Geralmente, quando sinto algo fora do meu dia a dia costumeiro, relevo e tento me adaptar. Mas (por alguma razão) no momento em que este rapaz a minha frente entrou, me olhou como num filme de apocalipse zumbi e aposou-se da minha mesa, senti raiva. Então quando ficamos sozinhos no Coffee Wolf, o olhei parecendo estar sética e sem dizer nada comecei a tomar meu café da manhã, enquanto ele começa a falar:
- Prenda os cabelos.
Ele ordenou. Estranho, confuso e perigoso são as sençacoes que me tomam. Mas como na minha personalidade sou intolerante a ordens excêntricas, não tornei a olhar para ele. Para a sua surpresa, fiquei em silêncio, terminei as duas torradas e fiz um coque simples alto (os meus cabelos são longos e castanhos), obviamente ele pareceu ficar cheio de si e isso tudo ao invés de me causar medo, tremedeira ou suor frio... a raiva dentro de mim me toma a cada instante:
- Sem marca. Ótimo.
Suspirei parecendo calma e irrelevante, ele fez o mesmo e começou a me observar mais. Comecei a tomar meu café preto (xícara grande, brasileira) e ele disse outra vez:
- Como se chama?
Ele cruzou os braços e soltou o corpo no sofá, sua voz é sempre calma e calorosa num tom baixo. Não respondi. Isso pareceu não move-lo a nenhuma ação (em si levantar e cair fora). Escutei o som de suas botas batendo a baixo da mesa, ele havia afastado as suas pernas, senti um estranho odor se misturar com o vapor do meu café, isso fez algo nas minhas pernas dilatar outra vez(estranho e nada lógico). Terminei o café, sequei os lábios demoradamente, com o guardanapo, peguei um chiclete na minha bolsa e ele continuou esperando a minha resposta. Levantei o olhar e respondi (cruzando as mãos com os cotovelos apoiados na mesa):
- Descubra sozinho. Com licença.
Peguei o meu celular, me levantei e ao passar por ele escutei a sua nova ordem:
- Pare!
Susto. Soltei o meu cabelo, arrumei a postura de donzela e (por alguma razão desconhecida) o meu corpo em certas partes parecia indiferente aos meus comandos racionais. Escutei, no mesmo instante a isso, a respiração profunda dele:
- Mia,
Ele levantou-se, não tive coragem de olhar outra vez. Pensei em correr enquanto ele se movia lentamente atrás de mim (mas tudo que consegui foi dar mais alguns passos), na porta da cafeteria lembrei-me... que eu estou presa aqui. Toda a coragem que eu juntei ao olhar para ele e levantar-me daquela mesa, parecia ter-me abandonado:
— Fique parada está bem, será mais rápido do que imagina.
Quando senti o seu corpo colado atrás de mim, algo nele... fez-me relaxar. Ele não encostou a sua rigidez em mim, em vez disso ele virou-me calmamente e ajudou-me a olhar para ele segurando o meu queixo com delicadeza, a outra mão ele apoiou no meu pescoço:
- feche os olhos.
Ele não vai abusar de mim, se fosse já estaria fazendo isso. Ele parecia ter total controle de si mesmo, senti uma energia forte nele (parecia se desprender e entrar em sintonia com a minha). De repente, os meus olhos fecharam-se sozinhos:
- Porque está fazendo isso?
Foram sussurros, praticamente inaudíveis. Ele aproximou-se do meu pescoço, cheirou e o beijou. O meu corpo continua imóvel, ele riu entre lábios e disse:
- Porquê você é minha.
E ele me mordeu...
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Atualizado até capítulo 51
Comments
daddi
ela e uma marionete dele.? kkk
2025-01-07
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Joelma Oliveira
ok ok ok totalmente diferente de tudo q ja li. Ele a marcou assim do nada!
2025-01-14
0
Joelma Oliveira
dar bom dia nem pensar né!? posso dar na cara dele?
2025-01-14
0