— Brincadeira, Ayla. Por que está nervosa, irmãzinha? — dei uma olhada de repreensão para Alana, desaprovando o que ela acabou de fazer, tocando o terror na menina. Ayla está mais pálida do que já é. Certamente se assustou com a "brincadeira" de mau gosto da irmã. — Vamos, amor. — Alana segurou meu rosto, apertando meu maxilar e virou em sua direção para me beijar.
Deixando o clima no carro mais tenso ainda, e não menos excitante, passou a outra mão pela minha nuca e aprofundou, enfiando a língua na minha boca, eu acabei fazendo o mesmo. Alana soltou um gemido finalizando o beijo exageradamente quente.
Liguei o carro e acelerei, tentando pensar noutra coisa que não fosse Ayla nesse vestido. Quando finalmente não levei uma invertida, ou um tapa na cara, Alana faz essa cena, me beijando na frente da irmã. Só correspondi para não deixá-la desconfiada, dando a “certeza” que eu era somente dela.
Dei uma breve olhada para Ayla que cruzou as pernas e voltou a encarar a estrada, levantei os olhos vendo Alana me observar pelo retrovisor interno do carro.
Porra!
De repente chega uma mensagem no meu celular: “Tô sem calcinha.” Seguido de um emoji de fogo. Só mandei um ícone do diabinho e guardei o aparelho.
O silêncio neste carro está me sufocando. Ayla não troca uma palavra, nem comigo nem com a irmã. O fato dela sempre agir dessa forma quando estou por perto me deixa inquieto demais.
Alana puxou os fones e colocou no ouvido. Eu estava apenas esperando por esse momento, e para minha sorte, aconteceu muito perto de chegarmos. A mansão do meu sogro já pode ser vista de onde estamos, a única casa na praia por perto.
Com um gesto, tirei o fone via bluetooth da Ayla e coloquei o dedo na frente da minha boca, pedindo que ela fizesse silêncio. A música da Alana estava alta demais, ela não ia ouvir nossa conversa, a menos que tirasse. Desacelerei o carro e, falando baixo, disse:
— Não parece feliz pelo teu aniversário.
— Não curto festas desse tipo. — Ayla pegou os fones no colo e tentou colocá-los no ouvido. Estendi o braço para impedir que ela completasse a ação, aproveitando para olhar mais uma vez para Alana.
— Por que simplesmente não aproveita, Ayla? Pelo menos hoje.
— Quer que eu aproveite?
— Porra, tá virando mulher. Por que não aproveitar? — ela me lançou um olhar desdenhoso. Impossível não sorrir. Tem uma carinha tão inocente, e o pior, não é só a cara, ela é toda ingênua e bravinha.
E esse clima entre a gente, apesar de desconfortável, está me excitando muito, virei a noite pensando na cunhadinha. A forma como essa “ingênua” ficou nos olhando daquela janela enquanto a irmã me agarrava num beijo.
Droga, tô querendo muito a Ayla, e tô totalmente fodido por isso.
Dei mais uma olhada para a namorada, outra para Ayla e pisei no acelerador, assustando as duas.
— Tá aí. — a casa de três andares, toda feita de madeira maciça e branca, com janelas amplas, sofás de couro legítimo, taças de cristal, uma adega de vinhos no subsolo e um salão de festas ao fundo. Uma piscina exageradamente grande, com luzes neon nos pés de coqueiro; apenas alguns passos para fora da casa e já estávamos na água salgada do mar.
Essa é a vida luxuosa da família Jefferson.
Estacionei o carro do Alan em um espaço reservado para os automóveis. Ayla saiu do carro apressada, como se não quisesse ficar nem por mais um segundo ao meu lado.
Ela estava tentando disfarçar, mas o jeito como ficou toda abalada com as minhas mãos naquela pele entregou tudo que eu precisava saber.
Não vou dar um de correto, vou foder com a moral que o meritíssimo Juiz Mark me dá como seu genro, mas depois que vi Ayla toda excitada me vendo comer a irmã, acabou ativando algo no meu peito, mais precisamente no pau.
Tirei a mala das duas do carro. Vamos embora amanhã à tarde, mas parece que viemos passar as férias, não entendo o que essas meninas tanto carregam. Só enfiei um par de roupas e a escova de dente no porta-luvas e já era.
Alana não perdeu tempo e segurou a minha mão, entrelaçando os dedos nos meus. Avistei alguns seguranças, o Mark já havia me dito que faria isso. Tem alguns funcionários lá dentro também, o pessoal que faz o rango.
— Alana, vai subindo. Preciso falar com o pessoal por aqui. — Puxei a minha mão da dela.
— Tá, amor. — Ela se virou para a irmã. — Ayla, sobe com a minha mala? Vou ver como está o som.
— Não pode fazer isso depois, Alana?
— Obrigada, irmãzinha. — deixou a mala e saiu. Observei o vestido preto um pouco acima dos joelhos, os cabelos loiros com cachos nas pontas balançavam conforme ela corria em direção ao salão. E por sinal, ela também estava muito bonita.
Ayla deu um suspiro e segurou a mala da irmã para subir.
— Eu te ajudo. — Tentei pegar a mala da Alana, mas ela puxou.
— Eu dou conta.
Parei e cruzei os braços, esperando ela subir carregando duas malas médias com rodinhas. A primeira subiu dois degraus, a segunda mal passou do primeiro. Forçou deixando escapar um gemido de raiva.
— Que saco! — puxou com mais força quando perdeu a paciência.
— Deixa eu te ensinar uma coisa, bebezinha. — peguei as duas malas e desci as alças. — Agora você tem um melhor controle e equilíbrio. Sempre feche as alças quando subir as escadas. Vá em frente. — voltei a descer os degraus que acabei subindo para ajudá-la.
— Pensei que você ia me ajudar.
— Eu pensei que tinha dito que daria conta.
— Imbecil. — me insultou e começou a subir, agora com mais tranquilidade.
Ela pode não saber, mas essa raiva toda que tem de mim, a troco de nada, só tá me deixando atiçado. Ignorei o seu xingamento e deixei que sofresse um pouco, isso faria ela aprender a não rejeitar uma ajuda só por orgulho besta.
A nossa convivência poderia ser mais “agradável” se ela me tratasse bem.
Chamei um dos seguranças que estava por ali e descobri que vão guardar apenas o lado de fora da casa. A ordem do Mark foi que eles não atrapalhassem na festa, apenas intervindo se algo saísse muito do controle.
Ouvi uma moto roncar. Me virei para ver o amigo da Ayla chegando. Quando estacionou e tirou o capacete, tive a certeza: era o tal amiguinho dela. Acenou olhando para cima, provavelmente vendo Ayla na janela do quarto.
— Tá vendo aquele moleque? — apontei pro garoto.
— Claro, algum problema?
— Não conhecemos muito o menino, pode ficar de olho nele?
— Faremos isso.
— Certo, obrigado. — apertei a mão do segurança e entrei. Me esgueirei na parede do corredor quando ouvi o salto dela soar pelo chão amadeirado no andar de cima. Parecia correr.
Ayla passou toda alegre pela porta, então aproveitei para agarrar o seu braço. Ela soltou um gritinho ao sentir a força que apliquei. Ao se virar bruscamente, seus cabelos lisos e loiros voaram sobre o rosto.
— Pode me soltar?
— Quero só deixar um aviso. O seu pai pediu que eu ficasse de olho em você.
— Por que não fica de olho na sua namorada? — pressionei meus dedos no seu braço com essa resposta arredia.
— Também vou ficar de olho nela. Nas duas, se é que me entende. — Ayla levantou o outro braço para me atingir, mas eu já estava preparado para as agressões e segurei seu pulso esquerdo.
— Por que está me tratando assim? — fiz questão de perguntar, olhando para a janela e vendo o malandro vir em direção à casa.
— Ainda pergunta? Você pode me soltar? — Tentou puxar os braços.
— Sabe, Ayla. Desconfio que tenha mudado tanto o teu jeito comigo, porque desejou ser a sua irmã aquele dia.
— Que dia?
— O dia que me viu fodê-la na sua cama. — puxei ela pra mais perto de mim. Seus braços começaram a ficar moles, a força que usava para se soltar sumiu. Dylan chegou até a porta, mas parou quando bateu os olhos em nós. — Confessa, cunhadinha. Ficou excitada? — Abaixei o tom da voz, mas dava pro moleque ouvir perfeitamente, já que a casa ainda estava vazia.
Dylan deu um passo para trás e saiu do meu campo de visão.
— Você não deveria me tocar assim, Dominic.
— Vou te contar um segredo, Ayla. Aquele dia, só peguei a sua irmã na sua cama, porque seu cheiro me excitou muito. E hoje ela tem o seu perfume na pele, o que eu faço?
— Ela… — deu uma gaguejada. — O dela acabou, por isso pegou o meu.
— O que eu faço, Ayla? — deixei minha boca bem perto da sua. O cheiro da sua pele, que nunca havia sentido, agora estou tragando lentamente.
— Eu não sei, Dominic. O que você vai fazer? — perguntou baixinho, a sua boca tinha um hálito fresco. Tem razão o moleque grudar tanto na Ayla.
Ouvimos a voz da Alana alguns cômodos atrás. Pela conversa, estava falando com a Kamilla pelo celular. Ayla arregalou os olhos e tentou sair.
— Vou transar com a sua irmã, pensando em você, cunhadinha. — soltei Ayla, que deu uma afastada para trás parecendo chocada com as minhas palavras. Se virou e saiu correndo para fora como uma criança assustada.
A chapeuzinho vermelho deu de cara com o lobo mau. E esse lobo mau aqui já não vê a hora de provar o doce que ela carrega “na cesta”.
A forma como agiu no carro, me deixando tocar a sua calcinha, me deu toda a certeza que eu precisava. Ayla tá caidinha por mim.
— Domi, quero te mostrar uma coisa lá em cima. — Tirei o sorriso do rosto quando a voz da Alana tocou meus ouvidos.
Isso aconteceu mais rápido do que eu imaginava. Já estava louco de vontade. Levantei Alana abraçando as pernas e joguei seu corpo por cima do meu ombro.
— Meu cabelo, Domi. Meu cabelo… — começou a rir dando tapinha na minha bunda.
Talvez as palavras “safado e cretino” que a cunhadinha gosta tanto de me chamar, encaixe muito bem no que estou me tornando.
E talvez ela também não passe de uma safada louca para dar pro cunhado, mas que veste a máscara de reticente, sempre repreendendo suas próprias emoções para manter uma fachada de moralidade.
Quero ver quanto tempo ela vai manter essa postura, já que eu acabei descobrindo o seu segredo.
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Atualizado até capítulo 111
Comments
Maria Pinheiro
Chato isso!! o canalha do Dominc fez de propósito agarrou Ayla para Dylan ver mas esqueceu de um detalhe , para os homens quem não presta é sempre a mulher e ele fez com que Dylan perdesse qualquer respeito por Ayla e isso é muito ruim por que agora ele tá pensando que ela é uma tremenda de uma safada que anda pelos cantos se agarrando com o cunhado . 🤦♀️
2025-01-22
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Jacque gil
Até aqui não curti muito esse Domi,ao contrário do Leonardo que foi uma história incrível 😜
2025-02-22
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Rodriguess
ela tá desconfiando, certeza kkkkkkkk
2024-11-18
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