Escutei uma vos me chamar (estava distante, como alguém que lhe chama do outro lado do campo), é uma mulher, parecia que estava tentando-me buscar ou talvez tentar um retrocesso de um momento, aparentemente, adormecido. Senti uma pequena pontada no meu pescoço (na região côncava; aguda e forte) que me fez acordar de repente assustando a garçonete que tentava-me acordar (Ela deu um pequeno pulo e pousou as mãos no peito demoradamente):
— Eu adormeci... na mesa?! — indaguei-lhe após continuar — que horas são?
Ela olhou-me, parecia que estava esperando mais uma ou duas frases minhas. Ao ver que do meu desentendido não sairá mais nada, ela falou:
Garçonete:
— São oito e meia, qual a forma de pagamento? — Disse-me ela num descontente dar de ombros
De fato parecia ser verdade, o café já estava enchendo com os caminhoneiros (primeiro grupo que ocupa este lugar) e mais garçons estavam a chegar (todos uniformizados com apenas aventais, touca e luvas):
—Crédito. Como isso aconteceu? — questionei a tentar conferir as horas, mais por algum motivo encontrei o meu celular na minha bolsa, nas minhas lembranças ele estava em repouso ao meu lado na mesa
No que lhe concerne, a garçonete nada disse. Apenas abaixou o olhar novamente, retirando (juntamente a isto) uma pequena máquina de cobrança do bolso do seu avental. Peguei o cartão de crédito que o meu pai deu-me (antes de vir para está cidade; Black com limite) de dentro da carteira, na minha bolsa e fiz o pagamento (25$):
Garçonete:
— Espere um momento por favor — Disse ela ao entregar o meu comprovante de pagamento — Vou buscar o seu café extra
Pela primeira vez nesta cidade (desde que cheguei), não me senti totalmente confortável. Algo estava diferente, olhei em volta e não vi nada, apenas os mesmos homens que entraram a pouco. Também não eram as toalhas de mesa (sempre vermelhas) e os guardanapos na minha mesa estavam com uma dobra diferente, mas não creio que seja isso.
Olhei para fora, pela grande janela da frente da cafeteria e tudo estava no lugar. Os carros passavam, as pessoas começavam a encher um pouco a rua e, no estacionamento do outro lado da rua a minha nova amizade esperava-me (fazia sinal das horas com o pulso e o seu dedo) estamos atrasadas meia hora:
Garçonete:
— Aqui está seu café para viagem Mia, tenha um bom dia! E volte sempre — Respondeu ela em cortezia
Um repentino espanto-me fez olhar novamente para a garçonete, ela não me olhou (pelo menos, não diretamente):
— Como sabe o meu nome? — Perguntei e ela finalmente olhou para mim — Oh então agora aprendeu a olhar para as pessoas? Eu fiz uma pergunta. ( o meu pescoço começa a coçar, isso me deixa ainda mais irritada)
A garçonete, olhou para mim e apontou (usando o indicador) para o meu crachá da Universidade (Mia Couto — História Local). Na mesa, encontrei apenas o meu café esperando para ser digerido:
— Desculpe, obrigada por hoje. Até amanhã!
Ela saiu sem nada dizer novamente, do lado de fora, respirei fundo antes de caminhar e tomei o primeiro gole de café. Primeiro senti a velha e doce sensação de bem-estar matinal, mas quando abri os olhos um pequeno e curto momento de lembrança (repentina e brusca) lembrou-me que algo me mordeu... Mas parecia ser uma realidade paralela à minha, nada a minha volta parecia fora do comum. Ha somente a sensação de estranheza.
Quando encontrei com Sara e entramos no carro, ela abordou-me:
Sara:
— Dormiu outra vez no relento? Está com uma cara péssima
Comecei a dirigir (cocei o pescoço outra vez):
— Sim, mas não é isso. - Olhos na estrada, Rua cheia de carros, vamos perder a primeira aula-
Sara:
— o seu pescoço está vermelho Mia — Ela debruçou-se e olhou rapidamente abaixando a gola da minha jaqueta - Devia passar uma pomada
(Semáforo)
— Não sei Sara, estou com uma sensação estranha.
A princípio ela pensou que pode ser alergia, mas eu sabia que não era isso (coceira, coceira, coceira) então continuei:
— Sinto que algo está fora do lugar, mas não sei o que é.
Ela riu (carro voltou a andar; eu estou dirigindo) e disse
Sara:
— Aposto que está coceira passa quando o Math vir te abraçar e te beijar hoje!
É mesmo… será que é isso que me deixa assim? (É o segundo ponto que me esqueci hoje além do meu celular; nada normal, eu nunca esqueço das coisas) Conheci Math na primeira aula de Mitos e Lendas, começamos a namorar a duas semanas. Sara ligou o rádio e adormeceu brevemente.
Quando chegamos, estacionei o carro na rua da Universidade, Math estava me esperando na minha vaga. Sara acordou quando ele abriu a porta, me levantou ao sair do carro e me beijou (típico de cena de filme, mas ele faz muito isso):
- Precisa parar de fazer isso, as pessoas olham demais! - Fiquei um pouco irritada
No chão outra vez, peguei a minha bolsa no banco de trás do carro da Sara e logo Math colocou as suas mãos na minha cintura (gosto disso, mas aquela sensação estranha não me larga. Logo este ato me incomoda):
Math:
— Desde quando os meus beijos irritam você bela? Se está assim é porque quer mais…
Sara:
— Não liga Math, ela está estranha hoje! - Então ela olhou para mim (com a bolsa nas costas e pasta nas mãos) e disse - Vou te esperar lá dentro, Bj!
Ela saiu, tentei fazê-la esperar enquanto Math me agarrava por trás, mas ela simplesmente deixou-me ali sem dizer mais nada (Que ótimo). Math tornou as minhas fugas impossíveis me colocando de costas no carro e beijando o meu pescoço (apoiei as minhas mãos no Seu peitoral para impedi -lo disfarçadamente)... Mas quando ele beijou o lado que estava coçando ( o seu perfume enjoou-me), eu o empurre e ele caiu a cinco passos de mim (uma força que até eu me assustei):
Math:
— Quer brincar de lutinha Mia?! — disse ele em tom provocativo (isso deixou-me ainda mais do avesso)
Peguei um tanto irritadiça a minha bolsa e comecei a caminhar, Math tentou me parar:
- Bela o que foi? Anda vem aqui comigo...
Mas ele puxou-me levemente pelo braço (terceiro fato estranho de hoje: sempre gostei dos beijos de Math, mas hoje eles enojam-me e não entendo o porque), quando ele tentou-me tocar outra vez, nós escutamos:
— Acho que precisamos ensinar a este rapaz,
Uma pausa. Math me soltou, afastei-me e observei quem falava: Alto, loiro e olhos (aparentemente) verdes... ele parecia ter saído de um filme Teen (por alguma razão me lembrei do Coffe Wolf). Então ele continuou:
— Bons modos.
Math luta Box, ele sempre afronta quem mexe com ele. Ele si virou com o peito estufado e disse:
Math:
— E o que te da o direito de sobre ela?
O rapaz loiro riu, deu dois passos a frente (só Então percebi que ele estava acompanhado com dois rapazes, senti que isso tudo estava se repetindo) olhou para Math parecendo um "serial killer" e disse:
— Tudo. Ela tem a minha marca.
E então eu me lembrei, lembrei do que aconteceu de manhã....
.................
Math
Gosta de Boxe, descontrolado, romântico e possessivo
Sara
Meiga, divertida, família rica. Gosta de filmes romântico e ‘sushi’
E esse é o nosso Alfa (os detalhes serão revelados no decorrer da história)
.........
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Joelma Oliveira
se os outros alfas são marrentos essa daí nem se fala!
2025-01-14
0
Mariana Velino
mano que homem cara
2024-09-16
1
Rosaria TagoYokota
comecando a enteder a historia
2024-09-12
0