Alguns dias antes...
Guilhermo acordou todo dolorido, após adormecer numa pequena poltrona, num quarto do hospital particular da "família"; estava acompanhando Genaro. Este foi baleado e o estado dele era crítico, perdeu muito sangue e precisou passar por uma cirurgia para remoção da bala. Isso após a emboscada que sofreram a dois dias...
Na ocasião, Guilhermo estava no que era um verdadeiro cenário de guerra, ele e os soldados selecionados por Genaro, feriram e mataram muitos da Máfia rival, mas perderam muitos deles também.
Ao se dar conta de que o tal homem que procuravam não estava lá e que foram enganados, Guilhermo ficou furioso; mais ainda ao ver que estavam cercados . Se protegeram cada um, atrás da uma pilastra, de um galpão abandonado...
— Não me olhe assim Guilhermo..
Ele apenas olhou feio para o pai e pôs o dedo na boca, pedindo silêncio, saiu de trás da pilastra e atirou em mais um, mas logo vieram outros, Guilhermo e Genaro estavam encurralados, não tinham por onde sair.
Porém, nesse momento, ouviram um verdadeiro bombardeio vindo de fora. Harold, o chefe dos soldados de confiança de Guilhermo chegou para dar apoio. Eles haviam acabado de voltar da Alemanha, da missão que ele os designou.
Foi a mansão Castellini para prestar contas a chefe. No entanto, assim que soube do confronto, ouviu quando um infiltrado falava confiante ao telefone, que "aquele seria na verdade o fim de Guilhermo".
Harold não pensou duas vezes, derrubou o intruso com um único soco, pôs a arma nas bolas dele e falou perigosamente baixo:
— Onde está o Guilhermo? Seu traidor desgraçado!
— Eu não sei.
Respondeu e literalmente borrou as calças, Harold apertou o gatilho enquanto o outro deu um tiro, porém foi só para o assustar.
— Vamos tentar outra vez. E eu garanto que esta próxima bala vai sair e fazer o maior estrago...
O homem quase perdeu a voz, mas conseguiu falar; eles o amarraram e trancaram no quarto do castigo, em seguida foram ao encontro de Guilhermo...
Então Harold e seus homens, invadiram a área e mataram todos, para o alívio de Guilhermo. Porém, um último, enviado por Harry, estava atrás de Guilhermo apontou para ele, disparou, mas Genaro viu e o empurrou, levando assim o tiro no lugar dele. Guilhermo se virou assustado e ao ver o pai no chão, sentiu um misto de raiva e desespero, ele descarregou a arma no sujeito, o matando...
Depois largou a arma e se agachou ao lado do pai, ainda consciente e que se esforçava para falar.
— Desculpa filho, eu fui irracional, me deixei enganar e nos coloquei em perigo...
— Se acalma pai.
Pôs a mão no ferimento no peito, na tentativa de estancar o sangue. E continuou:
— Só importa sua saúde agora, se velho teimoso. Respira e fica acordado, conversa comigo pai, nós vamos te levar ao hospital...
Genaro até tentou ficar firme, mas foi perdendo lentamente a consciência o deixando aflito; ele foi levado as pressas ao hospital particular.
Como perdeu muito sangue, Guilhermo teve que doar sangue para que fizessem a cirurgia. Felizmente a bala não atingiu nenhum órgão vital, mas ele teria que ficar em observação por causa do problema de coração.
Guilhermo não se feriu, mas ficou bastante preocupado com o estado de saúde do pai.
Depois que Genaro foi levado ao quarto, ele ficou com ele e passou a noite vigiando-o.
Pela manhã acordou dolorido, mas não ia deixar o pai, entrou no banheiro e ao sair, deu de cara com Harold.
— Bom dia senhor Guilhermo. Como o senhor Genaro está? E o senhor?
— Bom dia Harold. O meu pai está fora de perigo e eu, bom, eu mal dormi tentando raciocinar. Foi uma armação.
— Foi, na verdade uma... distração senhor.
Limpou a garganta e completou, enquanto Guilhermo revirou os olhos:
— A Deyse fugiu do bordel, enquanto você estava focado na busca do possível assassino da senhora sua mãe, alguém organizou um ataque ao bordel. Todos morreram, menos a Deyse. Toda essa missão foi orquestrada na verdade, para te manter ocupado...
— Ou me matar!
Respondeu Guilhermo ao se dar conta do que estava por trás daquele ataque, ele olhou para o alto, se virou balançando levemente a cabeça positivo, enquanto a xingava de todos os nomes baixos; chutou uma mesinha, assustando Harold, voltou a olha-lo e falou:
— Maldita vadia, mas isso não vai ficar assim, ela me paga! Desta vez eu vou resolver isso da forma clássica, como deveria ter feito desde o início.
— Ainda não sabemos pra onde ela foi senhor.
— Eu sei exatamente pra onde ela foi: Boston! Foi atrás do Christian Black e até onde sei, o Thomas Williams também está lá. Manda preparar o jatinho, vamos viajar ainda hoje. Vou matar dois coelhos com um tiro só!
Harold observou o olhar dele é perguntou:
— Posso fazer-lhe uma pergunta indiscreta?
— Faça.
— Ham... O senhor a amava?
Guilhermo olhou para o alto, suspirou e respondeu:
— Eu deixei de acreditar no amor, após o que aconteceu com a minha mãe. No entanto, eu tinha que me casar, já estava noivo e acostumado com a ideia de que ela seria a minha esposa. Eu a respeitei dando o tempo que ela pediu, fui discreto, enquanto ela ao invés de dizer que não queria se casar, preferiu me invergonhar...Gosto de pensar que ela foi ingênua , achando que esta era a melhor forma de se livrar de mim, mas na verdade, só estou me enganando, porque a Deyse sabia exatamente o que estava fazendo e não se importou nem um pouco. Eu não amava antes e agora a odeio com todas as minhas forças.
Harold juntou os lábios numa linha reta, então Guilhermo completou:
— Agora vá, faça o que te mandei, enquanto resolvo tudo por aqui; não posso perder tempo.
Falou discando o número no celular, porém antes de sair, Harold o chamou mais uma vez:
— Senhor, tem mais uma coisa...
Ele questionou com um olhar impaciente, então o homem se apressou em responder, se aproximou dele e falou:
— A a garota senhor, está aqui, nós a trouxemos, e a mãe também.
— Onde ela está?
— No seu apartamento senhor.
— Certo. Ela está bem? Não a machucaram não é?
— Não senhor, ninguém a machucou, apesar dela ter resistido e tentado escapar.
— Ela lutou foi? rsrs...interessante. Certifique-se de que ela estará bem segura.
Harold fez que sim e já ia saindo, então Guilhermo falou:
— Melhor, deixa que eu mesmo faço isso quando sair daqui.
Não disse mais nada, apenas fez um gesto com a cabeça, para que o homem ir cumprir com as ordens. Depois se inclinou sobre o pai e falou:
— Vai ficar tudo bem pai, eu vou resolver umas coisas, mas volto logo e prometo, que assim que estiver de volta, vou pegar o homem causou a morte da sua amada e senhora minha mãe. Te dou a minha palavra.
Genaro estava dormindo, mas apertou levemente a mão de Guilhermo, ele esboçou um sorriso e deu um beijo na testa do pai, saiu logo após isso. Deixando alguns de seus homens de prontidão.
Assim que saiu no corredor, foi cercado por seus seguranças até o carro. Ele entrou na Ferrari e seguiu para casa. Estava a ponto de surtar de tanta raiva. Ser um Mafioso tem lá os seus riscos e ele sempre teve esta consciência, mas não conseguia entender, porque algumas pessoas eram tão estúpidas em dispertar a fera dentro dele..
"Ham...talvez, você esteja sendo um Mafioso muito manso, ninguém leva a sério um Mafioso manso. "
Pensou e se viu parar em frente ao luxuoso edifício, onde tem um apartamento, ou melhor a cobertura. Ficou olhando por alguns segundos, por fim entrou na garagem; estacionou e após desligar o carro, pegou uma foto, a foto da garota. Olhou enquanto pensava:
" Parece que o seu destino e o do seu irmão, estão nas minhas mãos. Espero que o seu, seja diferente..."
Guardou a foto e saiu do carro confiante, entrou no elevador, que o levou direto ao décimo quinto andar. Entrou e encontrou dois de seus seguranças na sala, que imediatamente o cumprimentaram; ele apenas fez um gesto com a cabeça.
— Onde ela está?
— No quarto de hóspedes senhor.
Guilhermo assentiu e pode ouvir batidas insistentes na porta, que com certeza era a moça, ele seguiu para o quarto. Parou em frente a porta, pôs a mão na fechadura, não abriu de uma vez e não entendeu o porquê. Isso era novo...
Então balançou a cabeça e entrou no quarto de uma vez, porém estava escuro e antes que pudesse acender a luz, foi atingido de raspão por um vaso, afinal estava escuro. Porém ele pode sentir o calor, o perfume e a respiração dela perto dele, que no desespero o tentou golpear novamente. Ele segurou o braço dela facilmente fazendo o vaso cair e a segurou com força junto ao seu corpo, a imobilizado.
A garota começou a gritar e fazer força inutilmente para se soltar , então ele pôs a mão na boca dela pra a silenciar, mas mesmo assim, ela grunhia e não parava quieta e ainda o mordeu, o que o fez perder a paciência e rugir, enquanto a apertava em seus braços:
— Já chega! Você tem que se acalmar.
Ela extremeceu ao som da voz áspera e estranhamente calorosa dele, ficou em silêncio e parou de fazer força, estava apenas ofegante. Então ele falou bem perto do ouvido dela, suavizando a voz.
— Eu não quero te machucar.
Ela não disse nada, mas estava tremendo, ele ainda a segurava e pode sentir uma lágrimas tocar gentilmente sua mão e passar por ela, ele também sentiu o coração dela acelereado; causando-lhe uma sensação estranha, talvez fosse compaixão, já que ela era uma garota inocente...
Guilhermo não soube decifrar, mas sabia que aquele contato já tinha durado tempo demais, já estava pasando da hora de a soltar... Seu corpo lhe avisou!
— Tudo bem, eu vou te soltar...Ok?
Falou quase sussurrando, ela fez que sim com a cabeça, então ele tirou a mão da boca dela, e afrouxou o aperto lentamente; por fim a soltou e ela correu tropeçando para um canto. Finalmente a luz clareou o quarto, mas ela se agachou evitando o olhar e permaceu encolhida, feito um bichinho acoado.
Ele entendeu que ela só estava assustada, na verdade devia estar apavorada, afinal foi tirada tão de repente de sua casa e levada para outro país por estranhos, sem nenhuma explicação. E embora tenha sido levada com a mãe, neste momento, estava sozinha.
Ele olhou em volta e reparou que nada foi mexido, exceto a cortina que ela havia fechado; nem mesmo o prato de comida que foi servido para ela, foi tocado. Ele se aproximou e ficou irado.
— Que tipo de refeição é essa?
Perguntou parecendo bravo.
No entanto, ela escondeu o rosto entre os joelhos e chorou baixinho, o deixando sem reação. Ele não sabia o que fazer e nem o que dizer, o que era novo pra ele...
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Atualizado até capítulo 216
Comments
Mara Melo
A história parece boa , mas está difícil de entender, está toda contada na terceira pessoa , não há diálogo entre os personagens , a narração da estória está péssimo, não está dando para entender .
2024-10-25
2
Elisabete Correia
olha o amor chegando....
2024-09-07
5
Abreu Ana
poenfoto por favor se der
2024-08-11
3