A água está quente, deixei de observar a desconhecida no espelho para tomar banho. O tempo está diferente, sinto que a minha vida não é a mesma que me lembro e tudo me deixa confusa e... a estranheza me faz não conseguir agir. Sempre gostei dessa parte do dia onde tomo banho (pelo menos isso não mudou), a água sempre acalma os meus pensamentos e a temperatura quente desta banheira de madeira, me faz relaxar. Soltei o corpo na água e respirei fundo ao lembrar-me, com os olhos fechados e o rosto relaxado, das palavras do Benny:
"— Nós quase a perdemos duas vezes."
Eu estava apenas acordando, mas, isso assustou-me bastante (o que é isso morando dentro de mim, que me fez quase perder a minha vida?). Também significa que perdi quinze dias de aula na universidade e, me lembrando bem, por onde anda Sara? Ao perguntar-me isso, a minha consciência recuperou-se instantaneamente do curto coma que tive: os meus pais e a vovó; que ótimo.
Terminado o banho, sai da água já fria e esperei o meu corpo se secar (o calor é tanto que parece que estou com febre), caminhei novamente até o espelho para me ver, as roupas (novas pelo cheiro) ainda estão na poltrona ao lado da lareira de pedra. Olhando para a minha pele, sedosa e brilhante, as curvas do meu corpo mudaram: a minha cintura está mais fina, o quadril um pouco mais largo e os meus pomos também:
— Está não sou eu... — Afirmei triste não me reconhecendo
"— Tem razão Mia, isso que vê somos nós duas. " Úlfa respondeu
Eu não disse nada. Liguei o secador, ajeitei o cabelo, hidratei o corpo com um creme que encontrei perto das roupas e não encontrei o meu celular em lugar algum, no quarto. A porta bateu enquanto eu terminava de vestir-me, me sinto cansada a ponto de desmaiar em pé, mas não posso aproveitar-me disso agora:
— Sou eu Mia, Sara! Posso entrar? — Disse ela sem espanto ou curiosidade
O que estará a fazer aqui? A curtos passos, vestida e também perfumada (encontrei tudo isso no quarto) abri a porta para Sara, que entrou e disse, após abraçar-me:
Sara:
— Ual! Você está linda com esse novo cabelo! Conri vai amar essa roupa
Cruzei os braços, olhei para ela e uma forte vontade em gritar me ocorreu (parte disso deve vir da Úlfa). Mas eu apenas mantive a postura e esperei:
Sara:
— Nós... quer dizer, você já escutou lendas sobre lobos, Mia? — Disse ela com dificuldade
A paciência não existe mais.
— Benny! — Gritei e ele logo apareceu atrás de mim
Sara parece estar sem jeito, a força dentro de mim explode cada sentido meu, fazendo os meus olhos doerem (Isso deve ser resultado da nova cor)desde que abri os olhos a minha visão está mais apurada e isso me causa dor de cabeça. Respirei fundo fechando os olhos (preciso acalmar os meus sentidos!), sentei na poltrona e continuei a esperar sem dizer muitas palavras:
— Sara, — Eu perguntei e ela atentou-se — Por que sinto que me traiu?
Nada. Ele abaixou o olhar, no ambiente do quarto parecia que Sara e Benny estavam submissos a mim e isso além de me incomodar, faz cada sentido se aliar a está nova força crescendo dentro de mim:
Benny:
— Ela não a traiu Senhora, ninguém que conhece fez isso. Todos seguimos apenas as ordens do Conri, nosso Alfa. — Disse ele em poucas palavras
Olhei para os lados momentaneamente, tentando compreender. Sara completou:
Sara:
— Conri a reconheceu como a sua companheira desde que ele sentiu a sua presença se aproximando da cidade. Quando ele a viu pela primeira vez, ele me ordenou a aproximar-me de você
Eles esperaram a minha próxima reação. Então compreendi alguns pequenos fatos:
— Então quer dizer que... Os meus pais, a mudança com a vovó — Eles nada disseram
Tudo faz sentido agora: é por isso que a minha mãe lia para mim contos sobrenaturais quando eu era criança, é por isso que me mandaram para está cidade... De alguma forma eles sabiam de tudo:
— Sabem algo sobre isso? — Perguntei ao criar mais expectativas
Benny se aproximou e começou a medir o meu pulso, marcando os batimentos:
Sara:
— Isso eu não sei te dizer, mas posso confirmar que você nunca foi humana Mia. Nunca notou nada diferente em você?
Disse ela esperando a minha resposta:
— Obrigada Benny, pode chamar a Conri por favor? — Respondi-lhe antes da Sara,
Ela riu, o de jaleco branco saiu e eu completei:
— Senti poucas coisas, mas pensei que isso fosse algum problema meu. Por isso espanto-me dificilmente com as coisas
Sara:
— Conri sentiu o seu Aura a poucos meses atrás, desde então ele me colocou como beta da nossa alcateia. Costumo coordenar as ordens que ele me passa, como ficar sua amiga e te proteger do Math
Quando eu era criança a mamãe lia-me alguns contos sobrenaturais, ela costumava guardar da prateleira do seu quarto, alguns livros escritos a mão (pareciam diários antigos) onde haviam detalhes sobre os lobos, vampiros e até bruxas. É por isso que não estou entrando em pânico, mas, ver tudo isso acontecendo comigo de verdade... parece que cai dentro de um daqueles livros:
Sara:
— Math é nosso ômega, ele foi expulso quando Conri descobriu que vocês estavam juntos. — Disse ela me contando tudo mais relaxada
A força de Úlfa parece mais branda, escutar essas coisas estão ajudando-a de algum modo:
— Mas, Math e eu, aconteceu naturalmente... Ele nunca me forçou a nada — Respondi com a minha consciência voltando ao normal
Sara:
— Não Mia, ele era o beta do Conri antes de mim. Quando o Alfa o mandou para a mesma missão que me encarreguei quando assumi esse posto depois dele, Math se envolveu com você por algum motivo que ainda estamos descobrindo
Fiquei incrédula, não consegui dizer nada:
Conri:
— A alguns dias atrás, ele começou a perder alguns compromissos com o bando de caça. No começo eu não liguei, mas o seu cheiro ficou muito forte nele com o tempo e eu me senti traído.
Ele apareceu no quarto completando o que estávamos conversando, Sara levantou-se e disse:
Sara:
— Vamos fazer uma fogueira, encontro você daqui a pouco! — disse ela caminhando em direção à porta e mudsndo de assunto
Antes de sair, ela parou por um instante e falou:
Sara:
— Não se preocupe, depois eu te conto o que disse para a sua família. — E ela saiu
Conri se aproximou, o seu cheiro alastrou-se por todo o quarto insitando os meus sentidos recém descobertos:
— Conri, preciso voltar para a minha casa.
Eu disse me levantando e caminhando em direção à porta:
Conri:
— Espera, Mia. Deixe-me lhe mostrar uma coisa antes. — ele disse parecendo misterioso
— Feche a porta. — Ele pediu
Quando ele se aproximou, comigo em pé a frente da porta fechada, me lembrei do nosso beijo quase instantâneamente. As suas mais tocaram o meu rosto e ele me olhos profundamente, provocando sensações nunca experimentadas por mim antes:
Conri:
— Está com medo? — Disse ele roçando aponta do seu nariz com o meu
A minha pele ardeu, os braços arrepiaram-se, as minhas longitudes estavam se afogando num prazer estranho e por mais que o meu racional pedisse para me afastar... Senti, de alguma forma, que Úlfa também queria isso:
— Não... — Respondi com o corpo tremendo
Conri havia tirado a jaqueta que estou usando e eu não percebi (as novas sensações estranhas e deliciosas prenderam a minha atenção), também já havia retirado a minha saia comprida sem nem mesmo eu relutar a isso. Quando ele me segurou no seu colo, com as pernas entrelaçadas na sua cintura ele perguntou:
Conri:
— Quer que eu pare? — Ele perguntou, me beijando em seguida
Suspirei... Ele estava completamente nu em cima de mim, fazendo o meu corpo sentir a sua tumicidade. Fiquei confusa, pois eu não sabia qual das vozes ouvir: a de Úlfa ou o meu racional. O meu corpo balançou na dúvida, quando não consegui responder Conri me provocou:
Conri:
— E se eu colocar a mão aqui...— Disse ele sentindo o meu clitóris e encostando a testa na minha
Isso provocou uma sensação que fez Conri suspirar de prazer ao sentir o cheiro:
Conri:
— Você liberou o seu Ehwa...
Disse ele colocando as minhas mãos atrás das suas costas, os meus dedos subiram para a sua Nuca. Conri afastou as minhas pernas rasgando a minha roupa última, quando ele começou a roçar a sua tumicidade nos meus pecados humanos...O meuu corpo tremeu de prazer e acabei o beijando:
Conri:
— Não vou perguntar outra vez... — Ele disse afoito e olhando-me
Acabei liberando um som desconhecido no ar para mim, isso fez Conri rosnar (achei tudo isso estranho, mas eu estava gostando bastante):
— Eu... não pedi que parece...
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Joelma Oliveira
ok. achei q ele era vampiro
2025-01-15
0
Joelma Oliveira
sara sabia!
2025-01-15
0
Rosaria TagoYokota
kkk coitada nao sabe que e loba e e lluna
2024-09-12
0