, enfrentou o homem com um olhar firme.
"O que está procurando, policial?"
Iniciou ele, estudando as expressões no rosto do homem diante dele.
"Você sabe muito bem. Fale logo tudo que sabe!"
O policial, impaciente, batia na mesa, criando um ambiente carregado de tensão. Murat, ponderando cada palavra, estava ciente da importância de escolher suas respostas com sabedoria.
"Sei do que está falando, mas é melhor explicar exatamente o que quer ouvir. Falar por falar não ajudará em nada."
Murat respondeu, buscando ganhar controle na dinâmica do interrogatório, enquanto msntinha suas próprias cartas ocultas.
"Vamos lá, não brinque comigo! O que você tem a ver com a ICV?"
O policial pressionou, sua paciência se esgotando.
"Eu não sei de nada."
Mutat afirmou firmemente, mantendo sua postura defensiva.
"Então está bem. Você decidiu!"
O policial se levantou, indicando que o interrogatório estava chegando ao fim.
A porta se abriu, revelando a mãe de Murat, ferida e assustadora. A presença dela na sala adicionou uma camada extra de emoção à situação. O policial, deixando claro que a mãe não estava envolvida, saiu, fechando a porta atrás de si.
"A sua mãe estava até que firme com o depoimento. Mesmo depois que dissemos a ele que matamos o filho dela."
Outro policial, com vestimentas diferentes, provocou, provocando uma reação de Emet.
O choro de Emet ecoou pela sala, mas um soco inesperado deu fim às palavras do policial.
"Filho!"
Gritava Emet, desesperada.
Murat, atordoado e furioso, tentou manter-se firme.
O policial, satisfeito com a reação provocada, continuou a encenação, mantendo o controle sobre a narrativa.
"Eu não sei o que exatamente vocês tanto me procuram. Tudo o que eu sei é que sou um projeto feito por vocês. Não me lembro de nada depois disso!"
Murat confessou rapidamente, decidindo revelar uma parte da verdade para proteger sua mãe.
O policial soltou Emet; permitindo que ela se aproximasse de Murat. O ambiente tenso foi substituído pelo desespero silencioso entre mãe e filho.
"Vou levá-lo ao nosso departamento. Figa tchau a sua mãe!"
O policial desferiu outro soco no rosto de Murat, fazendo-o apagar. O grito angustiado de sua mãe ecoava pelos seus ouvidos.
Ao recobrar a consciência, Murat encontrou- se em uma sala asséptica, vestindo roupas brancas como um paciente de hospital. Vozes ao fundo discutiam acaloradamente, e entre elas, destacava-se a imponente voz de Anton.
"Estava me chantagiando quando já o tinha? Que tipo de sócios somos?
Anton rugia em raiva. A resposta do outro homem era permedeada por risadas escandalosas.
"Agora que o pegou, não preciso mais de você!"
Um disparo ecoou, e um tremor percorreu Murat, surpreendo-o com a crueldade repentina de Anton. A imagem que tinha dele, por meio da mídia, não refletia esse lado sombrio.
A porta se abriu abruptamente, revelando Anton acompanhado de homens armados e manchados de sangue.
"Finalmente nos encontramos, Murat."
Sua voz trovejava na sala. Anton sentou-se em uma cadeira, indicando seus homens para se retirarem, deixando Murat sozinho com ele.
"Primeiramente, você me obrigou a fazer tudo que fiz pelo caminho. Você nunca deveria ter saído daqui."
Anton acusava Murat, que ouvia incrédulo. Nada daquilo era sua culpa, mas ele havia sido envolvido contra sua vontade.
"Onde está Özgür? Quero falar com ele, agora!"
Murat estava desesperado, preocupado com seu amigo e sua mãe, cujos destinos eram desconhecidos.
"Eu o matei"
Anton declarou com elegância, como se tirar uma vida fosse algo trivial. Murat permanecia estático, observando a brutal revelação.
"Ele se meteu onde não foi chamado. Eu disse que, se ele se metesse nas minhas coisas, haveria consequências."
Anton explicava, um sorriso irônico no rosto, a arma em suas mãos cono uma ameaça constante. Murat sabia que, apesar de tudo, Anton não o mataria. Ele era uma peça valiosa demais.
"E minha mãe, você a matou também?
Murat perguntava nervosamente, balançando freneticamente as pernas.
"Não, fomos à casa dela e encontramos algumas evidências. Ela está a salvo, por enquanto."
Anton gesticulava com a pistola, exibindo-a como um instrumento de poder.
"Eu disse tudo o que eu sabia! O que quer de mim?"
Murat se remexia na cadeira, sentindo a pressão do momento.
"Apenas você. Depositei tudo o meu dinheiro em você. Lógico que não vou deixá-lo fugir novamente, já que ficará aqui para sempre!"
Anton se aproximava, mirando nele.
"Por que não me lembro de nada? Minha cabeça dói toda vez que tento lembrar de alguma coisa."
Murat resignava-se à ideia de viver naquele lugar para sempre.
"Não sei, examinando assim. Pegamos você quando estava desesperado, perambulando pelas ruas durante a primeira onda. Naquela época, estávamos desesperados pela cura. Faríamos de novo se fosse preciso, pelo bem da humanidade."
Anton falava, revelando uma esperança questionável ao desenterrar seu passado turbulento.
"Depois que Sule morreu, nada faz sentido para mim."
Anton desaba na cadeira, perdendo um pouco de sua compostura.
"Parece que seu cérebro criou uma barreira entre a parte do passado e agora. Interessante!"
Ele sorriu, afastando-se de Murat, que rangeu os dentes de raiva. Com as duas empresas agora fundidas, Anton acreditava que não precisava se preocupar com mais ninguém.
Murat, sentado naquela sala estéril, encarava Anton com uma mistura de desespero e revolta. A promessa de viver confinado para sempre e o peso das revelações era demais para suportar. Enquanto Anton se afastava, deixando Murat imerso em seus próprios pensamentos, a porta se fechou, selando o destino incerto.
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Atualizado até capítulo 24
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