|15| Discussões Entre a Família Holden

...Pov's Anthony Holden...

Eu fiquei dentro do carro ouvindo tudo.

Também ouvi quando a respiração de Rosa acalmou. Quando finalmente dormiu.

As palavras daquela mulher eram duras e frias e meu ódio cresceu, não só por causa dela, mas por causa de outro alguém.

De um sujeito que não podia ficar sem seduzir as babás dos próprios irmãos!

Eu acelerei meu carro, poderia ser mais rápido a pé, mas não podia deixar meu veículo em qualquer lugar. E então em menos de dez minutos estava em casa.

Meus filhos saem da mata o que me fez deduzir que foram caçar. Taylor estava falando alguma besteira, eu não o deixo sequer direcionar a palavra a mim e empurro o loiro para longe fazendo-o bater em uma árvore.

Meus demais filhos ficam em alerta.

— QUAL O SEU PROBLEMA SEU VELHO ESCROTO?! — Taylor gritou ficando de pé no mesmo instante.

— Pai. — Eric tenta falar comigo, mas eu o ignoro.

— Levem as crianças para dentro. — Ordeno a Joseph que estava na frente dos gêmeos. — AGORA!

— Você quer brigar velhinho? — Taylor murmurou. — Então vem que eu vou te mandar para um asilo!

A confiança e a coragem despareceu na força do meu soco e a árvore a qual Taylor havia sido arremessada se partiu no meio.

— PARA COM ISSO! — Joseph gritou irritado. — O que está acontecendo?!

Meu olhar ainda estava em Taylor que limpou o filete de sangue podre que escorreu.

— Você não consegue não é?! Não consegue segurar seus instintos e deixar uma única babá de seus irmãos em paz! — Digo revoltado e os meus quatros filhos me olham surpresos e voltaram o olhar para o loiro. — QUAL O SEU PROBLEMA TAYLOR?! VOCÊ VIU QUE ROSA ERA UMA EXCELENTE BABÁ, VIU COMO LAVÍNIA E LOUIS GOSTARAM DELA! NÃO PODIA TER SE MANTIDO LONGE?!

— DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO ANTHONY?! EU MAL ENCOSTEI NA GAROTA! — Rogou revoltado como se tivesse sendo acusado falsamente.

Filho da puta de merda!

— ALGUÉM VIU VOCÊS JUNTOS NO CENTRO, NÃO NEGUE! E AGORA POR SUA CULPA A ROSA FOI PROIBIDA PELA MÃE DE TRABALHAR AQUI! — Gritei revoltado.

E então vi minha filha dar um passo a frente e seu olhar descrente em minha direção.

— Papai, do que você tá falando? — Ela perguntou em um tom baixo.

— Eric, leve Lavínia e Louis para dentro. — Peço ao meu filho do meio.

— Não papai! Isso é mentira! Eu sei como o Taylor é, mas ela prometeu papai! — Os olhos da minha pequena se encheram de lágrimas. — Ela prometeu que nunca ia deixar ser seduzida pela Taylor!

— Lavínia. — Eric tenta acalmar a irmã. Entretanto Lavínia é mais rápida.

Ela corre em direção ao irmão mais velho que mal havia acabado de se levantar e o arremessa com força fazendo-o atravessar duas árvores, no minuto seguinte ela sobe as escadas e se tranca no quarto e mesmo assim ainda consigo ouvir ela chorando.

Louis some de minha vista e Eric segue o irmão mais novo. Tiro meu blazer e nego com a cabeça enquanto caminho em direção a nossa casa.

— Então ela era igual as outras. — Joseph diz em tom baixo.

— Não ela não era. Foi o Taylor. — Respondo.

— Quando um não quer—

— Olha o que somos Joseph! — Encaro meu filho. — Ele usou o poder para seduzir ela! Rosa... Ela não é a errada, eu percebi uma coisa quando a deixei chorando em seu quarto: de uns anos para cá, Rosa tem tentado muito seguir uma vida na linha, tentando mostrar a própria mãe que ela não é um erro.

Joseph ficou em silêncio por uns instantes, mas então perguntou:

— Você confia mesmo no que o Taylor disse?

— Não. Seu irmão é um babaca. — Respondo e entro em casa indo em direção ao meu escritório. — Mas eu confio na Rosa.

Os raios solares invadiram meu escritório o qual eu havia me trancafiado. Durante a noite e a madrugada eu consegui ouvir o barulho dos ursinhos de minha filha sendo rasgados pela mesma, consegui ouvir ela chorar e batizar aqueles 27 ursinhos de Rosa e dizer o quão mentirosa ela era logo após lhe castigar arrancando sua cabeça.

Eu não sabia ser um bom pai, não sabia como ir até lá e consolar a mais nova, ao contrário eu estava naquele escritório tentando achar uma alternativa viável de como resolver a situação.

Fosse procurando uma babá nova ou tentando achar uma situação em que Rosa pudesse voltar.

Tomei o resto do conhaque em meu copo e me levantei no mesmo instante que a minha menina entrou.

Os cabelos desgrenhado e o olhar choroso, Joseph estava logo atrás dela:

— Vamos Lavínia, você precisa se arrumar para ir a escola.

— Por favor papai, trás a Rosa de volta! — Me surpreendi com o pedido da minha filha. Joseph também. Louis entrou ali ficando ao lado da irmã. — Eu deixo pai, eu não ligo se ela ficar com o Taylor ou se ficar olhando de forma apaixonada para o Joseph, eu não ligo pai, só trás ela de volta! Ela é a única babá que já gostou de nós de verdade papai!

— Por favor papai, não deixe a Rosa ir embora! — Louis pediu e eu encarei Joseph que também não sabia o que falar.

Caminho até meus pequenos e beijo o topo da cabeça de ambos e digo:

— Eu vou dar um jeito, não se preocupem ela vai voltar!

Saio do escritório e subo as escadas me deparando com um Eric confuso:

— Aonde vai?

— Tomar um banho e trazer a babá dos seus irmãos de volta. — Respondo.

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