Quando finalmente toda aquela tensão, desejo e excitação fluiu num orgasmo delicioso, a sua boca subiu pela minha barriga, lábios quentes, seus beijos contornavam os meus seios, pescoço e finalmente pude sentir o meu gosto nos seus lábios.
— Dom… para. — Chamei seu nome ao afastar o seu peito.
— Tá bom, parei. — Ele caiu de braços abertos ao meu lado, estava ofegante. Ajeitei minha calcinha e tentei controlar a respiração enquanto olhava para o céu azul cobalto.
— Não deveríamos ter feito isso. — Disse num tom de desabafo, ainda puxando o ar, sem acreditar que aquilo aconteceu entre mim e meu cunhado. O meu corpo ainda sentia todas as sensações da sua boca gostosa em mim.
Dominic virou para o meu lado e apoiou a cabeça com o braço.
— Então você é mesmo virgem. — Virei a cabeça para olhá-lo.
— Vai me zuar também?
Um sorriso lindo se formou nos seus lábios: lábios esses que me levaram à loucura.
— Eu já imaginava. — Sinto como se as areias ao nosso redor fossem nuvens. Eu estava me sentindo tão bem e... tão traidora. Ele deu uma lambida nos lábios quando percebeu que eu os encarava. Seu rosto é lindo, com maxilar bem quadrado e pele lisa, barbeada. Um tom meio roxeado abaixo do olho me lembrou da luta que teve com o Dylan.
Desviei meus olhos para seus braços fortes, repletos de tatuagens, e depois para sua barriga. Uma bússola tatuada em sua costela capturou minha atenção, estava solitária, como se carregasse um significado especial. Fiz o mesmo que ele e virei-me, ficando de frente para Dominic. Ele esticou a mão, afastando meus cabelos úmidos do rosto e os jogou para trás.
— Uma bússola solitária? — Ele olhou para baixo, observou a tatuagem em sua costela e então fixou o olhar em mim. — O que significa?
— Como sabe que tem um significado? — Dominic perguntou, seu olhar penetrante buscando entender mais sobre a bússola tatuada em sua costela.
Eu respirei fundo, ponderando a resposta.
— Parece solitária e única, como se carregasse um propósito especial. A simplicidade dela no meio de tantas outras tatuagens me fez pensar que deve ter um significado mais profundo.
— Na verdade, são três significados. — Ele inclinou um pouco mais para que eu pudesse ver melhor o desenho em sua pele. Acabei tocando, era tão perfeita, bem desenhada, com tantos detalhes. A sua pele estava quente. Então, Domi voltou a explicar: — Orientação e liberdade: A bússola é um símbolo clássico de orientação, representando a capacidade de encontrar o próprio caminho na vida e a liberdade para escolher direções diferentes. A segunda é viagem e exploração: Também está associada a viagens e exploração. — Tirei meus olhos do desenho e os levei até o seu rosto.
— Como assim? — perguntei curiosa.
— Significa que estou aberto a novas experiências e pronto para explorar o desconhecido. — Ele respondeu com um brilho nos olhos que me fez sentir um arrepio. Estar sozinhos nessa praia só intensificava meus sentimentos.
— E o terceiro significado?
— União de Direções: Os ponteiros da bússola — ele pôs o dedo no ponteiro — simboliza a união de diferentes direções e perspectivas, representando a conexão entre pessoas e a aceitação de que todos têm caminhos únicos.
— Nossa, Domi. Que lindo. — Ele riu da minha fala. — Por que eu senti tristeza na sua voz quando disse sobre “aceitação e caminhos únicos”? — Ele ficou sério e pensativo, deslizando os dedos pelo cobertor em que estávamos deitados. — Desculpa, Dominic. Deve ser bem pessoal, eu não quero...
— Tá tudo bem. — Suspirou profundamente. — Os meus pais não aceitam que eu jogue futebol.
— Não? — Ele negou com a cabeça, ainda olhando para os dedos no cobertor. — Você parece ser tão bom no que faz e dedicado. Por que decidiu ser jogador após se formar em engenharia? — Seus dedos pararam e os olhos subiram até os meus.
— Sabe quando se tem dois amores? — Dei um sorriso. — O meu instinto futebolístico falou mais alto.
— Eu entendo bem. Fiquei dividida em cursar direito ou ser veterinária.
— Veterinária? — deu uma gargalhada gostosa.
— Era o meu sonho de infância.
— Deixa eu adivinhar. Escolheu direito por causa do seu pai?
— Difícil adivinhar, hein?
— Engraçado. — deslizou o dedo nos meus lábios. Dei um tapinha para que ele parasse e perguntei o que era engraçado. — Nunca tive uma conversa como essa com Alana. — Dominic admitiu, revelando uma vulnerabilidade que raramente via, e acabei me assustando um pouco com a sua confissão.
— Deixa eu adivinhar também. Vocês só transam o tempo todo, deve ser por isso. — Vi o sol brilhar nos seus olhos e mudei rapidamente de assunto. — Que horas são?
— Quase seis.
Dei um pulo do cobertor, peguei meu short e blusa, e me vesti. Dominic fez o mesmo com a camiseta que havia jogado na areia. Ainda estávamos com as roupas molhadas.
— Posso te dar um abraço? — Parei ao ouvir sua pergunta. Dominic me olhava com tanto carinho. Dei um sorriso e me aproximei, abrindo os braços. Ele se encaixou em mim, curvando-se para frente e abraçando forte minha cintura. Por breves segundos, tirou meus pés da areia.
— E se Alana acordar? — preocupei.
— Isso não vai acontecer.
— O que não pode acontecer é o que acabou de acontecer.
— Vai acontecer, bebezinha. Se eu já estava louco por você, imagine agora.
— Pode parar. — repreendi.
Ele puxou o cobertor da areia, pegou as taças e a garrafa de champanhe, e começou a andar atrás de mim em direção à casa. Eu nem havia pensado nos seguranças, e só lembrei quando vi dois deles na varanda da casa.
Entrei e Dominic veio atrás. Subi as escadas com pressa, e ele subiu também. Quando cheguei no corredor dos quartos, parei. Dominic já não tinha nada nas mãos.
— O que você vai fazer, vai dormir com ela? — sussurrei, preocupada com a possibilidade deles passarem a noite juntos após o nosso momento.
— Acha que eu sou o quê? — perguntou no mesmo tom de voz.
— Um safado, cretino, idiota, não vale nada, um…
— Gato, incrivelmente gostoso e o homem que fez você gozar há dez minutos atrás. — tentei aumentar o meu vocabulário de xingamentos, mas Dominic tapou a minha boca com a mão. — Espere aí.
Abriu a porta do quarto, me aproximei lentamente e vi a minha irmã dormir profundamente. Dominic pegou o travesseiro ao lado dela e pôs embaixo dos braços, abriu o guarda-roupas para pegar uma toalha e saiu, fechando a porta.
— Tá feliz? — perguntou ao passar por mim, andou até o segundo quarto e jogou travesseiro e toalha na cama.
— Isso não muda nada, Domi.
— Mulheres são complicadas. Que Porra!
— São tão complicadas que você quer ter duas.
— E você? Quer ter quantos, Ayla? — Dominic apontou o dedo na minha cara. Discutíamos em sussurros, parecendo um casal bêbado brigando por ciúmes enquanto o filho dorme.
— O que você tá insinuando?
— Não estou insinuando, cunhadinha. Beijou o seu “amigo”. — fez sinal de aspas com o dedo. — Logo depois de me beijar. — Eu me calei, não sabia que ele tinha visto. — Isso me machucou, Ayla.
— Mentiroso.
— Por que não acredita em mim? — empurrou o meu corpo até a parede com o próprio abdômen. — Saiba de uma coisa, Ayla. Quando eu quero algo, nada me impede de conseguir. — deu um beijo nos meus lábios.
— Mesmo que passe por cima dos sentimentos dos outros? Mesmo que para isso tenha que fazer outra pessoa sofrer? Que honra teria no final de tudo?
Dominic afastou, minhas palavras pareciam surtir efeito em suas emoções. Nos olhamos por um tempo. Eu não sabia o que aconteceria depois de hoje, e tinha medo. Dominic pensava nas minhas palavras com um semblante abatido.
— Tudo bem. — afastou liberando o meu corpo do seu. — Você venceu, Ayla. — não sabia o que significava as palavras “você venceu, Ayla”, mesmo assim senti um aperto no peito.
Só me virei e caminhei até o meu quarto. Quando ouvi ele fechar a porta, eu desabei.
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Atualizado até capítulo 111
Comments
Takina Inoue
é pq tu tá com a pessoa errada seu mongol 😌
2024-12-29
0
Pati 🎀
mas que porraaaaaaaaa
2024-10-31
0
Juliana Aline
É, deve ter sido horrível.
2024-05-21
2