Capítulo 4

As provocações de George persistiam, instigando Dereck a continuar bebendo na esperança de que aquilo se tornasse mais fácil para ele. No entanto, Dereck, consciente de seus limites com a bebida, recusou-se a seguir o colega.

— George, vou parar por aqui. Acho melhor não continuar; ainda preciso estar ciente das minhas ações.

Diante dessa resposta, George teve que concordar, mesmo que não estivesse satisfeito com a decisão de Dereck.

— Se quiser, posso te acompanhar até em casa para garantir que você chegue bem e em segurança. Quem sabe, podemos continuar nos divertindo por lá — sugeriu George, alimentando a esperança de obter algo mais.

Para Dereck, ficava evidente que George almejava algo a mais. Por alguns segundos, ponderou recusar, mas permitiu-se seguir o desejo que sentia naquele momento.

— Acho que posso deixar você me acompanhar até em casa. Como você disse, ainda podemos nos divertir.

A resposta de Dereck agradou a George, pois era exatamente o que ele queria ouvir. No entanto, ambos tinham objetivos distintos: enquanto Dereck buscava se permitir mais e se abrir para outro relacionamento, George apenas desejava provar que estava certo e vencer a aposta.

— Vou pagar a conta e nós vamos — afirmou George, levantando-se.

— Vamos dividir, não há necessidade de pagar sozinho — argumentou Dereck, tentando dividir as despesas.

— Não precisa, eu pago desta vez. Na próxima, eu te deixo pagar — respondeu, sorrindo de lado.

Com essa resposta, George esperava que Dereck interpretasse que ele queria manter o contato e que não era apenas uma noite casual. George pagou a conta, e os dois saíram em busca de um táxi. Ele sabia que alguns taxistas costumavam ficar por ali, então não foi difícil encontrar um disponível. Dereck forneceu o endereço, e a corrida teve início.

Sentados no banco traseiro, George fez questão de se aproximar, permitindo que suas pernas se tocassem ocasionalmente, provocando olhares de Dereck.

Os dois trocaram poucas palavras durante o trajeto até o apartamento de Dereck, concentrando-se mais em olhares e contatos físicos discretos. Assim que entraram, George observou o ambiente e iniciou um assunto.

— Apartamento bonito. Você mora com mais alguém? — Ele queria garantir que não seriam interrompidos.

— Moro sozinho. De certa forma, me acostumei a chegar em casa e encontrar tudo como deixei. O único que me faz companhia é o Teddy, meu gato de estimação.

George respondeu com um leve sorriso. A confirmação de que estavam sozinhos e sem possibilidade de interrupções agradou o enfermeiro. Quanto à parte do gato, ele não demonstrou muito interesse, já que não gostava desses animais.

— Você quer uma cerveja? — perguntou Dereck.

— Sim, aceito.

Dereck dirigiu-se à cozinha para buscar a cerveja. Quando voltou, George decidiu abordá-lo diretamente, encaminhando-se para o propósito que o levou ali. Ele pegou a cerveja da mão de Dereck, assegurando que seus dedos se encontrassem, arrancando um sorriso do médico e destacando suas covinhas.

— Preciso perguntar uma coisa, doutor. Não quero fazer nada que possa te ofender.

— Não estamos no hospital, me chame de Dereck apenas. O que quer me perguntar?

— Você é gay? — perguntou George, percebendo a mudança no semblante de Dereck.

— Por que está me perguntando isso do nada? — Ele ficou um pouco receoso.

— Desculpe se fui direto demais, só que já tem um tempo que desejo muito beijar você. Posso estar entendendo alguma coisa errada, mas já notei como me olha algumas vezes no hospital, por isso achei que estivéssemos na mesma sintonia.

George optou pela estratégia da iniciativa, fazendo com que Dereck, ao perceber seu interesse, não recusasse o contato. Dereck se aproximou um pouco mais, enquanto George ainda estava em pé, e respondeu à pergunta.

— Você não entendeu errado.

Dereck respondeu e iniciou um beijo com George, que correspondeu da melhor forma possível, já que nunca havia beijado um homem antes. O beijo se intensificou, e Dereck pegou a cerveja da mão de George, colocando-a na mesinha da sala.

O médico segurou a mão de George e o conduziu em direção ao quarto, enquanto o enfermeiro se perguntava se conseguiria seguir adiante. George não sentia atração por homens; ele queria realizar aquilo apenas pelo dinheiro e para expor Dereck. Quando concebeu esse plano, não imaginava que seria tão desafiador quanto estava se revelando.

Enquanto se dirigiam para o quarto, George ligou discretamente a câmera do seu celular, começando a gravar até que chegassem ao quarto. Ele guardou o celular no bolso, assegurando-se de deixar a câmera fora do bolso para capturar o máximo possível.

Dereck o beijou mais uma vez e, em seguida, pediu que George ficasse à vontade, indicando que precisava de um banho primeiro. Nesse momento, George viu sua oportunidade e agiu. Observou a mesinha de cabeceira, retirou a carteira e alguns objetos do bolso, colocando-os junto com o celular de uma maneira que parecesse casual, sem chamar a atenção.

Ele verificou se o ângulo estava correto e, em seguida, sentou-se na cama, retirou a camisa e tentou relaxar. Pouco tempo depois, Dereck voltou de roupão de banho e, ao notar George sentado, aproximou-se, ficando entre suas pernas.

— Você costuma ficar com homens? — perguntou Dereck, passando a mão no peitoral de George.

— Para dizer a verdade, você é o primeiro. — George respondeu, segurando a mão de Dereck. — Então, tenha paciência com essa pessoa inexperiente aqui. Quero que saiba que estou feliz que seja você. — Beijou a mão do médico em seguida, fazendo cena.

Dereck achou que de certa forma estava sendo bastante fofo e não suspeitou de nada.

— Prometo que vou cuidar bem de você.

Dereck afirmou e se inclinou novamente, beijando George mais uma vez e, em seguida, ajoelhou-se entre suas pernas. Se George estava nervoso por ser a sua primeira vez com outro homem, Dereck tentaria deixá-lo confortável, permitindo que ele se soltasse ainda mais.

As mãos de Dereck percorreram o corpo de George até chegar ao botão de sua calça. Ele começou a fazer o gesto lentamente, mantendo o contato visual com seu colega, o que impediu George de olhar para o celular e expor que todo ato estava sendo gravado. George estava ciente do que Dereck estava prestes a fazer. Embora não soubesse se conseguiria levar a situação até o fim, pelo menos algumas cenas ele conseguiria capturar.

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Comments

Clesiane Paulino

Clesiane Paulino

infeliz ,escroto ,espero que vc George se apaixone por Derek e sofra muito😡😡😡

2024-11-17

2

Joselia Freitas

Joselia Freitas

Idiota tomara que o celular descarega a bateria 🔋

2025-02-25

0

Sueli Parajara Bento

Sueli Parajara Bento

nojento

2025-03-18

0

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Atualizado até capítulo 75

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