O dia passa tranquilo. Depois do almoço, vou para o meu escritório. Algo que ela me disse me deixou perturbado. Preciso descobrir o que aconteceu com ela durante a sua estadia no orfanato.
Pego meu telefone e disco o número de Ryan, meu confiável investigador particular. Ele já tinha feito um trabalho anterior de pesquisa sobre a vida dela, então ele tem todos os detalhes necessários, incluindo o endereço do orfanato onde ela cresceu. Respiro fundo e, com um tom sério, peço a ele para descobrir tudo o que puder sobre o passado dela naquele lugar.
Eu sei que ele é o melhor no que faz, mas desta vez, eu preciso de mais. Eu preciso de respostas definitivas. Então, digo a ele para não se preocupar com os meios. Se for necessário oferecer dinheiro para as freiras, que assim seja. Afinal, o que está em jogo aqui é muito mais do que dinheiro.
É sobre entender o que aconteceu com ela, desvendar os segredos que ela carrega consigo. Eu preciso saber a verdade por trás da história dela, e estou disposto a fazer o que for preciso para descobrir.
Meu celular toca assim que eu desligo a ligação do Ryan, e quando eu atendo é o meu pai de novo.
Oi, pai.
Eu e sua mãe vamos viajar para Orlando com urgência. Quando eu voltar, quero você aqui com minha nora, entendeu?
Por que com urgência?
Modo de falar. Não precisa ficar preocupado. Fica na paz, meu filho. Logo nos veremos."
Ele desliga o celular, e eu o coloco em cima da mesa. Começo a mexer no computador até receber uma mensagem anônima no meu e-mail.
"Como tem coragem de arrumar outra mulher? Não tem medo de perder essa também?"
"Filho da puta desgraçado, se você chegar perto da Virgínia, eu acabo com a sua vida, seu merda, e nessa você não vai tocar. Se souber que ao menos olhou para ela, vou furar e arrancar seus olhos com os meus dedos."
"Gostei dela. Nosso encontro no hotel foi incrível. Nisso, você acertou. Gostei do jeito delicado e hostil dela, protegeu bem o seu filho. Virgínia Felix será minha próxima aquisição. Mas não se preocupe, não a matarei. Usarei ela e mandarei as filmagens para você ver todos os dias como se come uma mulher de verdade."
Dou um soco tão grande na tela do computador, como se estivesse socando a cara dele. Não sei o que vou me tornar se pegar esse cara, mas tenho certeza de que me transformarei no próprio demônio quando ele estiver em minhas mãos.
Pego meu celular e ligo para meus homens, ordeno mudar a tática. Não quero mais que matem os capangas do Johnson; quero todos vivos na minha caverna para extrair mais informações desse desgraçado através de seus homens.
Eles confirmam, prometendo me ligar sempre que capturarem alguém. Alguém bate na porta, e sem paciência, mando a pessoa embora, pedindo para não me encher o saco, pois esse cara fez eu perder toda minha paciência hoje.
— Alessandro, sou eu, só estou aqui para avisar que o jantar está na mesa, desculpe por incomodá-lo.
Droga, ser ignorante com ela só vai me fazer perder pontos. Levanto-me e, ao abrir a porta, percebo que ela não está mais ali. Saio e a vejo subindo as escadas em direção ao quarto.
— Virgínia, desculpa, eu estou...
— Não precisa se explicar. Já vou descer com o Nando.
Ela se vira de costas e sobe as escadas, e eu dou um murro na parede com raiva de mim mesmo. Como eu poderia imaginar que era ela batendo na porta? Estava cego de ódio, e agora vou fazer com que ela odeie minhas atitudes.
Vou para a mesa e espero pelos dois. Ela chega em silêncio e permanece assim, o que me incomoda. Quando era a Tânia, que sempre queria conversar, eu evitava muito papo. Agora, com ela, quero conversar, mas parece que é ela quem não quer.
— Virgínia, me desculpa. Não deveria ter gritado contigo.
— Está tudo bem. Eu sei que você estava nervoso com alguma coisa. Lá no orfanato, quando a freira gritava conosco, ficávamos quietos, pois ela queria silêncio. Acho que aprendi isso com ela. — Ela sorri sem jeito enquanto arruma o prato do Nando à sua frente para ele comer.
— Aqui não é assim. Não quero que você se sinta oprimida ou com medo de nada. Fui um idiota, prometo não fazer de novo.
Ela sorri novamente e entrega meu prato. Quando ela fez isso que eu nem vi? Pego, encostando meus dedos nos dela, e ela sorri sem jeito, abaixando a cabeça. O silêncio do jantar é interrompido pela ligação do meu soldado, informando que pegou um dos capangas do Johnson, e eu até sorrio com isso.
— Virgínia, vou precisar sair. A casa é bem protegida, mas quero te mostrar onde fica o quarto do Pânico. Se ouvir algo estranho, pega o Nando e vai para lá.
Ela pergunta curiosa, e eu a levo até o fundo da casa. Digito a senha e abro para ela ver.
— A senha é a data de aniversário do Nando, 02/10/20. Entra e trava a porta por dentro. Mesmo que invadam a casa e coloquem a senha correta, a porta só abrirá se você destravar por dentro. — Eles entram, e ela olha ao redor.
— Por que tem esse quarto do Pânico aqui? Quando vim com o Nando, queria saber o que é essa porta. Agora que descobri, estou intrigada. Por que ele existe?
— É necessário por causa da minha vida. Mas não se preocupe, você estará segura o tempo todo. Tanto você quanto o Nando não vão correr nenhum risco. É só seguir o que eu mando, e ficaremos todos bem.
— Me conta a verdade, senhor Medina. O que você faz e por que juntou tantos inimigos assim? Mataram a sua esposa, e estão tentando matar o seu filho. Você é gangster ou matador de aluguel?
Seus olhos temem a minha resposta, e não quero falar para ela agora o que eu faço. Ela vai sair correndo. Mas também não quero mais mentir para ela. Não sei o que fazer. Conto ou não conto? Eis a questão.
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Imaculada Nova Messias
há nojento covarde imundo doente você vai ver como si come seu cool quando o alessandro Medina colocar as mãos em você seu imundo estrume de merda 👿🤢😤
2025-02-17
3
Andréa Debossan
conta logo se mentir depois ela vai ficar brava quando descobrir e derrepente não vai querer te perdoar a vdd por mais que doa sempre é melhor do que a mentira
2025-04-01
0
adelice miranda de aguiar
seja sincero Alessandro, ela tem o direito de saber
2025-03-14
0