Capítulo 6

As coisas com Dereck também estavam esquentando; ele terminou de abrir o zíper da calça de George e puxou devagar, enquanto o outro se ergueu um pouco, permitindo que ele tirasse sua calça. Era visível que o enfermeiro estava tenso, e Dereck, por um momento, se questionou se deveria parar.

— Você está bem com o que estou fazendo? Se eu estiver fazendo algo que não goste, me avise. — Dereck questionou para ter certeza de que estava tudo bem continuar.

— Eu estou bem, como eu disse, é minha primeira vez. Apenas estou preocupado de fazer alguma coisa errada — justificou, inventando algo.

— Apenas relaxe e deixe que eu faço o resto. — Dereck falou com um sorriso.

As mãos de Dereck começaram a subir pela coxa de George, fazendo carinho pela pele dele, até chegar em sua cueca, que o médico começou a puxar, assim como fez com a calça. Ele iniciou suas carícias devagar, para que o outro pudesse se acostumar com todo aquele contato, até colocar de vez sua mão na parte íntima de George.

Para o enfermeiro, aquilo ainda era um pouco estranho. Ele fechou os olhos e tentou se concentrar apenas nos movimentos que o médico fazia, pois, se ficasse com os olhos abertos, sentia que poderia não conseguir.

Alguns estímulos foram suficientes para que seu membro ficasse ereto, e logo ele percebeu que Dereck estava usando sua boca. Ele tentava não pensar muito naquilo, mas realmente estava sentindo prazer com o que o médico fazia. Dereck estava sendo gentil, mas sua gentileza não diminuía sua habilidade com as mãos e a boca; os movimentos eram precisos, e sua língua passava exatamente onde deveria. Circulando a glande com precisão, a língua de Dereck fez com que George deixasse escapar alguns gemidos involuntários.

Para Dereck, ouvir os gemidos de George o deixava satisfeito, indicando que ele estava mais relaxado e estava gostando de seu desempenho. Além de sua boca, Dereck usava sua mão em um movimento gostoso de vai e vem. O tesão de George aumentou, e logo o médico sentiu a mão dele em seu cabelo, indicando que estava gostando.

George estava quase gozando; Dereck tirou sua boca que envolvia o membro do outro e continuou com a mão. Ele não estava acostumado a deixar que gozassem em sua boca, então permitiu que George se liberasse em sua mão. O gemido rouco de George veio junto com seu clímax, e depois de explodir em prazer, ele abriu os olhos e encontrou o sorriso de Dereck, como se também tivesse acabado de gozar, assim como ele.

— Eu disse que iria cuidar bem de você. Acho que me saí bem. — Dereck falou, ainda sorrindo, e se levantou.

Ele ficou em pé entre as pernas de George e levou a mão ao cinto do roupão. Quando o enfermeiro viu aquilo, imaginou que Dereck quisesse que ele fizesse o mesmo, ou que iria tentar partir para a penetração. Nesse momento, ele ficou em pânico e sabia que aquilo era seu limite.

— Dereck. — Interrompeu o que ele fazia com o roupão. — Isso foi muito bom, e eu me senti bem, mas acho que não estou pronto para o que vem depois disso. Sinto que não vou conseguir continuar. Me desculpe.

George viu a expressão no rosto de Dereck se desfazer. Ele o afastou e começou a pegar suas roupas, vestindo-as apressadamente.

— Tudo bem, eu entendo que esse é um passo importante para quem nunca fez isso, ou talvez ainda esteja indeciso. Pode se vestir com calma, não vou obrigar você a fazer o que não se sente confortável. Vou te esperar na sala.

Era nítido que Dereck estava decepcionado e chateado, mas para George, o que importava era pegar suas coisas e sair dali o mais rápido possível. Aproveitou que o médico saiu do quarto, pegou suas coisas, colocou no bolso e finalizou a gravação, guardando também o celular.

Quando ele saiu do quarto, Dereck estava sentado no sofá, segurando uma taça de vinho e acariciando seu gato com a outra mão. George queria parecer realmente confuso ou inseguro e, antes de sair, ainda se desculpou mais uma vez.

— Sinto muito mesmo, Dereck. Você deve estar desapontado com o que aconteceu. — Tentou parecer lamentável.

— Já disse que não precisa se preocupar, isso pode acontecer. Se é a sua primeira vez, pode haver uma certa insegurança. Começamos pulando algumas etapas que, para alguém sem experiência como você, podem ser importantes.

Dereck queria mesmo ter ido até o fim com ele, mas também sabia que respeitar o limite do outro era importante. Se ele queria tentar algo mais do que uma noite com George, teria que ir com calma e fazer com que o outro confiasse nele e na relação que ele queria.

— Quanto ao que aconteceu aqui…

— Não vou dizer nada a ninguém, George — interrompeu, imaginando o que o outro iria dizer — Não saio contando minha intimidade por aí. Até porque sei que algumas pessoas no hospital não se sentem confortáveis trabalhando com um homossexual.

Era com isso que George estava contando, com as pessoas que não gostavam daquele tipo de contato no trabalho.

— Eu vou embora, acho que já tomei muito do seu tempo. Amanhã nos vemos no hospital. — Falou George e foi em direção à porta.

Dereck estava prestes a se levantar e ir se despedir, ao menos com um beijo, mas não teve tempo de nem mesmo se mover direito.

— Será que o assustei, Teddy? — Perguntou para seu gato.

Ele deixou o gato no sofá e foi para perto da janela. Dali, conseguia ver as luzes na noite de Chicago, pensando se em algum lugar daquela cidade poderia ter alguém que fosse compatível com ele, que estivesse disposto a entender as dificuldades de sua profissão, que o recebesse com um sorriso, mesmo que chegasse muito tarde das várias horas de plantão.

— Acho que seremos apenas nós dois por um bom tempo, Teddy. Ao menos você sempre me recebe com seu carinho — falou mais uma vez com seu gato, que se aproximou dele esfregando-se em sua perna.

Dereck brincou um pouco com seu gato e depois foi se preparar para dormir. Seu plantão seria de manhã no dia seguinte, e precisava estar descansado, ou isso poderia prejudicá-lo de alguma forma no trabalho.

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