Moleque insolente

Seus olhos escuros brilhavam com uma intensidade faminta, sua expressão um misto de desejo, determinação e cuidado.

Suas mãos ávidas traçaram um caminho febril pelo meu corpo, explorando cada curva e contorno com uma urgência voraz. Sua respiração áspera era um eco do desejo que queimava dentro de nós dois, alimentando o fogo que ameaçava consumir tudo ao seu redor.

Cada toque, cada beijo, era como uma descarga elétrica, enviando ondas de prazer e dor por todo o meu ser. Eu me entreguei ao frenesi do momento, perdendo-me no turbilhão de sensações que nos envolvia.

E quando finalmente nos rendemos ao clímax avassalador, foi como se o mundo inteiro desabasse ao nosso redor. Cada batida do coração era um eco do nosso desejo consumido, cada suspiro uma ode à paixão que nos unia naquele momento fugaz.

No final, quando a tempestade finalmente passou e nos encontramos deitados na quietude do quarto, eu soube que aquele encontro seria gravado em minha memória para sempre. Ele me abraçou.

- Como se sente?

- Bem. Muito bem.

- Ótimo.

Antes que pudéssemos fazer mais alguma coisa, o alarme do celular tocou, indicando que o tempo tinha acabado.

- Assim que der eu apareço. Fica bem. - disse ele dando um beijo na minha boca.

Eu fiquei no quarto, ainda atordoado com o que aconteceu. Renato entrou e se sentou ao meu lado.

- Você está bem?

- Está preocupado comigo? Não acha meio tarde?

Adivinha? Tomei um baita tapa na cara.

- Não estou preocupado ao menos não nesse sentido aí. - Renato era bem sincero. - O que você sabe sobre esse cara?

Fiquei em silêncio.

- Ok. não vai responder.

Renato suspirou, parecendo resignado com a falta de resposta.

- Vontade de te dar uma surra. Mas, pelo visto, já apanhou bastante. Vai tomar banho e descansar, o coronel vem hoje.

Eu odiava aquele coronel, arrisco dizer que ele era o pior. Bom, tinha o pastor, que não ficava muito atrás. Depois do banho, fiquei deitado na cama e acabei cochilando, dessa vez minha mãe foi me acordar.

- Fábio? Fábio, acorde! O cliente está chegando.

Ainda sonolento, tentei segurar a mão dela, mas ela puxou a mão. Com isso, me despertei e me levantei sem olhar para ela.

Quando fui sair do meu quarto, dei de frente com o coronel e com o meu pai.

- Cadê os modos, Fábio? - disse meu pai.

Eu estava olhando para o chão, como eles me mandavam fazer.

- Senhor. - cumprimentei o coronel.

- Bom, Alberto, depois conversamos. Se me dá licença, preciso me aliviar e desestressar.

Ótimo, eu ia apanhar mais.

O coronel, com sua postura autoritária e intimidante, me tratava com desdém e crueldade, aliás todos eram assim, para eles era como se eu fosse menos do que um ser humano. Seus olhos brilhavam com uma mistura de arrogância e prazer sádico enquanto me observava com desprezo.

- O que temos aqui? - disse o coronel, sua voz carregada de desprezo.

Eu permanecia em silêncio, meu corpo tenso, pronto para o impacto iminente.

- Um moleque insolente, é isso que temos - continuou o coronel, aproximando-se de mim com passos pesados. - Você acha que pode desafiar a autoridade aqui? Acha que pode se esquivar das suas obrigações? O que eu mandei você fazer?

Antes que eu pudesse responder, o coronel desferiu um tapa violento no meu rosto, fazendo-me cambalear para trás. A dor latejava em minha bochecha.

- Você vai aprender a respeitar sua posição aqui, garoto. Ou vai sofrer as consequências - rosnou o coronel, seu rosto contorcido em uma expressão de pura malícia. - Faça o que eu mandei.

Aquele nojento tinha me mandado chupar ele, mas eu não queria. Mas não tinha opção. Engoliu em seco, meu corpo tenso de medo e raiva contida. Eu sabia que não podia desafiar aquele homem, não sem enfrentar punições ainda mais severas. Fiz o que ele mandou.

- Você está melhorando nisso, garoto. - Disse ele depois de ter me obrigado a chupar ele e ter me violentado.

Enquanto eu me recompunha, o coronel saiu do quarto com uma risada cruel, deixando para trás um rastro de humilhação e desespero. Ao menos eu consegui pegar um anel de ouro dele, sem ele perceber.

Escondi o anel e estava indo para o meu quarto, quando minha visão ficou turva e eu perdi os sentidos. Quando acordei, estava na minha cama. O Renato estava do meu lado, aferindo minha temperatura.

- Como se sente?

não respondi.

- Vou perguntar mais uma vez, não teste minha paciência. Como se sente?

- Cansado. - respondi.

- Tontura? Dor de cabeça?

- Não e um pouco. - percebi que ele estava com o uniforme do hospital, o que significava que ele estava saindo ou chegando. - Que horas são?

- Já é quase de manhã. Você desmaiou ontem a noite e só acordou agora. Vou falar pro pai para você não ir para a escola hoje.

- não, por favor. Eu estou bem. Deixa eu ir, por favor.

Sem querer comecei a chorar.

- Tá. Tudo bem. Vou tomar café que estou quase atrasado. Descanse mais um pouco.

Percebi que Renato esqueceu a carteira dele do meu lado. Peguei para ver se tinha algo interessante e realmente tinha. Encontrei algumas notas de cinquenta, outras de cem e outras de vinte reais. Não peguei tudo para ele não perceber. E quando percebesse seria tarde demais. Estava a colocar a carteira no lugar quando ele entrou no quarto.

- O que está fazendo?

- Nada. Ia tirar daqui a tua carteira, antes que eu derrubasse.

Ele me olhou desconfiado.

- Hmmm. Está bem mesmo para ir para a escola?

- Sim, por favor.

- Tudo bem.

Antes de eu descer tomar café, peguei o anel que eu tinha deixado escondido no outro quarto e mais o dinheiro do Renato e guardei bem na mochila. Tomei o café e fui para a escola. Esperei o intervalo e me encontrei com Henrique e entreguei o anel e o dinheiro para ele e ele em troca me entregou algumas gramas de heroína. Eu queria usar elas logo, mas sabia que precisava me controlar.

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Atualizado até capítulo 65

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