...Pov's Rosa Maria...
Joseph me deu espaço e subimos novamente a escada, todos estavam em silêncio, chegamos no fim do corredor e o rapaz abriu a porta para mim me dando passagem. Minha boca de formou um O quando vi o tamanho e a beleza daquele quarto.
Como uma criancinha fiquei admirando cada detalhe e por fim pousei meu olhar na direção de Joseph que tinha um sorriso satisfeito.
— Eu espero que esteja do seu agrado senhorita, meu pai anunciou sua presença muito encima para podermos montar um quarto adequado. — Disse ele — Mas acho que pelo seus olhos estarem brilhantes dessa forma você tenha gostado e fico aliviado por isso.
— Eu adorei Sr. Holden. — Respondo.
Ouvi um riso e encaro o mesmo que ergueu uma sobrancelha de maneira sugestiva:
— Me chame apenas de Joseph, senhorita. Sr. Holden é o meu pai.
— Pois bem, então me chame apenas de Rosa. — Cruzo meus braços e ele sorriu.
— Vou deixá-la a sós em seus aposentos, se precisar de qualquer coisa, não evite de me chamar.
Joseph se retirou do meu quarto e fechou a porta, de todos ele era o mais cavalheiro, seu jeito de falar realmente me encantou. Tenho a noção que Joseph seria aquele príncipe ideal que qualquer garota sonha em ter em sua vida.
— Pare com isso, Rosa. — Me repreendo e tiro uma muda de roupa indo em direção ao banheiro — Ele é filho do seu empregador e não se sabe se há algo a mais do que essa face amigável... Porra.
O box era enorme com direito a banheira e tudo mais, confesso que quase tive uma recaída em encher a bela banheira e relaxar. Depois de tomar meu banho saio já com outra roupa e guardo a roupa suja na mochila, meus cabelos estavam soltos e molhados, havia apenas o desembaraçado.
Parei de guardar em minhas coisas quando ouço um passo, logo após a janela de meu quarto se abre fazendo uma rajada de vento invadir o cômodo. Fico parada com a respiração ofegante segurando firme a escova de cabelos.
— Rosa, Rosa... De todos os lugares foi justamente cair na cova dos mortos? Saia daqui enquanto pode porque a próxima refeição deles está sobre o mesmo teto. Uma presa fácil e rápido. — Olhei em direção a porta do meu quarto vendo aquela aura azulada.
Josué. A alma condenada disparou em minha direção e me joguei no chão gritando alto tampando meu rosto com as mãos.
— SAIA DAQUI! SUMA! ME DEIXA EM PAZ! — Grito desesperada.
O silêncio se restaurou, até mesmo o vento havia abaixo seu volume. Meu coração disparou quando senti mãos frias tocarem meu braço.
— Rosa. — Reconheci a voz de Anthony, mas eu ainda estava sem coragem alguma — Está tudo bem agora.
Com sua ajuda eu fiquei em pé novamente, ainda tremendo. Na entrada de meu quarto estava o restante da família, Taylor encostado na porta com um olhar irônico, Joseph e as crianças mais atrás e Eric estava próximo da minha cama com um olhar preocupado.
— Está tudo bem, Rosa. — Anthony esfregava a palma da mão em minhas costas.
Olhei uma última vez a varanda aberta e o Sr. Holden fez a mesma coisa que eu, porém não havia mais nada exceto que a partir de agora aquela família me acharia anormal.
— Qual o problema coisinha, anda vendo fantasmas? — Taylor comentou rindo.
Se você soubesse...
— Já basta Taylor, se retire já desse quarto. — Ordenou Anthony e soltando uma gargalhada o loiro sumiu dali.
Com apenas um olhar, Joseph se retirou com as crianças e voltei minha atenção para Anthony que me deu um sorriso reconfortante.
— Não se preocupe Rosa, eu entendo. — começou a dizer. O que? O que ele entendia sobre isso, sobre mim? — As vezes pessoas como você e eu nascem com dons especiais que no começo nos assustam, mas que sempre estão conosco. Precisamos aprender a enfrentar cada desafio que ele nos dá.
Engoli em seco sem ter o que dizer.
— Seu expediente chegou ao fim, senhorita, meu filho Eric irá te levar para casa, obrigada por cuidar tão bem da Lavínia e amanhã você poderá conhecer melhor o Louis, okay? — Ele abriu um sorriso.
— Sim, Sr. Holden, obrigada. — Agradeço.
Mas eu realmente não sabia o que estava agradecendo. Anthony saiu do quarto e fiquei na companhia de Eric que mesmo comigo ficou em silêncio, depois de organizar minha mochila saímos do quarto e descemos a enorme escada.
— Tenha uma boa noite, senhorita. — Encaro Joseph que estava apoiado no corrimão.
Revirei os olhos e lhe respondi:
— Você também, Sr. Holden.
Ele me olhou confuso e revirou os olhos dando risada logo em seguida. Do lado de fora o vento estava impossível, Eric entrou no carro e eu fiz o mesmo esfregando meus braços por conta do frio. O moreno ligou o automóvel e partimos dali, encarei uma última vez a fazenda bem iluminada da família Holden.
Depois de alguns minutos chegamos a estrada de asfalto e mostrei para Eric onde ficava a casa da minha madrinha, assim que me preparei para sair do carro olhei para o rapaz e agradeci:
— Obrigada pela carona, Eric!
— Eu que agradeço sua companhia, tenha uma boa noite. — Ele deu um sorriso sincero.
— Você também.
Fechei a porta do carro e entrei correndo para a casa da minha madrinha sentindo o conforto ali, ouvi o carro de Eric dando partida para longe. Minha madrinha me recebeu com um sorriso e lhe dei um resumo rápido do meu dia. Logo após coloquei uma roupa mais confortável e fui diretamente pra cama, dormindo em seguida.
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Atualizado até capítulo 28
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