As palavras de Genaro ainda ecoavam em sua cabeça, especialmente sobre estar apaixonado; aquilo parecia tão improvável, mas não era impossível...
Ele terminou o banho e saiu do banheiro com uma toalha na cintura e outra secando os cabelos; entrou no closet e vestiu uma camisa social três quartos branca, calça preta e uma jaqueta preta também, arrumou os cabelos com as mãos, enquanto lembrava das palavras de Genaro:
"Você deve contar a mãe, ela tem o direito de chorar pelo filho..."
Respirou fundo e falou olhando para o espelho:
— Que seja!
Pegou o celular, a carteira, a chave da Ferrari e saiu sendo seguido por Harold.
Enquanto isso...
As meninas arrumavam a mesa, bastante empolgadas, o momento na cozinha com Dulce, foi uma verdadeira terapia, agora a macarronada estava pronta e elas esperavam mais alguém, para compartilhar um delicioso jantar; Guilhermo...
— Greta, o que acha usarmos esta toalha, combina com aquele jogo de pratos de porcelana...
Perguntou Sophie. Greta inclinou a cabeça para o lado, fazendo uma expressão de dúvida, então respondeu:
— É... é muito bonita...
Sorriu fraco a observando, Sophie terminou de arrumar a mesa e depois sugeriu a Dulce, que vinha com as taças:
— Ham, dona Dulce, a gente podia fazer brusquetas. O que acha?
— Isso mesmo Sophie! Ah que cabeça a minha. É uma excelente entrada.
— É sim.
Afirmou sorrindo, sob o olhar surpreso de Greta e o sorriso de Dulce, que pôs as taças na mesa; olhou para a moça e perguntou:
— Sabe fazer filha?
Sophie fez que sim com um leve sorriso, então Dulce estendeu o braço apontando para a cozinha e disse:
— Fica a vontade então meu bem!
Sophie assentiu animada e foi para a cozinha, enquanto Greta ergueu as sobrancelhas a acompanhando com o olhar, mas não disse nada, até que voltou o olhar para Dulce que a observava e perguntou-lhe com um sorriso sutil:
— Tudo bem querida?
Greta mexeu nos cabelos e respondeu:
— Sim, claro.
Respondeu com afirmando com a cabeça e um olhar altivo, por fim completou:
— Só estou surpresa com a Sophie, está se soltando. Vou ver se ela precisa de ajuda.
Falou seria, Dulce assentiu sem nada dizer, mas a entendeu bem. Fazia muito tempo em que Greta não parava em casa e vivenciava coisas simples, tão pouco tinha um momento de garotas; ela passa boa parte do tempo num escritório, onde a maioria são homens, isso quando não está em missão com outros homens... ate mesmo o treinamento é com homens.
Provavelmente ela estava se sentindo mais feminina agora e Sophie pode lembra-la disso; alem disso, era bom resgatar esse lado leve e doce em que ela viveu com os pais.
Bom ela foi para a cozinha; Sophie havia terminado de cortar os pães e estava colocando no forno, parecia bastante concentrada e certa do que estava fazendo; então Greta parou no batente da porta e ficou olhando por um tempo. No entanto, Sophie sentiu o perfume e olhar dela, então levantou a cabeça e perguntou:
— De qual você gosta mais Greta? Marguerita, pepperoni, ou...
— Você gosta dessas coisas né Sophie?
— Essas coisas? O que, cozinhar?
— Coisas de casa...você parece ser ligada nessas coisas,(tirou um fio de cabelo do rosto e continuou a falar:) decoração, cor de cortina, flores pela casa; arrumar mesa e cozinhar...
— É que na fazenda era só a mamãe e eu, e bom, eu tinha muito tempo para aprender diversas coisas. Era uma terapia pra mim. E também eu sempre gostei muito de cozinhar.
Greta saiu da porta e entrou na cozinha, pegou um cubo de tomate, pôs no molho e comeu; deu um sorriso aprovador e depois perguntou:
— Mas você não aproveitou a adolescência, as maravilhas de uma garota?
— Eu nunca fui muito de sair, mas saía as vezes. A minha mãe era muito protetora, eu a achava exagerada. Bom, um dia, eu saí e dei de cara com a maldade da qual ela tentou me proteger. Desde então, passei a amar ficar em casa…
— Sinto muito Sophie.
— Obrigada.
Sophie fez um gesto com a cabeça e esboçou um sorriso, enquanto Greta a olhava, enxergando nela a irmã que perdeu, respirou fundo para afastar as lembranças e depois falou:
— Olha Sophie, tenha certeza, que se um dia você voltar a encontrar tal maldade e eu estiver por perto, não vai sobrar balas nas minhas armas viu.
— rsrs...Nossa, eu tenho pena de quem se meter com você
— rsrs...Sério?
— Na verdade, não.
As duas deram risadas, então Greta comentou:
— Devia aprender a se defender Sophie!
Ela inclinou a cabeça para o lado pensando, mas antes que pudesse dar uma resposta, Dulce chegou na cozinha...
— Vamos meninas! A Macarronada esta pronta. Não queremos que ela esfrie né?!
Sophie tirou as torradas do forno e as arrumou umas numa tubua de madeira...
enquanto Dulce passou macarronada para uma travessa de Ágata, e seguiram para a sala.
Elas se apressaram para pôr atravessa com a macarronada, as outras torradas e os molhos. Dulce pôs a travessa no centro da mesa e colocou gentilmente uma folha de manjericão no meio, depois falou animada:
— Agora vou ligar, para ver onde o Guilherme está!
Ligou, porém, antes de completar a chamada, o telefone de Greta tocou, ela puxou-o do bolso e falou surpreso:
— É o Guilhermo!
— Atenda de uma vez!
Ordenou Dulce apressada, enquanto Sophie só as assistia com expectativas no olhar, e por uma razão que ela não sabia explicar, com o coração palpitando...
Greta atendeu com um sorriso, certa que ele estava de volta:
— Oi Guilhermo. Já chegou?
— Oi Greta desse agora. Estou aqui na garagem.
O sorriso dela diminuiu significativamente pelo tom de voz dele, mesmo assim o convidou:
— Tá aqui? Que bom! Sobe pra jantar com a gente! Fizemos ma...
— Não. Desce agora. Tenho uma coisa pra fazer e preciso de você.
— Ai não acredito! Você trouxe a Deyse pra mim?
— Por favor modere a sua empolgação. Não vá assustar a Sophie.
A interrompeu mais uma vez e exigiu demonstrando a irritação:
— Desce logo, ou vou ligar pra outra pessoa!
— Não tudo bem, já estou descendo.
Respondeu com menos empolgação e encerrou a ligação. Vestiu a jaqueta de couro caramelo que combinava com a calça jeans escuro e a bota também caramelo, arrumou os cabelos antes de olhar para Dulce e Sophie que a olhavam com uma interrogação; greta respirou frustrada por perder o jantar, mas ainda sorria. Por fim falou:
— Bom, não vai rolar jantar animado.Tenho que ir.
Falou com um certo lamento no olhar, mas Dulce protestou imediatamente:
— Por que não. Diga pra ele subir só um pouco.
— Não vai rolar Dulce. Guilhermo não está para brincadeira, mas está com algumas balas sobrando e zero paciência.
— O que houve?
— Bom, ele não vem e está claro que não é uma boa hora para perguntar.
— Aconteceu alguma coisa? Foi algo que eu fiz? Ele se zangou por eu mexer nos livros ou...
Perguntou Sophie ficando aflita, então Dulce que estava ao lado dela, pôs as mãos nos ombros dela, fazendo-a olhar-lhe; então a acalmou dizendo:
— Calma meu bem. Não tem nada a ver com você, tenho certeza. Ele só deve estar cansado e tende a ficar irritado. Se acalma tá?
— Isso mesmo Sophie, não tem nada a ver com você. São só assuntos de trabalho, e enquanto não os resolve, ele tende a ficar apreensivo ou irritado. Relaxa e aproveita o jantar.
Reforçou Greta. Então Sophie assentiu visivelmente desapontada, mas não era algo que ela pudesse controlar, e nem compreender; ela só sentia...
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Atualizado até capítulo 216
Comments
Elisabete Correia
eitaaaaa a sofhie já se apaixonou pelo Guilhermo e ele também por ela só que aínda não descobriram
2024-09-08
4
marciamattos mattos
a Sofia tb se apaixonou por ele
2024-05-13
2
Benedita Barboza
Sofhia também está apaixonada
2024-03-20
4