Faísca: O Fogo De Uma Paixão
Antes de começarmos, vamos para um pequeno aviso. A obra será postada de segunda a sexta, dois capítulos por dia, assim deixando avisado, podemos evitar cobranças desnecessárias. Lembre-se que podem acontecer imprevistos na vida de um autor, espero que gostem curtam a obra e apoiem. Obrigada!
Chicago - Illinois
O fogo se alastrava rapidamente pelo ambiente, o calor já havia se tornado insuportável, e a fumaça tomou conta do local. Os bombeiros de River North tentavam controlar desesperadamente as chamas, enquanto o tenente verificava se não havia mais ninguém para trás.
— Tenente, saia daí agora. Existe um cilindro de gás no local, isso é uma ordem. — falou o segundo no comando pelo rádio.
— Só falta uma sala, e vou descer. — Ele respondeu ofegante.
— Droga, Calvin, você não escuta! Está se colocando em perigo, e também aos seus companheiros.
O tenente, ignorando as advertências, adentrou a última sala, onde as chamas dançavam furiosamente. Para sua surpresa, uma criança desacordada jazia no chão. Ele correu até ela, colocando rapidamente a máscara reserva. Levantou a criança e começou a se apressar para sair dali. Como alertado, ele já tinha conhecimento sobre o cilindro e sabia que uma explosão era iminente.
Enquanto atravessava um corredor, foi atingido e, para proteger a criança de possíveis danos, a envolveu com o próprio corpo, resultando em um corte no local do impacto.
— Tem uma criança desacordada, preciso que os paramédicos estejam prontos — gritou pelo rádio enquanto abria caminho.
— A ambulância ainda não chegou, tenente. Fomos informados de um grave acidente no centro, o que gerou um grande engarrafamento.
Eddie, o segundo no comando, lutava para manter a ordem do lado de fora, garantindo que o fogo fosse controlado e afastando os curiosos.
— Frank, o tenente estava perto de você? — perguntou Eddie, parando um dos bombeiros que passava.
— Sim, ele estava logo atrás de mim. Ele me pediu para trazer o cachorro e voltou para continuar observando. Você o conhece, sabe o quanto ele é teimoso.
Eddie assentiu com um suspiro. Calvin sempre foi assim, guiado por uma determinação que muitas vezes desafiava o senso comum. Ele olhou para as chamas, preocupado com o colega que enfrentava os perigos dentro do edifício em chamas.
— Vamos manter a área livre. A ambulância não pode demorar muito mais. — Eddie ordenou aos bombeiros ao seu redor, enquanto mantinha os olhos fixos no inferno que ainda rugia no interior do prédio.
Assim que Eddie deu a ordem, uma explosão abalou um dos andares superiores, capturando a atenção de Eddie, Frank e dos demais recrutas.
— Calvin, está me ouvindo? Em qual andar você está? Calvin. Merda! — Eddie xingou, frustrado por não obter resposta, e voltou a dar ordens.
Minutos após a explosão, Eddie ouviu a comoção dos membros da corporação e correu na direção do tumulto.
Ao se aproximar, testemunhou Calvin emergindo do caos, segurando uma criança nos braços. Eddie instruiu que todos se afastassem e, com cuidado, Calvin colocou a criança no chão.
— Vamos, respira — falou Calvin, iniciando manobras de ressuscitação cardiopulmonar na garota.
Calvin alternava entre a massagem cardíaca e a respiração boca a boca, tentando bloquear o som do choro de uma mulher que começava a se aproximar, provavelmente a mãe da criança. Ele focava no ruído da sirene, indicando que a ambulância estava se aproximando, enquanto continuava os procedimentos, mesmo com o braço sangrando.
Eddie, conhecendo bem o colega, não disse nada, apenas se afastou para auxiliar na contenção do fogo. Calvin sussurrava palavras tranquilizadoras para a criança, incitando-a a respirar, e expressou alívio quando ela começou a tossir.
A ambulância finalmente chegou, e os paramédicos assumiram o atendimento. Calvin, exaurido, sentou-se no chão, tentando controlar sua própria respiração. Observou a mulher que chorava, confirmando ser a mãe da menina. A cena trouxe à tona memórias de seu próprio passado, mas foi tirado de seus pensamentos quando Frank se aproximou.
— Você está bem? Deixou todo mundo preocupado aqui. — Frank estendeu a mão para Calvin.
Calvin olhou para Frank, deu um leve sorriso e aceitou a ajuda, segurando na mão que ele estendeu.
— Eu estou bem. Se eu não tivesse voltado, essa menina não teria nenhuma chance. Você também ficou preocupado? — Calvin perguntou, com uma expressão mais relaxada.
Frank o encarou por alguns segundos antes de responder.
— Impossível não me preocupar com você.
A troca de olhares carregava mais do que palavras podiam expressar. Calvin não conseguiu conter o sorriso, mas teve que desfazê-lo quando Eddie se aproximou. Frank, percebendo a mudança de clima, afastou-se, dando espaço para os dois. Eddie encarou Calvin, observando o braço ainda sangrando, e repreendeu-o.
— Por que você nunca escuta? Tem noção do que poderia ter acontecido se estivesse naquele andar? Você deveria dar o exemplo, Calvin.
— Mandei todos saírem, não arrisquei a vida de ninguém além da minha. Eddie, nós sabemos dos riscos que essa profissão envolve. Eu segui meus instintos, e mais uma vez, estava certo. Se quer discutir minha decisão, vamos fazer isso no quartel, não aqui. Ainda temos muito a fazer.
Mesmo a contragosto, Eddie engoliu suas queixas e mudou de assunto.
— E quanto ao seu braço? — Eddie apontou para o ferimento de Calvin.
— Vamos terminar aqui, depois eu vejo isso. Estou bem. — Calvin afirmou, afastando-se para verificar a situação.
Eddie observou Calvin se afastando, a raiva aumentando. Ele questionava a liderança de Calvin, achando-o impulsivo demais e resistente às suas ordens. No entanto, todos pareciam admirá-lo e vê-lo como exemplo, apesar de ser tão novo, mas já era tenente.
Decidindo não perder mais tempo remoendo sua frustração, Eddie voltou ao trabalho. Afinal, ficar irritado apenas daria a Calvin mais chances de se destacar. Após algum tempo, conseguiram controlar o fogo, todos exaustos. Frank, no entanto, chamou a atenção para a situação do braço de Calvin.
— Agora que tudo está terminado por aqui, deveríamos ir ao hospital olhar esse braço — aconselhou, ouvindo todos concordarem.
— Tenho certeza de que se eu não for, vocês não vão me deixar em paz, então eu vou para o hospital. Eddie, você vai com uma turma no segundo caminhão, e eu vou com os outros para o hospital; alguns aqui também precisam de atendimento.
A ordem foi dada, e eles se dividiram. Frank acabou ficando com Eddie, já que ele não estava com nenhum machucado. Os dois ainda trocaram olhares antes de entrarem no caminhão. O veículo em que Calvin estava seguiu diretamente para o hospital, e durante o percurso, ele imaginou que, quando voltasse, Frank já teria ido embora.
O hospital Loretto estava uma loucura quando chegaram; houve um acidente grave em uma avenida movimentada, e vários feridos chegavam, atrasando ainda mais o atendimento deles. Após algum tempo de espera, todos foram atendidos. Ao caminharem para a saída, a porta se abriu, e enfermeiros entraram empurrando uma maca. Em cima do paciente estava um médico que fazia massagem enquanto a maca era empurrada.
Ver aquela cena fez Calvin se lembrar da garota que salvou, mas também o fez recordar seu pai, pois a situação era praticamente a mesma. Ao olhar para o médico concentrado, sentia que ambos compartilhavam o mesmo desejo: não perder nenhuma vida durante o trabalho árduo que desempenhavam.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Clesiane Paulino
começando agora em 16/11/24 🥰 olha eu aqui de novo☺️
2024-11-17
0
Maria Pinheiro
E vamos ler mais um. 😍
2024-10-20
0
umafujoshi__maluca por yaoi
q a história comece /Proud/
2024-10-20
1