Porém, o que ele não sabia era que Sophie estava ao lado de Greta, lendo um livro e ao ouvir o nome dele, levantou rapidamente a cabeça, com o rosto iluminado.
Greta ergueu as sobrancelhas espantada com as perguntas, olhou para Sophie, que estava com os olhos arregalados a encarando, então respondeu:
— Sim Guilhermo, ela está bem. Toma as mamadeiras no horário certinho, e bom, chora querendo a mãe dela, mas não muito. Quando você volta?
— Que bom que ela está bem. E a mãe dela?
— A mãe está melhor, ela passou por vários exames e está aguardando os resultados lá na clínica. Mas você não me respondeu. Quando volta? Você está bem?
— Estou bem, voltando. Se Deus quiser, em algumas horas estarei aí.
— Ai que bom!
Comemorou Greta, porém Guilhermo ficou em Silêncio por alguns segundos, até que ele ouviu Greta o chamando...
— Oi Greta. É... fala pra Sophie ter paciência, logo ela vai estar com a mãe.
Greta afirmou e então Guilhermo encerrou a ligação. Saber que Sophie está bem e segura foi bom, mas ele que já estava preocupado com o estado emocional dela, agora mais ainda com a segurança; ele precisa garantir que Armany não a incomode. Mas como? O que fazer?
Essa era uma pergunta em sua mente. No entanto, ainda tinha algo o deixando tenso...
— Tudo bem Guilhermo?
Perguntou Sanderson, acabavam de chegar no aeroporto, na parte reservada para os voos particulares.
Guilhermo apenas soltou o ar franzindo a testa, mas não disse nada, ainda tinha uma missão difícil pela frente...olhou as urnas com os corpos, juntou os lábios numa linha reta, então entrou no avião com sentimentos confusos.
Harold veio logo atrás, ao passar por Sanderson, deu dois tapas de leve no ombro dele e ergueu ligeiramente as sobrancelhas, então o rapaz suspirou, tendo uma ideia do que estava acontecendo e por fim entrou, a porta se fechou e alguns minutos depois, o avião decolou,os levando de volta a Londres.
Enquanto isso...
Após o acidente com o porta retrato, Sophie foi para o escritório com Greta, o que foi bom pra ela, pois ela descobriu que havia uma parede inteira só de livros; isso a fez sorrir.
— Uau que maravilha!
— Gosta de ler Sophie?
— Sim muito! Na verdade, eu amo!
— Que bom! Eu também gosto.
Respondeu observando o quão encantada ela estava, passando as pontas dos dedos pelos livros, enquanto caminhava de uma extremidade à outra; então completou:
— Escolha um.
Sophie parou e olhou para ela surpresa e com um sorriso se formando, ao perguntar:
— Jura? Eu posso mesmo? O senhor Guilhermo não vai ficar bravo?
— Pode, claro que pode. E o Guilhermo não vai ficar bravo. Só procura manter na ordem que estão.
Sophie sorriu docemente para ela e fez que sim, e logo se apressou para procurar um livro.
Foi a primeira vez, que ela pode encontrar algo que a fazia relaxar e se sentir em casa.
Ela sorriu ainda mais e surpresa ao encontrar uma prateleira do gênero romance, alguns livros até já havia lido, em sua casa...Mas também tinha uma coleção que ela estava procurando fazia tempo ...
— Poxa! Ele tem a Mary Balogh! Eu estava atrás desses livros!
— É uma leitura um pouco picante não?
— Sim, mas é romântica e muito envolvente; tem a beleza da amizade e respeito entre os irmãos e as paixões são avassaladoras…
— É, isso é bem verdade! A Mary tem um jeito cativante mesmo!
— Sim...
Respondeu Sophie, então Greta balançou levemente a cabeça e depois perguntou:
— Você é muito romântica né? Bom isso tá na cara!
Sophie sorriu fraco e apenas fez um gesto com a cabeça, então Greta terminou a pergunta:
— O que eu queria saber, é se você já se aproximou?
O sorriso diminui bastante, ela pôs um marcador no lugar e foi em direção ao sofá para ler; Greta ainda esperava a resposta, Sophie abriu o livro e voltou a sorrir, depois respirou fundo e falou:
— Não. Nem sei se isso vai acontecer um dia Greta. Mas eu me sinto feliz ao encontrar histórias tão belas e perfeitas nos livros.
Greta queria fazer muitas perguntas, mas ao sentir a amargura na voz dela, a compreendeu facilmente, era evidente que algo ruim ou muito forte lhe deixou marcas, então sorriu e foi até ela e falou:
— Você não deve pensar assim Sophie. Você ainda é muito jovem. Com certeza existe um amor tão forte, intenso e poderoso pra você; um amor capaz de te surpreender, curar e mudar completamente as suas perspectivas, um amor tão belo ou até mais do que esses dos livros que você tanto ama. Só espera!
Sophie sorriu encantada e abriu a boca para responder, mas foi bem nessa hora, que Guilhermo ligou, Greta voltou para a mesa para atender, então Sophie olhou para o livro. Porém ele perguntou por ela de forma calorosa, o que deixou a Greta bastante espantada; bom, mentalmente ela disse a si mesma, enquanto falava com ele, que era só uma coincidência.
Já Sophie sentiu o coração disparar ao ouvir o nome dele, por isso ela levantou a cabeça com o rosto iluminado, não era algo que ela provocasse ou pudesse controlar, foi natural e voluntário. Ela se sentiu emocionada, ao perceber que ele estava preocupado com ela, e mais ainda por ouvir que ele estava voltando...
Após encerrar a ligação, Greta olhou para Sophie que estava ansiosa e disse:
— Bom, o Guilhermo está voltando e pediu pra te avisar, que logo você vai ver a sua mãe.
— Mesmo?! rsrsrs...
Sorriu com os olhos marejados e correu até Greta, e sem que ela esperasse a abraçou com alegria dizendo:
— Que bom! Muito obrigada Greta. Agradeça a ele por mim.
Greta estranhou, não está acostumada a demonstração de afeto assim, por ser durona e muito reservada, mas acabou mesmo sem jeito, retribuindo o abraço e disse:
— Você mesma poderá fazer isso assim que ele chegar.
Fez uma pausa e depois falou mais:
— Eu te entendo Sophie, você sente falta da sua mãe. Mãe é tudo, e não é fácil ficar bem sem ela.
Sophie se afastou do abraço e perguntou com cuidado:
— Perdeu a sua?
— Sim. Perdi todos que eu amava, mas também ganhei outros...O tio Genaro é como um pai pra mim.
— O senhor Genaro é o pai do senhor Guilhermo?
— rsrsrs...Sim.
— Por que ri?
— Por você chamar o Guilhermo de senhor, é engraçado...
Sophie riu e abaixou a cabeça, depois olhou de volta para Greta e falou:
— Não sei qual vai ser o meu destino por aqui, gostaria de verdade de voltar pra casa, mas se eu tiver que ficar com a mamãe, espero que possamos ser amigas. Eu divido ela com você. Sabe Greta, ela é muito carinhosa e gentil, ela é maravilhosa!
Greta nem soube o que responder, estava surpresa por Sophie estar falando tanto, mas também, muito emocionada por um gesto tão nobre e genuíno da parte dela. Ela segurou as lágrimas e respondeu:
— É muito gentil da sua parte, querer dividir a sua mãe comigo Sophie. Obrigada. E bom, faz muito tempo que eu tenho amigas, mas isso não me parece ruim!
Sophie balançou a cabeça em positivo e antes que pudesse dizer algo, Dulce apareceu batendo palmas...
— Que lindas! Fico feliz em ver as minhas meninas se dando bem. É isso aí.
— Para de graça Dulce!
Resmungou Greta, mas Dulce deu de ombros e falou a Sophie:
— Não disse Sophie, que apesar da cara feia ela era uma boa menina?!
— rsrsrs... Disse sim. A senhora estava certa.
— Eu sei das coisas!
Greta fez uma careta para Dulce e falou:
— Se sabe das coisas, podia aproveitar e fazer aquela macarronada italiana. Não é Sophie!
— Isso mesmo, eu apoio!
— Ora, vejam só, até se apoiam.
Elas olharam-se em cumplicidade e afirmaram juntas. Dulce pôs as mãos na cintura e disse:
— Pois bem, as duas vão me ajudar. Já pra cozinha mocinhas. Vamos preparar um delicioso jantar para Guilhermo!
Assim, as três foram para a cozinha. Sophie estava tão leve e Greta também, e isso deixou a Dulce bastante satisfeita, ela se apegou tão rápido a Sophie e tem um carinho muito grande pela Greta, mas ela usa uma armadura... e vê-lá assim foi bom demais.
Apesar da bagunça que as meninas fizeram, elas puderam compartilhar um momento muito agradável.
Ao anoitecer, Guilhermo finalmente chegou e foi direto para casa, queria e precisava muito ver o pai.
Ele entrou lentamente no quarto, e viu o pai sentado na cama, com óculos de leitura, e um livro no peito, estava a cochilar...
Porém, ele se aproximou de vagar, tirou o óculos do rosto do pai, o que o fez acordar.
Guilhermo sorriu e deu um beijo no rosto de Genaro...
— Ciao mio padre!( Olá meu pai!) Que bom te ver bem. Me deu um susto!
— Ciao mio figlio (filho). Eu me sinto bem. Pronto pra outra!
— Não brinca pai, não devia ter feito aquilo. O senhor podia ter morrido.
— Era o meu dever. O que não podia permitir nunca, era deixar algo ruim te acontecer, nunca iria me perdoar.
— Padre...(pai)
— Você foi tudo o que me restou. Não posso te perder, mas se tiver que ser, a minha vida pela sua.
Guilhermo não conteve as lágrimas e se lançou nos braços do pai, agora que passou, ele se permitiu chorar. No entanto, estava aliviado.
Depois de alguns minutos, Genaro o afastou e falou:
— Muito bem ragazzo! Agora me conte tudo sobre a moça!
Guilhermo inclinou a cabeça para o lado surpreso. Era da Sophie que ele estava falando?
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Atualizado até capítulo 216
Comments
Sueli Lima
Sabe eu espero que a Greta não seja mal e se torne amiga de Sofhe e se apaixone pelo amigo dele.
2024-10-30
3
Neuza Lucia
que capítulo emocionante lindo demais parabéns autora
2024-10-09
3
Elisabete Correia
a Greta e o Harold tem que se apaixonarem e a sofhie e o Guilhermo
2024-09-08
3