Nininha
Quando os raios de sol inundaram o quarto, meus olhos se abriram lentamente, levando algum tempo para se acostumarem à luz novamente. Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios.
Ainda sorrindo, levei meus dedos até a boca, relembrando o primeiro beijo com Enrico ontem, um momento único e especial que jamais esquecerei. Suspirei antes de me levantar e sentar na cama.
Entretanto, antes que eu pudesse reagir, irrompeu no quarto o vendaval chamado Carol. Ela se jogou na cama tão rapidamente que acabamos as duas no chão. Deitadas no meio da bagunça, trocamos olhares e caímos na gargalhada.
Carol se virou para mim, arrumou uma mecha do meu cabelo e perguntou:
— Dormiu bem?
O sorriso retornou aos meus lábios com suas palavras, mas sua expressão ficou intrigada ao continuar:
— Ah, meu Deus! Não me diga que você e meu irmão...
Surpresa, me levantei e sentei com as pernas cruzadas, respondendo:
— Não. Apenas nos beijamos.
Carol olhou para mim surpresa, levantou-se rapidamente e começou a pular, sorrindo enquanto dizia:
— Eu sabia, sabia. Enfim, cunhadas!
Tentei acalmá-la:
— Carol, por favor, fique quieta. E se seu irmão aparecer aqui?
Ela me olhou sorrindo e respondeu:
— Se ele aparecer, vocês se beijam!
Balancei a cabeça e caí novamente no meio da bagunça de lençóis no chão, rapidamente seguida por Carol. Olhando para o teto, ela perguntou:
— E como foi seu primeiro beijo? Você gostou?
Fiquei em silêncio por um momento, processando a pergunta, antes de olhar para o teto e responder:
— Foi estranho no começo... mas depois foi bom.
Carol perguntou rapidamente:
— Meu irmão foi gentil?
Levantei-me, Carol fez o mesmo, e respondi:
— Sim, foi muito gentil comigo.
Ela me olhou intrigada e questionou:
— Você parece estar refletindo muito, Nininha. Tem algo errado?
Olhei para Carol, preparando-me para compartilhar minha verdade:
— Sabe, Carol, quando você me contou sobre as ex-namoradas dele, pensei que ele só quisesse se divertir comigo, como fez com elas.
Carol ficou séria e disse:
— Não, Nininha, o Enrico não é assim. Ele pode ser um ogro às vezes, mas não desse jeito.
Suspirei, passei a mão no cabelo e disse:
— Agora eu sei, Carol. Mas nossas visões de mundo são diferentes.
Ela franziu a testa e disse:
— Justamente por isso. Vocês juntos podem ser uma combinação perfeita, um equilíbrio necessário.
Com um sorriso, comentei:
— Pode ser. Mas vamos com calma, sem precipitações.
Carol me, estendeu a mão e falou:
— Concordo. Mas agora, vamos começar nosso dia.
E assim, seguimos com nossa rotina matinal para dar início a este sábado ensolarado e descobrir as surpresas que ele nos reserva. Após nossa rotina matinal, Carol e eu descemos as escadas, trocando animadas conversas.
Ao chegarmos à mesa do café da manhã, para minha surpresa, Enrico, que eu esperava encontrar, não estava presente. Carol prontamente indagou a uma das funcionárias sobre o paradeiro do irmão.
— Onde está meu irmão, Lúcia?
A mulher, de estatura mediana e aparentando ter por volta dos 50 anos, respondeu:
— Ele foi resolver algo com os funcionários aqui mesmo na fazenda, senhorita. Mas ele disse para vocês duas tomarem o café sem se preocupar.
Carol deu de ombros e então nos sentamos. Enquanto nos servíamos, eu comentei com ela:
— Será que está tudo bem?
Enquanto Carol cortava mais um pedaço do bolo e o devorava, ela me disse:
— Está sim, não se preocupe. O Enrico é assim mesmo, ele sempre acha que pode resolver tudo.
Concordei com ela e foi nesse momento que Enrico apareceu. Assim que nossos olhares se cruzaram, ficamos nos encarando por um tempo até ele sorrir e me cumprimentar:
— Bom dia, Nininha! Dormiu bem?
Um pouco tímida, lembrando do nosso beijo de ontem, respondi com certa dificuldade:
— Muito... quer dizer... Sim, dormi sim. E você?
Ele sorriu e se aproximou da mesa, me encarando:
— Nunca dormi tão bem.
Carol sorriu e cumprimentou Enrico:
— Bom dia, irmão. Eu também estou bem. E você?
Enrico se aproximou dela e bagunçou seu cabelo, sorrindo enquanto dizia:
— Bom dia, sua pentelha.
No momento em que Carol se preparava para rebater o irmão, seu telefone toca. Ela o pega imediatamente, nos olha e diz ao se levantar:
— Preciso atender, é da faculdade. Já volto.
Eu e Enrico concordamos com um aceno, e ela sai, nos deixando a sós. Enrico se senta à minha frente e pergunta:
— Está tudo bem?
Suspiro profundamente enquanto o encaro e respondo:
— Sim.
Ele me observa com um olhar especulativo e continua:
— Desculpe por não ter estado presente no café. Realmente precisei resolver algo com os funcionários, mas agora está tudo resolvido.
Eu o encaro e respondo rapidamente:
— Está tudo bem, eu entendo.
Ele me olha fixamente e sugere:
— Não quer saber sobre minha conversa com os funcionários?
Franzo o cenho enquanto o encaro, intrigada, e pergunto:
— Como assim?
Ele sorri e vai direto ao ponto:
— Eu pedi a um dos funcionários para chamar seus pais para virem almoçar aqui.
Fico completamente confusa diante dessa atitude de Enrico. Sendo direta, digo:
— Enrico, o que você está tentando me dizer? Apenas diga de uma vez, sem rodeios, ok?
Ele engole em seco, se levanta, passa a mão na barba e se vira para mim:
— Eu ia pedir na frente dos seus pais, mas acho que é melhor saber sua resposta primeiro. Nininha, você quer namorar comigo?
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Ester
tomara que não apareça nenhuma cobra Aiai tô te com medo por ela
2024-09-07
0
Ester
eu aceito
2024-09-07
0
Rosilene Santos
Se a nina não aceitar eu aceito🥰
2024-08-27
1