CAPÍTULO 17 ( DOMINIQUE VENTURELLI )

Joguei Leone na sala suja e fedorenta, e bati o ombro machucado contra o piso acimentado de propósito.

— Então, seu maldito, nós vamos nos divertir muito. Eu adorei brincar com Camilo, uma pena que Tito não teve a mesma sorte que vocês e acabou caindo nas garras de Enrico.

— Vai se foder — grunhiu.

O lugar fedia a sangue sujo e velho, sem contar com o cheiro pungente de urina e fezes. Essa não era a costumeira sala de interrogatório, já que Leone havia se machucado gravemente no acidente e não duraria tempo o suficiente para chegar até o local, então improvisamos outra sala.

Carmen estava em casa, aos cuidados do pai. Esperava que ela se recuperasse, que ficasse bem em ter que carregar sangue nas mãos. A garota foi tão boa que atingiu o motorista e ainda carregou com ele outros dois homens em decorrência do capotamento. Restaram apenas dois sobreviventes: um estava morto e o outro, prestes a acompanhar os comparsas.

Eles entraram no meu território e ainda me atacaram. Acabaram com o meu carro e ofereceram ameaça contra a vida da minha noiva. Camilo teve sorte de ter sido pego antes da bagunça que os amiguinhos fizeram. Cheirar os próprios ossos seria uma dádiva em comparação ao que eu tinha em mente para eles.

Puxei uma cadeira ao canto e me sentei, cruzando os braços ao encarar o homem com desdém.

— Quantos de vocês estão em nosso território?

Ele se arrastou até o canto da sala e se apoiou contra parede, abrindo um sorriso zombeteiro.

— O suficiente para chegar até a prostituta da sua noiva em algum momento.

Balancei a cabeça.

— Pelo menos, diferente dos seus amiguinhos covardes, você é um burro corajoso. Será divertido brincar com você.

Leone agarrou o ombro e rangeu os dentes. Ele estava com muita dor, mas era um homem criado pela máfia e jamais demonstraria fraqueza na frente do inimigo, muito embora eu pudesse detectá-la.

— Eu não tenho medo de você, Dominique Venturelli . Pode fazer o que bem entender comigo, mas nem uma única palavra sairá da minha boca.

Levantei-me em um movimento só e caminhei até ele. Agachei-me em sua frente, removi a mão que agarrava seu ombro e enfiei um dedo no buraco da bala. Ele gritou e eu o ignorei.

— Eu gosto mesmo da sua valentia... Como eu disse, irei me divertir muito com ela.

Sentia a pele rompida e latejante de seu ombro. Removi o dedo ensanguentado do buraco e o esfreguei em seu rosto, limpando-o.

— Então vamos começar? — perguntei, sorrindo diabolicamente.

Me levantei e andei até a mesa de utensílios. Vasculhei entre eles pelo que o fizesse sofrer mais. Poucos homens conseguiam me tirar a paciência em uma sessão de tortura, normalmente eu ficava animado demais para me deixar abalar, mas Leone havia conseguido essa proeza.

Recolhi a injeção da mesa de canto e me direcionei até ele. Inclinei-me e enfiei a agulha em seu braço. Ele gritou, mas não se mexeu, com medo de que ela pudesse quebrar em sua pele.

— O que é isso, seu maldito?

Assobiei, terminando de injetar todo o líquido.

— Anticoagulante. Não quero que morra antes da hora — afirmei.

— Sou um homem muito caridoso e prestativo. Estou aumentando seu tempo de vida.

Pela primeira vez desde que entrou na sala, vi medo e terror atravessar seu olhar, servindo como um prato cheio para um sádico como eu.

— Vai para o inferno... — Se encolheu mais ao canto.

Estalei a língua no céu da boca.

— Ah, eu vou, mas você vai chegar lá primeiro.

Retornei à mesa, assobiando uma música calma e baixa, e analisei cada um dos alicates. Eu adorava arrancar as unhas, as pontas dos dedos eram as partes mais doloridas do corpo. Alguns homens conseguiam permanecer de bico calado até a sexta unha, antes de dar com a língua nos dentes, enquanto outros não aguentava nem a metade disso. Olhei para a furadeira e a recolhi, girando nos calcanhares em seguida.

— Sabe, eu gosto de ter o meu rosto manchado de sangue. Isso me deixa tão animado... — comentei.

Leone me encarou com completo horror e comprimiu os lábios. Seu rosto parecia mais pálido do que o normal.

— Você é um doente. Um idiota sádico.

Liguei a furadeira e me aproximei dele.

— Sim, e sou também o último rosto que vai ter gravado nessa cabecinha de merda antes de sucumbir à morte.

Empurrei o braço dele contra a parede e o pressionei com força quando ele tentou se livrar do meu toque. Direcionei a furadeira em seu ombro e enfiei a broca no buraco. Sangue espirrou para todos os lados, espalhando-se pelo meu rosto e roupas.

— Seu desgraçado! — crispou, chorando como um bebê.

Fui até o fundo, atravessando o ombro, e retirei a ferramenta, desligando-a.

— Isso foi divertido. — Passei os dedos em meu rosto e os encarei, havia um rastro de sangue neles.

— E eu mal comecei e já estou sujo.

— O que você quer? — sussurrou tão baixo que precisei inclinar a cabeça para compreendê-lo.

— Hum... já comecei a arrancar a verdade cedo. Confesso que pensei que duraria mais — suspirei.

— Enfim, quero saber quantos de vocês estão em nosso território e o que o desgraçado do Balbino quer.

Ele cuspiu no chão e riu.

— Não é óbvio? Balbino nunca vai aceitar sua união com a Moris. Enquanto ele não te matar, vai tentar chegar na garota.

Passei uma mão nos cabelos revoltos e perambulei pela pequena sala, alheio ao idiota ensanguentado.

— Então Balbino não quer parar o casamento por causa da aliança com a família Moris, mas para tentar me atingir de alguma forma? — murmurei, pensando alto.

— Ambos — respondeu, mesmo tendo sido uma pergunta retórica.

— Ele não acha vantajoso para ele a união, assim como acredita que te atingirá se matar sua doce, jovem e bonita esposa.

Uma fraqueza.

Balbino sabia que, até então, minha única fraqueza era a minha família. Contudo, eles eram inalcançáveis para ele. Mas então eu entrei em um casamento por obrigação e chegar à minha noiva seria, ao seu ver, bem mais fácil. Isso também causaria uma ruptura em nossa máfia, já que Enrico jamais aceitaria a morte da filha e entraria em conflito.

Aquele psicopata de merda!

Eu gostava de Carmen . Ela era uma garota legal, muito bonita, gostosa e nem um pouco histérica como pensei que pudesse ser. Deveria ser uma garota fácil de conviver, o que tornaria nossos dias bem mais tranquilos. Mas eu não a amava, tampouco sentia algo que chegasse perto disso, apenas a respeitava. Sabia que não estava sendo fácil para ela, mesmo que lidasse bem com a situação.

Enrico entregaria a filha para mim, aos meus cuidados e proteção. A morte dela seria uma desonra, uma ofensa.

Balbino não chegaria perto da garota e eu precisava deixar bem evidente o quanto ela era “irrelevante” a mim, para tirar o alvo de sua cabeça.

Soltei uma risada enfezada.

— Ele acredita mesmo que eu vou me importar se matar a garota? — revidei, virando-me para ele.

— Entrei nesse casamento por obrigação, Balbino faria um favor para mim se me livrasse dela.

Leone franziu os olhos.

— Mas seria desonroso deixar que seu inimigo machuque a sua esposa...

— murmurou.

Simulei certo desdém.

— E um livramento.

Ele ficou em silêncio, ponderando.

— Não importa o que diga, Dominique. Balbino não vai parar de caçar a garota e sabemos muito bem o quão bom mentiroso você é.

Não importava o que eu diria. Não precisaria fingir para Leone, ele estaria morto em poucos minutos, talvez segundos, se continuasse me irritando.

Aproximei-me dele, liguei a furadeira e a enfiei no seu ombro, empunhando força quando a rosca prendeu no osso. Ele gritou e esperneou quando seu sangue jorrou para todos os lados. Pressionei mais, o osso cedeu e a furadeira afundou, fazendo mais líquido vermelho espirrar em mim.

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Comments

Kelly Sartorio

Kelly Sartorio

coitados eles nao sabem de nada

2024-04-29

2

Elenilda Soares

Elenilda Soares

e agora o vamos fazer em

2024-04-11

4

Elisiane Pacheco

Elisiane Pacheco

Amo estes livros de mafia ja aprendi ate me livrar de um corpo kkkkkk

2024-03-14

16

Ver todos
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