|11| Nos Encantos do Holden Babaca

...Pov's Rosa Maria ...

Assim que estacionou ali começamos a colocar as compras no porta-malas, logo após eu tirei a jaqueta dele e entrei no banco da frente. O carro estava quente.

Abri o vidro e vi quando loiro entrou ligando o carro e partindo. Depois de uns minutos já estávamos na estrada de terra, o vento estava tão bom que levantei um pouco a perna para pegar ar.

— Coisinha, está levantado demais. — Taylor resmungou e eu o encarei e logo após encarei onde ele olhava. Meu vestido estava erguido até a minha coxa, um pouco mais acima para falar a verdade.

Ri do mesmo e só para provocar um pouco mais cruzei as pernas deixando o vestido mais curto ainda.

— Está calor, Taylor. — Murmurei como resposta ouvindo um palavrão do mais velho.

Taylor freou o carro no meio do nada, era mato para todo lado e tinha uma casa abandonada ao nosso lado esquerdo. Olhei sem entender para o loiro que tirou o cinto e em um único movimento me puxou para seu colo me deixando atordoada e surpresa pela sua rapidez e atitude.

— O que você pensa que está—

— Shiii... — Ele colocou um dedo no meu lábio e senti o nariz do loiro raspar em meu pescoço me deixando arrepiada. Seus lábios depositaram um beijo ali. — Você tem um cheiro tão bom, o seu gosto deve ser ainda mais gostoso. — Me mexi em seu colo ouvindo um arfar do mesmo que agarrou minha cintura ainda mais forte. — Não me provoque coisinha... Hm, não quer mesmo se divertir comigo? — Ele aproximou seu rosto do meu podíamos sentir a respiração um do outro — Se eu for seu primeiro cara, eu vou devagar prometo...

— Só um beijo. — Digo e aproximo meu rosto dele abraçando seu pescoço — Apenas um beijo Taylor.

— Depois desse beijo você vai querer mais e eu vou dar tudo o que quiser, Rosa. — Ele proferiu sedutor e logo senti seus lábios nos meus.

Definitivamente eu devo estar louca. Seus lábios eram macios e os senti se movimentar com os meus, meu coração estava disparado, mas aquele beijou durou menos do que eu imaginava quando senti um solavanco para frente de repente vindo de Taylor. Minhas costas bateram com tudo no volante e olhei para o loiro irritada:

— Qual o seu problema?!

Foi quando Taylor abriu seus olhos e em vez de lindas íris verde água, as cores ali era um verde esmeralda.

— Onde você estava com a cabeça?! — Ele perguntou, mas aquela voz não era dele... Não...

— MAXWELL?! — Gritei assustada. — MAS QUE PORRA É ESSA?!

— Gatinha desce do colo desse sem vergonha e vem aqui fora por favor. — Olhei para o espírito de Kayron do lado de fora.

Me virei descendo do colo de Taylor/Maxwell e sai do carro vendo um Kayron sério. E aquilo era raro.

— Que merda aconteceu?! — Perguntei irritada então vi Taylor/Maxwell sair do carro também. — Desde quando você entra nos corpos das pessoas?! Querem me contar o que os meus amigos fantasmas fazem mais de interessante?! Ou eu vou ter que descobrir?

— Olha pode parar tá bom? — Maxwell parecia bem irritado. — O que diabos você ia fazer se não estivéssemos aqui?!

— O que você acha que eu ia fazer? — Retrucou. — Qual o problema afinal? Vão querer controlar com quem eu trepo ou deixo de trepar?

— Não é essa exatamente a questão e sim porque você ainda é virgem e você dar essa preciosidade para um cara como aquele — apontou para o Taylor — Não vamos permitir isso.

— QUEM DIABOS VOCÊS ACHAM QUE SÃO?! — Gritei irritada.

— Não cumpre suas promessas, Rosa Maria? — Maxwell estreitou os olhos verdes em minha direção. — Não foi você quem prometeu que não iria ficar com esse babaca para a pequena Lavínia? — Engoli em seco e desviei o olhar. — Posso sair daqui, sumir e você fazer o que quiser, mas vai mostrar que é uma pessoa sem valor, que não se importa com as porcarias de promessa que faz e se você realmente for assim Rosa, não faça mais promessas! Ainda mais para uma criança. — O tom de Maxwell aumentou e eu dei um passo para trás desviando o olhar de ambos fantasmas.

No fundo ele tinha razão e eu me senti uma pessoa horrível no final de contas. Senti o toque gelado das mãos de Kayron, mas não me assustei ele tirou o casaco preto e o amarrou em minha cintura.

— Fazemos isso para o seu próprio bem, gatinha. — Ele murmurou. — Nós vemos em casa.

Então tão de repente ele sumiu, assim que me virei para Maxwell ele saiu do corpo de Taylor e este cambaleou um pouco para trás como se estivesse levado um soco. Eu não sabia como era a sensação de ser dominado por um espírito, mas tinha a noção que coisa boa não era.

Com a mão na cabeça o loiro olhou ao nosso redor tentando assimilar tudo aquilo, mas duvido muito que um humano comum iria conseguir entender todos aqueles acontecimentos. E sim, eu sei que eu também sou uma humana... Mas não comum.

— O que foi que aconteceu, Rosa? — Era raro o Taylor falar o meu nome, geralmente ele nem se dirigia para mim e quando fazia era algo tipo coisinha. Mas naquele dia ele havia me chamado três vezes pelo nome.

— Nada. — Foi a única coisa que respondi e então entrei no carro de volta sendo seguido por o loiro. Taylor não ligou o carro de primeira, senti os dedos dele passarem de leve por minha coxa, então eu simplesmente segurei sua mão colocando-a no volante e o encarei vendo seu sorriso murchar. — Vamos para casa, Taylor.

— Coisinha idiota. — Ele resmungou e revirou os olhos ligando o carro e saindo.

Logo chegamos na fazenda isto porque o loiro acelerou o carro de forma louca, mas me mantive neutra apesar de estar assustada. Quando saímos para pegar as sacolas, o Holden não me deixou ajudá-lo então apenas agarrei minha mochila e falei:

— Taylor, por favor, não comente sobre isso que aconteceu, é que–

— Aconteceu? Não aconteceu nada coisinha estúpida. — Ele me interrompeu e caminhou para dentro.

Respirei fundo passando uma mão por meus cabelos afim de minha dignidade aparecer e entrei. Desta vez fui direto para a sala e lá me deparei com toda a família, exceto Taylor que foi deixar a compra na cozinha. Lavínia ao me ver correr em minha direção abraçando minha cintura enquanto Louis se pôs de pé, podia até dizer que os olhos do menino brilharam por alguns segundos.

— Olá Rosa. — Eric me cumprimentou e eu sorri, minha atenção então se voltou para Anthony que tinha seu primogênito ao lado.

— Está muito bonita. — Anthony elogiou e eu sorri sem saber como reagir — Esse casaco preto combina com você.

Neste instante não consegui esconder o meu choque; o casaco o qual ele se referia era o casaco de Kayron. Do meu amigo fantasma, como diabos ele o viu? Engoli em seco.

Lavínia pareceu me analisar.

— De que casaco ele está falando? — Perguntou a pequenina.

E Anthony estreitou os olhos em minha direção.

— Está ficando louco, velho? Não há nada além do vestido. — Taylor passou por nós com cara de poucos amigos.

— É, talvez eu tenha visto demais. — Ele murmurou. — Mas bom, isto não importa, crianças podem levá-la com vocês!

Lavínia começou a me puxar, mas eu a segurei vendo seu olhar confuso. Então sorri e olhei Louis que havia dado um passo em minha direção, estendi minha mão para ele que me encarou surpresa, mas segurou a mesma então junto com os gêmeos eu subi escada acima.

— Para o quarto de quem eu vou agora? — Pergunto esperando a resposta de um dos gêmeos. Louis fez careta.

— O quarto da Lavínia é um mundo rosa. — Disse.

— E o seu parece um túmulo! — Retrucou Lavínia. — É muito escuro lá, Rosa!

— Nada que abrir as janelas, não resolva milady. — Concluí e vi a mesma fazer careta. Quando chegamos ao corredor me agachei diante das duas crianças apertando suas bochechas.

— Aí! Rosa! — Resmungam os dois.

— Escutem bem meu príncipe e minha milady ou vocês decidem dividir o tempo que eu vou passar no quarto de cada um, ou eu levo vocês para a sala ou para o meu quarto. — Murmurei e ambos cruzaram os braços fazendo biquinho com o rosto virado para o lado oposto do outro.

— Tá... — Disseram em derrota. — Vamos passar duas horas brincando no mundo cor de rosa dela. — Louis disse.

— E depois vamos para o túmulo sombrio dele. — Lavínia também concordou e me encarou — e depois você escolhe para onde vamos brincar.

Me levantei e segurei nas mãos dos gêmeos novamente, encarei a escada me deparando com Joseph apoiado no corrimão e com um sorriso mínimo nos lábios. Sorri de volta e com as crianças fomos para o quarto da Lavínia, mais resumidamente o mundo cor de rosa.

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