Subi com pressa aquelas escadas, Dylan ainda segurou o meu braço tentando me fazer parar, empurrei a sua mão e continuei a correr, as minhas amigas também vieram atrás para entender o que estava acontecendo.
— Alana, nós precisamos… — entrei no quarto, mas parei de falar quando vi um grupo de pessoas.
Dominic segurava a cintura da Alana por trás. Kamilla, algumas meninas e os caras atléticos também estavam ali, formando uma roda e todos riam, até que apareci, chamando atenção para mim e fazendo o silêncio reinar.
Pensei em recuar, mas me mantive firme e ia fazer o que estava determinada a fazer: contar que o seu amado namorado me presenteou com um vestido.
— Alana, preciso falar com você.
— Estou ocupada, não está vendo?
Saí da porta e dei alguns passos para dentro do quarto.
— Vocês podem sair? Preciso conversar com a minha irmã.
Alana deu um suspiro e pediu que eles saíssem. Dominic rapidamente afastou as mãos do corpo dela e perguntou:
— Meto o pé também? — mandei que ele ficasse, pois o assunto era sobre ele.
Me aproximei da Alana.
— Não foi o Dylan que me deu esse vestido.
— Não? — ela perguntou confusa.
— Não. — Dylan que estava atrás de mim com as minhas amigas respondeu.
— E o que eu tenho com isso, Ayla?
Eu olhei para o Dominic, que encarava algo atrás de mim.
— Quer contar? — ele ficou sério. — Então eu conto. Quem me deu esse vestido, foi o seu namorado.
Dominic enfiou as mãos no bolso da calça jeans preta. Não parecia assustado com a minha revelação, mas também não parecia feliz. Alana olhou pro meu vestido e depois para o namorado.
— Foi você, Domi?
Ele deu uma coçada na cabeça, seguido de um suspiro.
— Foi. — confirmou, fazendo o meu queixo cair. Jurei que ele ia negar, e se ele negasse eu não teria como provar. O meu intuito aqui, é fazê-lo ver que eu não sou uma tosca como a Alana, e mesmo que eu seja completamente atraída por ele, esse cara precisa me respeitar e respeitar a minha família. — Eu posso explicar. — Dominic continuou. — Queria fazer uma surpresa pra minha cunhadinha, achei o vestido bonito, então eu comprei. — deu de ombros, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
Cerrei os olhos para ele, que fez o mesmo para mim.
Alana se virou para o namorado e pôs as duas mãos no rosto dele. Aquilo só me causando angústia. Deu um selinho em seus lábios e olhou para mim.
Um ano e eu ainda não consigo ficar normal vendo ela acariciar o rosto desse safado.
— E você faz esse escândalo todo em vez de agradecê-lo? Amor, também quero um.
O meu ódio só está aumentando, agora pela Alana também. Eu pensei que ia repreender o namorado, mas acabou voltando contra mim. Às vezes penso que Alana me odeia, não tem explicação. A gente percebe nos detalhes, e esses detalhes me mostram claramente, o amor que tínhamos uma pela outra anos atrás, não é mais o mesmo hoje.
— Claro, Alana. — Domi respondeu, seus olhos desceram para o colar no meu pescoço brevemente, fazendo o seu sorriso diabólico desaparecer. — Bacana o colar, quem te deu?
— Não te interessa. — ouvi as minhas amigas soltar um sorrisinho. Dylan abraçou a minha cintura e deixou explícito que ele tinha me dado o colar.
Kamilla apareceu na porta chamando pela Alana.
— Tá querendo que eu brigue com o Dominic, Ayla? — ela perguntou passando por mim. Fechei brevemente os olhos para não dar uma boa puxada nos cachos do seu cabelo loiro.
Dominic andou até a porta, deu uma olhada no corredor certificando-se de que Alana já havia sumido e voltou-se para nós:
— Quero falar com a Ayla — destacou, — sozinho.
— Preciso trocar esse vestido, Dominic. Não tenho tempo. — já me opus contra, só de pensar em ficar sozinha com ele me sentia zonza. Paloma segurou o Dylan pelo braço, tirando-o do quarto. Antes de sair pela porta, os dois deram uma bela encarada, Paloma teve que puxar o Dylan para fazê-lo se mexer.
Quando saíram, Dominic fez questão de fechar a porta com força, me deixando assustada. Deu um passo na minha direção e já senti a minha boca secar. Me afastei, pondo as costas na parede. Ele tocou o meu queixo com a ponta dos dedos, levantando o meu rosto para poder encará-lo. Dominic era alto demais, e pela proximidade, tive que levantar a cabeça completamente.
Domi manteve o corpo ereto. Diferente de algumas horas atrás, que quase nos beijamos, que respiramos o mesmo ar, que sentimos o cheiro da nossa pele bem de perto.
— Tá namorando o garoto?
— O que você tem contra ele?
— Você. — Fiquei confusa com a sua resposta, me calei tentando entender o que ele quis dizer. — Ele gosta de você.
— Claro que gosta, somos amigos.
— Para de ser ingênua, Ayla.
— E o que você tem com isso, Dominic? Por que simplesmente não me esquece?
Ele curvou, deslizando os dedos na mecha do meu cabelo, da raiz até as pontas, cheirou os fios e inclinou a cabeça para o lado.
— Você me esquece, cunhadinha? — Essa pergunta me fez perder o chão. Vi as paredes ao nosso redor girarem. Ele descobriu o que eu tanto tentei esconder. — Eu não consigo tirar você da cabeça, desde aquele maldito dia que vi você se masturbando.
Engoli seco, forçando a minha fala.
— Tá falando do dia em que peguei você transando com a Alana na minha cama? Eu não estava me masturbando. — só deslizando levemente os dedos por cima da minha calcinha.
— Tava fazendo o quê com essa mão dentro da calça? — segurou o meu pulso e levantou a minha mão, a mesma que estava “dentro da minha calça”. Deu um beijo na minha palma e voltou a descê-la. Senti formigar onde os seus lábios macios tocaram.
— Você é o meu cunhado. — sussurrei.
— Acha que eu não sei, Ayla? Isso é o que mais me incomoda. Tô te desejando tanto, bebezinha. — segurou minha mão mais uma vez, mas agora a colocou sobre o peito, acima do coração. Senti bater forte. — E só por respeito a sua irmã, eu não te devoro aqui mesmo.
Olhava nos seus olhos intercalando com sua boca, sem reação alguma. Suas palavras atingiram em cheio meu coração, fazendo transbordar o que sinto por ele.
Eu queria beijá-lo e me importar com as consequências só mais tarde. Me permitir provar dos lábios desse homem. O meu peito se fechando a cada respirar. Tirei a mão do seu peito bem duro e deslizei até seu pescoço.
Os seus dedos, acariciaram a pele do meu rosto, me fazendo fechar os olhos e aproveitar aquele momento.
Respirei profundamente ao sentir o seu nariz e lábios deslizar no meu pescoço de forma suave, inalando o meu perfume. Sua voz, sussurrada suavemente, ecoou próxima ao meu ouvido.
— Ficou maravilhosa nesse vestido, Ayla. Comprei há muito, esperando o momento certo para te dar. Continue com ele, por favor. — afastou. Abri os meus olhos e pela primeira vez, não enxergo o meu cunhado como um completo babaca.
Eu gosto dele, mesmo sendo errado. E por que Dominic não pode sentir o mesmo por mim?
Mesmo sendo errado?
Seus olhos permaneceram por tempo demais na minha boca. Mordi levemente, convidando-o a realizar o que ele tanto contivera.
Dominic Sullivan, o meu cunhado avançou o sinal, encaixou a sua boca na minha com avidez. Gemeu assim que tocou os meus lábios. A sua boca era macia demais, gostosa, lábios grossos e deliciosos. E o seu gosto era ótimo.
Sentia-me derreter. A minha calcinha estava ficando molhada. Eu agarrava o seu pescoço com mais força, enquanto ele abraçava a minha cintura com apenas um braço. Me apertou em direção ao seu corpo e pude sentir o seu pênis extremamente duro, como um ferro me cutucando.
Ele se afastou, deixando mais dois selinhos nos meus lábios e me olhou, como se quisesse confirmar que aquilo não passava de um sonho.
— Acho melhor… — voltou a me beijar, dessa vez com mais força. Ia dizer que era melhor pararmos agora, antes que tudo saia fora do controle, mas quando ele agarrou a minha cintura com as duas mãos, forte, eu me entreguei novamente.
Levantei os pés e cruzei os meus braços no seu pescoço. Prendendo seu corpo no meu. Eu estava no céu.
Mas…
A porta do quarto rangeu; alguém acabara de abri-la, fazendo com que afastássemos nossos corpos bruscamente, encerrando aquele beijo carregado de tanto desejo. Sequer ousei olhar para quem estava na porta. Dominic passou os dedos pelos lábios e olhou, girando a cabeça em direção à pessoa parada ali.
Agora que fomos pegos, eu só conseguia pensar: Que merda acabamos de fazer?
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Atualizado até capítulo 111
Comments
Maria Pinheiro
Se for a irmã dela o tempo vai fechar , independente de quem for ela está ferrada vai ficar nas mãos de quem viu . 🤦♀️
2025-01-22
0
Adriacmacez
Amigo...
Essa de bom cunhado moralista já furou faz tempo kkkkkkk😂😂😂😂
2024-12-06
1
Adriacmacez
Ave Maria 😑🫣
Só dá merda
nam🤭🤭🤭
2024-12-06
1