|13| Entre o Real e o Paranormal

...Pov's Rosa Maria...

Agradeço Eric por ter ficado com eles e o rapaz sai rapidamente dizendo que já havia alimentado eles e eu fiquei em dúvida ao não ver pacotes de doce ou salgadinhos.

Não liguei e voltei minha atenção para os gêmeos que me esperavam ansiosamente e então sorri:

— Agora vamos para o quarto de Louis.

Lavínia ficou emburrada e Louis se levantou animado parando ao meu lado fazendo uma careta pra irmã, repreendi o mais novo e então em derrota a garotinha também veio.

O quarto de Louis era realmente muito diferente: escuro e frio. Abri as cortinas vendo claramente as paredes vermelho vinho e uma cama com edredom azul turquesa. Ele tinha uma mesa onde vi vários lápis, canetas e desenhos.

Me aproximei vendo aqueles belíssimos e variados desenhos: havia rostos realistas, paisagens e alguns desenhos um tanto sombrios. Olhei o guarda-roupa marrom que tinha quatro portas e no meio havia um espelho.

Me virei para as crianças vendo elas atrás de mim brigando, Lavínia apontava que o quarto do irmão era feio, sorri e olhei para o espelho me deparando com dois cadáveres em decomposição atrás de mim.

Não contive o grito e me virei rapidamente vendo que os gêmeos estavam na cama de Louis e não atrás de mim. Lavínia estava confusa e o irmão sério.

— O que houve senhorita? — Joseph entrou no quarto preocupado.

Encarei novamente o espelho e engoli em seco me virando para o irmão mais velho. Joseph tinha uma expressão séria como se tivesse entendido sem eu nem ao menos dizer.

— Está... Está tudo bem Joseph, achei que tinha visto algo... — Não sabia que desculpa dar. Me afastei do espelho indo até a cama onde os gêmeos se encontravam.

Minhas mãos tremiam e eu tentava não demonstrar o meu nervosismo, mas o olhar de Joseph pesava sobre meus ombros.

— O que você viu, Rosa? — Ele me chamou pelo nome e eu o encarei. Não sabia se devia responder ou não, e cheguei a me questionar se ele estava lendo minha mente.

— Uma aranha. — Menti e seu olhar suavizou — Eu tenho aracnofobia e achei ter visto uma aranha, desculpe o grito.

— Tudo bem. — Ele não acreditava, era óbvio, mas agradeci por ter continuado o assunto. — Vou limpar o quarto do Louis, não se preocupe.

— Ei! Meu quarto é organizado e não tem aranhas. — Louis parecia irritado o que fez seu irmão mais velho rir.

— Moramos em uma fazenda, essas coisas podem entrar sorrateiramente. — Joseph piscou para o irmão. — Deixarei que continuem as brincadeiras, até logo senhorita.

Deixei os irmãos criarem as brincadeiras enquanto encarei o espelho. O quarto era um quadrado: assim que abria a porta dava para ver a mesa de desenhos e para frente do lado esquerdo da porta tinha a uma que levava para o box. A cama ficava próxima da parede onde havia a porta para entrar no quarto.

Na parede onde fica encostada a cabeceira havia uma enorme janela e do outro lado o guarda roupa com aquele espelho.

— Rosa! Você está prestando atenção? — Os irmãos me encaravam atentos.

— Estou sim, vamos começar então. — Sorri respirando fundo — Lavínia é uma bruxa má e Louis um guerreiro lendário né? — Os olhos do garotinho brilharam e a irmã dele revirou os olhos. — E eu... Uma rainha?

— Exatamente e—

— E o meu objetivo é mata-la e roubar o seu reino para mim! — Lavínia interrompeu o irmão que revirou os olhos enquanto ela gargalhava de forma maléfica.

Dei um sorriso para eles e começamos a brincar, mas minha mente ainda recordava aqueles dois cadáveres e em que tipo de fantasmas eles seriam.

O tempo passou mais rápido do que esperava e Taylor surgiu dizendo que se encarregaria dos gêmeos a partir daquele momento. Apenas assenti e fui para o quarto da Lavínia onde peguei minha bolsa e fui para o meu quarto.

Meu quarto. Aquele cômodo parecia uma casa para mim. Respirei fundo e tomei um banho quente, depois disso fiquei de frente com o espelho que estava embaçado devido ao vapor quente e então passei minha mão tirando e me deparando com a minha face e atrás de mim outro cadáver.

Me viro rapidamente não vendo nada e respiro fundo sentindo que estava perdendo a sanidade. Coloquei minha roupa e trancei meus cabelos, depois de tudo pronto desci as escadas.

As portas da frente de repente se abriram e uma rajada de vento tomou conta da entrada e do ambiente me deixando atordoada fiz menção de ir para trás, mas senti braços envolverem os meus e um corpo rígido atrás de mim o seu perfume tomou minhas narinas ao mesmo tempo que sua voz ecoou fazendo-me reconhecer imediatamente:

— Está tudo bem Rosa?

Respirei fundo sentindo Joseph totalmente calmo atrás de mim, esperando eu me recuperar do que quer que fosse.

— Rosa..?

Então como se fosse um choque de realidade me afastei do moreno e me virei lentamente para ele, encarando as orbes azuis:

— Está tudo bem Joseph, eu acho que estou só... Cansada.

Um sorriso compreensivo desenhou seus lábios:

— Então vá para casa e descanse senhorita, até amanhã Rosa.

— Até amanhã, Joseph.

Algo dentro de mim aqueceu; fosse suas palavras simples, sorriso ou os olhos. Entretanto voltei para o mundo real e dando último sorriso para Joseph saí de sua casa.

Já na frente da porta, vi o carro a minha espera. Estava frio e a brisa gelada me abraçou fazendo-me apressar para entrar no carro onde Senhor Holden me esperava com um leve sorriso.

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