Capítulo 12

Uma roda se formou, criando uma torcida como se aquilo fosse um campeonato de luta, e o que saísse menos ferido seria o vencedor. O DJ parou a música, as luzes se acenderam, e eu queria me enfiar ali para separar os dois, mas sabia que poderia acabar me ferindo. Pensei em chamar os seguranças lá fora para apartar a briga, mas, felizmente, os amigos de Dominic chegaram, conseguindo afastar os dois. Ambos estavam feridos, o rosto sangrando. Dylan se levantou rapidamente do chão, com uma expressão raivosa que nunca vi nele antes.

Havia uma veia pulsante em seu rosto, como se estivesse possuído pela raiva. Alana chegou com suas seguidoras, perguntando o que estava acontecendo. Mesmo que Dylan tenha iniciado com um empurrão, Dominic foi quem partiu para a violência enquanto meu amigo estava no chão. Diante da mistura de raiva e ciúmes, gritei:

— Cuida do seu namorado, Alana. Olha o que ele fez? — apontei pro rosto do Dylan.

Dominic era visivelmente maior e mais forte que Dylan, resultando na boca sangrando do meu amigo. Entrei com Dylan até a cozinha para pegar alguns cubos de gelo. O canto do olho dele já estava avermelhado e certamente ficaria roxo no dia seguinte.

— O que deu em você, Dylan? — perguntei enquanto jogava o gelo em um pano de prato.

— Não quero falar disso, Ayla. Melhor não fazer perguntas. — Dylan respondeu ainda agitado. A situação foi feia, e minhas amigas entraram nos bombardeando com perguntas. — Que droga! — Dylan esbravejou. — O namorado da sua irmã é um pau no cu, Ayla. — tirou o gelo da minha mão e saiu.

Troquei um olhar questionador com elas.

— A minha festa acabou.

— Tem certeza? — Paloma respondeu apontando o dedo para cima. Ouvi o DJ tocar, e o pessoal gritava como se estivesse se divertindo. — A festa começou de verdade, amiga. — ela aproximou-se do meu ouvido para cochichar. — Vi toda a cena, Dominic está morrendo de ciúmes. — me puxou pelo braço até a praia, onde havia menos pessoas e a música não nos incomodava tanto.

Acabei contando para elas o que ouvi da minha irmã: que eu não chamaria a atenção dos homens por ser uma nerd quietinha. Também mencionei sobre o vestido, que ela fingiu não sentir ciúmes na frente do Domi.

— Foda-se os dois, Ayla. Desde quanto você se importa com o que a sua irmã pensa de você? Dylan falta lember o chão onde pisa. Alana é uma invejosa, só porque você é mais inteligente e tem mais peitos que ela. — eu não consegui me segurar e comecei a rir. — Tá todo mundo falando que essa festa vai entrar pra história. Até a Moranguinha estava elogiando. Agora vamos curtir?

Chutei um pouco da areia, dei um suspiro sentindo o cheiro da água do mar.

— Você tem razão.

Quero esquecer tudo, pelo menos por essa noite. Fingir que essa festa foi feita para mim e aproveitar. Determinada, voltei pro salão já dançando. Não procurei pelo Dominic e nem o Dylan, só queria me divertir. Comi alguns salgados deliciosos que os garçons passaram entregando. Serviram um buffet maravilhoso também.

— E aí? — Dylan finalmente apareceu.

— E aí, senhor brigão. — Me virei de costas e puxei os seus braços, me esfregando no Dylan.

— Faz isso não, menina. — pediu no meu ouvido. Eu dei uma bela gargalhada ouvindo ele implorar para que eu parasse.

A sua mão me pegando mais forte, e foi inevitável sentir o seu garoto crescer enquanto roçava na minha bunda. Ele agarrava a minha cintura com força, e às vezes dava um beijo tímido nos meus ombros nus. A alça do vestido era tão fina que deixava quase todo o meu tronco pelado.

A música estava alta, os meus ouvidos zuniam. Meus cabelos começam a ficar suados. Acho que era o meu quinto copo de bebida. Essa festa estava lotada, mal dava para encontrar alguém no meio de tanta gente.

Eu estava ficando excitada.

O álcool me deixando descontrolada, o Dylan me segurando com força. Eu não sei o que me deu, mas no meio de tudo isso, lembrei do beijo com o Dominic, me virei, segurei o pescoço do Dylan e comecei a beijá-lo.

Beijei o meu melhor amigo.

A sua boca tinha um gosto de bebida, o beijo do Dylan era delicioso demais. No início ele parou de dançar assustado, mas me agarrou forte e intensificou o beijo. O meu coração batia mais forte que o som da música eletrônica ecoando no meu cérebro.

— Eu aprovo o relacionamento de vocês. — Lembrei do meu pai dizendo essas palavras para mim no café da manhã de hoje cedo. O momento com o Domi também veio à minha cabeça.

— Você é o meu cunhado. — sussurrei.

— Acha que eu não sei, Ayla? Isso é o que mais me machuca. Tô te desejando tanto, bebezinha. — segurou minha mão mais uma vez, mas agora a colocou sobre o peito, acima do coração. Senti bater forte. — E só por respeito a sua irmã, eu não te devoro aqui mesmo.

De repente a música parou. Quando me afastei do Dylan, tirando a minha boca da sua. Já percebi as luzes acesas. Foi como se eu tivesse ido pra outra dimensão. Ouvi o som agudo do microfone e Alana subiu no palco ao lado do DJ.

— Eu só não acredito que a minha irmãzinha tenha perdido o BV com o melhor amigo. — Todos olharam na nossa direção. — Aí, gente. Acreditam que a minha Ayla ainda é virgem? — o local se encheu de sussurros. Todos cochichando e nos olhando.

— Relaxa, Ayla. Você é melhor que ela. — ouvi o Dylan me dizer.

— Mas parece que hoje isso vai mudar. — Dominic subiu no palco pegando a minha irmã pelo braço. — Espera, amor. Os parabéns pra minha irmãzinha. — apontou para o canto. Havia uma mesa com um bolo gigante. As vozes ficaram mais altas, impressionados com o quão lindo ele era.

Os meus olhos estavam cheios de lágrimas. Mas as palavras do Dylan me deram coragem.

Alana vai pegar por isso.

— Parabéns pra você… — ela começou a contar, todos batiam palmas juntos, até o DJ colocou a música para acompanhar.

A bebida estava me deixando cheia de coragem. Tenho toda certeza do mundo, se eu tivesse sã, teria corrido daqui no mesmo segundo.

Alana não vai me humilhar.

Ela desceu do palco acenando para que eu me aproximasse do bolo. Todos ainda batiam palmas e cantavam os parabéns para mim. Alguns vieram me abraçar e desejar felicidades. Eu agradecia e sorria com o maior fingimento do mundo. O que ela acabou de fazer me machucou bastante.

— Eu te amo, Ayla. Você sabe, né? — Alana me deu um abraço, mas quando se afastou, senti que a alça do meu vestido estava desamarrada.

Segurei os meus peitos para que ninguém os visse.

— O que tá fazendo? — perguntei assustada.

As amigas dela se aproximaram me cercando, escondendo o meu corpo dos convidados.

— Vamos deixar essa festa interessante, irmãzinha. — puxou a minha mão, expondo o meu seio. Passou o dedo na cobertura do bolo e cobriu os meus mamilos.

Eu estava tão assustada, tudo girava, que nem me movi, nem ao menos fiz a Alana parar. Elas abriram espaço, deixando que todos vissem o meu seio completamente coberto de glacê. Todo mundo assustou, pondo as mãos na frente da boca. Ao meu redor via os flashes dos celulares.

— E para quem vai o primeiro pedaço do bolo? — ela perguntou para mim em alto e bom tom.

— Alana, para com essa porra agora mesmo! — Dominic apareceu.

— Deixa. — quando disse, ele me olhou assustado.

— Alana tá passando dos limites, Ayla.

— Deixa, Dominic. Será divertido.

Começaram a bater palmas. Dominic estava vermelho na minha frente. Empurrei seu corpo para o lado, deixando com que todos me vissem com glacê nos peitos.

— Já que Ayla não terá coragem de escolher, eu escolho. — Alana começou a escolher a pessoa com os olhos. — Cadê o sortudo, Dylan? — todos olharam para os lados, também procurando por ele.

O frio do glacê estava me deixando extremamente excitada. Enquanto Ayla fazia o showzinho dela, o namorado não tirava os olhos de mim.

É agora que Alana vai pagar.

— Eu escolho o Dominic. — Ela girou a cabeça para me olhar. Extremamente assustada. Nunca vi Alana com a boca aberta como está agora. — Se bem que ele não vai querer. Dominic nunca olharia pra mim, não é verdade, Alana?

— Dominic, Dominic, Dominic, Dominic… — começaram a cantar o nome dele. Esbocei um sorriso vendo o próprio me devorar com os olhos.

Alana levantou as mãos pedindo silêncio.

— Por que não, irmãzinha? — ao sorrir, aproximou do meu ouvido e sussurrou. — Até parece que ele vai aceitar. — aumentou a voz. — O primeiro pedaço do bolo vai para… tcharam… Dominic Sullivan.

Senti a minha pele queimar. O meu medo só aumentou vendo Domi parado. Se ele me rejeitar, vou ser a piada do ano, mas se ele aceitar, Alana será a piada do ano.

Vi o namorado da minha irmã demorar. Alana estava ao meu lado de braços cruzados, acreditando que ele me recusaria. Eu também acreditei.

— É gente, vamos escolher outro? — o pessoal gritou quando Alana começou a escolher o próximo com o dedo.

Dominic avançou na minha direção como um leão faminto, me pegando no colo e abocanhando o meu seio.

Houve gritos.

Curvei as minhas costas ao sentir sua boca quente me invadir, a sua língua acariciar meu mamilo.

O silêncio reinou no salão.

Só se ouvia a minha respiração. Segurei os cabelos do meu cunhado, pressionando seu rosto nos meus seios. Eu estava me sentindo tão bem. Seus braços me seguravam forte pela bunca.

Ele já havia engolido todo o glacê, me deixando completamente limpa. Sentia sua língua deslizar.

— Ah, Domi... — deixei escapar um gemido. Ele passou para o outro seio, puxando o meu mamilo de leve com os dentes.

Aquilo era tão bom, extremamente excitante e eu estava ficando cada vez mais quente. O silêncio dava a sensação que estávamos sozinhos, num quarto, só nós dois e o desejo que ambos sentiam um pelo outro. Dominic não parava, seus carinhos tinham levado tempo demais, sua língua dançava lentamente, a sua boca me chupava com vontade.

E eu me entregava sem medo.

Dominic enfim tirou seus lábios de mim, fazendo os meus peitos quentes da sua língua esfriarem. Me sentia tão sensível ali. Sua boca percorreu o meu pescoço, queixo, e quando tocou os lábios, suplicou num sussurro:

— Me pare, Ayla. Eu não consigo sozinho.

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